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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Meditação: a nova medicina preventiva: a meditação é a mais antiga técnica de autoajuda disponível para os seres humanos com a finalidade de controlar e observar a mente de maneira crítica. Como medicina é um conceito novo, mas as técnicas utilizadas fazem parte da antiga tradição de sabedoria da Índia

A meditação se refere a uma variedade extremamente ampla de práticas que tem como objetivo central a alteração voluntária de estados e traços mentais. No entanto, as diferentes maneiras pelas quais se pode alcançar este objetivo se diferem significativamente e, por isso, não há uma definição clara com plena aceitação universal. A meditação tem sido desenvolvida e praticada por razões diversas, incluindo o cultivo do bem-estar e equilíbrio emocional, assim como para fins religiosos. Dentre as práticas mais comuns estão a concentração na respiração, a recitação de um mantra, a visualização de imagens específicas, o cultivo do estado de compaixão, entre outras.
Do ponto de vista cognitivo, a meditação pode ser conceituada como uma família de práticas regulatórias complexas emocionais que afetam eventos mentais por meio do engajamento de um conjunto específico de sistemas de atenção. Apesar de algumas tradições afirmarem não ter nenhum propósito ou objetivo específico, elas compartilham características comuns, como a de que cada prática representa uma técnica que precisa ser aprendida ou treinada. Em segundo lugar, presume-se que cada prática induza a um estado reprodutível e distinto, claramente indicado por determinadas características físicas ou cognitivas reportáveis pelo praticante. Em terceiro lugar, acredita-se que o estado induzido tenha um efeito previsível sobre a mente e o corpo de modo que, quando induzido repetidamente, possa trazer benefícios relevantes ao praticante e redução de traços mentais e comportamentais indesejáveis. No entanto, é importante lembrar que a meditação difere dos processos cognitivos comuns, sendo mais do que somente concentração, contemplação, postura ou até relaxamento. É uma técnica ou método de libertar a mente de emoções e distrações, permitindo uma percepção mais profunda de nós mesmos e do mundo que nos rodeia.
Pesquisadores vêm utilizando a meditação com sucesso no tratamento de diversos transtornos mentais, como transtornos de humor, ansiedade, depressão, estresse, síndrome do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e diversas doenças crônicas

Todas as antigas escrituras relacionadas afirmam que o objetivo final é a iluminação, mas enquanto isso não é plenamente alcançado, podemos aproveitar os efeitos secundários desta prática milenar: relaxamento, apaziguamento das emoções, melhoras na atenção e concentração, alterações benéficas no funcionamento e morfologia do cérebro e até do sistema imunológico.


Leia reportagem completa: http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/67/meditacao-a-nova-medicina-preventiva-a-meditacao-e-a-225287-1.asp

 Fonte: Revista Psique

Redes Funcionais Cerebrais e o Autismo: A questão da conectividade, no cérebro, vem sendo largamente estudada por pesquisadores de primeira linha e traz resultados surpreendentes para a neurociência

Em 2001, Marc Raichle e seus colegas (Raichle et al., 2001 e Gusnard and Raichle, 2001) realizaram uma série de estudos do metabolismo cerebral fazendo uso de Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET), e identificaram um "modo padrão" de atividade cerebral, um estado organizado correspondente à linha de base fisiológica que é suspenso durante tarefas cognitivas orientadas por metas que demandam atenção. Assim, áreas específicas do cérebro, tais como precúneo, o córtex cingular posterior, o córtex frontal médio e o córtex parietal lateral, foram identificadas como participantes deste sistema neurológico altamente coerente e anteriormente desconhecido, e que é ativado apenas durante o estado de repouso.
E, como já definido anteriormente (Hagmann, P et al. 2008), este sistema neurológico altamente coerente é, na verdade, mais uma rede ou módulo funcional no cérebro, e foi nomeado "rede de modo padrão", caracterizando o estado de atividade cerebral durante o repouso. É a rede ou hub (do inglês, "centros de comando") cerebral que caracteriza o modo de stand-by do cérebro.
Greicius et al. (2003), realizando estudos de ressonância magnética funcional (fMRI) demonstrou que esta "rede de modo padrão" permanecia predominante durante atividades sensoriais com baixa demanda cognitiva, sendo que apresentava anticorrelações com regiões cerebrais como o córtex pré-frontal, que eram ativadas durante tarefas de maior demanda cognitiva.
As desordens do espectro autista são desordens do desenvolvimento neurológico relativamente comuns, possuindo causas quase completamente desconhecidas. Crianças diagnosticadas como autistas normalmente apresentam uma gama de anomalias estruturais no cérebro, a mais evidente sendo um aumento do volume cerebral, tanto na substância branca quanto na cinzenta, que possivelmente se deva a um crescimento acelerado na tenra infância. Além disso, análises neuropatológicas realizadas post mortem indicaram a presença de anormalidades na citoarquitetura cortical, além de uma desorganização das vias neurais da substância branca (Keller et al., 2007).
Mas a teoria atualmente mais interessante sobre a origem do autismo, em minha opinião, foi apresentada em um estudo realizado por Belmonte et al. (2004) que sugere que o autismo se deveria a um desenvolvimento anormal das conexões no cérebro.
Assim, partindo de um grande número de achados empíricos relativos a mudanças nos padrões de ativação cortical, sincronia e conectividade anatômica, o grupo liderado por Belmonte indicou a possibilidade de que as desordens do espectro autista estejam ligadas a um excesso de vias corticais locais, isto é, de curto alcance, que estariam interferindo com o processo de diferenciação funcional de regiões cerebrais, bem como com uma perda seletiva de vias neurológicas de longo alcance, participantes dos processos integrativos globais, no cérebro.
AS DESORDENS DO ESPECTRO AUTISTA SÃO DESORDENS DO DESENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO RELATIVAMENTE COMUNS, POSSUINDO CAUSAS QUASE COMPLETAMENTE DESCONHECIDAS
A perda de conectividade funcional durante as condições de repouso e tarefa tem sido relatada, também, nestes casos ( Just et al., 2007), entre regiões do córtex frontal e parietal, por exemplo.
E complementando o estudo realizado por Belmonte, Kennedy et al. (2006) de fMRI, demonstrou que o cérebro de pessoas com autismo falha em desativar áreas desta "rede de modo padrão", principalmente aquelas presentes na linha mediana do cérebro, tais como o córtex cingular posterior e o córtex pré-frontal médio, quando fazem a transição de um estado cognitivo de repouso para um estado de ativação por tarefas cognitivas com demanda atencional.
Na verdade, o grau de inativação do córtex pré-frontal médio foi inversamente correlacionado com uma medida clínica de comprometimento da capacidade de socialização. Esta falta de inativação pode ser explicada pelo baixo nível de atividade de modo padrão durante o repouso, em autistas. Assim, processos de pensamento autorreferen-hiperatividade (DDA/DDAH). O cérebro destas pessoas apresenta acoplamento funcional anormalmente baixo entre as estruturas da linha mediana da rede de modo padrão, especificamente entre o córtex cingular posterior e o anterior (Castellanos et al., 2008).
E, como já disse anteriormente, o Neurofeedback vai atuar exatamente aí, na viabilização do ajuste destas conexões corticais, facilitando ou inibindo sua atividade, com isso habilitando ou desabilitando a participação de agrupamentos neurológicos distintos, estimulando e direcionando eventos de plasticidade funcional e mesmo estrutural, no cérebro. E é neste verdadeiro processo de aprendizagem neurológica que os neurônios vão reorganizando a malha de conexões corticais e corrigindo, assim, as deficiências funcionais ainda presentes.
 
Fonte: Revista Psique

Disponível em: <http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/67/redes-funcionais-cerebrais-e-o-autismo-a-questao-da-225202-1.asp>. Acesso em: 29 jul. 2011.

