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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Preocupação Excessiva Pode Ter Impacto Sobre Relacionamentos

Todo o mundo se preocupa com alguma coisa uma vez ou outra.
Mas a preocupação pode chegar a níveis obsessivos, interferindo com a vida da pessoa e ameaçando seus relacionamentos sociais.
Essas pessoas sofrem do chamado Transtorno de Ansiedade Generalizada, explica Amy Przeworski, da Universidade Case Western, nos Estados Unidos.
Lidando com as preocupações
Indivíduos com essa ansiedade generalizada geralmente colocam seus relacionamentos sociais - com a família, amigos ou colegas de trabalho - no topo da sua lista de preocupações.
Contudo, os métodos que eles usam para lidar com suas preocupações - da aproximação excessiva até o desligamento radical - podem ser destrutivos.
Em sua pesquisa, Przeworski e seus colegas observaram que as pessoas - indivíduos já em tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada - manifestam suas preocupações de maneiras diferentes, de acordo com sua forma particular de interação com os outros.
Os cientistas identificaram quatro estilos predominantes de interação entre as pessoas com ansiedade generalizada, que eles chamaram de intrusivo, frio, não-assertivo e explorável.
"Todos os indivíduos com esses estilos preocupam-se na mesma intensidade, de forma extrema, mas manifestam essas preocupações de formas diferentes," diz Przeworski.
Manifestação das preocupações
Uma pessoa pode demonstrar sua preocupação por meio de interações intrusivas, por exemplo, querendo saber o que está acontecendo com o marido (esposa) ou com os filhos a cada cinco minutos.
Outra pessoa pode manifestar sua preocupação criticando os comportamentos que ela acredita serem descuidados ou imprudentes.
Outra ainda pode "não-exprimir-se", afastando-se do outro.
"A preocupação pode ser similar, mas o impacto da preocupação em suas relações interpessoais pode ser extremamente diferente. Isto sugere que os problemas interpessoais e as preocupações podem ser questões interligadas," diz Przeworski.
Ela sugere que as terapias para tratar o Transtorno de Ansiedade Generalizada devem focar tanto as próprias preocupações quanto os respectivos problemas interpessoais.

Fonte: Diário da Saúde

Disponivel em:<http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=preocupacao-excessiva-impacto-relacionamentos&id=6756>. Acesso em: 30 set. 2011

Bebês Aprendem a Contar Antes do Que Parece: com 18 meses os pequenos já são capazes de entender números, ainda que não saibam expressar essa aptidão

A maioria das crianças aprende a contar a partir dos 2 anos, após observar muitos cálculos feitos pelos pais, irmãos e até mesmo personagens de desenhos educativos. Segundo um estudo do psicólogo Michael Siegal, da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, porém, com aproximadamente 1 ano e meio os pequenos já conseguem relacionar quantidades a números mais baixos, mesmo que ainda não saibam se expressar. Para testar essa hipótese os pesquisadores mostraram a bebês de 18 meses um vídeo com 6 peixes nadando e outro com apenas 3. Enquanto os vídeos eram passados, uma voz contava até 6. Conforme esperado, os pequenos voluntários passaram mais tempo olhando para a sequência que mostrava a contagem correta, um indício de que eles associavam os números ouvidos à quantidade de animais na tela.

Fonte: Revista Viver Mente e Cérebro

Disponível em:<http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/bebes_aprendem_a_contar_antes_do_que_parece.html>. Acesso em: 30 set. 2011

Estudar Música Preserva Habilidades Cognitivas: idosos que aprenderam a tocar instrumentos na infância se saem melhor em testes de memória, mesmo que não pratiquem há anos

Colocar o filho em uma escola de música pode melhorar suas habilidades cognitivas na fase adulta. Essa é a conclusão do estudo da neuropsicóloga Brenda Hanna-Pladdy, da Universidade Emory, em Atlante, e sua equipe. Eles recrutaram 70 voluntários entre 60 e 83 anos e formaram dois grupos: os que aprenderam a tocar instrumentos musicais na infância – e mantiveram o hábito por dez anos ou mais – e os que não foram iniciados musicalmente. Em seguida, todos os participantes realizaram diversos testes relacionados à memória e a capacidades cognitivas. Após analisarem os resultados, os cientistas descobriram que as pessoas do primeiro grupo apresentaram pontuação significativamente mais alta do que as do segundo. Agora os pesquisadores querem entender melhor esse processo e verificar se outros aprendizados, como o de um segundo idioma, podem ajudar a preservar a saúde mental de idosos.
 
Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponível em:<http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/estudar_musica_preserva_habilidades_cognitivas.html>. Acesso em: 30 set. 2011

Fisioterapeutas, Psicólogos e Enfermeiros Criticam Projeto de Lei do Ato Médico

Audiência pública chamada no Senado Federal para debater o projeto de lei do "Ato Médico" opôs, nesta quinta-feira, médicos a fisioterapeutas, psicólogos, famacêuticos, enfermeiros e optometristas.
Enquanto as entidades médicas defenderam a aprovação do projeto, que regulamenta a atividade e define atos exclusivos do médico, as demais profissões teceram críticas ao texto e disseram que a proposta os coloca em situação de desvantagem.
"As pequenas invasões nas autoridades das profissões [promovidas pelo projeto] criam um clima ruim entre os profissionais da saúde. O projeto de lei vem para dizer que existe um profissional melhor que o outro", afirmou Humberto Verona, presidente do Conselho Federal de Psicologia.
Entre as ações reclamadas pelas demais profissões como não-médicas estão exames e laudos citopatológicos e a medição da visão.
O presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D'Ávila, disse que não se trata de reserva de mercado ou de corporativismo. "Defendemos o diagnóstico e o tratamento privativos do médico. Quem pode pagar vai ao médico. E quem não pode pagar? Sabemos que 30% das equipes do saúde na família não têm médicos. As pessoas estão sendo atendidas, não me pergunte por quem", disse, após a audiência.
Cid Carvalhaes, presidente da Federação Nacional dos Médicos, afirmou que é preciso diferenciar o profissional médico. "A formação de um médico considera 8 mil horas na graduação, além das especialidades. Outras profissões não chegam a 3 mil horas de formação. É nessas diferenças que queremos ser tratados. Ninguém é melhor que ninguém."
O relator do projeto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), disse que o projeto aprovado pela Câmara é inaceitável e será modificado. "Quando o projeto passou na Câmara houve certa radicalização dos médicos. Todas as profissões são importantes, nenhuma pode se arvorar a melhor", disse o senador.
O projeto de lei volta ao Senado, Casa em que teve origem em 2002. Deverá ser analizado pela CCJ e por outras duas comissões. Na sua atual fase legislativa, a proposta pode ser aprovada como originalmente foi no Senado ou ser misturada com a proposta da Câmara.
Segundo D'Ávila, tanto a proposta atual quanto a original do Senado são boas para os médicos.

Fonte: Folha de São Paulo

Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/982881-fisioterapeutas-psicologos-e-enfermeiros-criticam-projeto-de-lei-do-ato-medico.shtml>. Acesso em: 30 set. 2011

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Café Pode Prevenir Depressão em Mulheres, Diz Estudo: pesquisa de Harvard feita ao longo de uma década registrou consumo da bebida entre mulheres.


Estudo sobre consumo de café foi feito entre mais
de 50 mil mulheres (Foto: BBC)

