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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

XXIII Congresso Brasileiro de Psicanálise























Já estão abertas as inscrições para o XXIII Congresso Brasileiro de Psicanálise 2011 que ocorrerá na cidade de Ribeirão Preto,São Paulo.
O eixo de discussões do Congresso será “Limites: prazer <->realidade”, congresso este que ocorrerá entre os dias 07 e 10 de setembro no Centro de Convenções .
As inscrições podem ser realizadas  pelo site da Federação Brasileira de Psicanálise (Febrapsi): febrapsi.org.br/congresso

Pesquisadores Descobrem Características da Depressão Psicótica: alteração cerebral pode ser responsável pelo surgimento de alucinações e pela distorção da realidade

Pessoas com depressão muitas vezes apresentam manifestações psicóticas. Apesar de esses casos não serem raros, eles frequentemente são associados a sintomas de outros tipos de depressão, o que dificulta a adoção de tratamentos específicos. Agora, correlacionando dados de neuroimagem e testes clínicos, um grupo de pesquisadores do Departamento de Neurociência e Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP), coordenado pela médica Cristina Marta Del Bem, dá os primeiros passos para definir as diferenças clínicas e biológicas entre depressão psicótica e não psicótica.

Durante o estudo, feito com 23 voluntários com depressão psicótica, 25 com depressão não psicótica e 29 saudáveis, os participantes foram submetidos a exames de neuroimagem, a avaliação clínica e a testes de memória verbal e visual. Em um dos experimentos as pessoas tinham de memorizar 15 palavras com significado positivo, negativo ou neutro e, em seguida, identificar, em uma segunda lista, os vocábulos que constavam também na primeira. Outro teste envolvia a identificação de rostos humanos com diferentes expressões, que variavam entre “boas” ou “ruins”.

Os pesquisadores observaram que embora todos os participantes apresentassem o mesmo grau de depressão, os com manifestação psicótica prestaram mais atenção às imagens negativas ou às expressões de tristeza. “Eles não percebiam estímulos positivos que já haviam visto ou acreditavam se lembrar de imagens negativas que, na realidade, não tinham sido mostradas anteriormente. É como se eles apresentassem um viés para o que é ruim”, ressalta Cristina. Os exames físicos mostraram que os voluntários com depressão psicótica apresentaram, ainda, alterações no volume cerebral, notadas principalmente pela diminuição do istmo do giro do cíngulo, uma estrutura que faz parte do sistema límbico e é responsável pelas emoções. Segundo os estudiosos, essa redução diferencia claramente os dois casos de depressão estudados na pesquisa. Além disso, quanto mais grave o caso psicótico, menor era a região.

Os cientistas acreditam que o trabalho possa ajudar a descobrir até que ponto a depressão com psicose pode estar ligada à percepção distorcida de um estímulo externo. “É uma hipótese que estamos levantando. A possibilidade de uma distorção na forma de ver estímulos externos é, a princípio, coerente com a presença de delírios e alucinações”, reforça Cristina.

Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponivel em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/pesquisadores_descobrem_caracteristicas_tipicas_da_depressao_psicotica.html>. Acesso em: 31 ago. 2011

Música e Memória no Museu Histórico e Artístico do Maranhão

musicaInaugurado dia 25 de agosto, o projeto “Música e Memória: Quintas Culturais” será realizado no Museu Histórico e Artístico do Maranhão todas as quintas-feiras de cada mês. Os alunos da Escola de Música do Maranhão Lilah Lisboa de Araújo (Emem) fazem apresentações com violão, piano, sopro, cordas, percussão e canto.
O projeto tem o objetivo de relacionar música e memória. O passado e o presente se unem e se mostram como forma de preservação da história e dos costumes. Para os alunos é a chance de praticar e mostrar o trabalho diante de uma platéia.
A programação será apresentada com audição de alunos da Emem e contará com repertório erudito instrumental com peças de Fernando Carulli, Fernando Sor, Mateo Carcassi, John Dawland, Marco Gammanossi, Américo Jacomino, Leo Brouwer, Josquin Desprez / Luys de Narvaes e Johann Sebastian Bach, interpretados pelos alunos: Jesraella Musayara Almone da Silva, Thyelson França Alencar Silva, Mosaniel dos Santos Ribeiro, José Bernardo de Sávio Ribeiro Holanda, Márcio Boas, Átila Martins e Rafael Meneses (violão) e Saulo Galtri (canto).
Música e Memória é uma parceria entre o Museu Histórico e Artístico do Maranhão e a Escola de Música do Maranhão Lilah Lisboa de Araújo. A entrada é franca.

Fonte: Instituto Brasileiro de Museus 

Erros Evitáveis na Gestão dos Fundos de Saúde


No Seminário, será apresentado uma oficina de trabalho, inclusive com exercícios práticos, ministrados por profissionais que atuam na área há mais de 15 anos
Instituição: SaberSus
Local: Scorial Rio Hotel, Rio de Janeiro - RJ
Período: 02/09/2011 a 03/09/2011
Informações: As mudanças recentemente apresentadas pelo Ministério da Saúde em relação aos fundos de saúde vêm gerando transtornos aos gestores, principalmente a criação de um CNPJ próprio. Além disso, os profissionais de saúde vêm apresentando dúvidas em relação às nomenclaturas dos fundos de saúde e sua autonomia para contratações. O Seminário começa às 9h e segue até às 17h, com carga horária de 12h. A programação do evento segue em anexo. Mais informações, pelo site: http://www.sabersus.com.br/

Fonte: Informe ENSP

CURSO ON-LINE DE ENTREVISTA MOTIVACIONAL

CURSO ON-LINE: ABORDAGEM FAMILIAR EM DEPEDÊNCIA QUIMÍCA

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Brasileiros Recriam Neurônio Esquizofrênico em Laboratório

Usando uma técnica que "convence" células de pessoas adultas a voltar ao estado embrionário, pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) conseguiram recriar, em laboratório, os neurônios de um paciente com esquizofrenia.
Em trabalho que será publicado na revista científica "Cell Transplation", a equipe do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias descreve como obteve células da pele do paciente, procedimento já padronizado para esse tipo de estudo.
As amostras de pele são usadas para produzir as chamadas células iPS (sigla inglesa para "células-tronco pluripotentes induzidas").
"Pluripotente" é como os cientistas chamam as células capazes de dar origem a qualquer tecido do organismo, com a exceção da placenta. São "induzidas" porque, por meio da ativação de um conjunto específico de genes, elas são forçadas a retornar ao estado embrionário, aquele que origina células de pele, de músculo e neurônios.
A promessa desse procedimento é que, no futuro, as células iPS sejam transformadas no tecido desejado e criem órgãos para transplante sob medida, sem risco de rejeição, já que possuem o mesmo DNA do paciente.
Por enquanto, porém, sua aplicação mais imediata é criar modelos precisos de uma doença. No caso, espera-se que os neurônios criados a partir das iPS repliquem as condições celulares da doença e ajudem os cientistas a entendê-la e tratá-la.
No novo estudo, por exemplo, o grupo da UFRJ verificou que os neurônios "esquizofrênicos" consomem mais oxigênio e também produzem níveis aumentados de radicais livres, que podem causar danos fatais às células. Os cientistas chegaram até a "tratar" esse problema.
O trabalho foi coordenado por Stevens Kastrup Rehen e tem como primeiras autoras suas colegas Bruna Paulsen e Renata de Moraes Maciel. Os dados serão apresentados nesta terça-feira, durante o Simpósio Indo-Brasileiro de Ciências Biomédicas, no Rio de Janeiro.

Fonte: Folha de São Paulo

Diponível em:  <http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/967222-brasileiros-recriam-neuronio-esquizofrenico-em-laboratorio.shtml>. Acesso em: 30 ago. 2011

Mudanças no Clima Também Afetam a Saúde Mental, Alerta Estudo

Estresse nos adultos, angústia nas crianças: as mudanças climáticas também podem afetar a saúde mental das pessoas, alerta um estudo publicado nesta segunda-feira por um instituto de pesquisas australiano, para o qual este tema ainda é muito pouco estudado.
"Os danos causados pelas mudanças climáticas não são só físicos. O passado recente mostra que os eventos climáticos extremos trazem também sérios riscos para a saúde pública, inclusive a saúde mental e o bem-estar das comunidades", destacou este estudo, realizado pelo Instituto do Clima, uma entidade australiana.
Ao comparar fenômenos climáticos, como secas e inundações observados nos últimos anos em algumas regiões da Austrália, o estudo constata que "a comoção e o sofrimento provocados por um evento extremo pode persistir durante anos".
Uma parte significativa das comunidades atingidas por episódios como estes --uma pessoa em cada cinco-- vai sofrer os efeitos do estresse, de danos emocionais e desespero, estimou o Instituto do Clima.
Segundo o organismo, o abuso de álcool pode ocorrer após eventos climáticos extremos e alguns estudos estabelecem inclusive um vínculo entre ondas de calor, secas e taxas de suicídio mais elevadas.
As crianças parecem particularmente vulneráveis à ansiedade e à insegurança geradas pela incapacidade dos adultos de lutar contra o desequilíbrio climático.
Embora haja vários estudos sobre os efeitos das mudanças climáticas em termos econômicos, existe uma lacuna sobre as "consequências das mudanças climáticas para o bem-estar e a saúde humana", constatou Tony McMichael, professor de saúde pública da Universidade Nacional Australiana.
"Este é um ponto cego sério, limita nossa visão de futuros possíveis e da necessidade de uma ação eficaz e urgente", acrescentou, ao introduzir este estudo que, segundo ele, "vai nos ajudar a compreender a 'face humana' das mudanças climáticas".