Batalha Contra o Espelho: pesquisa mostrou que 69% dos entrevistados pensam não ter uma boa imagem, pelo menos uma hora do dia. Mas há casos em que a insatisfação com a própria imagem chega a ser patológica. É quando surge o transtorno dismórfico corporal

As cirurgias plásticas viraram uma obsessão do cantor americano Michael Jackson, cujas intervenções começaram em 1984 e não pararam mais. Em uma entrevista concedida em 1993 à apresentadora americana Oprah Winfrey, o astro pop se descreveu como perfeccionista e "nunca satisfeito com nada", incluindo a sua aparência. Jackson não estava sozinho. Afinal, quem nunca se sentiu insatisfeito diante do espelho ao menos por um dia? Mas há quem confira dimensões extremas à conhecida fábula do patinho feio e transforme o próprio corpo num verdadeiro campo de batalha. São pessoas que sofrem de uma desordem psicológica chamada dismorfofobia ou transtorno dismórfico, que as faz alimentarem ideias irreais sobre a própria imagem corporal. É o caso da engenheira química C., de 39 anos, que teve sérios problemas devido à excessiva preocupação com a sua aparência física. Dizia que seu rosto se tornava flácido e que suas bochechas estavam prestes a desabar. Começou, então, a se sentir insegura a ponto de não sair na rua sozinha. Deixou de dirigir, ficando a maior parte do tempo em casa. Passou a ter espasmos no rosto e deixou até mesmo de falar. Exames clínicos, porém, não mostraram qualquer alteração na pele ou no tônus muscular do rosto de C., mulher jovem e de boa aparência.
O distúrbio foi relatado pela primeira vez pelo psiquiatra italiano Enrico Morselli, em 1886. À época, foi descrito como um sentimento de feiura ou defeito no qual a pessoa sente que é observada por outras, embora a sua aparência esteja dentro dos limites da normalidade. Por isso, o distúrbio recebeu o nome de "hipocondria da beleza". Somente nos Estados Unidos, o distúrbio atingiria cerca de 5 milhões de pessoas ou 2% da população. "Trata-se de uma certeza, muitas vezes delirante, de que uma parte do corpo não está bem. Enquanto a pessoa que alucina inventa o mundo, o delirante vê o mundo com outros olhos", compara o neurologista Edson Amâncio, autor do livro O homem que fazia chover.
"Em geral, as queixas envolvem falhas imaginárias ou leves no rosto ou na cabeça, como acnes, cicatrizes, rugas ou inchaços", diz. Dificuldades sociais e conjugais ocorrem com as pessoas que têm o transtorno, dependendo da gravidade, a ponto de terem sua vida completamente desestruturada. "O prejuízo pode ser resultado do tempo que se gasta com a atenção ao corpo, em detrimento de outros aspectos da vida, quase sempre negligenciados", diz Amâncio. "Quem sofre da doença se olha com frequência no espelho ou em outras superfícies refletoras para checar a aparência, o que pode consumir muitas horas por dia numa atitude compulsiva bastante difícil de resistir", diz o neurologista. Outros, ao contrário, esquivam-se de espelhos em uma tentativa não bem-sucedida de diminuir o mal-estar e a preocupação.

imagens: shutterstock / divulgação
Michael Jackson era obcecado por sua imagem. Tanto que realizou a primeira cirurgia plástica em 1984 - e nunca mais parou. Perfeccionista, ele dizia que nunca estava satisfeito com nada, nem com a sua aparência
Camuflagem
As queixas de quem tem preocupação exagerada com o corpo, entretanto, são vagas. Muitas pessoas evitam descrever seus defeitos em detalhes, podendo se referir à sua "feiura" em geral. Essas pessoas tentam camuflar seus defeitos imaginários com óculos escuros, bonés, luvas ou roupas. O psiquiatra e psicoterapeuta Geraldo Possendoro, professor da Unifesp, lembra que a crença de que algo está errado com o corpo pode extrapolar todos os limites. "A pessoa pode se queixar de que os poros do nariz estão muito abertos, por exemplo. Muitas vezes não há defeito algum ou o defeito é supervalorizado pelo paciente", diz Possendoro, para quem o problema muitas vezes está associado à baixa autoestima.
Os indivíduos com esse transtorno frequentemente pensam que os outros estão observando o seu "defeito", o que pode levar a uma esquiva das situações sociais que, levada ao extremo, chega até ao isolamento social. "Esses pacientes buscam e recebem tratamentos para a correção de seus defeitos imaginários, em uma peregrinação por diversos profissionais, principalmente cirurgiões plásticos, sem, no entanto, corrigir os supostos defeitos", diz Possendoro.

Leia a reportagem completa:http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/67/batalha-contra-o-espelho-pesquisa-mostrou-que-69-dos-225215-1.asp
 
Fonte: Revista Psique

I Encontro de Pesquisadores em História da Saúde Mental

O Encontro acontecerá em Florianópolis, nos dias 04 e 05 de agosto de 2011, no Campus Universitário David Ferreira Lima da UFSC, bairro Trindade.

O desenvolvimento de pesquisas históricas na área da psicologia e da saúde é de fundamental importância para a compreensão do contexto dos dispositivos de atenção à saúde e seus impactos no campo da produção da subjetividade. Nos últimos anos houve um incremento da produção de pesquisas sobre a história do campo da saúde mental no Brasil, sendo uma área interdisciplinar por excelência, com pesquisas desenvolvidas na área da psiquiatria, antropologia, enfermagem, serviço social, psicologia, entre outras.
Em especial, a psicologia brasileira, nas últimas décadas, foi marcada pela intensa necessidade de pensar criticamente suas práticas, tendo em vista os variados campos de inserção nos quais se inscreve. Nesse movimento, pondera acerca de sua história, busca compreender os caminhos que percorreu e protagoniza processos de transformação de posicionamentos frente aos fenômenos e desafios do tempo presente.
Além disso, cabe destacar que as últimas décadas contam com relevantes processos de intervenção da área no que se refere ao planejamento, gestão e avaliação das políticas de saúde mental, tendo em vista os contextos do Movimento da Reforma Sanitária, da implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) e da implementação da Reforma Psiquiátrica Brasileira.
Mais informações no site do evento: www.encontrohistoriasm.ufsc.br/sobre/

quarta-feira, 27 de julho de 2011

A Paixão Diagnóstica: o ato médico considera que a formação em medicina oferece tanta qualificação em psicopatologia quanto a de psicologia habilita à interpretação de exames de fezes

Tramita na Câmara Federal o projeto de lei 268/2002, que estabelece as prerrogativas do ato médico. Se aprovado, entre outras disposições ficará estabelecido que toda forma de tratamento psicológico deve ser preliminarmente indicada por um médico. A exclusão atinge nutricionistas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e demais profissionais não médicos da saúde. O raciocínio baseia-se na ideia de que apenas a formação médica habilita alguém a realizar um diagnóstico nosológico, ou seja, a determinação de uma doença definida como “cessação ou distúrbio da função do corpo, sistema ou órgãos, caracterizada por no mínimo dois dos seguintes critérios: agente etiológico conhecido; grupo identificável de sinais e sintomas e alterações anatômicas ou psicopatológicas”. O argumento presume que o diagnóstico justifica a indicação de tratamento. O texto do projeto esclarece que ele não afeta outras formas de diagnóstico, como o psicológico ou o socioambiental.

Leia reportagem completa:
http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/a_paixao_diagnostica.html

Fonte: Revista Mente e Cérebro

Organização Mundial da Saúde Divulga Estatísticas Globais da Depressão: estudo envolveu 18 países; Brasil apresenta maior incidência do distúrbio entre os de baixa e média renda

“A depressão grave revela-se um problema de saúde pública em todas as regiões do mundo e tem ligações com as condições sociais em alguns países”. Essa é conclusão do relatório sobre o transtorno feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 18 países, de alta e de baixa renda, incluindo o Brasil. Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (26), em artigo publicado na revista BMC Medicine.

O estudo foi coordenado pelo sociólogo Ronald Kessler, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Segundo o relatório, aproximadamente 14,6% da população dos países com alta renda já teve depressão, com média de 5,5% no ano passado. Já entre o grupo de renda baixa e média, 11,1% das pessoas apresentou o distúrbio em algum momento da vida e 5,9% nos últimos 12 meses. A maior prevalência no ano anterior à pesquisa foi registrada no Brasil, com 10,4%, e a menor no Japão, com 2,2%. Além disso, os pesquisadores observaram que nos países mais ricos a idade média de início dos episódios de depressão é 25,7 anos, contra os 24 anos dos menos desenvolvidos. Ainda assim, nos países com alta renda os jovens são o grupo mais vulnerável. Já nos outros lugares os idosos mostraram maior probabilidade de ficar deprimidos. Nos dois grupos a separação de um parceiro foi o fator mais importante, a ocorrência foi duas vezes maior em mulheres e a incapacitação funcional mostrou-se associada a manifestações recentes de depressão.

Os dados referentes ao Brasil foram colhidos na região metropolitana de São Paulo, em 2009: 5037 pessoas participaram do estudo, que mapeou outros transtornos relacionados à depressão como ansiedade, pânico e fobias. Os resultados indicam que 44,8% dos paulistas já apresentaram algum transtorno mental, com frequência de 29,6% no ano anterior à entrevista. Segundo uma das autoras da pesquisa brasileira, Maria Carmem Viana, professora do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), as estatísticas podem ser úteis para a criação de políticas públicas de prevenção e tratamento específicas para cada população.

 Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/organizacao_mundial_da_saude_divulga_estatisticas_globais_da_depressao.html> Acesso em: 27 jul. 2011

Caminhos e Descaminhos da Reforma Psiquiátrica Brasileira: 10 anos da Lei 10.216/01

19 e 20 de agosto de 2011

O evento irá  discutir questões como: a excessiva hierarquização, controle e uniformização da política nacional; o lugar dos saberes especializados no processo, especialmente do saber psiquiátrico; as particularidades das realidades locais num país continental como o Brasil; a construção de redes que incorporem iniciativas criativas e ao mesmo tempo ofereçam real cobertura de assistência à população; a importância da formação continuada e enriquecida para um trabalho afinado com os princípios do SUS, da desinstitucionalização e da inclusão social.
 
Mais informações através do link:
http://www.fafich.ufmg.br/lagir/index.php?option=com_content

Tratamento Psiquiátrico ou Prisão Perpétua?: mesmo sem condenação, seis jovens não tem data para sair de uma espécie de cadeia onde deveriam receber tratamento psiquiátrico.


