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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Até que ponto a busca por um corpo magro é saudável?

Por Odenice Rocha 
Acadêmica de Jornalismo do CEULP/ULBRA

A perda de peso pode ser pela abstenção de alimentos "que engordam", com regimes, com o uso de inibidores do apetite, com purgantes ou diuréticos, induzindo vômitos ou praticando exercícios pesados. A pessoa com este problema adota um comportamento direcionado para o emagrecimento e sofre de um verdadeiro pânico de engordar. Mas até que ponto o processo de emagrecimento pode ser saudável?
Sentir e permanecer com fome, ficar sem comer por horas a fio, se alimentar somente com líquidos, embarcar em dietas malucas, deixando de lado o consumo de nutrientes valiosíssimos ao organismo, e, ainda assim, ficar frente ao espelho e enxergar uma imagem deturpada do próprio corpo. Ou, pior, se empanturrar de comida e, depois, se arrepender. Essas atitudes fazem as mulheres se sujeitarem a diversas agressões que facilmente se transformam em doenças. Tudo bem, sabe-se que estar no peso ideal é fundamental para a saúde, mas, quando emagrecer vira uma obsessão, é preciso atenção.
Quem já passou ou passa pelo problema busca o isolamento como saída, mentindo para si mesma e, frequentemente, causando vômitos sequenciais, na tentativa descontrolada de se livrar daquele consumo em excesso. Contudo, isso é apenas um dos sintomas. Na maioria dos casos, a paranóia chega ao ponto de as vítimas checarem as calorias de todos os produtos a serem comprados no supermercado, além de andar com uma calculadora para somar o nível calórico de cada item ingerido. Quando não se consegue controlar a pressão desse modo de vida, o jogo vira. 
"A minha meta era só uma, chegar aos 45kg, com os meus 1,68 m, queria a qualquer custo, pois pesava 80Kg, e já era alvo de comentários e críticas”, afirma Amanda Leal, estudante, 22 anos. A obsessão por um corpo magro era evidente na vida de Amanda. “Teve uma semana que fiz uma dieta em que só comia ovos cozido e presunto, cheguei no quinto dia estava desmaiando de fome, já estava feliz por ter perdido 3kg e meio, mas no sexto dia não aguentei, desmaiei, fui levada ao médico, e todos já sabiam o motivo. Por me sentir fracassada, posso dizer, comecei a descontar na comida, já que eu não consigo mesmo vou comer. E aqueles quase 4 kg que havia perdido estavam recuperados em 4 dias. Foi até que percebi que a melhor solução era me reeducar, e me amar. A partir do momento que não levei mais como uma obsessão e parei de provocar os vômitos que provocava, mantive o peso e estou perdendo devagar, mas comendo de forma correta e não comprometendo a minha saúde.”
Mas até que ponto é preciso chegar para ter um corpo perfeito? Então, comer compulsivamente, engordar, sentir culpa e entrar em depressão estão entre as consequências. Além das consequências psicológicas, podemos observar vários outros fatores de risco.
A amenorréia, que acontece com aquelas mulheres que praticam dietas bruscas, ou que ingerem hormônios masculinos. A amenorréia primária define a ausência de menarca e a amenorréia secundária se dá por falta de menstruação por 3 ciclos consecutivos ou 6 meses em mulheres que já apresentaram ciclo normal.
Um dos casos mais conhecidos e divulgado pela mídia é a bulimia, que nada mais é que uma disfunção alimentar. Tem incidência maior a partir da adolescência e de 3 a 7% da população, embora seja difícil mapear o real número de pessoas que sofrem da doença, uma vez que ela está cercada de preconceitos e é difícil para o próprio doente confessar seu problema.
Para "compensar" o ganho de peso, o bulímico exercita-se de forma desmedida, vomita o que come e faz uso excessivo de laxantes, diuréticos e enemas. Essas pessoas podem ainda jejuar por um dia ou mais também na tentativa de compensar o comer compulsivo, muitas vezes entrando em um repetivivo ciclo de intensa restrição alimentar alternadas com farras culposas que o levam ao sistema compensatório.
Amanda conta que chegou a iniciar o processo de bulimia. “Logo após comer, levava uma colher para o banheiro, colocava na garganta para provocar vômitos  nos primeiros dias não conseguia, depois foi dando certo, até que minha mãe e irmã perceberam e me advertiram. Eu achava legal ver a Leka, do Big Brother Brasil fazer isso, estava na moda, se dava certo pra ela porque não daria certo pra mim? Mas percebi que nada disso valeria a pena para sacrificar minha saúde. Já tomei inibidores de apetite fortes, comprava sem receitas, e me dava taquicardia. Até que decidi cuidar da minha saúde em primeiro lugar e me amar. Pois se me amasse tudo iria mudar".
A desnutrição também é uma doença causada pela dieta inapropriada, hipocalórica e hipoprotéica. Também pode ser causada por má-absorção de nutrientes ou anorexia. Tem influência de fatores sociais, psiquiátricos ou simplesmente patológicos. Acontece principalmente entre indivíduos de baixa renda e principalmente as crianças de países subdesenvolvidos.
A causa mais frequente da desnutrição é a uma má alimentação. Ainda, outras patológicas podem desencadear má absorção ou dificuldade de alimentação e causar a desnutrição. Vermes intestinais roubando nutrientes. A preocupação obsessiva com algum defeito inexistente ou mínimo na aparência física também é um transtorno de quem luta pela perfeição. A dismorfofobia, também denominada transtorno dismórfico corporal ou síndrome da distorção da imagem, é um transtorno psicológico caracterizado pela
Sua causa é bastante discutível. Pode ser gerada por uma baixa autoestima, pode ser decorrente de uma infância deficiente de carinho e de aprovação levando a uma autocrítica destrutiva, de sentimentos de abandono, ou mesmo por causas orgânicas, agravados pela grande exibição de figuras humanas padronizadas pelos meios de comunicação.Na sociedade atual, a forma mais frequente de dismorfofobia é em relação ao peso corporal. Pessoas com peso adequado para sua altura e faixa etária consideram-se acima do peso, submetendo-se a regimes de fome, uso de medicamentos, vômitos forçados e exercícios físicos em excesso.
Outro transtorno pouco conhecido é a Drunkorexia, ou anorexia alcoólica termo criado nos EUA para definir o alcoolismo associado a distúrbios alimentares. Este distúrbio é muito comum entre jovens e adultos de idade entre 20 e 40 anos, que ingerem bebidas alcoólicas no lugar da refeição. 
O ato restringe a absorção de calorias necessárias ao corpo humano sob o objetivo de manter um visual esbelto e na moda. Entre as celebridades artísticas o costume da “drunkorexia”, além de causas estéticas, é impulsionada por cobranças do mercado, angústias e compulsões profissionais.
Claro que alimentar-se bem e fazer exercícios para ter um corpo definido e uma saúde estável é o ideal, mas não podemos esquecer que o excesso pode trazer várias consequências  Pois se sacrificarmos a saúde em prol de um corpo magro ou “bombado”, só acarretarão distúrbios  O melhor direcionamento é consultar um nutricionista e seguir a dieta alimentar. Pois com dedicação e priorizando a saúde a qualidade de vida será muito melhor.

Fonte: (EN)Cena
 
Disponível em: <http://ulbra-to.br/encena/2013/11/14/Ate-que-ponto-a-busca-por-um-corpo-magro-e-saudavel>. Acesso em: 18 nov. 2013

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