Fonte: Folha de São Paulo

Disponivel em: <http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/967163-mudancas-no-clima-tambem-afetam-a-saude-mental-alerta-estudo.shtml>.  Acesso em: 30 ago. 2011

II Seminário em Emergências e Desastres: deve avaliar trabalho dos psicólogos na área e a conjuntura nacional e internacional sobre o tema


Será realizado, de 23 a 26 de novembro, em Brasília, o II Seminário Nacional da Psicologia em Emergências e Desastres. O evento contará com mesas redondas, sessões de comunicação e discussões temáticas e as discussões do encontro irão subsidiar o desenvolvimento do plano de contingência da psicologia em emergências e desastres.

Entre as principais propostas do evento, estão a avaliação do processo de organização e a configuração do trabalho dos psicólogos e psicólogas sobre o tema. Além disso, o Seminário também conta com os seguintes objetivos: possibilitar a expressão das produções e dos profissionais; produzir uma avaliação da conjuntura nacional e internacional sobre o tema de emergências e desastres; discutir a relação do tema com as políticas públicas; e estimular a integração latino-americana através da articulação da Rede Latino-Americana de Psicologia em Emergências e Desastres.
As conclusões do evento devem apoiar a organização de referências técnico-profissionais – que já vêm se desenvolvendo dentro do Sistema Conselhos- para a atuação de psicólogos e psicólogas, com base no direcionamento inicial do VII Congresso Nacional da Psicologia (CNP).
Serviço: II Seminário Nacional: Psicologia das Emergências e dos Desastres
Data: 23 a 26 de novembro de 2011
Local: Brasília –DF
Mais informações, clique aqui.

Seminário On Line: Práticas Integrativas e Complementares e Racionalidades Profissionais acontece em setembro

Acontece no dia 20 de setembro, com transmissão on line pelo site do CFP (http://www.pol.org.br/), o seminário Práticas Integrativas e Complementares e Racionalidades Profissionais.
O evento tem como objetivos ampliar o debate e dialogar com a categoria dos psicólogos, a academia e a sociedade sobre a realidade, os desafios e as perspectivas das práticas integrativas e complementares, aprofundando os referenciais da área.
A realização do Seminário tem como ponto de partida o  paradigma da Organização Mundial da Saúde (OMS) em torno da aproximação da ciência com a tradição, consolidada em uma política pública de saúde no Brasil implementada pela Portaria 971/2006, que aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde.
Na programação do evento estão confirmadas a conferência “A Psicologia e as Racionalidades orientadoras da prática profissional” e as  seguintes Mesas:  “A Epistemologia e a Racionalidade das Práticas Integrativas”; “Psicologia e as Práticas Integrativas e Complementares”; e “ As Práticas Integrativas e Complementares no SUS: Relação entre educação popular em saúde e as profissões regulamentadas”.
Serviço: Seminário Práticas Integrativas e Complementares e Racionalidades Profissionais
Data: 20 de setembro de 2011
Local: http://www.pol.org.br/

Debate On-line em 31/08 Vai Divulgar Diferentes Usos da BVS-Psi


O Dia Nacional da BVS-Psi em 2011 será marcado por um debate on line realizado na próxima quarta-feira (31/8), às 10h00, transmitido no site do CFP - http://www.pol.org.br/, com possibilidade de interação on line com o público . A intenção é reunir estudantes, profissionais e pesquisadores nas universidades, locais de trabalho e bibliotecas, para divulgar os diferentes usos que pode ter a Biblioteca Virtual em Saúde – Psicologia, BVS-Psi, instrumento de pesquisa importante para a atualização de psicólogos e psicólogas de todas as áreas da profissão.
No debate, estarão presentes: Ana Bock, ex-presidente do CFP e atual secretária executiva da União Latino-Americana de Entidades de psicologia (Ulapsi); Rodolfo Ambiel, pesquisador e professor da Universidade São Francisco; Sara Torres, bibliotecária pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Coordenadora Técnica da Estação BVS-Psi do CRP-03; e um aluno de graduação da Universidade de São Paulo (USP), Rodrigo Rodrigues. A mediação do debate será realizada por Maria Imaculada Cardoso Sampaio, da coordenação da BVS-Psi.
Sobre a BVS
A BVS-Psi reúne um grupo de fontes de informações qualificadas e disponíveis gratuitamente na Internet para o usuário que busca informações, mas somente aquelas certificadas por  avaliadores competentes na tarefa de analisar conteúdos e formas de disponibilização do conhecimento científico.
"Embora a  Internet seja uma fonte de informação de fácil acesso e de respostas rápidas, não é possível separar o 'joio do trigo' em relação à qualidade do conhecimento que circula na rede. Assim, a BVS-Psi aparece como solução para resolver o problema 'informação qualificada e acesso aberto'”, diz  Maria Imaculada Sampaio. Segundo ela, o debate será muito importante para que psicólogos, pesquisadores e estudantes de Psicologia conheçam e divulguem a BVS, instrumento que propicia informação qualificada para a prática profissional, desenvolvimento de pesquisas e estudos.

Serviço: Debate on line
Data: 31 de agosto
Horário: 10h00
Onde: http://www.pol.org.br/

O Trabalhador Invisível : pesquisa mostra a exclusão social vivida pelos garis

Durante oito anos, o psicólogo social Fernando Braga da Costa, da Universidade de São Paulo (USP), vestiu um uniforme e, com a vassoura em punho, passou a participar do trabalho da equipe de limpeza do Instituto de Psicologia da mesma instituição. A experiência resultou na dissertação Garis – Um estudo de psicologia sobre invisibilidade pública, na qual defende que, com frequência, a maioria das pessoas percebe o outro de acordo com o status social de seu trabalho.

O psicólogo optou por vestir-se de varredor de rua para vivenciar a situação psicológica desse grupo de trabalhadores. Ele notou que, de fato, essas pessoas foram tratadas como “invisíveis” por alunos, professores e outros profissionais que circularam pela universidade durante a pesquisa. “Conhecia muitas das pessoas, porém, todas passavam sem me olhar. Em determinado momento, um professor se aproximou e interrompi a varrição para cumprimentá-lo, debruçando-me sobre a vassoura. Ele não me notou. Chegou a esbarrar no meu ombro e nem sequer parou para pedir desculpas”, conta o pesquisador, ressaltando que, em outra ocasião, sem o uniforme, encontrou acidentalmente esse colega e foi notado por ele.

Segundo Costa, a invisibilidade social repercute na autoestima desses profissionais. A percepção de que são marginalizados restringe sua convivência no ambiente de trabalho aos companheiros de função. É comum que evitem o contato visual para se proteger da violência social. Outro dado levantado, nos sindicatos, é que é muito raro um gari mudar de profissão, o que sugere a exclusão associada à divisão social do trabalho.

Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/o_trabalhador_invisivel.html>. Acesso em: 29 ago. 2011

Stress no Trabalho é Risco Crescente Para a Saúde Pública: cerca de 26% dos profissionais que trabalham em ambientes altamente estressantes acabam buscando ajuda médica

Altos índices de stress no emprego levam trabalhadores a procurar ajuda médica para tratar problemas físicos, emocionais e mentaisO stress no ambiente de trabalho tem feito com que cada vez mais profissionais recorram à ajuda médica - e essa já vem se tornando uma questão de saúde pública. É o que mostra um estudo de economistas da  Universidade de Concordia, no Canadá, publicado no periódico BMC Public Health. Segundo dados do estudo, 26% das pessoas que trabalham em ambientes altamentes estressantes já passou por consultas por problemas fisiológicos, mentais ou emocionais.
Para chegar às conclusões, os economistas analisaram dados da Pesquisa Nacional de Saúde da População Canadense (NPHS, sigla em inglês). Todos os participantes tinham entre 18 e 65 anos – maior parte da força de trabalho do país. O estudo incluía estatísticas como número de consultas, doenças crônicas, estado civil, renda, tabagismo e consumo de álcool.
“Existem evidências médicas de que o stress pode afetar adversamente o sistema imunológico, aumentando assim o risco de doenças”, diz Mesbah Sharaf, coautor do estudo. Segundo o pesquisador, diversos estudos já têm relacionado o stress a dores nas costas, câncer colo-retal, doenças infecciosas, problemas cardíacos, dores de cabeça e diabetes. “O stress no trabalho pode também aumentar os comportamentos de risco, tais como tabagismo, abuso de drogas e álcool, e desencorajar hábitos saudáveis, como atividade física e a alimentação balanceada.”, completa.
Custo do stress no trabalho – Estudos anteriores descobriram que o envelhecimento da população e a prescrição de drogas aumentam o preço dos cuidados com a saúde. Poucos estudos, no entanto, relacionaram os índices de stress do lugar de trabalho com os custos de saúde. “Os gastos com saúde no Canadá, como uma porcentagem do PIB, aumentou de 7% em 1980 para 10,1% em 2007”, informa Sunday Azagba, responsável pelo estudo..
Nos EUA, pesquisas recentes descobriram que 70% dos trabalhadores consideram seu local de trabalho como uma fonte significativa de stress, enquanto 51% relatam que o stress no trabalho reduz sua produtividade. “Estima-se que a utilização de cuidados com a saúde induzido pelo stress custa às empresas americanas 68 bilhões de dólares por ano e reduz seu lucro em 10%”, diz Sharaf.
As despesas totais em saúde nos EUA somam cerca de 2,5 trilhões de dólares, ou 8.047 dólares por pessoa. “Isso representa 17,3% do PIB de 2009 – um aumento de 9% em relação a 1980”, diz Azagba.
Menos stress – Os economistas alertam que reduzir o stress no ambiente de trabalho pode ajudar a reduzir o crescente gasto com saúde e fortalecer a moral dos funcionários. “Gerenciar o stress no trabalho também pode estimular outras vantagens econômicas, tais como aumento de produtividade entre os trabalhadores, além de reduzir o absenteísmo e diminuir a rotatividade de funcionários", diz Azagba.
  