Uma pesquisa indica que mulheres que bebem duas ou mais xícaras de café por dia são menos propensas a sofrer de depressão.
Ainda que as razões desse efeito não estejam claras, os autores acreditam que a cafeína pode alterar a química do cérebro. O estudo mostrou ainda que café descafeinado não teria o mesmo efeito.
Os resultados da pesquisa foram divulgados na publicação especializada 'Archives of Internal Medicine' e provêm de um estudo realizado entre mais de 50 mil enfermeiras.
Uma equipe de especialistas do Harvard Medical School acompanhou a saúde do grupo de mulheres pesquisado ao longo de uma década, entre 1996 até 2006, e fez uso de questionários para registrar o consumo de café por parte delas.
Entre as pesquisadas, apenas 2.600 deram sinais de depressão ao longo deste período. E, destas, a maior parte consumia pouco café ou não tomava a bebida.
Comparadas com as mulheres que bebiam apenas um copo de café por semana ou até menos, aquelas que consumiam duas a três xícaras por dia tinham 15% a menos de chance de sofrer depressão.
Aquelas que bebiam quatro ou mais xícaras por dia tinham 20% de chance a menos de ter depressão.
Suicídios
A pesquisa mostrou ainda que consumidoras regulares de café estavam mais propensas a fumar, beber álcool e menos envolvidas com atividades da Igreja ou grupos voluntários ou comunitários. Elas também estavam menos propensas a ficar acima do peso e a sofrer pressão alta ou diabetes.
Os cientistas afirmam que a pesquisa contribui para outros estudos que indicam que consumidores de café têm índices de suicídios mais baixos.
Os pesquisadores de Harvard acreditam que a cafeína seja o principal agente nesse processo, já que a substância é conhecida por sua capacidade de realçar sentimentos de bem estar e de energia.
Mas ainda é preciso realizar mais pesquisas para verificar se a substância é útil para prevenir a depressão.
Uma outra possibilidade, dizem os pesquisadores, é que pessoas com propensão à depressão optem por não tomar café porque a bebida possui muita cafeína. Um dos sintomas mais comuns da depressão é perturbação do sono e a cafeína pode exacerbar essa condição, por ser um estimulante.
O excesso de cafeína também é capaz de realçar sensações de ansiedade.

Fonte: G1

A Cada Ano, 102 Adolescentes Entre 10 e 14 Anos Cometem Suicídio no Brasil: segundo membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, crescem as internações por tentativa de suicídio de adolescentes entre 13 e 14 anos


Movimentação em frente a Escola Municipal Professora Alcina Dantas Feijão, onde aluno de 10 anos atirou em professora e contra sua própria cabeça em São Caetano do Sul (Adriano Lima/Fotoarena)

Em 2009, 106 adolescentes entre 10 e 14 anos cometeram suicídio no Brasil, de acordo com o dado mais recente do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Nos últimos 14 anos, foram 1.437 mortos, nessa faixa etária, 102 em média por ano. Entre os jovens de 15 a 19, o número é mais de cinco vezes maior: 566 em 2009. Apesar de raros, casos como o suicídio do estudante D.M.N., de 10 anos, que atirou em si próprio após disparar contra a professora Roliseide Queiros de Oliveira, na última quinta-feira, em São Caetano do Sul, não são isolados.
"Infelizmente, agredir professores é algo comum entre as crianças, mas a autoagressão é um fato inesperado", diz Ricardo Nogueira, membro da comissão de prevenção ao suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Nogueira afirma, contudo, que a observação clínica demonstra um crescimento de internações de crianças com 13 e 14 anos de idade por tentativa de suicídio. Sem dados preliminares, o levantamento está sendo feito no Hospital Mãe de Deus, no Rio Grande do Sul, estado que registra um dos maiores índices de suicídios do país.
Nos Estados Unidos, o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens com idades entre 10 e 24 anos, com cerca de 4.400 óbitos registrados por ano. No Brasil, 25 pessoas se matam por dia – tornando o país o 11º colocado no ranking mundial de suicídios, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Dessas 25, duas são crianças e adolescentes de até 19 anos.

