Lançado em 2008, o romance autobiográfico O filho eterno impressiona pela crueza. O personagem criado por Cristóvão Tezza é um escritor que recebe a notícia de que sua mulher acabou de dar à luz um menino com síndrome de Down. Resistindo à ideia, agarra-se à fantasia de que a criança vai morrer em pouco tempo. Aflige-se ao pensar que aquele ser dependerá de cuidados pelo resto da vida. Suas angústias são transportadas para o palco pelo ator Charles Fricks, em monólogo que leva o título da obra.
Na sala de espera do hospital, o futuro pai imagina o garoto já com 5 anos, com traços parecidos aos seus. A imagem idealizada, no entanto, se esvai quando olha para o rosto do bebê: há dobras de pele no canto dos olhos, a língua é proeminente e o crânio parece afundado. A história se passa nos anos 80, período em que médicos e leigos usavam o pejorativo termo “mongolismo” para referir-se às pessoas com a síndrome.
Mas, pouco a pouco, o jovem pai passa a considerar novas possibilidades. Aos poucos, passa a sentir-se mais à vontade para se envolver com o “pacotinho de expectativas” que tem nos braços. Começa a estudar o distúrbio do filho e a acompanhar seu desenvolvimento com afinco. Ideias antes obscurecidas pela vergonha e pelo preconceito tornam-se mais claras, e ele descobre, por exemplo, que mesmo a criança com deficiências, se estimulada, pode aprimorar suas habilidades cognitivas de forma significativa. Ao se dar conta disso, um laço afetivo e de aprendizado começa a se formar. O filho de Tezza, Felipe, tem hoje 28 anos, a mesma idade do protagonista da ficção.
Na sala de espera do hospital, o futuro pai imagina o garoto já com 5 anos, com traços parecidos aos seus. A imagem idealizada, no entanto, se esvai quando olha para o rosto do bebê: há dobras de pele no canto dos olhos, a língua é proeminente e o crânio parece afundado. A história se passa nos anos 80, período em que médicos e leigos usavam o pejorativo termo “mongolismo” para referir-se às pessoas com a síndrome.
Mas, pouco a pouco, o jovem pai passa a considerar novas possibilidades. Aos poucos, passa a sentir-se mais à vontade para se envolver com o “pacotinho de expectativas” que tem nos braços. Começa a estudar o distúrbio do filho e a acompanhar seu desenvolvimento com afinco. Ideias antes obscurecidas pela vergonha e pelo preconceito tornam-se mais claras, e ele descobre, por exemplo, que mesmo a criança com deficiências, se estimulada, pode aprimorar suas habilidades cognitivas de forma significativa. Ao se dar conta disso, um laço afetivo e de aprendizado começa a se formar. O filho de Tezza, Felipe, tem hoje 28 anos, a mesma idade do protagonista da ficção.
O filho eterno. Oi Futuro Flamengo. Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, Rio de Janeiro. Informações: (21) 3131-3060. Sexta a domingo, às 19h30. R$ 15,00. Até 11 de setembro.
Fonte: Revista Mente e Cérebro
Disponível em:<http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/livro_o_filho_eterno_inspira_monologo.html>. Acesso em: 17 ago. 2011
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