Apesar do nome sugestivo, a Unidade Experimental de Saúde (UES) não é um hospital. O atendimento psiquiátrico ali é precário. Secundário, até. Embora ostente muros de sete metros de altura, seja vigiada por câmeras e agentes penitenciários, tecnicamente, ela não pode ser chamada de prisão. Afinal, os seis rapazes que vivem no local não estão cumprindo pena nem têm data definida para sair. Também não se trata de um centro de ressocialização porque não há atividades pedagógicas e laborais que ajudem a prepará-los para retomar a rotina do lado de fora. Nas últimas semanas, a reportagem de ISTOÉ
entrevistou profissionais do direito e da saúde mental, além de integrantes do governo paulista, para desvendar os mistérios que cercam a criação e a manutenção da UES. Por que ela existe? Como funciona? “A Secretaria da Saúde não permite a entrada de mais nenhum interno na Unidade. Ela está fechada”, garante Arthur Pinto Filho, promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo. “Precisamos encontrar soluções para os seis jovens que estão lá.”
A UES nasceu vinculada à Fundação Casa (antiga Febem). Foi concebida para abrigar infratores diagnosticados com transtorno de personalidade. A ideia era oferecer atendimento especializado enquanto eles cumprissem medida socioeducativa. A Unidade, porém, nunca serviu ao propósito inicial e se tornou o que é a partir de um embate entre o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e o governo do Estado sobre o que fazer com Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha. Junto com quatro adultos, ele sequestrou e matou Liana Friedenbach e Felipe Caffé, em 2003. Felipe, 19 anos, tombou com um tiro. Liana, 16, acabou estuprada durante quatro dias e assassinada a facadas. A crueldade contra os adolescentes, estudantes do tradicional Colégio São Luís, motivou debates acerca da saúde mental dos criminosos e de propostas para a redução da maioridade penal. Como Champinha tinha 16 anos, estava sujeito à punição prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – três anos de internação.

Leia reportagem completa: http://www.istoe.com.br/reportagens/paginar/135118_PRISAO+PERPETUA+A+BRASILEIRA/1

Fonte: Revista Isto é
Acesso em: 26 jul. 2011

IX Encontro Catarinense de Saúde Mental

O IX Encontro Catarinense de Saúde Mental visa promover e aprofundar debates sobre as práticas, concepções teóricas e estratégias da Política Nacional de Saúde Mental, entre acadêmicos, gestores, profissionais da atenção psicossocial, usuários e sociedade civil em geral.
O encontro é promovido pelo GPPS - Grupo de Pesquisas em Políticas de Saúde, da Universidade Federal de Santa Catarina e pela Abrasme - Associação Brasileira de Saúde Mental e reveste-se de caráter intersetorial, pois conta com o apoio de vários órgãos públicos e entidades privadas sem fins lucrativos, inclusive conselhos profissionais e as ligadas ao controle social. Como nos encontros anteriores, esperamos que participantes de Santa Catarina e de outros estados possam compartilhar idéias, trabalhos científicos e experiências, aproveitar a agenda social, a cultural e o acolhimento que este evento tem sempre proporcionado.

Mais informações no site: http://www.ccs.ufsc.br/saudemental/

Fonte: Revista RADIS : comunicação e saúde

terça-feira, 26 de julho de 2011

VI Colóquio da Residência em Psicologia Clínica e Saúde Mental do Hospital Juliano Moreira

O Colóquio da Residência de Psicologia Clínica e Saúde Mental do Hospital Juliano Moreira surge da necessidade de se discutir a interface da psicanálise com as demais teorias e práticas que atravessam o campo da saúde mental. Neste ano de 2011, em sua sexta edição, se propõe a refletir sobre as questões que atravessam todos aqueles sujeitos convocados a lidar com a loucura.

A experiência da loucura, o sujeito da loucura, o tratamento da loucura, as possibilidades com a loucura. Considerando a importância de todos estes aspectos já trabalhados em colóquios anteriores, o VI Colóquio lança a proposta de mudarmos o foco e refletirmos sobre todos os outros, além do louco, que lidam, lutam e labutam com a loucura, pensando como a loucura intervém na vida daqueles que encontram-se com ela cotidianamente; trabalhadores da saúde mental, família, comunidade e, ainda mais largamente, a sociedade. A lógica antimanicomial exige desses atores sociais uma nova postura diante da loucura e este colóquio, intitulado "A LIDA COM A LOUCURA: IMPASSES E INVENÇÕES", interroga: como estão sendo percebidas as responsabilidades, potencialidades e dificuldades desses que são convocados a atravessar a experiência da loucura junto ao sujeito que sofre?
INSCRIÇÃO, INFORMAÇÃO E SUBMISSÃO DE TRABALHOS:
http://residenciapsi-saudemental.blogspot.com/

Fonte: Hospital Juliano Moreira 

GT de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Realiza Evento no CRP-03

O Grupo de Trabalho de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente realizará o encontro Psicologia e Socioeducação: relações possíveis frente à privação de liberdade, no dia 30 de julho, às 8h, no CRP-03. Este encontro abre a programação especial de eventos em comemoração ao mês da(o) psicóloga(o). Inscrições e informações: 71 3332-6168 / eventos@crp03.org.br.

Fonte: Conselho Regional de Psicologia (Bahia/Sergipe)

Saúde Mental: seminário encerra turma de 2011

Com quase três décadas de existência, o curso de Especialização em Saúde Mental e Atenção Psicossocial realizará, na próxima sexta-feira, 29/7, o seminário de encerramento da turma de 2011. O evento, aberto ao público, será coordenado pelo pesquisador da ENSP Paulo Amarante e receberá como palestrantes o diretor da Escuela de Psicologia Social para la Salud Mental, Alfredo Moffatt, e Daniela Azpiazú Bitsikas, da mesma instituição. Os temas debatidos serão O desenvolvimento das comunidades autogestivas em saúde mental e Antropologia dos meninos de rua. O seminário está marcado para as 9h30 no salão internacional da ENSP. Não é necessária inscrição prévia.
De acordo com Amarante, o convite a Alfredo Moffatt também é uma homenagem a este psicólogo que criou marcos históricos na área da saúde mental. "Ele abriu caminho para a denúncia da violência na psiquiatria, no manicômio e também a possibilidade de fazer trabalhos de saúde mental que não fossem centrados no modelo asilar. Moffatt escreveu muitos livros, dentre eles Psicoterapia do Oprimido, na década de 1970, que se tornou uma referência para estudantes e militantes da área, pois foi publicado na mesma época do início da Reforma Psiquiátrica brasileira", explicou Paulo.
Ele continuou dizendo que o livro teve grande repercussão internacional. "No Brasil, muito particularmente, ganhou grande vulto, pois tínhamos aqui a Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire, e a teologia da libertação, que também tinha relação com a questão do oprimido. Alfredo Moffatt foi um dos pioneiros no trabalho com comunidade de rua e população carente, e até hoje trabalha com o tema. Moffatt desinstitucionalizou seu trabalho, conseguiu sair do modelo clássico dos hospitais e centros de atenção psicossocial para trabalhar nas ruas", explicou Paulo Amarante.
Daniela Azpiazú Bitsikas, que trabalha com Moffatt na Argentina e também estuda a questão da população de rua, fará a palestra Antropologia dos meninos de rua. Na opinião de Paulo, este é um tema cada vez mais importante para o Brasil, pois o país está vivendo uma epidemia de crack. "Isso aumenta o número de pessoas vivendo na rua, principalmente crianças e jovens, em situação de risco e vulnerabilidade social", alertou.
O curso de Especialização em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, criado na ENSP em 1982, foi pioneiro na formação de quadros para a Reforma Psiquiátrica brasileira e ajudou a construir conceitos e políticas para a área. Além do curso de especialização, acontecem vários cursos descentralizados em todo o país.

Fonte: Informe ENSP
Disponível em: <http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/materia/?origem=1&matid=26627>. Acesso em : 26 jul. 2011

III Simpósio Brasileiro de Saúde Mental da Mulher e o XXX Simpósio do Departamento de Psiquiatria do Centro Médico de Ribeirão Preto.




II Congresso Internacional de Psicanálise

II Congresso Internacional de Psicanálise: A Criança e o Adolescente do Século XXI, pretente discutir sobre o mal-estar da criança e do adolescente no século XXI, propondo a interlocução com colegas de áreas afins como Direito, Sociologia, Pedagogia, Comunicação, entre outras, abordando o tema a partir de três eixos principais: a dificuldades com a lei, as questões com o corpo e um posição frente ao saber. è voltado aos psicanalistas e profissionais de áreas afins.

