Ao viajar pelo interior da Inglaterra, o dramaturgo Peter Shaffer ouviu de um amigo que, em algum lugar próximo de onde passava, um jovem havia cegado seis cavalos. O companheiro do escritor morreu pouco depois, e ele não conseguiu saber mais sobre o assunto. A impressão deixada pelo caso deu origem ao texto, escrito nos anos 70, sobre um adolescente que é levado ao psiquiatra após furar os olhos de animais.
Shaffer cria possíveis motivações psicológicas para seu protagonista, Alan, de 17 anos. Uma delas é o contraste entre a mãe religiosa e repressora – o nome da peça, aliás, significa cavalo em latim e é usada pelo rapaz para se referir a uma espécie de Deus – e o pai, um simpatizante do socialismo que critica todas as atitudes do filho. Vários aspectos de personalidade são revelados em seus diálogos com o psiquiatra Dr. Dysart, uma figura controversa, pois, ao mesmo tempo que reconhece o comportamento patológico do jovem, sente-se fascinado e atraído por ele. O texto já teve várias adaptações para teatro e cinema. Na primeira versão apresentada no Brasil, em 1976, o ator Paulo Autran fez o papel de Dr. Dysart. Na montagem do grupo Conteúdo Teatral, Leonardo Miggiorin dá vida a Alan.
Equus. Teatro Folha. Shopping Pátio Higienópolis. Avenida Higienópolis, 618, Higienópolis, São Paulo. Informações: (11) 3823-2323. Sexta às 21h30, sábado às 21 h e domingo às 20 h. R$ 60 (setor 1) e R$ 40 (setor 2). Até 1o de julho.
Fonte: Revista Mente e Cérebro
Disponível em:<http://www2.uol.com.br/
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