Fonte: Revista ÉPOCA

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/saude/pesquisa-stress-no-trabalho-e-risco-crescente-para-a-saude-publica>. Acesso em: 29 ago. 2011

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Limites: Prazer e Realidade

Como lidar com o "ter para ser" e não mais "ser para ter"? Quais os limites e as possibilidades desta transformação? Como nos conduzir? O que falar para nossos filhos?

Em 1911, Freud publica o seu trabalho sobre “Os dois princípios do funcionamento mental”. De 7 a 10 de setembro de 2011, psicanalistas do Brasil se reunirão para debater o tema no XXIII Congresso da Federação Brasileira de Psicanálise (Febrapsi).
Freud utilizou o seu modelo de aparelho psíquico da primeira tópica para, baseado na topografia, dividir o funcionamento mental em dois sistemas: inconsciente e consciente – este último englobando tanto o pré-consciente como o consciente. Na ocasião, o psicanalista atribuiu características funcionais diferentes a cada sistema.
O primeiro, ou primário, tendo suas cargas móveis, catexias (energias) livres, visaria unicamente à descarga da pulsão, prazer, ou à busca da satisfação direta da realização do desejo. O segundo, ou secundário, já com suas catexias ligadas a representações, apesar de também buscar a descarga pulsional e o prazer, o faz de forma indireta, a fim de atender às necessidades de sobrevivência, subordinando o indivíduo à realidade externa ao inseri-lo no social e na cultura.

Freud utilizou o seu modelo de aparelho psíquico da primeira tópica para dividir o funcionamento mental em dois sistemas

Cabe destacar, como à época o fez O o Rank, a proximidade destes princípios com a visão de Schopenhauer, apontando para as influências deste pensador em Freud. E, tomando a afirmação freudiana de que “o Ego é antes de tudo um Ego corporal”, por que não caminhar um pouco mais e encontrar, também, algo de Nietzsche, que com seu registro fisiológico da concepção de “corpo”, na qual este, corpo, subsume as atividades mentais em todo o organismo, marca a ruptura com a psicologia racional?
Tendo o corpo como “verdade”, fio condutor do conhecimento, é, em Nietzsche, a “vontade de potência” e, em Freud, “a pulsão” o que empurra, sob pena de morte, o indivíduo a tornar-se sujeito. Sujeito de um constructo, um mundo construído para atender ao seu “corpo”, pois viver é a incansável tentativa de adequar o mundo a si, ainda que por meio de “verdades falsificadoras”, sem as quais o homem não conseguiria viver. Se sublimar é preciso, sublimemos para viver. Construamos: conceitos, normas, ideais, etc.; imprescindíveis, posto que abandonar tais ficções seria o mesmo que decretar a morte do sujeito.
Porém, do nascimento do indivíduo ao surgimento do sujeito, há um longo caminho que deverá ser trilhado. Da satisfação imediata – realização alucinatória do desejo – ao processo de pensar, à capacidade de representação simbólica, passando pela fantasia inconsciente e pela fantasia consciente, é na linguagem que encontramos o guia deste percurso. Linguagem na qual se insere não apenas a língua, mas também o gestual, sons, odores, crendices, entre outros, que caracterizam cada comunidade, fornecendo-lhe uma marca única, seus valores, sua cultura, sua identidade.
A vinculação das energias pulsionais (catexias) ao universo de representações comunitárias delimita suas possíveis e passíveis formas de expressão, exigência normativa própria de cada comunidade, a lei.
Mas, a bem da verdade, não só delimita, pois também abre a oferta de possibilidades sublimatórias de satisfação. Ficando, assim, a maior ou menor estabilidade destas, várias e diversas comunidades, por conta das oportunidades de realizações sublimatórias que ofertam aos seus membros.
Nos dias de hoje
O século XX e a primeira década do XXI se caracterizam por grandes e velozes transformações, avanços tecnológicos mais expressivos do que em qualquer outra época. O mundo se globalizou, a comunicação se dá em tempo real. Valores subjetivos, arraigados a tradições comunitárias, diluem-se no confronto globalizado de “verdades culturais”, perdendo seu poder para o mercado de consumo.
O tempo do “ser” cede cada vez mais espaço para o domínio do “ter”. Borram-se, cada vez mais, os limites entre os valores de referência subjetivos e a medida de valor pela posse de bens materiais.
A construção dos ideais comunitários, base dos ideais do Ego e da identidade do sujeito, vem se assentando progressivamente em pressupostos externos. Inatingíveis para a maioria, apesar de participarem desta “louca corrida narcísica”, pela tentativa de aquisição de corpos e bens valorizados, só lhes sobra a frustração, o sentimento de baixa autoestima e a depressão.
A transposição para o cotidiano destes conflitos emocionais acentua o processo competitivo, a arrogância, a agressividade e a violência, características do acirramento de primitivos processos defensivos narcísicos, em detrimento de realizações narcísicas sublimadas.
O desgaste e a inadequação dos modelos sociais tradicionais jogam-nos em um limbo de questionamentos... Como lidar com o “ter para ser” e não mais “ser para ter”? Quais os limites e as possibilidades desta transformação? Como nos conduzir? O que falar para nossos filhos?
São questões como estas que, abordadas aqui em uma breve pincelada, se impõem de forma contundente a um pensar mais profundo.
Leia texto na integra , através do link:  http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/68/limites-prazer-e-realidade-como-lidar-com-o-ter-227089-1.asp

Fonte: Revista Psique Ciência e Vida

Essas Pessoas Ajudam a Medicina a Avançar: Portadoras de condições especiais, elas desafiaram a ciência. O estudo de seus casos resultou na criação de tratamentos para eles e para outros

A história ensina que os avanços na ciência ocorrem de maneiras variadas – resultados de uma descoberta acidental ou de anos e anos de obstinação à procura de uma resposta, por exemplo. Boa parte dos progressos acontece também por causa de pacientes muito especiais. Portadores de peculiaridades que os diferenciam dos demais, eles se tornam alvo tão grande de atenção que, a partir dos estudos feitos sobre seus casos, obtém-se conhecimento suficiente para gerar tratamentos para eles próprios e também para outros. São pessoas que ajudam a medicina a avançar.
O caso mais recente é o dos gêmeos americanos Noah e Alexis Beery, 13 anos. Eles são portadores de distonia, doença caracterizada por movimentos e espasmos involuntários. Como os sintomas se agravavam, seus pais decidiram submetê-los ao sequenciamento completo do código genético. “Foi encontrada uma mutação que permitiu entender a forma rara de distonia dos meus filhos”, disse à ISTOÉ Joe Beery, um dos dirigentes da Life Technologies, empresa que faz mapeamento do DNA. A identificação da alteração levou os médicos a fazer ajustes na terapia. Enquanto na forma comum da doença há necessidade de repor com remédios a substância cerebral dopamina, na forma verificada nos gêmeos é importante também ajustar a serotonina.  “Outras pessoas nas mesmas condições se beneficiarão dessa informação. É um novo caminho”, disse à  ISTOÉ a neurocientista Jennifer Friedman, da Universidade da Califórnia. A história dos gêmeos foi descrita em edição da revista “Nature”.
A garota Tyche Costa, 16 anos, também está no centro de um avanço. Após o nascimento da menina, diagnosticada com síndrome de Down, seu pai, o neurocientista brasileiro Alberto Costa, resolveu se dedicar ao estudo do problema. Atualmente, na Universidade do Colorado (EUA), ele conduz estudos com a substância memantina – droga usada no tratamento da doença de Alzheimer –, em 40 portadores da síndrome. Vinte recebem comprimidos de memantina; os outros tomam placebo. Seu intuito é melhorar a capacidade de aprender dessas pessoas. Ele faz questão de esclarecer que ainda não existe medicação capaz de melhorar o potencial cognitivo dos portadores e que, apesar dos resultados promissores, a memantina ainda está em teste. “Minha esperança, como cientista e pai, é que a droga ajude a combater certos problemas cognitivos em pessoas com Down”, disse à ISTOÉ. Tyche tem uma compreensão limitada do que o pai faz no laboratório. “Mas ela demonstra interesse progressivo em trabalho de pesquisa. Espero incluí-la em estudos clínicos e como um membro do meu grupo de estudo”, diz Costa. “Meu amor por minha filha e seu amor por mim são os maiores estímulos que uma pessoa pode pedir.”
O caso da brasiliense Auristela Silva, 21 anos, também chama a atenção. Na semana passada, sua história foi apresentada em um congresso na Mongólia por ser uma experiência pioneira. “Ela é portadora de aglossia, alteração em que a pessoa nasce sem língua”, explica o cirurgião bucomaxilar Frederico Salles, de Brasília. Dos seis aos 21 anos, a menina foi cuidada por uma equipe reunida por Salles junto com o ortodontista Jorge Faber, da Universidade de Brasília. O grupo tratou as sequelas da doença e deu qualidade de vida à menina. Uma das inovações deste caso foi uma cirurgia para restaurar o maxilar de Auristela quando ainda era criança, para garantir o desenvolvimento dos ossos no formato adequado. “Auristela é o primeiro caso de sucesso relatado na história da medicina”, diz Faber, que aplicará a mesma conduta em dois outros pacientes com características semelhantes às da garota. “Graças a esses especialistas, sou uma garota normal”, diz Auristela, que pretende cursar nutrição em universidade pública.
A atriz Julie Andrews, 75 anos, também inspirou a ciência. Ela consultou um especialista porque havia perdido a voz após uma cirurgia para remover cistos que deixou cicatrizes nas cordas vocais. Motivado pela visita de Julie, Steven Zeitels, da Universidade de Harvard, levou adiante seus estudos e criou um gel que melhora a flexibilidade de tecidos das cordas vocais e ajuda na recuperação da fala. O produto será testado em dez pacientes com danos nas cordas vocais.

