As primeiras alterações de comportamento que surgem antes de uma crise psicótica são essenciais para uma intervenção precoce. É o que mostra a dissertação de mestrado defendida no Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB) pela psicóloga Nerícia Regina de Carvalho, que investigou como os leigos reagem às primeiras crises psicóticas de seus parentes. Nerícia Regina de Carvalho Oliveira é psicóloga clínica do Hospital de Urgência e Emergência Clementino Moura - Socorrão II . Graduada pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), especialista em Bioética pela UnB, mestre em Psicologia Clínica pela UnB e doutoranda em Psicologia Clínica e Cultura pela mesma universidade. Há cinco anos membro do Grupo de Intervenção Precoce nas Psicoses (GI PSI).
Ela observou que a intervenção da família no tratamento de um paciente é essencial na sua recuperação. E, quanto mais cedo os problemas forem identificados, mais eficaz o tratamento. Segundo a pesquisadora, a identificação dos sinais da doença pode interromper sua progressão ou facilitar o tratamento, diminuindo as chances de ela se tornar crônica. A psicose é um distúrbio psiquiátrico grave no qual o paciente perde contato com a realidade, emite juízos falsos (delírios), podendo também ter percepções irreais quanto à audição, visão, tato (alucinações) e distúrbios de conduta, levando à impossibilidade de convívio social, além de outras formas bizarras de comportamento. Para Freud, as psicoses resultam de conflitos entre ego e realidade (mundo externo), refletem o fracasso no funcionamento do ego em permanecer leal à sua dependência do mundo externo e tentar silenciar o id diante de uma frustração da não realização de um daqueles desejos de infância. Ainda segundo Freud, numa psicose existe a predominância do id e a perda presente da realidade. Para Lacan, a psicose se estrutura a partir da presença de uma mãe onipotente, não havendo lugar para o pai. O psicanalista usa o termo foraclusão para explicar essa condição. Os psicóticos sofrem as consequências de tomar as palavras em sua literalidade. As palavras se tornam o objeto. A metáfora é impossível.
Leia entrevista completa: http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/66/sinal-de-perigo-psicologa-nericia-regina-de-carvalho-oliveira-220045-1.asp
Fonte: Revista Psique Ciência e Vida
Ela observou que a intervenção da família no tratamento de um paciente é essencial na sua recuperação. E, quanto mais cedo os problemas forem identificados, mais eficaz o tratamento. Segundo a pesquisadora, a identificação dos sinais da doença pode interromper sua progressão ou facilitar o tratamento, diminuindo as chances de ela se tornar crônica. A psicose é um distúrbio psiquiátrico grave no qual o paciente perde contato com a realidade, emite juízos falsos (delírios), podendo também ter percepções irreais quanto à audição, visão, tato (alucinações) e distúrbios de conduta, levando à impossibilidade de convívio social, além de outras formas bizarras de comportamento. Para Freud, as psicoses resultam de conflitos entre ego e realidade (mundo externo), refletem o fracasso no funcionamento do ego em permanecer leal à sua dependência do mundo externo e tentar silenciar o id diante de uma frustração da não realização de um daqueles desejos de infância. Ainda segundo Freud, numa psicose existe a predominância do id e a perda presente da realidade. Para Lacan, a psicose se estrutura a partir da presença de uma mãe onipotente, não havendo lugar para o pai. O psicanalista usa o termo foraclusão para explicar essa condição. Os psicóticos sofrem as consequências de tomar as palavras em sua literalidade. As palavras se tornam o objeto. A metáfora é impossível.
Leia entrevista completa: http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/66/sinal-de-perigo-psicologa-nericia-regina-de-carvalho-oliveira-220045-1.asp
Fonte: Revista Psique Ciência e Vida
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.