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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Insônia: a vilã do sono perfeito

Por Jéssica Rodrigues Lima 
Acadêmica de Jornalismo do CEULP/ULBRA
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Um dos requisitos básicos para uma vida saudável é um sono de qualidade, importantíssimo para o desenvolvimento normal do cérebro, os processos de memória e o aprendizado. Também é através do sono noturno que são liberados hormônios indispensáveispara a maturação, o crescimento e a manutenção da saúde do nosso corpo.
O sono é um estado complexo e ativo e apresenta cinco estágios que se alternam. Um ciclo de sono é considerado completo quando todos os estágios estão presentes e costuma durar cerca de 90 minutos. Desta forma uma pessoa que durma 6 horas numa noite apresentará cinco ciclos de sono e outra que durma 8 horas, seis ciclos. Na primeira metade da noite predomina o sono profundo e na segunda metade o sono REM ou paradoxal. Por estes motivos dificilmente acordamos na primeira metade da noite. Na segunda metade sonhamos, e também acordamos com mais facilidade.
Problemas no sono como insônia interferem de maneira significativa na qualidade de vida e estão entre as principais causas da baixa produtividade. Muitas vezes, a insônia passa despercebida pelos pacientes e pelos médicos. Cabe então ao neurologista perceber que muitas vezes, um paciente com queixas frequentes de memória, atenção, dores de cabeça, mau humor, etc. tem na verdade um transtorno de sono, como insônia. A partir do diagnóstico é possível oferecer tratamento adequado para esse distúrbio que é o mais comum dos transtornos do sono.

O que é?
A insônia é a dificuldade em iniciar e/ou manter o sono, o que prejudica o bom funcionamento da mente e do corpo no dia seguinte. Cerca de 40% dos brasileiros sofrem ou sofreram deste mal nos últimos doze meses. Os principais sintomas da insônia são: dificuldade em iniciar o sono; levantar muitas vezes durante a noite com dificuldade em voltar a dormir; acordar cedo demais e sono não restaurador. A falta de sono pode causar problemas durante o dia, tais como: cansaço, falta de energia, dificuldade de concentração e irritabilidade.

Causas e consequências
Geralmente a insônia é decorrente de fatores estressantes em um indivíduo que apresenta fatores predisponentes, como idade avançada; sexo feminino (principalmente durante e após a menopausa); história de insônia em familiares; depressão e outros distúrbios psiquiátricos; doenças orgânicas; tabagismo; etilismo e dependência química.
O tipo crônico geralmente é causado por uma combinação de fatores como desordens físicas ou mentais. Outras causas incluem artrite; doença nos rins; problema no coração; asma; apneia; narcolepsia; síndrome das pernas inquietas; mal de Parkinson e hipertiroidismo.
Alguns comportamentos têm mostrado perpetuar a insônia em algumas pessoas, são eles: expectativa e preocupação em ter dificuldade para dormir; preocupação excessiva com o trabalho, não sabendo esquecê-los após o fim do expediente; ingestão de quantidade excessiva de cafeína; ingerir álcool ou fumar antes do horário de dormir; soneca excessiva de manhã ou de tarde; horários de dormir/acordar irregulares ou continuamente alterados; ciclos irregulares de sono/despertar (por um trabalho noturno, por exemplo).
A professora Paula Gibbert conta que tem insônia quando está preocupada ou muito estressada. No outro dia as consequências da noite mal dormida aparecem. “Torno-me mais irritada e cansada. Sinto dores na omoplata, principalmente a esquerda”, afirma. A professora ainda conta que nunca procurou um médico para obter um diagnóstico preciso e um tratamento adequado. “Os brasileiros de modo geral vão deixando o tempo passar até o ponto em que não dá mais pra suportar e como não é sempre, vou indo. Nesta noite dormi bem, na noite anterior, acordei às 3 horas e cadê o sono? Sumiu”, relata.
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Diagnóstico e tratamento
Pacientes com insônia devem ser adequadamente avaliados por um médico especializado em Medicina do Sono. Um dos métodos para se diagnosticar um paciente com insônia é o Diário do Sono. O paciente deve preenchê-lo ao longo de 1 a 2 semanas, registrando os horários em que se levanta, deita, cochila, toma café e faz exercícios. O diário do sono é muito útil para a abordagem do médico. Um exame de sono chamado polissonografia também pode ser solicitado, com o intuito de detectar outras possíveis doenças do sono que contribuem para a insônia.
        
O tratamento para a insônia pode ser simples nos casos de início recente ou nos casos em que se interrompe e reinicia por períodos de tempo, com a utilização de comprimidos para dormir de curta ação. Já o tratamento da insônia crônica é mais complicado e consiste em um tratamento multimodal, através do diagnostico e tratamento dos problemas médicos ou psicológicos que possam estar ocasionando a insônia. Também é necessário identificar comportamentos que podem piorar a insônia e interrompê-los ou reduzi-los. Pode ser necessária a prescrição de medicamentos para dormir, dando-se preferência àquelas que não causam dependência. Também são utilizadas técnicas de relaxamento para reduzir ou eliminar a tensão corporal e ansiedade, restrição de sono e recondicionamento do corpo.

Fonte: (EN)Cena

Disponível em: <http://ulbra-to.br/encena/2013/11/23/Insonia-a-vila-do-sono-perfeito>. Acesso em: 26 nov. 2013 

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