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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Uma Vida Sem Cigarro: embora não exista método infalível para ajudar os fumantes que querem fugir do hábito, estudos mostram que as melhores chances de sucesso estão na combinação de medicamentos com psicoterapia

Todos os dias milhares de fumantes se propõem abandonar sua perigosa dependência. É o caso do publicitário Bernardo S., de 42 anos, que fuma quase três maços por dia e tem risco quatro vezes maior de desenvolver câncer nos pulmões que um não fumante da mesma idade. Após várias tentativas fracassadas de deixar o hábito, ele finalmente se decide por uma desintoxicação acompanhada. Isso significa que na primeira semana deverá consumir até 10 chicletes, cada um com 4 miligramas de nicotina, e inalar diariamente 20 jatos de um spray nasal de nicotina.
Já no segundo dia Bernardo para de fumar. Para atenuar a síndrome de abstinência, da segunda à quarta semana ele aumenta as doses de goma de mascar e de spray nasal – e ainda toma o medicamento Zyban. Com isso, reduz paulatinamente o tratamento. Após 26 anos como fumante, ele finalmente tem a dependência sob controle.
Em geral, com o aumento da idade, aumenta a motivação para deixar a dependência – no entanto, muitas tentativas são hesitantes e fracassam rapidamente. Frequentemente, aqueles que querem parar não suportam o desconforto causado pelos sintomas de abstinência. Isso faz com que tanto especialistas quanto leigos se questionem sobre o que faz uma pessoa não apenas iniciar o processo de desintoxicação, mas também mantê-lo. Médicos e psicólogos tentam descobrir a resposta em vários estudos sobre efetividade. Foi com esse propósito que uma equipe coordenada pela médica Eva Kralikova, da Universidade Karl, em Praga, investigou em 2009 se gomas de mascar e inaladores de nicotina realmente contribuem para que o fumante reduza ou interrompa completamente o seu consumo de cigarro. Dois terços dos aproximadamente 300 participantes do estudo receberam produtos que realmente funcionavam como substitutivos da nicotina. A um terço, porém, era oferecido apenas placebo. Um sorteio determinou quem receberia cada substância. Tratava-se de um experimento denominado duplo-cego, pois tanto voluntários quanto pesquisadores não sabiam quem pertencia a qual grupo. E eram os próprios participantes que determinavam se queriam chegar à abstinência ou apenas limitar o seu consumo.

Leia reportagem na integra: http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/uma_vida_sem_cigarro.html

Fonte: Revista Mente e Cérebro
 

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