Fatores de risco para o suicídio
Saiba quais pontos devem ser observados por pais e professores:

• Histórico de tentativas anteriores de suicídio
• Depressão ou outros distúrbios mentais
• Abuso de álcool e drogas
• Perda ou algum fator recente de stress
• Fácil acesso a métodos letais (como armas, venenos, etc)

De acordo com Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, a arma de fogo é o principal método utilizado pelos jovens suicidas, com 46% dos casos, seguido por sufocamento (37%) e envenenamento (8%). A arma usada no crime ocorrido em uma escola de São Caetano do Sul era um revólver calibre 38 que pertencia ao pai da criança, um guarda civil municipal.
Prevenção — Mais jovens sobrevivem mais a tentativas de suicídio do que de fato morrem. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos com estudantes de escolas públicas e privadas entre 9 e 12 anos mostrou que 15% dos alunos consideram seriamente cometer suicídio, 11% disseram ter criado um plano de ação e 7% tentaram tirar a própria vida nos 12 meses que antecederam a pesquisa. O departamento de emergência americano recebe cerca de 149.000 jovens entre 10 e 24 anos com ferimentos de autoflagelo.
Prevenir o suicídio é uma função da família e também da escola, explica Nogueira. "Precisamos criar uma rede de prevenção ao suicídio. Muitos pais chegam tarde do trabalho e quase não convivem com seus filhos. Por isso, a escola tem um papel fundamental”. No material escolar de D.M.N., havia um autorretrato desenhado pelo estudante no qual ele aparecia segurando duas espingardas cruzadas na frente do corpo. Ao lado, havia o desenho de um homem e a palavra “professor”.
Entre os principais fatores de risco para o suicídio estão depressão, histórico familiar de tentativa de suicídio e abuso de álcool e drogas. "É preciso lembrar que a criança depressiva não tem atitudes parecidas com a do adulto. Em geral, ela fica agressiva e não suporta a depressão", diz Nogueira. "As famílias precisam vencer o preconceito e levar as crianças ao psiquiatra se for necessário. Se não adotarmos a conduta de tratar adequadamente, vamos ver mais casos desse tipo."

Fonte: Revista Veja

Disponivel em: <http://veja.abril.com.br/noticia/saude/a-cada-ano-102-adolescentes-entre-10-e-14-anos-cometem-suicidio-no-brasil>. Acesso em 27 set. 2011

Digitalizados, Manuscritos do Mar Morto Ganham Site do Google

 Nesta segunda-feira, em seu blog, o Google, gigante das buscas anunciou a criação do Dead Sea Scrolls Online, ou, em tradução livre para o português, Manuscritos do Mar Morto Online. Em linhas gerais, o projeto reúne os cinco Manuscritos do Mar Morto digitalizado e acessível a qualquer pessoa do mundo através da internet. O site foi desenvolvido em parceria com o Museu de Israel, em Jerusalém, e seu lançamento marca também o início do novo calendário hebraico. De acordo com a AFP, o custo total do projeto foi de US$ 3,5 milhões financiados pela Autoridade de Antiguidades de Israel e pela divisão de pesquisa e desenvolvimento do Google local.  As fotografias em alta resolução feitas por Ardon Bar-Hamma dos pergaminhos tem até 1.200 megapixels, resultando em uma imagem até 200 vezes maior do que aquilo que se está acostumado a fazer com as câmeras amadoras. Tanta precisão possibilita que o internauta veja os mais minuciosos detalhes dos manuscritos.

Fonte: Revista Isto é

Disponivel em: <http://www.istoe.com.br/assuntos/semana/3>. Acesso em: 27 set. 2011

Conselho de Psicologia Denuncia Maus Tratos em Tratamentos Psiquiátricos: documento que relata 76 casos de morte, maus tratos ou tortura foi entregue a órgão da ONU nesta segunda (26.07)