Data: 27 na 29 de outubro de 2011
Local: Salvador-Ba
Mais informações: http://www.cipsicanalise2011.com.br/
 

A Arte Como Terapia

O Museu de Imagens do Inconsciente faz parte da história da reforma psiquiátrica no Brasil e exerce influência no processo de transformação dos métodos terapêuticos pelo mundo. Surgiu por meio do trabalho terapêutico da Junguiana dra. Nise da Silveira em ateliê criado em 1946, no setor de Terapêutica Ocupacional  do então Centro Psiquiátrico Pedro II. O museu foi fundado alguns anos depois, em 1952, e reúne uma coleção artistica psicopatólogica de cerca de 300 mil obras sendo, um centro vivo de estudo e pesquisa.
O método de trabalho e a origem das obras consistem no estudo de séries de imagens produzidas por um mesmo paciente que permite ao terapeuta acompanhar e compreender o desdobramento de processos intrapsíquicos do autor.
O trabalho revela que a pintura proporciona esclarescimentos do processo psicótico, constituindo um verdadeiro agente terapêutico que pode ser utilizado pelo doente como instrumento para reoganizar a ordem interna, ainda que não haja ´nítida tomada de cosnciência de suas intenções e seus significados. as imagens do inconsciente objetivadas na pintura tornam-se passíveis de trato, pois o paciente da dá forma a suas emoções profundas, do drama que está vivenciando desordenadamente, e despotencializa gradativamente as figuras ameaçadoras.
O Museu raeliza exposições internas e externas (temáticas ou de pacientes específicos), cursos, publicações e documentários que são regularmente apresentados em universidades e centros de cultura no Brasil e no exterior.

MUSEU DE IMAGENS DO INCONSCIENTE:
Rua Ramiro Magalhães, 521
Rio de Janeiro-RJ
Informações: (21) 311-7471
Site:http://www.museuimagensdoinconsciente.org.br/

Fonte: Revista Psique
 

Ministério da Saúde Disponibiliza Publicações Sobre Saúde Mental

Através do enderenço: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=24364&janela=1,  o Ministério da Saúde disponibiliza as seguintes publicações referentes Saúde Mental com acesso completo:


Saude Mental em Dados - 2010
Informativos
I Conferência Nacional de Saúde Mental - Relatório Final
II Conferência Nacional de Saúde Mental - Relatório Final
III Conferência Nacional de Saúde Mental - Relatório Final
III Conferência Nacional de Saúde Mental - Caderno Informativo
III Conferência Nacional de Saúde Mental - Caderno de Textos
Manual CAPS
Oficina de Trabalho para Discussão do Plano Nacional de Inclusão das Ações de Saúde Mental na Atenção Básica
Relatório de Gestão de Saúde Mental - 2003 a 2006
Saúde Mental em Dados 2
Saúde Mental em Dados 3
Saúde Mental em Dados 4
A História de Beta
Caminhos para uma Política de Saúde Mental Infanto - Juvenil
Manual de Prevenção do Suicídio para Equipes de Saúde Mental
Manual de Prevenção do Suicídio para Profissionais da Atenção Básica
A Política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas
I Levantamento Nacional Sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira
Álcool e Redução de Danos
Legislação em Saúde Mental - 1990 a 2004
Reforma Psiquiátrica e Política de Saúde Mental no Brasil
Saúde Mental e Economia Solidária: Inclusão Social pelo Trabalho
Saúde Mental e Economia Solidária: Relatório Final do Grupo de Trabalho
Caderno da Conferência Temática de Cooperativismo Social

segunda-feira, 25 de julho de 2011

De Costas Para o Mundo: desde a infância somos capazes de perceber o que os outros sentem e pensam; autistas, porém, não dispõem desse recurso que permite a comunicação em nível mais sutil

Na cena final do filme Casablanca, quando Humphrey Bogart finalmente pede a Ingrid Bergman que entre no avião que a levará de volta ao seu marido, a jovem mãe que assiste à sessão da tarde pela TV deixa cair uma lágrima. Instintivamente, o filho de 2 anos tenta confortá-la, oferecendo-lhe seu ursinho de pelúcia. Neste momento, os dois (cada um a seu modo) mostram a consciência intuitiva do estado mental e emocional de outra pessoa.

Esse tipo de intuição surge naturalmente para a maioria de nós – mas não para todos. Pessoas com autismo não dispõem desse recurso. O transtorno do desenvolvimento afeta uma pessoa em cada 500 (essa cifra varia, dependendo de como definimos o distúrbio). Atualmente, tem sido adotado o termo “transtornos do espectro do autismo” para ressaltar que a patologia varia amplamente em grau de seriedade, mas mantém em
comum três sintomas: profunda ausência de habilidades sociais, baixa capacidade de comunicação e comportamentos repetitivos. Independentemente da gravidade da manifestação, na base dessas características estão os problemas de intuição social.

Autistas têm dificuldade em se aproximar de outras pessoas porque não construíram um repertório de habilidades de desenvolvimento que permite que os humanos se tornem “especialistas em ler a mente alheia”. Não falamos aqui da habilidade especial de descobrir pensamentos como fazia o sr. Spock, personagem da série Jornada nas estrelas, mas da capacidade de inferir o que os outros estão pensando e sentindo em diferentes circunstâncias. No início da infância, as crianças saudáveis desenvolvem, gradativamente, uma compreensão cada vez mais sofisticada de que os outros apresentam estados mentais que motivam seu comportamento. Por exemplo,
você será capaz de notar que seu interlocutor está nervoso e agitado, mesmo que ele não
lhe diga isso em momento algum da conversa. Ou, se você esquece sua bolsa no escritório, posso perceber que você acredita que ela estará lá mesmo que a faxineira a tenha colocado no depósito de achados e perdidos. Eu posso entender que você mantém uma falsa crença, talvez para se defender de uma frustração. Essa possibilidade natural, da qual desfrutamos desde criança, é uma “teoria da mente”. Formulamos várias delas, muitas vezes por dia, sem sequer nos darmos conta de quantas. É por volta dos 3 anos que começamos a perceber que as outras pessoas têm objetivos, preferências, desejos, crenças e até fazem juízos falsos. Sem essa gama de habilidades sociais a mente torna-se “cega” – incapaz de entender o que os outros estão pensando e por que fazem certas coisas. Isso não quer dizer que não nos surpreendamos, mas de forma geral temos – alguns mais, outros menos, é verdade – condições de compreender o outro e suas razões.

Acesse a reportagem completa: http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/mentes_cegas.html

Fonte: Revista Mente e Cérebro

Receber atendimento em qualquer hospital do mundo é mais arriscado do que viajar de avião, diz OMS

Milhões de pessoas morrem todos os anos em decorrência de erros médicos e infecções adquiridas em hospitais. Diante dessa situação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quinta-feira (21) que ir a um centro médico é mais arriscado do que viajar de avião.
- Se você for internado em um hospital em qualquer país, sua chance de ser vítima de um erro médico é de uma em dez. E a probabilidade de morrer em decorrência dele é de uma em 300 - disse Liam Donaldson, recém-nomeado responsável pela segurança do paciente na organização. A título de comparação, de acordo com Donaldson, o risco de um passageiro morrer numa viagem aérea é de cerca de um em dez milhões de pessoas.
- Isso mostra que a assistência à saúde no mundo todo ainda tem um longo caminho a percorrer - disse.
Centenas de milhões de pessoas sofrem de infecções em decorrência de atendimento médico. Os pacientes devem fazer perguntas e participar das decisões nos hospitais, que precisam usar padrões básicos de higiene e se basear nas indicações da OMS para garantir procedimentos cirúrgicos seguros.
Mais de 50% das infecções adquiridas podem ser evitadas se os profissionais de saúde lavarem as mãos com água e sabão ou álcool antes de tocar nos pacientes. Todos os anos, 1,7 milhão de pessoas adquirem infecções em hospitais, resultando em cem mil mortes, enquanto que na Europa 4,5 milhões de pacientes são contaminados por infecções, dos quais 37 mil morrem.
De todos os cem pacientes hospitalizados, sete nos países desenvolvidos e dez nos em desenvolvimento vão adquirir ao menos uma infecção, segundo a OMS.
- Quanto mais tempo os pacientes ficam nas UTIs, maior o risco de pegarem alguma infecção - afirmou.
Utensílios como catéteres estão associados às maiores taxas de contaminação.
- Os riscos são ainda maiores nos países em desenvolvimento, com cerca de 15% dos pacientes sendo contaminados - disse Benedetta Allegranzi, de um programa de assistência médica segura da OMS. - Eles aumentam nas áreas mais vulneráveis dos hospitais, como UTIs e unidades neonatais desses países.
Cerca de cem mil hospitais em todo o mundo se baseiam nas recomendações da OMS para procedimentos cirúrgicos. A agência da ONU elaborou os documento com a intenção de diminuir as complicações cirúrgicas em 33% e as mortes em 50%.
- Se as recomendações forem adotadas em todo o mundo, estimamos que 50 mil mortes podem ser evitadas por ano.

Fonte: Jornal O Globo

Disponível em: <http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2011/07/21/receber-atendimento-em-qualquer-hospital-do-mundo-mais-arriscado-do-que-viajar-de-aviao-diz-oms-924952253.asp#ixzz1T7TEh6Ro>. Acesso em: 25 jul. 2011.

