
O caso mais recente é o dos gêmeos americanos Noah e Alexis Beery, 13 anos. Eles são portadores de distonia, doença caracterizada por movimentos e espasmos involuntários. Como os sintomas se agravavam, seus pais decidiram submetê-los ao sequenciamento completo do código genético. “Foi encontrada uma mutação que permitiu entender a forma rara de distonia dos meus filhos”, disse à ISTOÉ Joe Beery, um dos dirigentes da Life Technologies, empresa que faz mapeamento do DNA. A identificação da alteração levou os médicos a fazer ajustes na terapia. Enquanto na forma comum da doença há necessidade de repor com remédios a substância cerebral dopamina, na forma verificada nos gêmeos é importante também ajustar a serotonina. “Outras pessoas nas mesmas condições se beneficiarão dessa informação. É um novo caminho”, disse à ISTOÉ a neurocientista Jennifer Friedman, da Universidade da Califórnia. A história dos gêmeos foi descrita em edição da revista “Nature”.
A garota Tyche Costa, 16 anos, também está no centro de um avanço. Após o nascimento da menina, diagnosticada com síndrome de Down, seu pai, o neurocientista brasileiro Alberto Costa, resolveu se dedicar ao estudo do problema. Atualmente, na Universidade do Colorado (EUA), ele conduz estudos com a substância memantina – droga usada no tratamento da doença de Alzheimer –, em 40 portadores da síndrome. Vinte recebem comprimidos de memantina; os outros tomam placebo. Seu intuito é melhorar a capacidade de aprender dessas pessoas. Ele faz questão de esclarecer que ainda não existe medicação capaz de melhorar o potencial cognitivo dos portadores e que, apesar dos resultados promissores, a memantina ainda está em teste. “Minha esperança, como cientista e pai, é que a droga ajude a combater certos problemas cognitivos em pessoas com Down”, disse à ISTOÉ. Tyche tem uma compreensão limitada do que o pai faz no laboratório. “Mas ela demonstra interesse progressivo em trabalho de pesquisa. Espero incluí-la em estudos clínicos e como um membro do meu grupo de estudo”, diz Costa. “Meu amor por minha filha e seu amor por mim são os maiores estímulos que uma pessoa pode pedir.”

A atriz Julie Andrews, 75 anos, também inspirou a ciência. Ela consultou um especialista porque havia perdido a voz após uma cirurgia para remover cistos que deixou cicatrizes nas cordas vocais. Motivado pela visita de Julie, Steven Zeitels, da Universidade de Harvard, levou adiante seus estudos e criou um gel que melhora a flexibilidade de tecidos das cordas vocais e ajuda na recuperação da fala. O produto será testado em dez pacientes com danos nas cordas vocais.
Fonte: Revista ISTOÉ
Disponivél em: <http://www.istoe.com.br/reportagens/151430_ESSAS+PESSOAS+AJUDAM+A+MEDICINA+A+AVANCAR>. Acesso em: 26 ago. 2011
Fonte: Revista ISTOÉ
Disponivél em: <http://www.istoe.com.br/reportagens/151430_ESSAS+PESSOAS+AJUDAM+A+MEDICINA+A+AVANCAR>. Acesso em: 26 ago. 2011
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