Pelo menos dez milhões de brasileiros sofrem de depressão. O número pode ser bem maior, já que muitas pessoas não dão importância para a tristeza e angústia que sentem e nem sabem que sofrem da doença.
A depressão é uma desordem química no cérebro, quando os neurotransmissores responsáveis pelas sensações de prazer, bem estar, alegria e tristeza reduzem o envio de estímulos ao nosso corpo. “A pessoa se movimenta devagar, pensa devagar, fica mais lentapra pensar e se locomover”, explica José Del Porto, coordenador do Programa de Transtornos Afetivos e Ansiosos da Unifesp.
A depressão mais comum é a que aparece depois de um trauma, como a morte de uma pessoa querida ou uma doença grave. Mas há outros tipos da doença, como a depressão melancólica ou endógena, que na maioria das vezes, tem causas genéticas. A pessoa é triste, acorda muito cedo e nada a alegra. Ela tem sintomas vegetativos, perde o sono e o apetite. Para ela, o pior horário é logo de manhã.
Na depressão atípica, a pessoa é muito ansiosa, mas consegue reagir a estímulos agradáveis e tem inversão de sintomas vegetativos: tem sono demais e come muito.
Já na depressão sazonal, que está relacionada à luminosidade do dia, a tristeza e a melancolia aparecem no fim da tarde. É o que a professora Marlene Crispim Vieira sente quando não tem a luz do sol. Há oito anos se tratando de depressão, ela faz terapia, toma remédios e percebeu que pra ela, tudo está relacionado à claridade. Já mandou até podar a árvore que ficava em frente às janelas da sua casa.
A depressão já é considerada um problema de saúde pública, mas o tratamento e o diagnóstico estão cada vez mais acessíveis. “Dispomos hoje de uma gama de antidepressivos e de formas de psicoterapia mais focadas na depressão. É um problema tratável”, garante o psiquiatra.
Fonte: Associação Brasileira de Psiquiatria
Disponível em: <http://abp.org.br/2011/
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