Fonte: Revista ISTOÉ

Disponivél em: <http://www.istoe.com.br/reportagens/151430_ESSAS+PESSOAS+AJUDAM+A+MEDICINA+A+AVANCAR>. Acesso em: 26 ago. 2011

Antes das Primeiras Estórias Traz Contos do Jovem Guimarães Rosa: reunidos pela primeira vez, os materiais do autor na juventude mostram o gosto pelo horror, a fantasia e o suspense. Leia um dos contos

No dia 1º de setembro, durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, a editora Nova Fronteira lança Antes das primeiras estórias (Nova Fronteira, 96 páginas, R$ 29,90), de João Guimarães rosa. Trata-se de uma edição que reúne, pela primeira vez, quatro contos da juventude do autor, publicados na revista O Cruzeiro e no Suplemento dos Domingos de O Jornal, de 1929 a 1930. Guimarães Rosa (1908-1967) tinha 20 anos e, recém-formado em Medicina em Belo Horizonte, iniciava sua vida profissional. Também tentava dar os primeiros passos como contista. Entre os textos, constam narrativas de horror, fantasia, suspense e romantismo. Para grande parte dos especialistas rosianos, esses textos são o avesso do Guimarães Rosa conhecido, o escritor do sertão mítico que vive em cada um de nós. “É tudo menos Rosa”, diz o poeta e historiador Alberto da Costa e Silva, amigo de Rosa e organizador das edições portuguesas de sua obra. “Ele parece um escritor de fantasia e suspense, mais parecido com Edgar Allan Poe do que com o Guimarães Rosa.”
“Nossa intenção é estimular a curiosidade daqueles que gostam de literatura”, diz Janaína Senna, organizadora do volume. “Nossa intenção foi editar uma coletânea simpática, com um título que remete às Primeiras estórias, de Guimarães Rosa (livro de contos pubicado em 1962). Quem ler os contos vai descobrir um escritor em formação. Não é o Rosa que as pessoas conhecem. Mas é alguém que escreve bem e ainda está tentando encontrar sua voz narrativa.” Ela não acha que ao publicar os contos incorra em desrespeito ao escritor, pois, afinal, eles foram publicados em revistas por sua vontade.

João escrevia desde menino, sempre à mão, no papel de embrulho da loja do pai, na cidade natal de Cordisburgo, Minas Gerais. Em carta ao ilustrador Poty, afirmou que os contos que escreveu em 1929, “não valiam nada”. Demorou 16 anos para ficar contentte com seu estilo lançar um livro:– a coletânea de contos Sagarana, em 1956. E nunca mencionou os chamados “pecadilhos de juventude” a Costa e Silva. “Eu sabia da existência desses contos, mas há assuntos que os escritores preferem ignorar, principalmente quando estão entre escritores”, diz. Bem antes de se tornar poeta, historiador e especialista em Guimarães Rosa, Costa e Silva havia sido redator da revista A Cigarra, caderno cultural mensal de O Cruzeiro. Em 1956, o lançamento do romance Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, causou estardalhaço. Até então, ele era conhecido por Sagarana. Grande sertão: veredas arrebatou os leitores pela revelação final e a energia inovadora do estilo. O enredo pode ser grosseiramente descrito como relato em primeira pessoa de escaramuças entre bandos de malfeitores e um caso de amor entre dois jagunços. Coube ao redator escrever um texto sobre a novidade que empolgava milhares de leitores. Seu chefe na redação era Constantino Paleólogo (1922-1966). Para rechear o texto, ele mostrou a Costa e Silva os contos de Rosa publicados em O cruzeiro 27 anos antes: “Olha só, Alberto, como o Rosa já sabia prender o leitor muito antes de ficar famoso. E fui eu que o revelei!” .

Paleólogo criara os concursos mensais de conto e poesia em O Cruzeiro, a revista de maior circulação no Brasil dos anos 30 aos 60. Rosa venceu três concursos, por sua habilidade de narrar tramas cheias de reviravoltas e efeitos especiais, algo que estava repetindo com seu romance. O prêmio era a publicação dos textos, ilustrados por artistas famoso naquele tempo, como Carlos Chambelland e H. Cavalleiro. Foram eles: “O mistério de Highmore Hall” -  publicado em 7 de dezembro de 1929 - “Chronos kai Anagke (Tempo e Destino)”, em 21 de junho de 1930,  e “Caçadores de camurça”,  em 12 de julho de 1930. Além dos três textos, publicou o conto “Makiné” no Suplemento dos Domingos de O Jornal em fevereiro de 1930. “Naquele tempo, foram contos lidos por centenas de milhares de leitores”, diz Costa e Silva. “E podem ser apreciados hoje com o mesmo prazer.”
Para elaborar a edição, a organizadora Janaína Senna pesquisou no arquivo rosiano do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB), que compreende cerca de 20 mil documentos. Além dos contos, a editora lança até o fim do ano uma antologia dos cadernos Boiada, escritos entre 1950 e 1952, durante as excursões a cavalo pelo sertão mineiro, que serviram como material para Grande sertão: veredas, publicado em 1956. Para o ano que vem, a editora deve publicar uma antologia de reflexões metafísicas, viagens e críticas sobre outros autores. Durante a pesquisa, Janaína se deparou com vários esboços de contos, escritos já no estilo maduro do autor. Ela concluiu que os contos da juventude são somente os quatro que constam da edição. “São tão peculiares que decidimos não convidar um especialista em Guimarães Rosa para redigir a introdução crítica, uma vez que eles não teriam nada a dizer sobre o Rosa jovem, tão diferente ele é do maduro. O Rosa jovem tem mais a ver com os contos de suspense de Edgar Allan Poe do que os do próprio Rosa no ápice”, diz a organizadora.
O ponto fraco da edição é justamente a ausência de um estudo introdutório e notas explicativas sobre o vocabulário. A ausência de um estudo pode criar problemas para o leitor não iniciado. Ele não vai entender por que Guimarães Rosa adotou a fantasia e o suspense, quais foram suas leituras e influências – e o que o levou a escolher este ou aquele tema. Com medo de tornar o volume pesado demais ao leitor comum, a edição peca pela leviandade. Um texto bem documentado e com uma introdução crítica não implica uma leitura automaticamente desagradável. Muito ao contrário: um pouco de informação valorizaria o volume e enriqueceria a experiência da leitura.
“Não é o tipo de literatura que me agrada”, diz Janaína. O Rosa jovem tem mais a ver com os contos de suspense de Edgar Allan Poe do que os do próprio Rosa no ápice”, diz a organizadora, e confessa: “Não são contos que me agradem especialmente. Isso porque não consigo ver novidade na sua narrativa juvenil.”
Apesar de tudo, uma especialista no Rosa sertanejo como Walnice Nogueira Galvão afirma que o volume é tão interessante que poderá dar origem a pesquisas. “Tenho certeza de que logo vão aparecer  teses de doutorado sobre a narrativa fantástico em Guimarães Rosa”, diz. “E, como são forjados num estilo de gótico de Poe e E.T.A Hoffmann,  poderão agradar aos jovens que hoje adoram o gênero de fantasia.” De acordo com Walnice, os contos são antípodas da obra futura de Rosa. “Na juventude, em sua terra natal, ele imaginou países estrangeiros que não conhecia. Inversamente, na maturidade, ele começou a escrever sobre o sertão quando estava na Alemanha.”
Costa e Silva observa que os contos ajudam a compreender a estética antinacionalista e universalista de Rosa. “Ele começou com temas universais, aos quais retornariam em suas últimas coletâneas de contos, já transfigurados pelo mundo sertanejo que recriou por meio da linguagem”, diz.
Mesmo que soe leviano estabelecer uma relação direta entre o Rosa moço e o adulto, algumas pistas de posteridade já aparecem ali, nss aventuras fantásticas. Até o diabo aparece não na rua, no meio do redemoinho do grande sertão, mas nos salões de um hotel luxuoso no norte da Alemanha, onde se realiza uma competição internacional de xadrez – em “Chronos e Anagke” (leia trecho do conto). No romântico “Caçadores de camurças”, os pastores usam gibão e lutam pelo amor de uma mulher, ainda que nos Alpes Suíços em vez do sertão dos Campos Gerais. Há paixões violentas feito a de Riobaldo por Diadorim no conto “O mistério de Highmore Hall”. E até Minas Gerais surge selvagem no conto “Makiné”, que narra a história de um grupo de magos fenícios que descobrem a América e é sacrificado pelos índios na gruta de Makiné – localizada em Cordisburgo. Além do cenário e das tramas rocambolescas, o jovem escritor mostra seu entusiasmo pelas palavras e as descrições da natureza. Embora usando o vocabulário parnasiano e a sintaxe simbolista – que não o alinhava aos modernistas que estavam em moda nos anos 20 - ele deixa escapar seu entusiasmo pela busca de palavras e de efeitos sensoriais, à maneir de um pré-modernista como Coelho Neto ou Euclydes da Cunha. São histórias repletas de imaginação que se enquadram no gênero de fantasia hoje em moda entre a juventude e os fãs de cultura pop. Nesse sentido, os quatro contos oferecem uma leitura saborosa. Basta ler agarrado ao dicionário. Nessas histórias, nota-se que Rosa não se vinculava à literatura realista da escola de Machado de Assis, e sim à dos simbolistas e parnasianos. Era pós-moderno antes do tempo. Seu vocabulário carregava no barroco, sua imaginação se revelava delirante. Só não havia ainda apeado no sertão.

