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sexta-feira, 9 de março de 2012

Falta de maturidade pode ser confundida com TDAH: crianças mais novas do que seus colegas de sala são erroneamente diagnosticadas com transtorno de déficit de atenção

Uma nova pesquisa sugere que crianças mais novas do que seus colegas de classe são mais propensas a serem diagnosticadas com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Segundo o estudo, que foi publicado na edição do mês de março do periódico Canadian Medical Association Jorunal, muitas vezes o aluno, por ser mais imaturo do que os outros, recebe um diagnóstico errado e tratamento desnecessário para o TDAH.

Para chegarem a essa conclusão, pesquisadores da Universidade British Columbia, no Canadá, acompanharam durante um ano mais de 900.000 crianças de 6 a 12 anos. Eles compararam jovens da mesma sala de aula que haviam nascido em janeiro com os que haviam nascido em dezembro, ou seja, que eram aproximadamente um ano mais novos do que os seus colegas de classe.
Resultados — Os meninos mais novos tiveram 30% mais chances de serem diagnosticados com TDAH e foram 41% mais prováveis de receberem o tratamento para o problema do que aqueles que eram quase um ano mais velhos. Entre as meninas, essas probabilidades foram, respectivamente, 70% e 77% maiores. De acordo com os pesquisadores, trata-se de um resultado curioso, já que os garotos têm três vezes mais riscos de sofrerem de TDAH do que as meninas.
“A falta de maturidade está sendo interpretada, muitas vezes, como um caso de TDAH”, afirma Richar Morrow, coordenador do estudo. Para os pesquisadores, tanto pais quanto professores e médicos devem ser cautelosos e estar cientes de que a imaturidade pode imitar alguns dos sintomas do TDAH. Além disso, para que a criança não seja prejudicada por diagnósticos errados, é preciso que o comportamento delas seja observado também fora do ambiente escolar.
Segundo estudo, as crianças mais jovens do que seus colegas de sala lutam mais contra a falta de atenção e o controle dos impulsos. Por isso, o diagnóstico do TDAH deve se basear em comparação com jovens da mesma idade e sexo. A pesquisa conclui que esses resultados reforçam a preocupação que deve existir em torno do excesso de diagnóstico e das consequências que ele pode provocar.

Fonte: Revista VEJA

Disponível em:<http://veja.abril.com.br/noticia/saude/criancas-mais-novas-do-que-seus-colegas-de-sala-sao-mais-diagnosticadas-com-transtorno-de-deficit-de-atencao>. Acesso em: 09 mar. 2012.



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