Depois de perceber um erro, as pessoas geralmente fazem o possível para reparar o engano: empresas pagam indenizações, notas de provas são alteradas e jornais publicam erratas. Porém, segundo um estudo desenvolvido na Universidade Western, na Austrália, o dano causado não é esquecido – mesmo que sejamos explicitamente orientados a ignorar a informação equivocada.
Durante a pesquisa, o psicólogo Ullrich Ecker e sua equipe solicitaram a voluntários que lessem o relato de um acidente com um ônibus que transportava idosos. Em seguida, os pesquisadores retificaram a informação: os passageiros eram jovens. Para metade dos participantes foi dito, ainda, que as vítimas do acidente eram jogadores de hóquei. Alguns voluntários escolhidos aleatoriamente foram avisados de que deveriam se esforçar para lembrar apenas da versão correta da história.
Por fim, os participantes deveriam narrar a notícia. Apesar de a grande maioria ter conseguido recordar da correção feita, muitos ainda erraram ao concordar com afirmações como “os passageiros eram frágeis, por isso acharam difícil sair do ônibus”.
Esses resultados mostram que informações “falsas” não são simplesmente esquecidas e podem se misturar às verdadeiras, levando as pessoas a tomar decisões equivocadas, mesmo após muito tempo.
Fonte: Revista Mente e Cérebro
Disponível em:http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/corrigir_informacao_nao_nos__faz_apagar_o_dado_anterior.html. Acesso em: 26 set. 2011
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