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quarta-feira, 21 de março de 2012

Número de crianças diagnosticadas com TDAH aumentou 66% em dez anos: de acordo com levantamento, 10,4 milhões de jovens até 18 anos receberam o diagnóstico em 2010 no país

Um novo estudo sobre o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) feito nos Estados Unidos mostrou que, no país, o número de crianças diagnosticadas com o problema aumentou 66% em dez anos. O levantamento, que foi feito pela Faculdade de Medicina Feiberg, da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, também analisou outras mudanças que ocorreram entre os anos de 2000 e 2010 em relação ao diagnóstico e tratamento de TDAH. As conclusões da pesquisa foram publicadas na edição deste mês do periódico American Pediatrics.
Segundo o professor de pediatria e coordenador do estudo, Craig Garfield, o TDAH vem se tornando um diagnóstico cada vez mais comum entre crianças e adolescentes. “A magnitude da velocidade dessa mudança em uma década se deve, provavelmente, a uma maior consciência das pessoas em relação ao transtorno, o que pode ter levado os médicos a reconhecer mais facilmente os sintomas do problema”, diz.
No entanto, os pesquisadores afirmam que ainda não é possível definir como as várias e importantes mudanças que ocorreram em relação ao TDAH na última década - em relação a diagnóstico e tratamento - contribuíram para a melhor condução de soluções ao problema.
A pesquisa — O estudo americano, com base em dados do Índice de Saúde Nacional de Doença e Tratamento, um grande levantamento feito com médicos em 2010, buscou quantificar todos os diagnósticos de TDAH e os padrões de tratamento feitos em jovens menores de 18 anos. Ao todo, 10,4 milhões de crianças e adolescentes dessa faixa etária foram diagnosticadas com TDAH em atendimento médico ambulatorial nos Estados Unidos em 2010. Em 2000, esse número foi de 6,2 milhões.
Os pesquisadores também observaram que as drogas psicoestimulantes foram os medicamentos mais prescritos para os jovens com TDAH, embora seu uso tenha diminuído de dez anos para cá. A substância foi utilizada em 96% dos tratamentos para o transtorno em 2000, e em 87% em 2010. Segundo Garfield, não está claro o motivo que explique essa redução, já que não houve aumento do uso de outros medicamentos que podem substituir os psicoestimulantes.
Outra mudança em relação ao TDAH observada pelo estudo foi a de que, embora a maioria dos jovens nos Estados Unidos seja diagnosticada com o transtorno por médicos de cuidados primários, ou por clínicos gerais, houve um claro aumento de diagnósticos feitos por médicos especialistas, como psiquiatras. Em 2000, esses profissionais atenderam 24% dos pacientes com o transtorno e, em 2010, esse índice foi de 36%. “Recentemente, diversos avisos de saúde pública têm alertado sobre os possíveis efeitos colaterais dos medicamentos utilizados para tratar TDAH. Talvez por isso os clínicos gerais estejam deixando de tratar pacientes com o transtorno e encaminhando-os a especialistas”, afirma Garfield. 

Fonte: Revista VEJA

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