Com o avanço da idade, ficamos cada vez mais esquecidos. Simplesmente é mais difícil para o cérebro idoso, ainda que saudável, lembrar coisas que se passaram há poucos dias (já as que aconteceram há muitos anos dificilmente são apagadas). Segundo estudo publicado no Journal of Neuroscience, isso se deve a falhas no processo de consolidação de memórias. Trabalhando com ratos, pesquisadores da Universidade do Arizona perceberam que o hipocampo dos animais mais velhos já não funcionava tão bem quanto antes. Essa estrutura cerebral em formato de cavalo-marinho atua basicamente como um gravador, repetindo virtualmente as experiências relevantes da vigília enquanto nos entregamos às profundezas do sono.
Ao compararem os registros do cérebro de ratos jovens e idosos, os cientistas notaram que nos últimos a atividade neural durante o sono não refletia a atividade neural durante a vigília, ou seja, o “replay” não era muito fidedigno. As consequências apareceram em testes de memória. Os ratos idosos tiveram mais dificuldade para encontrar a saída do labirinto que eles já haviam explorado na véspera.
Segundo os autores, este é o primeiro estudo a sugerir que a habilidade de um animal para desempenhar uma tarefa de mnemônica está relacionada com a capacidade de seu cérebro de realizar a consolidação de memórias durante o sono. Não se sabe ainda por que o hipocampo começa a falhar depois de certa idade, mas o estudo abre perspectivas para a identificação de alvos para futuras drogas que preservem a memória dos efeitos desagradáveis do envelhecimento.
Fonte: Revista Mente e Cérebro
Disponível em:<http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/hipocampo_de_idosos_consolida_menos_lembrancas.html>. Acesso em: 02 set. 2011
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