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terça-feira, 21 de junho de 2011

A Reconstrução da Memória: novas descobertas revelam que é possível modificar as nossas recordações negativas e aumentar a capacidade do cérebro de guardar as lembranças que nos fazem bem

Guardar apenas as lembranças boas, felizes. As ruins, aquelas que nos fazem recordar momentos difíceis e dolorosos, seria melhor que desaparecessem. Certamente você já se pegou imaginando como seria bom se isso fosse possível. Se depender da ciência, esse desejo está cada vez mais próximo de se tornar realidade. Numerosas pesquisas realizadas por centros de estudo espalhados pelo mundo estão comprovando que se pode, sim, alterar ou apagar as memórias negativas, permitindo que a mente só traga à tona as recordações que nos fazem bem. Além de representarem um marco na evolução do conhecimento a respeito da memória humana, as experiências abrem uma fronteira importante para a criação de tratamentos de doenças geralmente marcadas por eventos traumáticos, sofridos, como a ansiedade, o estresse pós-traumático, a síndrome do pânico e a depressão. Nesses casos, a simples lembrança do episódio pode desencadear crises e fazer com que a pessoa sinta novamente as mesmas e terríveis sensações. Evitar que essa recordação apareça – ou fazer com que ela ressurja de modo menos assustador –, seria, portanto, uma maneira de poupar a pessoa de um novo sofrimento.
 ponto de partida dessa revolução foi a constatação, nos últimos anos, de que a memória é algo vivo, maleável, sujeito a interferências. Muito distinto da ideia predominante entre os estudiosos por décadas de que a memória era como um pacote fechado, guardado no fundo de um armário e impossível de ser aberto. Com o auxílio de equipamentos como a ressonância magnética funcional, capazes de acompanhar o movimento cerebral em tempo real, diversas pesquisas registraram o vai e vem percorrido dentro do cérebro pelas informações do passado e desvendaram a ocorrência de processos fascinantes.
Um deles acaba de ser anunciado. Na última semana, cientistas da Universidade da Califórnia, de Berkeley, nos Estados Unidos, identificaram como são guardadas as lembranças ruins – aquelas pontuadas pelo medo, angústia, estresse. Os pesquisadores descobriram que esse tipo de recordação é tão forte que estimula a criação de uma rede de neurônios própria, em que ficam marcadas com um status especial (leia mais no quadro abaixo). “Em geral, nos lembramos mais das experiências ruins do que das boas”, diz Daniela Kaufer, uma das responsáveis pelo trabalho. “Nosso estudo ajuda a explicar por que isso acontece.” Os cientistas acreditam que a designação de um compartimento específico para esse gênero de recordação foi uma estratégia criada nos tempos em que a humanidade enfrentava animais e intempéries climáticas para sobreviver. Os novos neurônios auxiliavam a identificar e a reagir mais rapidamente às ameaças.
 
Leia a reportagem completa: http://www.istoe.com.br/reportagens/142710_A+RECONSTRUCAO+DA+MEMORIA?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage
 
Fonte: Revista Istoé

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