Fonte: Revista Época

Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/cultura/noticia/2011/08/revelados-os-contos-ineditos-de-guimaraes-rosa.html>. Acesso em: 26 ago. 2011

Prova ABC Avalia Aprendizagem de Alunos ao Fim do Ciclo de Alfabetização: em teste de leitura, as crianças do 3º ano das escolas públicas obtiveram média 175,8 pontos; as das instituições particulares, 216,7

Menos da metade (42,8%) dos alunos que terminam o 3º ano do ensino fundamental aprenderam o que era esperado para essa etapa em Matemática. E pouco mais da metade (56,1%), alcançou a proficiência em Leitura. Esses são os principais resultados da Prova ABC, avaliação inédita que tem como objetivo medir a qualidade da alfabetização das crianças ao fim do primeiro ciclo de aprendizagem. Uma das metas assumidas pelo Plano Nacional de Educação é que todas as crianças saibam ler e escrever até os oito anos de idade.
A Prova ABC mediu a qualidade da aprendizagem das crianças ao fim do 3º ano do ensino fundamental (Foto: Divulgação)
A Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) foi aplicada no primeiro semestre de 2011 a cerca de 6 mil alunos de escolas municipais, estaduais e particulares de todas as capitais do país. A avaliação é inédita e foi realizada pelo movimento Todos pela Educação em parceria com o Instituto Paulo Montenegro/IBOPE, a Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Os resultados seguem a escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Um resultado individual acima de 175 pontos indica que o aluno aprendeu o que deveria para sua idade e série – tanto em leitura, quanto em matemática. Em leitura, isso significa que a criança consegue, entre outras habilidades, identificar temas de uma narrativa e localizar informações explícitas. Em matemática, representa o domínio de operações básicas, como soma e subtração, e a capacidade de resolver problemas envolvendo notas e moedas.
Resultados da prova de leitura
O desempenho médio dos alunos que fizeram a prova de leitura foi de 185,8 pontos na escala, com 56,1% do total das crianças aprendendo o que era esperado para esta etapa do ensino. De acordo com a avaliação, esse número varia conforme a região do país. Sul, Sudeste e Centro Oeste apresentaram desempenho acima da média nacional (185,8) com, respectivamente, 197,9; 193,6 e 196,5 pontos. O Norte e o Nordeste ficaram abaixo da média, com respectivamente 172,8 e 167,4 pontos.
A maior variação, no entanto, é na comparação entre as redes pública e particular. A média nacional dos estudantes de escolas públicas foi de 175,8 pontos. Os da rede particular ficaram com 216,7 pontos.
Média de pontos em leitura e percentual de alunos que aprenderam o esperado para o 3º ano (2ª série) por região e por rede de ensino
(Fonte: Todos pela Educação)
Brasil e Regiões  Rede de Ensino  Média  Percentual de alunos com desempenho esperado para o 3º ano (2ª série) 
Brasil Total 185,8 56,1%  
Brasil Pública 175,8   48,6%  
Brasil Particular 216,7 79,0%   
Norte Total 172,8 43,6%   
Norte Pública  166,7 39,4%    
Norte Particular 210,6  69,4%  
Nordeste  Total 167,4 42,5%   
Nordeste Pública 159,7 36,5%  
Nordeste   Particular 191,1 61,1% 
Sudeste Total 193,6 62,8% 
Sudeste Pública 182,0 54,4%
Sudeste Particular 224,2      85,1%   
Sul Total 197,9       64,6%    
Sul Pública 186,8 56,5%  
Sul Particular 228,4   86,8%
Centro-Oeste Total 196,5 64,1% 
Centro-Oeste Pública  186,6 56,8%
Centro-Oeste Particular 226,2  85,5%  

sexta-feira, 26 de agosto de 2011



Fonte:  Comissão Pró- Associação de Profissionais de Saúde Mental da Bahia.

Exercício Físico é Bom Remédio Contra Depressão, Diz Estudo: Atividades ajudam pacientes que não respondem satisfatoriamente à medicação - e substitui a introdução de novas drogas durante o tratamento da doença

Depressão: incluir atividades físicas diariamente no tratamento ajuda a melhorar os índices de remissão da doençaA prática de exercícios físicos é tão eficiente no controle da depressão que pode funcionar até como um tratamento paralelo à medicação. É o que descobriram pesquisadores do Centro Médico UT Southwestern, nos Estados Unidos. De acordo com a pesquisa, publicada no periódico especializado Journal of Clinical Psychiatry, a atividade física pode funcionar como um segundo medicamento aos pacientes que não respondem satisfatoriamente à primeira medicação aplicada após o início do tratamento.
Segundo os cientistas responsáveis pela pesquisa, tanto os exercícios leves como os moderados, se feitos diariamente, funcionam tão bem quanto a inclusão de uma nova droga ao tratamento. O tipo e o nível do exercício a ser incluso da terapia, no entanto, dependem das características de cada paciente – incluindo até mesmo o sexo. “Muitos pacientes que começam a tomar antidepressivos se sentem melhor após o início do tratamento, mas não tão bem quanto antes do começo da depressão”, diz Madhukar Trivedi, professor de psiquiatria e coordenador da pesquisa. De acordo com o especialista, o estudo conseguiu mostrar que inserir a prática rotineira do exercício físico pode ser tão efetivo quanto incluir uma segunda medicação à terapia. “Parte dos pacientes prefere a atividade física, porque o exercício pode ainda fornecer um efeito positivo à saúde global dela.”
Levantamento – Os pesquisadores analisaram voluntários com diagnóstico de depressão que tinham entre 18 e 70 anos. Todos não haviam respondido bem à primeira medicação. Eles foram, então, divididos em dois grupos e receberam níveis diferentes de atividade física durante 12 semanas. As sessões eram supervisionadas por profissionais capacitados e acrescidas de atividades também em casa.
Os participantes se exercitaram em esteiras, bicicletas ergométricas ou em ambos e mantiveram um diário on-line com frequência e duração das sessões. Eles usaram ainda um monitor cardíaco enquanto se exercitavam em casa e mantinham consultas frequentes com psiquiatras durante a pesquisa.
Ao fim da investigação, cerca de 30% dos pacientes em ambos os grupos atingiram uma remissão completa da depressão e outros 20% tiveram uma melhora significativa. Os exercícios moderados foram mais eficazes para mulheres com um histórico familiar de doença mental, enquanto o exercício intenso foi mais eficaz para mulheres que não tinham histórico de depressão na família.
Para os homens, as atividades mais intensas foram mais eficazes, independente do histórico familiar. “Esse é um resultado importante, porque descobrimos que o tipo de exercício necessário depende de características específicas do paciente, isso significa que o tratamento precisa ser adaptados para cada paciente”, diz Trivedi.
 
Fonte: Revista VEJA

Disponíbvel em: <http://veja.abril.com.br/noticia/saude/exercicio-fisico-pode-substituir-segunda-medicacao-em-pacientes-com-depressao>. Acesso em: 25 ago. 2011

Enjoos Extremos Durante a Gravidez Podem Levar a Distúrbios de Comportamento em Crianças: Bebês nascidos de mães que tiveram casos persistentes de náusea e vômitos têm mais riscos de depressão e ansiedade na vida adulta

Casos persistentes de náusea e vômitos durante a gravidez podem prejudicar a saúde mental do bebê na fase adultaCasos de náusea e vômitos persistentes e, às vezes, intensos durante a gravidez podem levar à hospitalização e até à interrupção da gestação. O problema, conhecido como hiperêmese gravídica (HG), pode ter consequências que vão além da gravidez e atingir mais tarde as crianças. De acordo com uma pesquisa publicada no Journal of Developmental Origins of Health and Disease, bebês nascidos de mães que tiveram HG são 3,6 vezes mais suscetíveis a desenvolver ansiedade, transtorno bipolar e depressão na vida adulta.

O que é hiperêmese gravídica?

