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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Tratamento Combate Abstinência de Cocaína Com Estimulação Cerebral: máquina gera campo magnético no cérebro que ativa poder de decisão.Pacientes testados deixaram de ter fissura e vontade de usar a droga


Um tratamento experimental para combater o vício da cocaína, realizado pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPQ-USP), mostrou resultados promissores. As informações são do Jornal Nacional.
Vinte e cinco usuários da droga foram submetidos a sessões de estimulação magnética transcraniana, técnica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para o tratamento da depressão.
A máquina gera um campo magnético no cérebro do dependente de cocaína que ativa as áreas responsáveis pelo poder de decisão e pela sensação de saciedade, comprometidas quando o dependente sente falta da droga.
“O campo magnético faz com que o paciente volte a ter a capacidade de decidir em relação ao uso dele, escolher e não usar”, disse Philip Ribeiro, pesquisador do IPQ.
O estudo, primeiro do mundo de caráter científico a analisar os efeitos da estimulação magnética transcraniana em dependentes de cocaína, foi bem recebido em congressos internacionais de psiquiatria. Em 80% dos pacientes houve redução do desejo de usar a droga e também no consumo de cocaína. Exames de urina feitos nos pacientes também comprovaram a mudança de comportamento.
Os pesquisadores dizem que novos estudos são necessários e que é preciso aliar o tratamento a outras terapias para evitar recaídas.
A equipe quer repetir a experiência com usuários de crack. Mas faz uma ressalva: apesar de promissor, o tratamento não consegue reverter um dos efeitos mais dramáticos das drogas, segundo Marco Antonio Marcolin, orientador da pesquisa.
“A droga precocemente leva a lesões no sistema nervoso. Então a capacidade cognitiva, de raciocínio não se recuperou. Melhorou em tudo, menos nisso”, disse Marcolin.
O tratamento pode provocar dor de cabeça e tontura e não é indicado para quem usa marca-passo ou é epilético. No IPQ há vagas para dependentes que quiserem participar da segunda fase da pesquisa.
 
Fonte: Associação Brasileira de Psiquiatria
 
Disponível em: <http://abp.org.br/2011/medicos/imprensa/clipping-2>. Acesso em: 06 jun. 2012.

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