Bibliotecas e Memória são Temas na Revista Palavra

A terceira edição da Revista Palavra, lançada durante a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), na semana passada, traz diversos artigos sobre memória, além de homenagear o poeta brasileiro Manoel de Barros.
A evolução da escrita e as bibliotecas também são tema de discussão na publicação. O coordenador de Pesquisa e Inovação Museal do Ibram, Álvaro Marins, participa desta edição com o artigo A Biblioteca de Alexandria e Outras Bibliotecas.
A revista é uma produção do Sesc e, anualmente, faz um panorama da literatura brasileira, com artigos assinados por pesquisadores e escritores, entrevistas com autores e especialistas no mercado literário e espaço especial para a divulgação de crônicas e poemas.


Clique no link, e tenha acesso a 3ª ed. da Revista: https://extranet.museus.gov.br/wp-content/uploads/2011/07/revista_palavra_2011.pdf

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Divulgação

Conass Informa n. 232 de 19 de julho de 2011
Durante a sexta edição do I Ciclo de Debates, será realizado o lançamento da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), ferramenta que disponibiliza acervo bibliográfico temático composto por artigos, livros e notícias sobre Bioética e Diplomacia em Saúde.

NETHIS lança Biblioteca Virtual em Saúde no próximo Ciclo de Debates
Espaço virtual que reúne fontes de informações especializadas em Bioética, Diplomacia e Saúde Pública estará disponível a partir do dia 28 de julho
“A Biblioteca Virtual em Saúde é um espaço que reúne fontes de informações especializadas. Por meio da gestão da informação e do conhecimento, a BVS dissemina informação que propicia a discussão e o desenvolvimento de novas pesquisas em nível nacional e internacional por meio do acesso livre e universal à informação”, explica a pesquisadora do NETHIS e coordenadora da nova ferramenta, Tyara Kropf Barbosa, que acrescenta. ”As fontes de informação estão acessíveis para usuários de diferentes níveis, podendo utilizá-las independentemente de sua localização física ou geográfica”.
Durante o lançamento, estarão presentes o diretor da FIOCRUZ Brasília e diretor-executivo da Escola de Governo em Saúde (EGS), Gerson Penna, o gerente do TC 41 – Projeto de Cooperação Internacional em Saúde da Opas e coordenador do NETHIS, José Paranaguá, e o professor do Departamento de Saúde Coletiva e do Programa de Pós-Graduação da Universidade de Brasília (UnB), Claudio Lorenzo.
Após o lançamento, o NETHIS promoverá um debate sobre a Gestão do Conhecimento em Bioética, Diplomacia e Saúde, que tem como objetivo discutir a gestão do conhecimento sob a ótica do acesso livre à informação, com ênfase na saúde, cuja área está diretamente ligada à Bioética e encontra-se em constante crescimento nas agendas internacionais.
Sob tema "Ciência e Poder: Gestão do Conhecimento em Bioética, Diplomacia e Saúde”, a edição de julho do I Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública será realizada em novo horário, às 8h30, no Auditório Interno da FIOCRUZ Brasília. O debate será coordenado pelo diretor do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência da Informação da UnB, Emir Suaiden, e apresentado pela coordenadora da Rede de Bibliotecas da Fiocruz, Ilma Noronha. O evento contará ainda com a participação do diretor da Bireme/OPAS/OMS, como debatedor, Pedro Urra.
O Ciclo de Debates é promovido pelo NETHIS, uma promoção da Fiocruz, por meio do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris) e pelo Programa de Pós-Graduação em Bioética da UnB, por meio da Cátedra UNESCO de Bioética, com o apoio da OPAS/OMS.
Serviço:
Lançamento da BVS temática e Ciclo de Debates – Ciência e Poder: Gestão do Conhecimento em Bioética, Diplomacia e Saúde
Data: 28 de julho de 2011
Horário: 8h30min às 12h
Local: Auditório do Bloco Educacional (1º Andar) – FIOCRUZ Brasília – Avenida L3 Norte, Campus Universitário Darcy Ribeiro, Gleba A, SG 10 (atrás do HUB)
Informações: Lorenna Alves (61) 3329-4525 | nucleo@bioeticaediplomacia.org
Agenda 28 de Julho de 2011
8h30min – 9h - Lançamento da Biblioteca Virtual em Saúde
9h – 11h – Gestão e Poder: Gestão do Conhecimento em Bioética, Diplomacia e Saúde
Expositor: Ilma Noronha
Coordenadora da Rede de Bibliotecas da Fiocruz
Debatedor: Pedro Urra
Diretor da Bireme/OPAS/OMS
Coordenador da Mesa: Emir Suaiden
Diretor do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência da Informação da UnB
11h – 12h – Debate
Local: Auditório do Bloco Educacional, 1 º andar, Fiocruz Brasília - Avenida L3 Norte, Campos Universitário Darcy Ribeiro, Gleba A SC 10 (atrás ao HUB).

Ossos do Ofício: mesmo sem ajuda de órgãos públicos, casa onde foi descoberto cemitério de escravos vira centro cultural

Enquanto fazia obras em sua casa, no bairro da Gamboa, Centro do Rio de Janeiro, um casal achou vários ossos enterrados no chão. Logo surgiu a suspeita de que poderia ter ocorrido uma chacina no local, e até a polícia entrou na história. Arqueólogos resolveram o mistério: ali havia um cemitério com milhares de escravos recém-chegados da África, os chamados pretos novos. Por conta própria, os donos da casa criaram o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), que no ano passado ganhou o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do Iphan. Agora eles vão transformar a casa ao lado em um memorial para contar a história do cemitério e organizar exposições e eventos. Segundo o historiador Julio César Medeiros, autor de A flor da terra: o cemitério dos pretos novos no Rio de Janeiro (Garamond Universitária, 2007), muitos dos africanos recém-chegados morriam vitimados pela varíola, doença que só se manifestava durante a viagem para o Brasil. Por muito tempo eles foram enterrados junto a outros escravos e brancos indigentes, mas em 1779 ganharam um espaço próprio na Gamboa. “Este é o único cemitério criado para pretos novos de que se tem notícia. Outros cemitérios, como o Campo da Pólvora, na Bahia, tinham até presos”, conta Medeiros.
Desde que os ossos foram recolhidos pelo antigo Departamento Geral de Patrimônio Cultural (hoje Subsecretaria do Patrimônio Cultural, Intervenção Urbana, Arquitetura e Design), em 2006, a prefeitura não fez mais nenhum trabalho no local. “Eles chegaram a dizer que iam começar as escavações em 2001, mas acho que o projeto não foi aprovado. Não nos disseram nada e nem voltaram mais. Como não somos historiadores, temos dificuldade para tocar isso aqui, mesmo com a ajuda de alguns estudantes e pesquisadores”, conta Merced Guimarães, dona da casa.
Os ossos foram levados para o Instituto de Arqueologia Brasileiro e estão sendo estudados por várias instituições, entre elas a Fundação Oswaldo Cruz. “Temos dois estudos sobre os dentes dos escravos que vão sair agora no segundo semestre. Fiz uma palestra sobre um deles em Minneapolis, nos Estados Unidos. Há interesse internacional pelo assunto”, diz Sheila Mendonça de Souza, pesquisadora da Fiocruz.
Enquanto o material está sendo estudado, a prefeitura continua sem planos muito definidos para o cemitério. Segundo a Subsecretaria de Patrimônio, há um projeto de integração urbanística entre diversos pontos históricos da região, como o Cais do Valongo, mas a inclusão do cemitério não é certa. Mesmo sem ajuda de custo, o IPN pretende finalizar as obras em sua sede ainda este mês, em seguida fazer uma exposição que conta a história dos pretos novos e inaugurar uma sala multimídia e um espaço para mostras temporárias. O instituto também abriu espaço para a equipe do Museu Nacional (UFRJ) fazer algumas escavações e, quem sabe, novas descobertas.

Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional

Disponível em:< http://www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/ossos-do-oficio>. Acesso em: 21 jul. 2011

Saúde Mental em Dados- 2011

O Saúde Mental em Dados chega a sua nona edição. Assim como em edições anteriores, esta publicação eletrônica traz  quadro geral da rede pública de atenção saúde mental em julho de 2011 e séries históricas sobre os CAPS, as Residências Terapêuticas, o Programa de Volta para Casa, os Hospitais Psiquiátricos e sobre os gastos do Programa de Saúde Mental.