Passados dez anos da reforma psiquiátrica no Brasil, as unidades de internação de pessoas com transtornos mentais continuam registrando mortes e casos de maus-tratos. A denúncia é do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que produziu um documento com os relatos. Nesta segunda-feira (26), ele foi entregue ao Subcomitê de Prevenção da Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes das Nações Unidas (ONU), no Rio de Janeiro.
O relatório contém 76 casos de mortes, maus tratos ou torturas ocorridos em hospitais públicos e privados e comunidades terapêuticas, entre 2002 e 2010, em todas as regiões do país. Segundo o presidente do CFP, Humberto Verona, as denúncias foram enviadas ao órgão e a instituições parceiras de defesa dos direitos humanos por parentes de usuários desses serviços. Os próprios pacientes, assinalou, também encaminharam reclamações ao conselho. Entre os casos, há medicação forçada, negligência, privação de liberdade e abandono.
De acordo com Verona, o documento foi protocolado na Secretaria-Geral da Presidência da República, na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e no Ministério da Saúde. No entanto, as medidas de proteção aos pacientes ainda não foram tomadas.
"Pela gravidade das denúncias, esperávamos uma repostas mais rápida por parte das autoridades. Como estamos tendo dificuldade nisso, e o governo federal está sinalizando investir nas comunidades terapêuticas, viemos buscar ajuda urgente", disse. As comunidades terapêuticas são instituições privadas normalmente vinculadas a igrejas. Eles classificou esses estabelecimento como "verdadeiros manicômios contemporâneos".

 Fonte: Revista Época

Disponivel em: <http://revistaepoca.globo.com/Saude-e-bem-estar/noticia/2011/09/conselho-de-psicologia-denuncia-maus-tratos-em-tratamentos-psiquiatricos.html>. Acesso em: 27 set. 2011

Decidir Cansa!: após um dia estressante é muito mais difícil tomar iniciativas, desde as simples, como resistir ao desejo de comer uma caixa de doces, até as complicadas, como julgar a inocência de alguém

Em um único dia, um juiz analisa os pedidos de liberdade condicional de três presidiários cuja ficha criminal e sentença são semelhantes. No entanto, apenas um deles é libertado. Segundo pesquisadores da Ben-Gurion University, em Israel, e da Universidade Stanford, o veredicto pode ter sido influenciado por um curioso fator: o horário da audiência. O criminoso que teve seu pedido concedido compareceu ao julgamento no início da manhã, enquanto os outros dois o fizeram no final do dia.
Em estudo publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, os cientistas Jonathan Levav e Shai Danziger acompanharam a rotina de juízes experientes por um ano. Os dois chegaram a analisar mais de 1.100 julgamentos. Em média, foi concedido um de cada três pedidos de liberdade condicional. No entanto, foram libertados cerca de 70% dos prisioneiros julgados pela manhã, contra 10% dos que receberam a sentença no fim da tarde. Segundo os pesquisadores, os réus foram ajudados ou prejudicados pela chamada “fadiga de decidir” (decision fatigue), termo cunhado pelo psicólogo Roy Baumeister, da Universidade Estadual da Flórida. Para o psicólogo, a “força de vontade” necessária para evitar recompensas imediatas depende de atividades mentais que exigem a transferência de energia. Ou seja, após um dia cansativo de trabalho é muito mais difícil tomar iniciativas mais simples, como resistir ao desejo de comer uma caixa de doces, ou mais complicadas, como julgar a inocência de alguém.

Outra pesquisa, conduzida pelo economista Dean Spears, da Princeton University, mostra o “cansaço” causado pela tomada de decisões. A equipe de Spears ofereceu a 20 pessoas de uma aldeia no noroeste da Índia a oportunidade de comprar duas barras de sabão, sendo uma delas de marca conhecida, custando cerca de 20 centavos a mais, quantia significativa considerando os índices de pobreza da região. Em seguida, pesquisadores pediram aos voluntários que os cumprimentassem com um aperto de mão. Observou-se que eles mantiveram as mãos unidas às dos estudiosos por menos tempo do que habitantes de outras aldeias mais abastadas. Para o economista, a obrigação de decidir qual sabão levar de certa forma esgotou a força de vontade dos participantes. A quantidade e a frequência com que pessoas em situação de pobreza têm de fazer renúncias, decidindo a todo o momento o que é mais importante para a sobrevivência, geram fadiga, o que impactaria a dedicação ao estudo, ao trabalho e a outros aspectos que melhorariam sua situação social.

