Todos os dias milhares de fumantes se propõem abandonar sua perigosa dependência. É o caso do publicitário Bernardo S., de 42 anos, que fuma quase três maços por dia e tem risco quatro vezes maior de desenvolver câncer nos pulmões que um não fumante da mesma idade. Após várias tentativas fracassadas de deixar o hábito, ele finalmente se decide por uma desintoxicação acompanhada. Isso significa que na primeira semana deverá consumir até 10 chicletes, cada um com 4 miligramas de nicotina, e inalar diariamente 20 jatos de um spray nasal de nicotina.
Já no segundo dia Bernardo para de fumar. Para atenuar a síndrome de abstinência, da segunda à quarta semana ele aumenta as doses de goma de mascar e de spray nasal – e ainda toma o medicamento Zyban. Com isso, reduz paulatinamente o tratamento. Após 26 anos como fumante, ele finalmente tem a dependência sob controle.
Em geral, com o aumento da idade, aumenta a motivação para deixar a dependência – no entanto, muitas tentativas são hesitantes e fracassam rapidamente. Frequentemente, aqueles que querem parar não suportam o desconforto causado pelos sintomas de abstinência. Isso faz com que tanto especialistas quanto leigos se questionem sobre o que faz uma pessoa não apenas iniciar o processo de desintoxicação, mas também mantê-lo. Médicos e psicólogos tentam descobrir a resposta em vários estudos sobre efetividade. Foi com esse propósito que uma equipe coordenada pela médica Eva Kralikova, da Universidade Karl, em Praga, investigou em 2009 se gomas de mascar e inaladores de nicotina realmente contribuem para que o fumante reduza ou interrompa completamente o seu consumo de cigarro. Dois terços dos aproximadamente 300 participantes do estudo receberam produtos que realmente funcionavam como substitutivos da nicotina. A um terço, porém, era oferecido apenas placebo. Um sorteio determinou quem receberia cada substância. Tratava-se de um experimento denominado duplo-cego, pois tanto voluntários quanto pesquisadores não sabiam quem pertencia a qual grupo. E eram os próprios participantes que determinavam se queriam chegar à abstinência ou apenas limitar o seu consumo.
Leia reportagem na integra: http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/uma_vida_sem_cigarro.html
Fonte: Revista Mente e Cérebro
Leia reportagem na integra: http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/uma_vida_sem_cigarro.html
Fonte: Revista Mente e Cérebro
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