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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Aprendendo História com Drummond: crônicas disponíveis na internet revelam as opiniões de Carlos Drummond de Andrade a respeito de personagens históricos

Os arquivos públicos guardam valiosas informações a respeito da história literária. Exemplo disso está registrado no Sistema Integrado de Acesso do Arquivo Público Mineiro (SIA-APM). Através de uma parceria com a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa,  localizada em Belo Horizonte, o APM disponibilizou em formato digital as fichas bibliográficas de Hélio Gravatá, provavelmente o mais importante bibliófilo de Minas Gerais do século XX.
Estátua do poeta mineiro / Wikimedia-CCAo longo de uma vida, Hélio Gravatá registrou em dezena de milhares de fichas manuscritas ou datilografadas os mais diversos temas da história e vida cultural de Minas Gerais. A literatura foi um dos principais alvos desse levantamento. A pesquisa a respeito de Carlos Drummond de Andrade retorna mais de 400 referências, publicadas principalmente em jornais e revistas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Trata-se de um rico manancial para os pesquisadores. Uma das notícias mais antigas data de 1921, quando então o órgão da imprensa oficial do estado noticia o projeto do poeta, que, aos 19 anos de idade, pretendia escrever – juntamente com Lincoln de Souza - uma “novela de assuntos locais”, intitulada  “A rosa branca”.
Outra referência interessante ficou registrada em requerimento publicado no Diário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, de 1963. Através desse documento, o deputado Wilson Chaves solicitava ao Ministro da Educação e Cultura para que intercedesse junto à Academia Sueca, no sentido de agraciar Drummond com o prêmio Nobel de literatura.
As numerosas crônicas publicadas pelo poeta revelam sua constante preocupação em relação a temas históricos. Alguns textos podem ser localizados na internet graças ao projeto de digitalização do "Jornal do Brasil" (JB), empreendido pelo Google News. Um texto bastante interessante é o relativo ao viajante francês Saint-Hilaire. No SIA-APM, localiza-se sua referência e, no acervo digital do JB, é possível ler a crônica, bastando ter paciência para procurar o “Caderno B” do referido jornal.
O mesmo procedimento pode ser adotado para se localizar as crônicas de Drummond a respeito de Chica da Silva ou de Tiradentes (referência).
 
Por outro lado, a Revista do Arquivo Público Mineiro também disponibiliza on line as primeiras crônicas de Drummond, publicadas na década de 1930. Elas são uma preciosa fonte a respeito do cotidiano e vida cultural da época.

Fonte: Revista História da Biblioteca Nacional

Disponível em: <http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos-revista/aprendendo-historia-com-drummond>. Acesso em: 01 jul. 2011

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