Ações preventivas podem ser definidas como intervenções desenvolvidas para se evitar o surgimento de doenças específicas, através da detecção, do controle e da mitigação dos fatores de risco dessas enfermidades (Czeresnia, 2003; Buss, 2003). As intervenções podem ser direcionadas para grupos populacionais específicos ou para a população em geral. São exemplos de estratégias preventivas: os programas de rastreamento populacional do câncer, campanhas de vacinação contra doenças infecciosas, atividades para a conscientização da população sobre os riscos do tabaco e a aplicação de normas de segurança contra acidentes.
Segundo Giovanni Abrahão Salum Júnior, coordenador júnior do Projeto Prevenção, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento para a Infância e Adolescência, a Psiquiatria está buscando uma abordagem preventiva, pois vários transtornos mentais, como a depressão, o transtorno do deéficit de atenção/hiperatividade e a esquizofrenia, podem se tornar crônicos, mesmo com tratamento, trazendo sofrimento e prejuízos sociais e econômicos. Giovanni Salum destaca que esse é um referencial novo, já que, em geral, a área da saúde mental tem se dedicado mais ao tratamento e à reabilitação dos portadores de distúrbios mentais.
O Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento (INPD) é um centro de pesquisa multicêntrico, que reúne especialistas de diversas universidades do Brasil e do exterior, entre elas a Universidade de São Paulo, a Universidade Federal de São Paulo, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Universidade Presbiteriana Mackenzie e a Universidade Federal de Pernambuco. A coordenação da instituição é realizada pelos psiquiatras Eurípedes Constantino Miguel Filho, Luis Augusto Paim Rohde e Marcos Mercadante. O INPD está realizando 16 projetos de pesquisa sobre os transtornos mentais da infância, com avaliações sob o ponto de vista social e biológico, para o desenvolvimento de ferramentas e métodos para a identificação precoce de crianças e de adolescentes que apresentem fatores de risco para os distúrbios, possibilitando uma intervenção antes da doença se manifestar. Porém, se diversos transtornos psiquiátricos têm um componente genético, podemos falar em prevenção? Giovanni Salum explica que as pesquisas sobre a relação entre fatores genéticos e o ambiente sugerem que os genes não determinam as doenças de forma definitiva, os transtornos psiquiátricos são resultado de uma interação complexa entre vários genes de pequeno efeito (isto é, cada gene é responsável por parte dos sintomas) e diversos fatores ambientais. As pesquisas indicam que os fatores ambientais são capazes de alterar a nossa biologia. Embora eles não sejam capazes de modificar a sequência do DNA que herdamos, o ambiente é capaz de alterar quais e como os genes são expressos em determinadas células durante o neurodesenvolvimento. A exata relação entre os fatores genéticos e os fatores ambientais, bem como a magnitude do risco do desenvolvimento de uma psicopatologia ainda são aspectos desconhecidos e provavelmente são bastante diferentes para cada pessoa. Giovanni Salum destaca que existe a possibilidade de serem criadas estratégias de prevenção, quando se considera o papel, ainda inexplorado, do ambiente em “ativar” e “desativar” as porções do nosso DNA.
Leia matéria completa:http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/74/prevencao-em-saude-mental-prevenir-a-ocorrencia-das-patologias-250009-1.asp
O Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento (INPD) é um centro de pesquisa multicêntrico, que reúne especialistas de diversas universidades do Brasil e do exterior, entre elas a Universidade de São Paulo, a Universidade Federal de São Paulo, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Universidade Presbiteriana Mackenzie e a Universidade Federal de Pernambuco. A coordenação da instituição é realizada pelos psiquiatras Eurípedes Constantino Miguel Filho, Luis Augusto Paim Rohde e Marcos Mercadante. O INPD está realizando 16 projetos de pesquisa sobre os transtornos mentais da infância, com avaliações sob o ponto de vista social e biológico, para o desenvolvimento de ferramentas e métodos para a identificação precoce de crianças e de adolescentes que apresentem fatores de risco para os distúrbios, possibilitando uma intervenção antes da doença se manifestar. Porém, se diversos transtornos psiquiátricos têm um componente genético, podemos falar em prevenção? Giovanni Salum explica que as pesquisas sobre a relação entre fatores genéticos e o ambiente sugerem que os genes não determinam as doenças de forma definitiva, os transtornos psiquiátricos são resultado de uma interação complexa entre vários genes de pequeno efeito (isto é, cada gene é responsável por parte dos sintomas) e diversos fatores ambientais. As pesquisas indicam que os fatores ambientais são capazes de alterar a nossa biologia. Embora eles não sejam capazes de modificar a sequência do DNA que herdamos, o ambiente é capaz de alterar quais e como os genes são expressos em determinadas células durante o neurodesenvolvimento. A exata relação entre os fatores genéticos e os fatores ambientais, bem como a magnitude do risco do desenvolvimento de uma psicopatologia ainda são aspectos desconhecidos e provavelmente são bastante diferentes para cada pessoa. Giovanni Salum destaca que existe a possibilidade de serem criadas estratégias de prevenção, quando se considera o papel, ainda inexplorado, do ambiente em “ativar” e “desativar” as porções do nosso DNA.
Leia matéria completa:http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/74/prevencao-em-saude-mental-prevenir-a-ocorrencia-das-patologias-250009-1.asp
Fonte: Revista Psique Ciência e Vida
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