Segundo Baumeister, “os melhores 'tomadores de decisão' são aqueles que sabem quando não confiar em si mesmos”. É possível que, no caso do experimento de Levav e Danziger, os magistrados tenham optado, mesmo inconscientemente, por não decidir no caso dos criminosos julgados ao fim do dia. Para Baumeister, escolher o que comer no café da manhã, para onde ir nas férias, quem contratar, quanto gastar, ou seja, as pequenas e grandes decisões do dia a dia mina a força de vontade. “Não é como ficar sem fôlego e desistir durante uma maratona – o cansaço se manifesta pela tendência a optar pelos ganhos a curto prazo, mesmo sabendo que teremos de arcar com os custos posteriormente”, diz. A análise irracional dessa relação custo-benefício pode ser a mesma que nos “autoriza” a comer a comida açucarada e gordurosa ao final de um dia estressante ou leva um juiz, esgotado, a tomar a decisão mais segura e fácil, mesmo que ela termine prejudicando alguém.

Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/como_cansa_decidir_.html>. Acesso em: 27 set. 2011

Bailarina Transforma Cadeira de Rodas em Elemento Cênico: ONG leva deficientes físicos e mentais a melhorar habilidades motoras e autoestima por meio de música e dança

Antes de entrar no palco, Raquel Firmino, de 45 anos, ajuda a maquiar e a vestir seus três companheiros de espetáculo – Lívia, Eric e Bárbara, seus filhos. Os três têm gangliosidose, uma doença neurodegenerativa rara, causada pela falta de uma enzima essencial para o funcionamento das células neurais. Raquel e seus filhos aprenderam a dançar na organização não governamental (ONG) Centro de Dança Integrado (Cedai), em Campinas, coordenada pela pedagoga e bailarina Keyla Ferrari, onde deficientes físicos e mentais encontram na música e nos movimentos a chance para trabalhar suas habilidades motoras e sua autoestima.

Há 15 anos, muito jovem, Keyla assistiu à apresentação de uma bailarina em cadeira de rodas durante uma viagem a Londres, quando dançava profissionalmente. "Aquela imagem ficou nos meus pensamentos. Pouco tempo depois, quando comecei a dar aulas, surgiu por acaso um aluno surdo”, conta. A ONG tem hoje 70 alunos, com vários tipos de deficiência. As turmas de balé, de percussão e de dança criativa (que desenvolve os movimentos de acordo com as possibilidades de cada aluno) são separadas por faixa etária, e não por deficiência, e parentes são incentivados a participar, como é o caso de Raquel Firmino. “A primeira vez que vi meus filhos felizes foi quando os levei para dançar”, diz ela, que recebeu cachê pelas apresentações do espetáculo Somos um, cuja coreografia reúne cadeirantes, pessoas com síndrome de Down e bailarinos profissionais. Várias empresas já financiaram as apresentações do grupo pelo país.

“No palco, a cadeira de rodas abandona o significado de instrumento associado à limitação para se locomover – ela torna--se elemento cênico, objeto em função da criatividade dos dançarinos”, analisa Keyla, também autora de dissertação de mestrado sobre a dança como meio de superar limites sociais e do corpo, na Universidade de Campinas (Unicamp). Para a professora, quando o deficiente se propõe a dançar há uma libertação dos comportamentos e atitudes do espaço cotidiano. São estabelecidas novas formas de estar e interagir com o outro. “No contexto artístico, a deficiência transmite expressividade de forma particular”, observa. As aulas e ensaios são gratuitos e acontecem na sede do Cedai em Campinas, na rua Benedito Gomes Ferreira, no 600, Parque Via Norte. Informações: (19) 8179-5639.

 Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponivel em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/bailarina_transforma_cadeira_de_rodas_em_elemento_cenico.html>. Acesso em: 27 set. 2011

Videoconferência Discute Depressão e Psicanálise

A psicanálise é um método curativo para a depressão, afirma o psicanalista argentino Juan-David Nasio. Ele, que por 30 anos deu aula na Universidade de Paris VII-Sorbonne e hoje dirige os Seminários Psicanalíticos de Paris, diz que é um erro as pessoas imaginarem o método psicanalítico apenas como "uma experiência intelectual interessante".  A depressão é o tema da videoconferência que Nasio dará no sábado, 1/10, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo.

