Há algum tempo já se sabe sobre o impacto do isolamento social nos baixos indicadores de saúde. Agora, um novo estudo realizado nos Estados Unidos mostra que viver sozinho pode aumentar o risco de morte, especialmente devido a problemas cardiovasculares, como ataque cardíaco e infarto.
O estudo, realizado pelo Brigham and Women's Hospital, em Boston, é o primeiro a comparar o risco cardiovascular de viver sozinho numa população ambulatorial internacional. O resultado está publicado na edição online da revista "Archives of Internal Medicine".
Pesquisadores analisaram dados de 44.573 participantes do Registro internacional de Aterotrombose para Saúde Continuada. Os indivíduos com risco ou que já sofriam de aterosclerose (enrijecimento dos vasos sanguíneos) foram acompanhados por até quatro para verificar a ocorrência de eventos cardiovasculares.
Dezenove por cento dos participantes viviam sozinhos. Os pesquisadores descobriram que os que tinham aterosclerose e viviam sozinhos apresentavam uma taxa maior de morte durante os quatro anos quando comparados àqueles que não viviam sozinhos, 14,1% contra 11,1%, respectivamente. Morte provocada especificamente por problemas cardiovasculares também era mais frequente entre quem vivia sozinho, 8,6% contra 6,8%, respectivamente.
Além disso, a idade de uma pessoa influencia o risco de mortalidade entre quem vive sozinho. Quando eram observados os participantes com idade entre 45 e 80 anos, os que viviam sozinhos apresentavam uma mortalidade e um risco de morte por motivos cardiovasculares maior, quando comparados com aqueles que não viviam sozinhos. No entanto, após os 80 anos, morar com alguém não parece ter um papel importante para reduzir os riscos.
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