O distúrbio se caracteriza por náuseas e vômitos violentos que causam desidratação e inanição. Não existe uma causa conhecida, mas acredita-se que fatores psicológicos podem desencadear os vômitos intensos. Normalmente, a hiperêmese desaparece sozinha depois de alguns dias, mas durante sua ocorrência é preciso manter a gestante hidratada e também repor as vitaminas perdidas. É importate frisar que a HG é diferente do mal-estar comum. Se a gestante passar mal, mas não houver perda de peso e desidratação, ela não está com HG.
Estudos anteriores já haviam descoberto que as crianças nascidas de mulheres que tiveram náusea persistente nos três primeiros meses da gravidez tinham mais problemas de atenção e aprendizagem aos 12 anos. Outras pesquisas apontavam ainda que a má nutrição fetal, uma consequência frequente da HG, pode acabar levando a uma saúde precária quando adulto. "Apesar da hiperêmese gravídica poder causar a fome e a desidratação na gravidez, nenhum estudo havia determinado seus efeitos a longo prazo para o bebê", diz Marlena Fejzo, coautora do estudo.

Depressão e ansiedade - A pesquisa conduzida pela equipe de Feizo levou em consideração relatos de mulheres com HG, que descreveram o histórico comportamental e emocional de irmãos. Descobriu-se, então, que 16% dos voluntários que foram expostos ao HG tinham depressão, frente a 3% do grupo controle (aqueles que não nasceram de mães com HG); 8% do grupo exposto foram diagnosticados com transtorno bipolar, frente a 2% do grupo controle; e 7% dos expostos sofriam de ansiedade na vida adulta, comparados a 2% do controle.
"Ao todo, 38% dos casos do grupo exposto têm relato de um transtorno psicológico ou comportamental, em comparação a 15% do grupo controle", dizem os pesquisadores. Uma hipótese é que essas taxas mais elevadas entre os bebês expostos ao HG podem ser causadas pela desnutrição prolongada e a desidratação das mães durante o desenvolvimento do cérebro fetal. A ansiedade e o stress, comuns durante e após o HG, também poderiam desempenhar um papel importante nas sequelas.


  Fonte: Revista VEJA

Disponivel em:<http://veja.abril.com.br/noticia/saude/enjoos-extremos-durante-a-gravidez-podem-levar-a-disturbios-de-comportamento-em-criancas>. Acesso em: 25 ago. 2011

Conselho Proíbe Médicos de Usar Fotos de Pacientes em "Antes" e "Depois": Novas regras também vetam autopromoção de médicos em redes sociais e blogs ou expressões como "técnicas milagrosas" para se referir a tratamentos

Para conter as propagandas enganosas, o Conselho Federal de Medicina (CFM) tornou mais rigorosa as regras para a publicidade de serviços dos médicos. Uma nova resolução, que será publicada amanhã nesta sexta-feira no Diário Oficial da União, determina que os médicos estão proibidos de fazer anúncios com imagens dos pacientes para falar dos resultados de um tratamento, os conhecidos “antes” e “depois”, mesmo com autorização do paciente.
Também está vedado o uso do nome, imagem e voz de pessoas famosas em propagandas de serviços médicos e anunciar o uso de técnicas “milagrosas” ou aparelhos com capacidade privilegiada. Os profissionais também não poderão participar de concursos ou premiações para eleger o “médico do ano” ou o “profissional de destaque”.
Outra proibição é conceder entrevistas para autopromoção e divulgar o endereço e telefone do consultório nas redes sociais. De acordo com o CFM, o profissional poderá usar as redes sociais, como blog, para divulgar informações de caráter educacional ou preventivo, como descrever os sintomas de uma determinada doença.
Os médicos estão impedidos de fazer consultas pela internet ou por telefone, mesmo que para atender parentes. Há registro de empresas que ofereciam consultoria online para prescrever remédios. Além disso, é vedado ao profissional associar seu nome a produtos de empresas, como afirmar que aprova e garante a eficácia de determinado produto.
O manual com as regras se aplicam ainda a sociedades médicas e hospitais públicos e privados. Em caso de descumprimento será aberto um processo pelo conselho para apurar a denúncia. Se comprovada, o médico ou entidade sofrerá penalidade, que vai de advertência à cassação do registro.
Os profissionais e as entidades têm 180 dias para se adaptar à nova resolução, que atualiza as normas anteriores, vigentes desde 2003. 

Fonte: Revista Época

Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Saude-e-bem-estar/noticia/2011/08/conselho-proibe-medicos-de-usar-fotos-de-pacientes-em-antes-e-depois.html>. Acesso em: 24 ago. 2011

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Uma Identidade para Mona Lisa: Estudiosos alemães acreditam ter identificado a mulher que serviu de modelo para o mais famoso quadro de Leonardo Da Vinci

A polêmica sobre a identidade da mulher que inspirou a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, pode tomar um novo rumo. Segundo especialistas, o artista teria pintado o retrato de sua mãe, Caterina, ou da princesa Isabela, de Nápoles. Há quem diga que a mulher seria a nobre espanhola Costanza D'Avalos ou a modelo Cecília Gallerani. Outros sugerem ainda que as expressões masculinizadas da figura poderiam ser de Gian Giacomo Caprotti, aprendiz e possível amante de Da Vinci.
Recentemente, pesquisadores da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, descobriram que em 1503 o artista italiano trabalhou no retrato de Lisa Gherardini del Giocondo, esposa de um comerciante de seda. Seu sobrenome seria a razão para que a obra ficasse conhecida como La Gioconda.
Para confirmar essa hipótese, a sepultura onde a italiana foi enterrada em 1542, no Convento de Santa Úrsula, em Florença, foi aberta. Os próximos passos são reconstituir a face de Lisa e comparar seu material genético com o de seus filhos, enterrados na mesma cidade.

Fonte: Revista História Viva

XIV SEMINARIO DE INTEGRAÇÃO CURSO DE MUSEOLOGIA E MUSEUS DA CIDADE DE SALVADOR: Museologia e Patrimônios


De 08 a 10 de novembro o Departamento de Museologia da Universidade Federal da Bahia realiza o XIV Seminário de Integração Curso de Museologia/Museus da Cidade do Salvador. Serão debatidos temas como: a cultura na contemporaneidade; patrimônios culturais; política museológica e o mercado de trabalho para o profissional museólogo.
O objetivo principal deste evento é favorecer o processo de interlocução entre os profissionais responsáveis pela formação, os estudantes e aqueles que atuam nas instituições museais e com o patrimônio cultural, de maneira geral, através da discussão de temas voltados para a realidade museológica contemporânea.
O evento ocorrerá na cidade do Salvador, no Instituto Feminino (auditório), no Politeama e as inscrições podem ser feitas na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas/Colegiado de Museologia, no período de 08/08 a 30/09. As inscrições são limitadas.

Maiores informações:

Blog: http://xivseminariodeintegracao.wordpress.com/

Site: HTTP://www.ffch.ufba.br/spip.php?article550 

E-mail: seminariomuseologia@hotmail.com

Fonte: Universidade Federal da Bahia

Seminário Permanente de Políticas Públicas de Cultura do Estado do Rio de Janeiro

                                        
Seminário Permanente de Políticas Públicas de Cultura do
 Estado do Rio de Janeiro / Décima Edição – Ano 2011
 
O Seminário Permanente de Políticas Públicas de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, na sua trajetória de curso de extensão ao longo de dez anos, além das metas acadêmicas exploradas nas aulas e encontros, provocou debates, estimulou outros, catucou situações estacionadas, e sobretudo, aglutinou agentes culturais do poder público e sociedade civil, em reflexões inéditas sobre políticas culturais no estado do Rio de Janeiro, focando com gosto de estréia, diversas vezes, o olhar para suas cidades de origem.

O grupo de gestores públicos de cultura que buscou a organização do curso junto ao Decult SR3 UERJ, propondo sua própria capacitação, inexperientes que se enxergavam nos cargos ocupados nas Secretarias, Subsecretarias, Diretorias, Superintendências, Coordenações ou Assessorias Municipais de Cultura, fecham o ciclo atravessada uma década, com nova proposta e desafio para academia: a instalação do Curso de Gestão em Políticas Culturais, com titulação de Graduação ou Pós-Graduação, considerando a dinâmica Formação X Profissionalização, para oficialização da função de Gestor Cultural nos diferentes segmentos e postos de trabalho, nas esferas pública e privada.
Mantendo meta prioritária de atuar com instrumentos de formação, a Comissão Estadual dos Gestores de Cultura do Estado do Rio de Janeiro – COMCULTURA RJ, encerra nesta Edição 2011, o funcionamento do Seminário, levando para as cidades a partir do próximo ano, modelo similar de aprendizado, em módulos compactos de cursos e oficinas de gestão cultural.
Agradecemos ao Departamento Cultural da Sub-reitoria de Extensão e Cultura – UERJ, pela fraterna e exitosa parceria durante estes anos. Agradecimento especial ao Setor de Políticas Culturais da Fundação Casa de Rui Barbosa - MinC, no cuidadoso trabalho conceitual do Programa, a cada ano. A todos os demais parceiros e apoiadores, em especial os gestores e agentes culturais das cidades fluminenses, alunos-protagonistas da ação, nossa expressão mais sincera de Parabéns. Sigamos! Cultura, processo, construção e história...

Mais informações no Blog da Comcultura RJ: http://comculturarj.blogspot.com/2011/06/seminario-permanente-de-politicas.html#more

Fonte: Rede Brasileira de História e Patrimônio Cultural da Saúde (RedeBra HPCS)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Dia Nacional da BVS-PSI 2011 - 10 Anos










SUS Amplia Internação em Domicílios: Ministério da Saúde prevê a contratação de 250 equipes para 2011.