Fonte: Folha de São Paulo

Da Neurose de Ontem ao Narcisismo de Hoje

A terapia pela palavra está em pleno desenvolvimento no Brasil, na avaliação de Plinio Luiz Kouznetz Montagna, diretor-presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Nesta entrevista, ele diz que o maior desafio da psicanálise, hoje, são as fobias, a síndrome do pânico e outros "transtornos narcísicos"

Neste mês de reflexão --já que a entidade celebra 60 anos de filiação à IPA (International Psychoanalytical Association)--, o psicanalista diz que esse campo está em plena fase de desenvolvimento. Ele conta como um método demorado, profundo e caro sobrevive neste mundo imediatista, em que remédios se colocam como alternativa à conversa terapêutica.
*

O psicanalista Plinio Montagna na sede da Sociedade Brasileira de Psicanálise em São Paulo

Folha - Como o senhor define a psicanálise hoje?
Plinio Luiz Kouznetz Montagna - Ela atua em vertentes interligadas: é tratamento clínico; método de pesquisa sobre o ser humano e teoria do funcionamento da mente que permite generalizações. Ocorre que pensar a clínica permite pensar a cultura e essa conexão com artes e filosofia se mantém. É um campo de saber em desenvolvimento, não está fechada, progride com fluxos e refluxos. Na IPA convivem 12 mil psicanalistas do mundo, de tendências diferentes.
E muitas divergências, não?
Quando Freud era vivo, era ele quem dizia: isto é e isto não é psicanálise. Depois que morreu, ficou mais difícil. Enquanto os grandes mestres do século 20 (Winnicott, Klein, Lacan) estavam vivos, as pessoas seguiam uma linha. Hoje, a tendência é depurar as contribuições de cada autor e articular uma conversa entre eles. Não para integrar, pois as diferenças existem mesmo. Na década de 1980, tantas correntes nos fizeram questionar o que há de comum na psicanálise. Concordamos sobre três pontos: nosso objeto é o inconsciente; a importância da transferência e da contratransferência e a noção de que o passado deve ficar no passado.
Como isso se traduz no consultório?
O que diferencia a psicanálise de outras psicoterapias é o jogo transferencial. Para produzir uma mudança, o que adianta é fazer o problema emergir aqui e agora, na relação com o analista, de modo que seja possível trabalhar com ele. O analista é como uma tela em que o paciente projeta imagens. O complicador é que o analista não é uma tela em branco. Levamos em conta a contratransferência, a relação do profissional com seu paciente: inclui as dificuldades dele, pontos cegos que o impedem de escutar. O trabalho não se restringe a ouvir o relato, o analista escuta inconsciente.
O método nasceu como uma cura pela fala. Essa conversa pode ficar muito racional?
A racionalização não é análise e sim a tentativa de evitá-la. Essa defesa pode surgir tanto do paciente quanto do analista, porque o contato emocional gera turbulência. As resistências fazem parte, porém, o cerne da psicanálise é o encontro, e ele só ocorre quando se vai além das defesas. Por isso temos de saber manejá-las.
E quanto ao passado? Muita gente acha que psicanálise é ficar falando de traumas da infância.
Psicanálise não é "falar sobre". A transferência é uma espécie de atualização do passado com o objetivo de permitir que o presente se instale. A análise permite que o passado fique no passado e a pessoa viva no presente. Essa é a libertação.
Aqui no Brasil, a psicanálise avança ou recua?
Nos anos 50 e 60 houve implantação e expansão, depois teve um momento em que as terapias corporais e o psicodrama estavam em destaque. Por um período, os analistas se recolheram nos consultórios. A clínica continua sendo fundamental, mas hoje vivemos um florescimento para além dela, um momento de grande inserção social. Na Sociedade, há grupos ocupados com atendimento à comunidade, psicanalistas que dão suporte a uma ONG que trabalha com meninos de rua, sem falar na atuação em hospitais. Os analistas também atuam cada vez mais no setor jurídico, trabalhando como mediadores e peritos em questões de família, divórcio, guarda de filhos. E podem contribuir muito graças à visão global que têm de situações complexas como interdição, brigas, drogadição, violência doméstica etc.