Acesse a publicação: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/mentalemdados2011.pdf
 
Fonte: Ministério da Saúde

PRORROGADAS as Inscrições para a VIII Chamada de Supervisão Clínico-Institucional da Rede de Atenção Psicossocial, Álcool e Outras Drogas

Atendendo a solicitações dos gestores e trabalhadores da rede de atenção psicossocial, as inscrições para a VIII Chamada de Supervisão Clínico-Institucional da Rede de Atenção Psicossocial, Álcool e Outras Drogas foram prorrogadas até 31/07.
Edital: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/chamada_super_VIII.pdf
Inscrições: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=6495

Fonte: Ministério da Saúde

Pacientes Serão Aompanhados pelo Cartão Nacional de Saúde a partir de 2012

Os pacientes do Sistema Único de Saúde terão a base de seu histórico de atendimento acompanhado por qualquer unidade de saúde em território nacional, a partir de 2012. A medida auxilia na sequência ao seu tratamento, restabelecimento da saúde e promoção da qualidade de vida do usuário. Com a nova portaria do Ministério da Saúde, publicada no Diário Oficial nesta quinta-feira (21), o número do Cartão Nacional de Saúde (CNS) será obrigatório para que instituições de saúde realizem procedimentos ambulatoriais e hospitalares pelo SUS. Além disso, outro documento determina que os profissionais de saúde registrem os contatos do paciente para que a Ouvidoria do SUS possa, por exemplo, estabelecer um acompanhamento da satisfação do usuário.
A implementação dessas ferramentas faz parte do esforço do Ministério da Saúde em oferecer um atendimento integral ao cidadão e acompanhar a qualidade do serviço prestado. Em maio, o Ministério da Saúde publicou portaria que regulamentou Sistema Cartão Nacional de Saúde, por meio de um número único válido em todo o território nacional.
“A identificação dos usuários das ações e serviços de saúde é extremamente importante. Só assim poderemos garantir uma atenção completa ao usuário. Isso permite a organização da rede, das ações e da disposição dos serviços de saúde”, afirma Odorico Monteiro, secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde.
SATISFAÇÃO DO USUÁRIO – Com portaria publicada nesta quinta-feira, passa a vigorar uma regra que deve gerar mudanças no relacionamento do SUS com os cidadãos. Os profissionais de saúde deverão incluir na ficha de registro de procedimentos ambulatoriais e hospitalares o endereço eletrônico e o telefone dos pacientes.
Além de aperfeiçoar a identificação dos usuários, estes dados ajudarão o Ministério da Saúde a monitorar os serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde. Por meio da Ouvidoria ativa, por exemplo, o ministério pretende pesquisar o nível satisfação dos usuários quanto ao atendimento recebido.
ACOMPANHAMENTO - O secretário de Gestão Estratégica reforça que a nova portaria que determina o uso do Cartão Nacional de Saúde nos procedimentos ambulatoriais e hospitalares é mais um grande passo no processo de implantação de uma rede integral de atendimento. Com os formulários, a sistema de saúde passa a ter a chave de acesso de todo e qualquer paciente que passar pelo SUS, em território nacional.
Entre janeiro e março de 2012, todos os formulários de Autorização de Internação Hospitalar (AIH) ou de Procedimento Ambulatorial (APAC), além do Boletim de Produção Ambulatorial Individualizada (BPA-I), conterão um campo próprio para o número do Cartão. O prazo foi estabelecido para dar tempo aos gestores organizem e estruturem suas redes de atendimento.
Não há impedimento para aqueles que não possuírem o Cartão. Os estabelecimentos de saúde deverão solicitar o número do CNS no ato da admissão do paciente. Caso o usuário não disponha da informação, a unidade deve efetuar a consulta pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS) na internet. Se não possuir o cadastro, as informações serão colocadas no ato pelo sistema do DATASUS.
DESDE O NASCIMENTO – Outra novidade, que virá por portaria nesta sexta-feira (22), é a utilização dos registros inseridos no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) no cadastramento dos usuários do SUS. A ideia é fazer com que cada bebê que saia da maternidade - seja ela pública ou privada - possua seu registro eletrônico de saúde. Já os cadastros inseridos no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), também deverão ser aproveitados para desativar o registro de saúde.
“Com a obrigatoriedade do Cartão nos vários registros do SUS, estamos criando mecanismos para facilitar a universalização e a integralidade das ações e serviços de saúde”, ressalta Odorico Monteiro. A medida ainda permite o cruzamento de dados para evitar fraudes no sistema utilizando registro de pessoas falecidas.
O secretário explica que a adaptação das maternidades às novas regras será gradativa. “Tomaremos as medidas necessárias para que todas as maternidades do país se adaptem às novas regras, seguindo o mesmo cronograma de implantação do próprio Cartão”. A partir de agora, no entanto, a certidão de nascimento ou a declaração de óbito de qualquer cidadão brasileiro será um documento válido para a inclusão ou exclusão do registro de saúde. Até então, apenas o documento RG era considerado válido.
O SINASC é uma base de dados nacional que contém dados sobre nascidos vivos, como sexo, peso, local onde ocorreu o nascimento, nome dos pais, tipo de parto, entre outras informações. O Departamento de Informática do SUS será o responsável por assegurar a conferência e validação dos dois sistemas com a Base Nacional de Dados dos Usuários no Sistema Cartão Nacional de Saúde.

 Fonte: Ministério da Saúde

Disponível em:<http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=12968>. Acesso em: 21 jul. 2011

Seminário Sobre Autismo em Salvador

Local: Auditório da Biblioteca Pública Thales de Azevedo – Rua Adelaide Fernandes da Costa s/n, Parque Costa Azul – Salvador/BA
Data: 12 de Agosto - sexta-feira, das 8h às 13h.
Público Alvo: familiares de pessoas que estejam no espectro autista, estudantes e profissionais interessados de áreas afins.
Temas:
A Importância da família no desenvolvimento social e cognitivo da pessoa Autista.
Palestrante: Psicóloga Thiana Souza Tavares
Intervenção precoce x Pedagogia x Inclusão.
Palestrante: Professora Rita Brasil. Coord. da AMA
Integração Sensorial no Autismo.
Palestrante: Cintia Nery - Terapeuta Ocupacional
Tratamentos Biomédicos.
Palestrante: Dr.ª Cheldra Graça de Oliveira
Realização dos exames para os tratamentos Biomédicos no Brasil.
Palestrante: Luiz Dias - Diretor do “Autismo Infantil”
Inscrições: doação de um produto de limpeza para a Associação dos Amigos dos Autistas – AMA.
                    Confirme sua inscrição pelo e-mail rs.lluz@ibest.com.br  ou Tel. 88305363
Coordenação: Rose Mary Santos e  Dr.ª Cheldra  de Oliveira.                                                     

Vagas limitadas

Fonte: Comissão Pró- Associação de Profissionais de Saúde Mental da Bahia.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Indivíduos que Usam Antidepressivos São Mais Propensos a Recaídas

Indivíduos que usam remédios antidepressivos são muito mais propensos a sofrer recaídas de depressão do que pacientes que não usam este tipo de medicamento, segundo o pesquisador Paul Andrews, que publicou artigo sobre o tema na revista científica "Frontiers of Psychology".
Depois de revisar vários estudos, ele e sua equipe afirmam que as pessoas que não tomaram qualquer medicação têm um risco de 25% de recidiva, em comparação com 42% ou mais entre pessoas que tomaram algum antidepressivo. Andrews diz que os antidepressivos interferem na autorregulação natural pelo cérebro da serotonina e outros neurotransmissores, mensageiros químcos, e que o órgão tenta corrigir isso quando a medicação é suspensa, provocando nova depressão.
      
Fonte:  <http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2011/07/19/individuos-que-usam-antidepressivos-sao-mais-propensos-recaidas-924938611.asp#ixzz1Sk3hJcDZ >. Acesso em: 21 jul. 2011

Inteligência e Crueldade de um Assassino em Série:

Criminoso mais procurado em quatro países europeus no final da década de 1980, o italiano Roberto Succo foi preso pela primeira vez aos 19 anos, após matar os próprios pais – eles lhe teriam negado as chaves do carro. Formou-se em ciências políticas antes de fugir da prisão psiquiátrica e empreender uma série de assassinatos e estupros. Com base na biografia do assassino italiano, a montagem Roberto Zucco, (com “z” no lugar do “s” do sobrenome original), vencedora do prêmio Shell 2010 de melhor direção, aborda a psicopatia como componente de uma sociedade repleta de absurdos.

Uma das primeiras cenas compreende um diálogo-chave entre o protagonista e sua mãe. Pouco antes de ser friamente estrangulada, ela define o filho como “um trem que descarrila de trilhos dos quais todo mundo pode se desviar”. A metáfora criada pelo autor do texto, o dramaturgo francês Bernard-Marie Koltés, é oportuna – os encontros de Zucco com outros personagens são de fato traumáticas colisões: a rápida relação sexual, empobrecida de sentimento, com uma adolescente é o suficiente para que a moça abandone a família e passe a se prostituir; uma conversa com uma mulher rica e fútil num banco de praça resulta em tragédia.

Apesar de a peça tratar de um assassino em série, a psicopatia fica em segundo plano: é abordada como elemento de uma sociedade de moral distorcida, na qual é preciso “fechar as escolas e aumentar os cemitérios”. O cenário com arquibancadas móveis – os próprios atores arrastam e posicionam as estruturas a cada nova cena – literalmente coloca o público diante de novas perspectivas ao longo do espetáculo. Aos poucos, a agressividade do anti-herói converte-se em perplexidade com o mundo e em desconfortável -consciência de sua “maldade”, até que, perseguido pela polícia, o trem desgovernado corre para a própria destruição.

Roberto Zucco. Espaço dos Satyros 1. Praça Roosevelt, 214, Centro, São Paulo. Informações: (11) 3258-6345. Sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 18h. R$ 30,00
(sexta e domingo) e R$ 40,00 (sábado). Até 30 de julho.

Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponível em: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/inteligencia_e_crueldade_de_um_assassino_em_serie.html. Acesso em: 20 jul.2011

As Bolhas que Combatem Alzheimer, Parkinson e Câncer: minúsculas estruturas rompem a barreira hematoencefálica, fazendo com que medicamentos possam agir no cérebro e salvar vidas

Uma camada densa de células muito compactadas atua no cérebro como se formasse um regimento militar com a função de impedir a aproximação de invasores: trata-se da barreira hematoencefálica. Seu objetivo é proteger a estrutura cerebral de qualquer agente químico potencialmente nocivo. De fato, o sistema é eficiente, já que evita o desenvolvimento de doenças que podem ser fatais. O problema é que a barreira mantém longe também a maioria dos medicamentos que, em determinadas circunstâncias, seriam úteis ao cérebro. Os cientistas passaram décadas à procura de um modo seguro de romper essa couraça para tornar possível o acesso de fármacos contra Alzheimer, Parkinson e câncer. Agora, finalmente, parece haver um caminho para atingir esse objetivo.

O novo método utiliza microbolhas de gás natural, revestidas por uma rígida célula adiposa. Cientistas da Universidade Harvard, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Columbia, e de outras instituições estão desenvolvendo alternativas que permitam injetar essas bolhas na corrente sanguínea e guiá-las até a barreira hematoencefálica por meio de ultrassom. Elas funcionam como uma alavanca, que abre a barreira em pontos específicos, alvejados pelo feixe ultrassônico. Feito isso, os cientistas introduzem no paciente nanopartículas magneticamente carregadas, cobertas com medicamentos, e as guiam até o local em que melhor serão aproveitadas. Estudos com roedores demonstraram que o método propicia absorção até 20% mais eficaz de drogas contra Alzheimer e de anticancerígenos. O desafio dos pesquisadores agora é encontrar uma maneira de aumentar a intensidade do ultrassom de forma que possa ser aplicado em humanos, mas sem provocar lesões nos tecidos.

Fonte: Revista Mente e Cerébro

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/as_bolhas_que_combatem_alzheimer_parkinson_e_cancer.html >. Acesso em: 20 jul.2011

I Encontro Pesquisadores História da Saúde Mental

O Encontro acontecerá em Florianópolis, nos dias 04 e 05 de agosto de 2011, no Campus Universitário David Ferreira Lima da UFSC, bairro Trindade.
As inscrições de participantes estão abertas on line até dia 03 de agosto de 2011. Depois serão realizadas somente no local do evento.
 Mais informações através do e-mail: encontrohistoriasaudesm@cfh.ufsc.br

Veja programação: http://www.encontrohistoriasm.ufsc.br/files/2011/07/Programacao-Completa-em-A5.pdf

SUS Vai Diagnosticar Hepatite em 30 Minutos: os exames rápidos, que detectam os tipos B e C da doença, devem chegar à rede pública de saúde em agosto.

A partir de agosto, o Ministério da Saúde promete disponibilizar no Sistema Único de Saúde (SUS) testes rápidos para o diagnóstico das hepatites B e C . Com o novo exame, seria possível identificar as doenças em, no máximo, 30 minutos.
De acordo com o ministério, os testes rápidos fazem parte dos exames de triagem. O paciente que tiver resultado positivo para uma das hepatites deverá ser encaminhado para a rede de saúde para completar o diagnóstico. Com a identificação da doença, o paciente pode iniciar o tratamento imediatamente.
Os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) das capitais seriam os primeiros a receber o teste rápido. Depois, o exame será levado para as unidades básicas de saúde. O ministério irá investir R$ 10,6 milhões na compra de 3,6 milhões de testes.
A partir desta segunda-feira, dia 18, entram em vigor novas regras para o tratamento da hepatite C na rede pública de saúde. Entre elas, a que permite ao paciente continuar o tratamento por até 72 semanas sem a necessidade do aval de uma comissão médica, procedimento adotado anteriormente.

Fonte: Revista Época

Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI250029-15257,00-SUS+VAI+DIAGNOSTICAR+HEPATITE+EM+MINUTOS.html>. Acesso em: 21. 07.2011

terça-feira, 19 de julho de 2011

CNJ aprova recomendação para penas envolvendo pessoas portadoras de transtorno mental

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou em sessão plenária do dia 5 de julho de 2011, recomendação para que as penas envolvendo pessoas portadoras de transtorno mental possam, sempre que possível, ser cumpridas em meio aberto.

A recomendação leva em conta os princípios e diretrizes aprovados na IV Conferência Nacional de Saúde Mental, realizada em julho de 2010, e com a Lei nº 10.216 de 2001, que trata da proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

Ainda, a recomendação determina a adoção da política antimanicomial na execução das medidas de segurança dos pacientes judiciários. Essa política estabelece a criação de um núcleo interdisciplinar, auxiliar ao juiz, para os casos que envolvam transtorno mental e o acompanhamento psicossocial, de modo contínuo, durante o tratamento.

Para o professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, Alberto Advincula Reis, coordenador do Laboratório de Saúde Mental Coletiva, a recomendação é histórica. “Pois indica que a inclusão social é fundamental para o reestabelecimento das pessoas com transtorno mental, a partir da participação na vida social e na resolução dos seus problemas. Tira o indivíduo da tutela e o coloca no convívio da sociedade, por meio de uma atenção adequada para que ele possa estabelecer laços significativos com seus meios sociais”, disse. E completa: “não é extraindo do meio social que você vai resolver a questão, pelo contrário, vai agravá-la”.

Além disso, segundo o professor, a mentalidade que sustenta a existência do manicômio judiciário – voltado para as pessoas com transtornos mentais que cometeram delito – ficou sendo uma espécie de zona protegida em relação à reforma psiquiátrica. “Essa recomendação abre uma brecha nessa muralha que isolava justamente a questão do transgressor acometido de transtorno mental”, aponta.

O CFP considera a aprovação da recomendação um avanço importante na garantia dos direitos e da cidadania das pessoas portadoras de transtorno mental. Vem romper definitivamente com a ideia da segregação como tratamento e possibilita a responsabilização por meio de afetivo acompanhamento psicossocial.
 
Fonte: Comissão Pró- Associação de Profissionais de Saúde Mental da Bahia

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Guia dos Museus Brasileiros

O Guia dos Museus Brasileiros já está disponível para consulta e download. Elaborado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/Ministério da Cultura), o guia traz dados como ano de criação, situação atual, endereço, horário de funcionamento, tipologia de acervo, acessibilidade, infraestrutura para  recebimento de turistas estrangeiros e natureza administrativa de mais de 3 mil museus já mapeados pelo Ibram em território nacional.
Constam da publicação um total de 3.118 museus, incluindo 23 museus virtuais. As regiões Sudeste (1.150), Sul (874) e Nordeste (709) são, nessa ordem, as que apresentam maior quantitativo de museus.
As informações foram organizadas de modo a facilitar a consulta pelo usuário. Os museus estão divididos por região, estado e município. Legendas com símbolos indicam os dados citados. Ao final da publicação, um índice remissivo relaciona os nomes de todas as instituições.

Para ter acesso a publicação, clique em: http://www.museus.gov.br/guia-dos-museus-brasileiros/

A versão impressa da publicação encontra-se diponível no Memorial Prof. Juliano Moreira (Bbiblioteca) das 8 ás 16 h, seg. a  sex.

Patrimônio Mundial Ganha 25 Novos Bens: comitê decidiu ampliar a lista de propriedades tombadas pela Unesco, que agora conta com mais de 930 itens

Ao longo da última semana de junho, o Comitê do Patrimônio Mundial, órgão oficial da Unesco, esteve reunido em Paris pela 35ª vez para avaliar a inclusão ou ampliação de sítios arqueológicos, reservas naturais e comunidades tradicionais para a lista de bens tombados como patrimônio da humanidade.
O resultado da reunião foi a inclusão de 25 novos itens na lista, sendo 21 deles bens culturais, três naturais e um misto. Além disso, a reserva da biosfera do Rio Plátano, em Honduras, e a floresta tropical de Sumatra, na Indonésia, foram incluídas na relação do patrimônio mundial ameaçado.
Nenhum sítio brasileiro recebeu o tombamento da Unesco dessa vez, mas na última vez em que o Comitê se reuniu, entre julho e agosto do ano passado em Brasília, o país comemorou a inclusão da Praça de São Francisco, em São Cristóvão, Sergipe, na lista do patrimônio mundial. O sítio, um dos exemplares mais completos da arquitetura espanhola que no período da União Ibérica (1580-1640) foi introduzida na América portuguesa, recebeu no dia 08 de julho deste ano o Diploma de Patrimônio Mundial. A solenidade contou com a presença da Ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida.
A lista do patrimônio mundial agora conta com 936 propriedades. Confira a lista de bens que foram incluídos durante a última reunião do Comitê da Unesco:

Bens naturais
Costa de Ningaloo (Austrália)
Ilhas Ogasawara (Japão)
Sistema Lacustre do Vale do Rift (Quênia)
Bens mistos
Área Protegida de Wadi Rum (Jordânia)
Bens culturais
Cidade histórica de Bridgetown (Barbados)
Paisagem Cultural do Lago de Hangzhou (China)
Paisagem Cultural do Café da Colômbia (Colômbia)
O Jardim Persa (Irã)
Paisagem Cultural de Konso (Etiópia)
Causses e Cévennes, Paisagem Cultural Agropastoril Mediterrânea (França)
Fábrica Fagus, Alfeld (Alemanha)
Centros de poder dos Longobardos (568 – 774 d.c.) (Itália)
Templos, Jardins e sítios arqueológicos de Hiraizumi (Japão)
Forte Jesus, Mombasa (Quênia)
Complexo de Petróglifos de Altai (Mongólia)
Catedral de Léon (Nicarágua)
Delta do Saloum (Senegal)
Paisagem Cultural da Serra de Tramuntana (Espanha)
Sítios Arqueológicos da Ilha de Meroe (Sudão)
Palafitas pré-históricas nos Alpes (Suíça, Áustria, França, Alemanha, Itália, Eslovênia)
Aldeias antigas do Norte da Síria (República Árabe da Síria)
Complexo da Mesquita de Selimiye, Edirne (Turquia)
Sítios Culturais de Al Ain (Hafit, Hili, Bidaa Bint Saud e Oases Áreas) (Emirados Árabes Unidos)
Residências de Bucóvina e Dalmácia (Ucrânia)
Cidadela da Dinastia Ho (Vietnam)

 Fonte: Revista História Viva

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/patrimonio_mundial_ganha_25_novos_bens_2.html>. Acesso em: 18 jul. 2011

A Primeira Fonte Tipográfica Brasileira: pesquisadora da Universidade de São Paulo cria fonte digital baseada no estilo de letra usado no primeiro livro impresso do país

Em 1747, o português António Isidoro da Fonseca, proprietário de uma oficina gráfica no Rio de Janeiro, produziu aquele que é considerado o primeiro livro impresso no Brasil. Trata-se de um folheto de 24 páginas que descreve as festividades organizadas para saudar a chegada de um novo bispo à cidade. O título é quilométrico: Relação da entrada que fez o excelentissimo e reverendissimo D. F. Antonio do Desterro Malheyro, bispo do Rio de Janeiro.
Foi essa a obra que inspirou a pesquisadora Laura Lotufo a resgatar a fonte tipográfica usada pelo impressor e criar uma família de tipos digitais baseada nela. O trabalho de Laura, apresentado na Universidade de São Paulo, parte da pesquisa sobre o início da produção editorial no Brasil para desenvolver essa família de fontes, batizada de “Isidora”. Um dos exemplares de A entrada que fez, pertencente ao bibliófilo Rubens Borba de Moraes, foi recentemente digitalizada pela Biblioteca Brasiliana e está disponível na internet.

 Fonte: Revista História Viva

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/a_primeira_fonte_tipografica_brasileira.html>. Acesso em: 18 jul. 2011

Centenário de Nascimento de Mario Lago será comemorado com exposição no Arquivo Nacional

As homenagens estão previstas para terem início no dia 26 de novembro deste ano, data de seu aniversário, quando serão lançados um selo, um carimbo e uma moeda comemorativos aos 100 anos do ator, advogado, poeta e radialista que marcou a história cultural do Brasil.
Em 2012, o Arquivo Nacional sediará uma exposição, que vai do período de 1º de março a 18 de maio, com um show de abertura; o lançamento de um CD com músicas de Mario Lago e a apresentação de 12 shows e 11 filmes .
 
Fonte: Arquivo Nacional 

A Psicologia do Púlpito: as raízes coloniais do entendimento da alma nacional

Em seu Sermão da quarta dominga depois da Páscoa, o padre Antônio Vieira (1608-1697) discute a tristeza a partir da passagem bíblica em que Cristo anuncia sua morte aos apóstolos, que se entristecem. Para Vieira, porém, a causa daquela tristeza não era a ausência iminente do mestre, mas o silêncio diante de sua partida. Se tivessem perguntado aonde Cristo iria teriam compreendido que não havia motivos para sofrer. Assim, a causa da tristeza era o silêncio. Num curioso paralelo, em 1895, Freud afirmou: “Sofremos de reminiscências que se curam lembrando”. A base da psicanálise freudiana era a cura pela palavra e pelo autoconhecimento da alma. Algo a que, em 1676, Vieira (leia mais na página 86) já aludia em As cinco pedras da funda de Davi: “O primeiro móbil de todas as nossas ações é o conhecimento de nós mesmos”, acrescentando no Sermão da quarta dominga do advento: “Nenhuma coisa trazemos mais esquecida, mais detrás de nós que a nós mesmos”.
“Nessa primeira modernidade havia uma forma de terapia que usava as palavras para tratar as dores da alma, ainda que identificá-la diretamente com a psicoterapia atual seja uma imprecisão”, explica o psicólogo Paulo José Carvalho da Silva, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), autor da pesquisa Ideias sobre as dores da alma no Brasil entre os séculos XVI e XVIII, apoiada pela FAPESP. “Ainda assim, investigar as noções de dores da alma nesse período é um desdobramento original da história das ideias psicológicas, uma área de pesquisa emergente na história da ciência. A psicologia como ciência de práticas terapêuticas só foi sistematizada no final do século XIX, mas desde a Antiguidade muitos pensadores quiseram compreender e tratar a alma e um dos nomes desses saberes era a medicina da alma”, analisa o pesquisador. “Muitos dos conceitos da psicologia moderna têm raízes no passado e olhar para esse passado nos permite reconhecer os elos de continuidade com nosso presente, as origens de teorias e métodos próprios do nosso modo de pensar. Se analisarmos o conjunto da produção luso-brasileira colonial, destacando-se o aporte dos jesuítas, notamos a criação de formas e métodos para a construção de um tipo de conhecimento da subjetividade e do comportamento humanos muito relevantes para a definição dos alicerces que darão origem à psicologia moderna”, afirma a psicóloga Marina Massimi, professora da Faculdade de Psicologia da Universidade de São Paulo e autora, entre outros, de História da psicologia brasileira (E.P.U.) “A preocupação com os fenômenos psicológicos no Brasil não é recente e desde os tempos da colônia eles aparecem em obras de filosofia, moral, teologia, medicina, política etc. cujo estudo mostra uma produção muitas vezes original e mesmo questões até hoje atuais”, concorda a psicóloga Mitsuko Makino Antunes, da PUC-SP, e autora de A psicologia no Brasil: leitura histórica sobre sua constituição.
O psicólogo e professor da USP Isaías Pessotti observa em seu estudo Notas para uma história da psicologia brasileira que “a evolução da psicologia moderna começa no Brasil colonial em que se veiculam ideias de interesse para a área em diversas áreas do saber mesmo sem a presunção de construir uma psicologia”. Segundo o pesquisador, esses textos eram explicitamente sobre outros temas, mas tratavam de questões como método de ensino, controle das emoções, causas da loucura, diferença de comportamentos entre sexos e raças etc. compondo o pensamento da elite cultural da época colonial. “É um período pré-institucional, pois o que se publica são obras desvinculadas de instituições da psicologia. São trabalhos individuais, sem compromisso com a construção ou difusão do saber psicológico, escritos por autores indiferentes ao progresso do saber psicológico per se. Na sua maioria são religiosos ou políticos, homens de projeção e poder, iluminados pela cultura europeia e interessados em usar essa ‘psicologia’ para a organização da sociedade e do Estado brasileiro.”
Os tratamentos para as patologias da alma eram assumidos, no início, pelos religiosos, no caso do Brasil colônia pelos missionários jesuítas, seguidos de outros, embora isso não significasse que a medicina da alma fosse uma empresa estritamente religiosa. Postulava-se, de modo geral, uma continuidade entre a dor do corpo e a da alma, identificada como tristeza, luto ou descontentamento. “Na primeira modernidade, o debate filosófico sobre a definição da natureza das paixões também incluía sua relação com a violência. Muitos sustentavam que a paixão era um perigoso elemento da natureza humana com enorme potencial subversivo. Filósofos das mais variadas tradições afirmavam que as paixões são capazes de corromper governos, arruinar sociedades ou mesmo provocar a morte. A paixão era um problema da ordem da ética, da política, estética, medicina e da teologia”, nota Carvalho da Silva. Para os que viviam no Brasil dos séculos XVI e XVII, experimentar uma paixão era sinônimo de “sentir”, de ter sentimentos, e ser afetado por uma paixão significava emocionar-se, viver uma emoção. “Há uma produção cultural elaborada no Brasil que mostra o interesse predominante dessa dimensão poderosa e frágil da experiência humana. O conhecimento, controle e manipulação das paixões, em sua natureza teórica e prática, eram um instrumento particularmente importante para os objetivos religiosos, sociais e políticos da Companhia de Jesus, como revela o interesse dos jesuítas sobre o tema”, avalia Marina Massimi.

Leia matéria completa: http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=4474&bd=1&pg=1
 
Fonte: Revista FAPESP

Seminário Internacional "Museus e os Desafios do Contemporâneo"