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quinta-feira, 29 de março de 2012

'Sofrimento faz parte da vida', diz psicólogo sobre uso de calmantes

Nos últimos anos, o consumo de calmantes disparou no Brasil. Os ansiolíticos lideram o ranking das drogas controladas mais vendidas. Esse tipo de remédio é indicado para conter crises graves de ansiedade. Mas alguns especialistas alertam que o uso indiscriminado pode gerar dependência. “Há momentos em que eles são fundamentais. O que preocupa é a banalização”, afirma Luis Fernando Saraiva, psicólogo do Conselho Regional de Psicologia.
O psicólogo explica que um dos perigos dos remédios é que eles atacam os sintomas, mas dificilmente combatem a causa do problema. Saraiva ressalta que os medicamentos podem minimizar as sensações de experiências. “Me parece que aquilo que sempre fez parte de uma vida normal vem sendo tirado de experiência. Sofrer faz parte da vida. Possibilita a gente se conhecer e se relacionar com o mundo”, diz. Para o psicólogo, a escolha pelo medicamento como tratamento deve ser feita de forma conjunta entre o paciente, o psiquiatra ou psicólogo. “É preciso saber se a pessoa tem recursos para lidar com o sofrimento”, avalia.
A Dra. Analice Gigliotti, chefe do setor de dependência química do Ambulatório De Psiquiatria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, afirma que não é ruim se sentir ansioso e que os ansiolíticos só são indicados em casos patológicos. “Quando a ansiedade prejudica a pessoa. Quando ela não consegue trabalhar, sair de casa, prejudica as relações pessoais. Isso é uma doença”, explica. Segundo ela o Brasil precisa de mais treinamento e controle dos profissionais de saúde na hora de receitar estes medicamentos. “Vira uma arma. É gostoso se sentir relaxado. É como qualquer droga. Dão bem-estar, mas são nocivas”, ressalta.
 
Fonte: GloboNews

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