Aficcionado por anagramas, o escritor italiano Umberto Eco costuma “fazer quimeras” – como ele define o passatempo de mesclar nomes de escritores e de artistas célebres, atribuindo uma obra à nova personalidade. A denominação é uma referência ao monstro mítico, com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de dragão. Em seu livro O segundo diário mínimo (Record, 1993), Eco listou uma divertida série dessas criações, com nomes como Fiodor “Tolstoievsky”, autor de Guerra e castigo, e Salvador “Kali”, pintor de O indiano andaluz. A brincadeira com palavras e conceitos inspirou o enredo de Freud Flintstone, animação criada pelo artista visual Walisson Costa. No curta-metragem de três minutos, um homem pré-histórico adormece enquanto olha para pinturas na parede de uma caverna e tem um confuso sonho. Em seus devaneios, o Freud neandertal faz questionamentos sutis, que contrastam com a aparente brutalidade de seus recursos expressivos e do meio em que vive.
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