Home care: de acordo com o Ministério da Saúde, 15.000 pacientes internados em hospitais poderão ser atendidos em casa até o fim de 2011.

Até o fim do ano, pelo menos 15 mil brasileiros internados em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão voltar para suas casas e continuar a receber cuidados médicos, por meio de home care.
Os novos critérios para internação domiciliar serão divulgados até amanhã pelo governo. A principal novidade é o pagamento de R$ 34.500 ao mês por equipe médica. Para este ano, o orçamento do Ministério da Saúde prevê a contratação de 250 equipes, cada uma com capacidade para atender 60 pacientes.
A meta é chegar a mil equipes até 2014. “Vai substituir muita demanda de internação hospitalar e vai agilizar o giro nas portas de urgência”, afirma o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Miranda. “É um programa que alia a segurança hospitalar com o conforto do lar, oferecendo um atendimento mais humanizado.”
O SUS criou os primeiros critérios para a internação domiciliar há cinco anos, recomendando esse tipo de cuidado para idosos, portadores de doenças crônicas ou câncer - com exceção daqueles que precisam de ventilação mecânica. Como não havia previsão de verba federal para a formação de equipes, poucos Estados e municípios se mobilizaram. Apenas 77 hospitais no País se credenciaram junto ao SUS.
Bahia
Entre as iniciativas bem-sucedidas está a da Bahia. Criado em 2008, o serviço havia atendido 2.212 pacientes até dezembro. As 26 equipes - formadas por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas - estão divididas em 14 hospitais de dez municípios.
Nesse período, 40% das internações domiciliares ocorreram por tratamentos de feridas, 30% por sequelas neurológicas, 13% por hipertensão arterial e 10% por diabete. São pacientes que passaram pela internação convencional, tiveram o quadro estabilizado, mas ainda precisavam de cuidados médicos.
A prefeitura de Belo Horizonte criou seu programa em 2002, antes da portaria do SUS. No ano passado, foram admitidos 4.792 pacientes - média de 400 por mês. Eles ficam cerca de 15 dias em acompanhamento. Em março deste ano, um quinto das internações nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) foram encaminhadas para atendimento domiciliar.
Programa
O novo programa não limita as enfermidades que podem ser atendidas, mas mantém a exclusão aos pacientes que dependem de ventilação mecânica. “Precisamos fazer um planejamento que sirva para o País todo. Mas poderá ser reavaliado”, afirmou o secretário.
A condição básica para que o paciente seja encaminhado para a internação domiciliar é ter um cuidador, alguém que se responsabilize pelo seu atendimento. “A família é fundamental para a recuperação do paciente”, diz Midori Uchino, coordenadora do Programa de Atendimento Domiciliar ao Idoso (Padi), da Secretaria Municipal do Rio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Revista Veja

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/saude/sus-amplia-internacao-em-domicilios>. Acesso em:

Proteção Contra o Alzheimer: Estudo revela que adotar uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos e não fumar, entre outros hábitos saudáveis, reduz pela metade a chance de desenvolver a doença

Apesar de sentir certa nostalgia, Clemente Alves, 74 anos, tenta não ceder à saudade dos tempos em que tinha vida social intensa com sua mulher, Thereza, de 72. Fazia com ela muitas viagens, iam a restaurantes, se divertiam. A esposa continua a seu lado, mas não é mais a mesma companheira. Tem sérias falhas de memória, por vezes demora a reconhecê-lo. Em outubro de 2004, Thereza foi diagnosticada como portadora da doença de Alzheimer. Isso mudou a vida do casal. A mulher ativa, que por muitos anos trabalhou como contadora e depois da aposentadoria tinha como hobby o turismo, tornou-se dependente. “No início foi muito difícil”, admite Alves. Com a ajuda das filhas e dos médicos, ele aprendeu a lidar com o problema. “Hoje, quando chego em casa, faço festa para ela, puxo para dançar”, conta. “Não me importo se ela não entende o que estou fazendo.”
A tendência é de que histórias tocantes como a de Thereza e Clemente sejam cada vez mais comuns no Brasil daqui em diante – a doença se manifesta na terceira idade, faixa etária que cresce no País. “Estamos começando a passar pelo que a Europa e os Estados Unidos passaram há 20 anos”, atesta o neurologista Paulo Caramelli, da Universidade Federal de Minas Gerais. Hoje, a estimativa é que 1,2 milhão de pessoas têm Alzheimer no País. Em lugares onde a longevidade há muitos anos está alta, a doença é um tema frequente. Pesquisa feita com 2.678 adultos dos EUA, da França, Alemanha, Espanha e Polônia pela Escola de Saúde Pública de Harvard e pela instituição Alzheimer Europe revela que a enfermidade é a segunda doença mais temida, citada por 25% dos entrevistados. Ficou atrás somente do câncer.
Os cientistas, no entanto, têm boas notícias: cuidados preventivos podem evitar até 50% das ocorrências e há estudos para a criação de técnicas de diagnóstico cada vez mais precoce. Um dos estudos mais importantes neste aspecto foi realizado na Universidade da Califórnia (EUA) e divulgado recentemente. Os pesquisadores chegaram à lista dos principais fatores de risco para a doença. Basicamente, são os mesmos vilões responsáveis pela maior parte dos casos de outras doenças importantes, como as cardiovasculares: tabagismo, obesidade e sedentarismo entre eles (leia quadro).
A grande diferença está no principal fator de risco. Manter baixa atividade cerebral e possuir baixa escolaridade são as mais fortes ameaças. Para se ter uma ideia, os pesquisadores concluíram que indivíduos em situação oposta a essa – ou seja, estimulados intelectualmente e com alta escolaridade – apresentam 14% menos chance de ter a enfermidade. Na conta final, os cientistas mostraram que evitar os sete fatores de risco citados na pesquisa pode diminuir o número de casos à metade.
O trabalho provou, mais uma vez, a importância de seguir uma rotina de hábitos saudáveis também para a proteção do cérebro. De fato, diversas pesquisas demonstraram, por exemplo, o poder dos exercícios e dos alimentos nessa função. De formas distintas, eles contribuem para o bom funcionamento dos neurônios, as células nervosas que são o alvo de destruição do Alzheimer – a doença causa a sua morte.
Há também avanços consideráveis nas pesquisas que buscam formas de diagnosticar a enfermidade mais precocemente. Este é um objetivo urgente. Atualmente, o diagnóstico é feito a partir de avaliação clínica, testes de memória e exame de ressonância magnética. A ausência de ferramentas mais eficientes acaba muitas vezes atrasando o início do tratamento – o que só piora o prognóstico. Por isso, há uma corrida da ciência à procura, entre outras coisas, de substâncias específicas que sirvam como marcadores da doença. O nível de concentração de uma determinada proteína, por exemplo, poderia servir como indicação do início da enfermidade.

Outro foco é usar com mais precisão as informações obtidas por exames de imagem. Nesse sentido, cientistas do Rush University Medical Center (EUA)deram um passo importante. Eles concluíram que a análise da anatomia do cérebro permite prever o Alzheimer com uma década de antecedência. Indivíduos com algumas áreas do cérebro mais finas teriam três vezes mais chances de desenvolver a doença. Os cientistas continuam o estudo para tornar o método disponível.
O Alzheimer ainda não tem cura. O que se consegue é retardar sua progressão – daí a urgência em detectá-lo o quanto antes possível. Felizmente, esse foi o caso do aposentado Dilton de Oliveira, 69 anos, que há três anos soube que tinha a doença. Imediatamente, sua mulher, Valdiva Fontenele, o matriculou numa academia de ginástica e ele também foi encaminhado para uma terapia cognitiva (estimula o raciocínio). Desde então, Dilton vive de segunda a sexta entre sessões de alongamento, musculação, hidroginástica e os cuidados de uma terapeuta. “Ainda saímos para ir ao teatro, ao restaurante e passamos os fins de semana numa casa na serra”, diz Valdiva.
Manter-se ativo é uma das premissas para atrasar o avanço da doença. “Mas é comum vermos o inverso: idosos com Alzheimer que passam o dia sentados assistindo à tevê”, lamenta o geriatra André Jaime, do Hospital São Luiz, de São Paulo. “Isso não estimula a atividade cerebral”, diz. Outra abordagem de tratamento é feita com remédios que atuam sobre uma substância cerebral que participa do processo de distribuição dos impulsos nervosos, ajudando a fazer a comunicação entre os neurônios.
Mais recentemente, ganhou destaque nas preocupações dos médicos a necessidade de assistência aos cuidadores, as pessoas responsáveis pelos cuidados aos pacientes. A sobrecarga em relação a elas é um efeito colateral frequente. A paulista Terezinha Oliveira teve sua vida revirada depois que seu pai, Rosalvo, 87 anos, passou a apresentar sintomas. Ela se mobilizou para ajudar a mãe, Paulina, que tem 83 anos. Divide seu tempo entre a administração da empresa que tem com o marido, a educação das duas filhas e os cuidados com o pai. “Quando ele precisa, largo tudo e saio correndo”, diz. “Me sinto estressada e nos fins de semana o cansaço piora, pois não temos cuidadora nesses dias.” Para contar sua experiência, ela criou o blog “Meu pai e o Alzheimer”.
Muitos cuidadores esquecem da própria saúde. “Mas é preciso que eles saibam que é primordial manter-se saudável”, recomenda Eliana Faria, da seção fluminense da Associação Brasileira de Alzheimer, cuja mãe tem a doença. “Eles têm que ter apoio psicológico e clínico, fazer exercícios e participar de grupos nos quais troquem experiências com pessoas que têm o mesmo problema.”

Fonte: Revista Isto é
Disponível em: <http://www.istoe.com.br/reportagens/152826_PROTECAO+CONTRA+O+ALZHEIMER?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage>. Acesso em: 22 ago. 2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

WEBCONFERÊNCIA: Audiência publica sobre comunidades terapêuticas. Apresentação e discussão da RDC/ANVISA nº 29 de 30 de junho de 2011

Evite problemas: Um dia antes da transmissão acesse o site e teste o seu computador!
(clique no banner azul no lado direito da tela onde diz: “clique aqui e teste seu computador”)

Data: 24 de AGOSTO de 2011
Horário: 8h30 às 12h
A demanda crescente por serviços especializados para a recuperação da dependência química e a necessidade de enfrentamento dos agravos dela resultantes exigiu a revisão da regulamentação sanitária, com vistas a propiciar a expansão da oferta em condições de segurança sanitária. Divulgar a regulamentação atinente as Comunidades Terapêuticas com vistas a propiciar as condições adequadas para a recuperação de dependentes químicos. Esta webconferência tem por objetivos: Detalhar o conteúdo normativo que dispõe sobre as condições de funcionamento dos estabelecimentos que promovem a recuperação de dependentes químicos e esclarecer dúvidas específicas
Promoção: Superintendência de Vigilância em Saúde – SVS; Departamento de Vigilância Sanitária – DEVS; Escola de Saúde Pública do Paraná.
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
8h30 - Abertura   
Flávio Arns
Vice - Governador do Estado do Paraná.
Michele Caputo Neto
Secretário de Estado da Saúde do Paraná.
Tereza Uille
Secretária de Estado da Justiça
Fernanda Richa
Secretária de Estado da Criança e da Família.
Diana de Oliveira
Gerente Geral da Gerência de Tecnologia em Serviços de Saúde – GGTES.
Eliane Chomatas
Secretária Municipal da Saúde de Curitiba
9h - Panorama das comunidades terapêuticas no Estado do Paraná.  
Marcos Pinheiro
Presidente da COMPACTA – Comunidades Terapêuticas Associadas.
9h20 - RDC n°29 de 30 de junho de 2011   
Diana de Oliveira
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
10h20 - Apresentação do Roteiro de Inspeção em Comunidades Terapêuticas.  
Lucinéia Cristina Benck Lino
Secretaria Municipal de Curitiba
11h - Debate   
Moderador: Paulo Costa Santana
Chefe do Departamento de Vigilância Sanitária
Secretaria de Estado da Saúde do Paraná

AS WEBCONFERÊNCIAS PODERÃO SER ASSISTIDAS AO VIVO OU BAIXADAS DEPOIS DE SUA EXIBIÇÃO AO VIVO NO SITE DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO PARANÁ.
TODOS PODERÃO ASSISTIR A ESTE EVENTO E ENVIAR SUAS MENSAGENS VIA CHAT E SERÃO LIDAS AO VIVO

Para acessar a webconferência, digite o endereço abaixo:
http://www.escoladesaude.pr.gov.br/
CONTATO DE PROBLEMAS TÉCNICOS:
webespp@sesa.pr.gov.br
Dúvidas: acesse o site da Escola de Saúde (acima) ou através do telefone 3342-2293 ramal 228 (antes do dia da web) ou 8406-4050 (Fernão - durante a web).

Fonte: Comissão Pró- Associação de Profissionais de Saúde Mental da Bahia.

A Eterna Luta do Bem e do Mal: Escritores participantes do projeto "Literatura: Arte em Palavras - Seduzindo Corações e Mentes" ressaltam a importância dos contos de fadas no desenvolvimento psíquico das crianças

O clichê "o mal, o bem e mais além" vem de discussões controversas acerca de  exemplos dados para aquilo que constituiria os valores considerados de base (o bem e o mal) em nossa formação. Definições à parte, esses valores  aprendidos na infância norteiam nossa educação e sentimentos, acabam sendo os pilares do repertório acessado diante de várias situações ao longo da vida. E os livros infantis têm grande importância nesse aprendizado.
"A Psicanálise afirma que os significados simbólicos dos contos maravilhosos [como essencialmente são os contos infantis] estão ligados aos eternos dilemas que o homem enfrenta ao longo de seu amadurecimento emocional", explica a especialista em literatura infantil, Cristiane Mandanêlo.
"Cada vez mais surgem evidências de que os sistemas de crenças produzem efeito decisivo sobre o funcionamento do ser humano, tanto psíquico quanto fisiológico, de modo que crenças que nos infundem esperança de vitória são de grande ajuda na superação de dificuldades, mesmo na vida adulta. Alguns autores vão mais além ao afirmar que se, por qualquer razão, uma criança for incapaz de imaginar seu futuro de modo otimista, ocorrerá uma parada no seu desenvolvimento geral. E trazer mensagens da vitória do bem sobre o mal é o que os contos de fadas fazem com maestria", ressalta, por sua vez, a psicóloga Mariuza Pregnolato.

Incentivar a leitura não seria, então, somente uma questão de formar leitores ou melhorar os índices educacionais, mas um primeiro passo para uma vida emocionalmente saudável, algo que os próprios escritores reconhecem, entre renomados autores de livros infantis.

Em encontros de estudantes e professores de Osasco - SP com a nata brasileira de escritores desse universo, estes últimos têm relembrado à educação pública e às próprias crianças a importância das metáforas contidas nas páginas de clássicos e modernos exemplares da literatura infanto-juvenil.

Eva Furnari, premiada autora de Os problemas da família Gorgonzola, Bruxinha e Frederico (Global), salientou que "a leitura pode ser vista como um jogo a alimentar conquistas e sensações: superação de desafios, curiosidade, surpresa, prazer estético". De sua experiência como ilustradora, divide com educadores e psicólogos um importante aprendizado: "O ilustrador usa códigos como expressões corporais e faciais, que são aprendidos e reconhecidos pelas crianças antes mesmo de elas serem alfabetizadas", explica. A escritora também falou dos aspectos morais e psíquicos que muitas histórias trabalham em nossa mente, à medida que estimulam, por exemplo, para toda uma vida, o domínio das pessoas sobre seus instintos - representados, para ela, na figura do Lobo Mau, entre outras metáforas possíveis em textos de todos os tempos.

Já Marina Colasanti, renomada autora, entre outros, de Uma ideia toda azul, Ofélia, a ovelha e Com certeza tenho amor (Global), foi capaz de destrinchar  os significados que obteve  (em várias leituras, ao longo de sua vida) das metáforas contidas em histórias como Três Mosqueteiros, Robson Crusoé e Peter Pan. "O inconsciente e o imaginário continuam os mesmos", afirmou Marina, compartilhando suas impressões sobre as obras, destacando seus valores essenciais, séculos depois de publicadas. A ilha de Crusoé lembrou-a várias vezes, em diferentes leituras, de sua individualidade e dos desafios nela contidos.  Dos Mosqueteiros pôde compreender as  relações de poder que se repetem ao longo da História Mundial e em núcleos sociais diversos. Ao ler Peter Pan, refletiu sobre o  desejo humano de imortalidade.

A escritora Fanny Abramovich, também premiada, formada em Pedagogia e autora de Quem manda em mim sou eu (Atual), entre outras obras, falou para crianças, na linguagem delas - o que é sua especialidade -, sobre a lógica infantil. Fez isso por meio das divertidas metáforas encontradas  no clássico  Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll, mais uma vez mostrando a importância do aprendizado possível contido nos livros infantis. Na opinião de diversos estudiosos de Alice, a visão de mundo da personagem, que parece absurda, deve ser respeitada - comum às crianças pequenas, seria única em traduzir uma forma de apreender a realidade que é essencial ao exercício de observação e reflexão sobre aquilo que circunda os pequenos.

Sobre o projeto - 55 escolas municipais de Osasco vêm desenvolvendo, desde abril, atividades com os livros (152 títulos, 25 mil exemplares no total) e produções de 36 diferentes artistas, entre escritores, atores, cartunistas e cineastas, como parte da proposta do "Literatura: Arte em Palavras - seduzindo corações e mentes". Trata-se de um projeto de estímulo à leitura e letramento, da Secretaria Municipal e do Instituto Ciência Hoje, que pretende contagiar aprox. 20 mil crianças.  A iniciativa, que também está levando os artistas para as escolas, para que debatam com alunos e professores as suas obras, distribuiu entre as instituições temas que serão trabalhados em "evoluções" - alas a serem representadas pelos alunos de cada escola no tradicional desfile de 7 de setembro, em Osasco. O evento ocorrerá para um público de 50 mil pessoas. Os encontros com os autores iniciaram em junho e seguem até o próximo dia 17, quando alunos e professores se voltarão exclusivamente ao trabalho em sala de aula e à produção das alas. Será construído "um legado que certamente mudará a forma como estudantes e professores lidam com o livro e a leitura", afirma a professora .

Fonte: Revista Psique Ciência e Vida

Disponível em: <http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/0/a-eterna-luta-do-bem-e-do-mal-226591-1.asp>. Acesso em: 19 ago. 2011