Como a técnica responde às patologias contemporâneas?
Esse é o grande desafio atual: lidar com fobias, pânico, transtorno bipolar, borderline, os chamados estados narcísicos. Todas essas patologias têm em comum o fato de serem estruturas arcaicas [criadas no início da vida, antes da linguagem e do amadurecimento da psique], ou seja: se instalam antes do mecanismo de repressão. Na neurose, a repressão já está instalada, existem os conflitos psíquicos e, nessa etapa, é possível simbolizar o sofrimento. No caso do pânico, por exemplo, não existe nem esse conflito. Imagine o medo tentando entrar na mente. Sem a parede da censura para barrá-lo, ele a invade. E, como na estrutura arcaica não há possibilidade de simbolização, o que costuma ocorrer são dores e outras manifestações corporais. Os psicanalistas hoje se debruçam sobre esses fenômenos. A Sociedade tem equipes de estudos de fibromialgia, dores crônicas, psicossomática. Há membros da Sociedade pesquisando conexões entre dor física e psíquica.
O senhor é psicanalista e psiquiatra, e há um embate entre essas áreas. O que acha da oferta de remédios que prometem alívio rápido?
O avanço da psicofarmacologia permitiu medicações mais eficientes e com menos efeitos colaterais. Por outro lado, é avassaladora a quantidade de dinheiro investido na indústria de remédios, não só no desenvolvimento científico, e sim na propaganda. A promessa de ªfelicidade químicaº surgiu na década de 80, com o Prozac. Foi questão de tempo para todos descobrirem que não existe pílula de felicidade. Aliás, a psicanálise também não traz felicidade. Nem promete. A psiquiatria clássica perdeu o contato com o ser humano, tenta encaixá-lo numa lista de sintomas pré-estabelecidos. O resultado é que muitos psiquiatras diagnosticam a tristeza como depressão. Isso é um desvio, não é o caso de se medicalizar tudo.
É possível medir os resultados de uma análise?
A psicanálise promove transformações significativas. Existe um grupo em Boston que está pesquisando mudanças psíquicas. Esse grupo estudou pessoas que consideravam que suas análises tinham sido bem-sucedidas. Elas destacaram a vivência de uma comunicação profunda com seus analistas e "insights" que alteraram a percepção de si e das situações. Comparo os "insights" da análise ao sistema olfativo: sentir um aroma novo não significa só adicioná-lo ao repertório conhecido, e sim alterar o circuito de tal modo que, a partir daí, o próximo odor será recebido de forma diferente, porque toda a estrutura do arquivo foi modificada.
Por que a profissão não é reconhecida pelo Ministério da Educação?
Na década de 50, foi oferecido à SBPSP a possibilidade de se oficializar a profissão e a formação, mas esse caminho não foi adotado. Na minha opinião, por um erro de cálculo, mas nem todos concordam comigo. Muitos acham que não é o Estado que tem que reconhecer nossa profissão, e sim as próprias instituições psicanalíticas.

Fonte: Folha de São Paulo

Disponível em:< http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/981118-da-neurose-de-ontem-ao-narcisismo-de-hoje.shtml>. Acesso em: 27 set. 2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Acervo do Iphan Será Digitalizado: órgão de defesa do patrimônio histórico e artístico brasileiro vai disponibilizar na internet sua rica coleção, que inclui mais de 66 mil fotografias


Fotografias do acervo registram, por exemplo, cotidiano
das populações indigenas na década de 1950.

Em 1937, o Brasil ganhou seu primeiro órgão oficial de defesa do patrimônio, o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), criado por um grupo de intelectuais ligados ao modernismo. A sede se localizava na então capital federal, no Rio de Janeiro. Mais de sete décadas depois, esse órgão, responsável pelos tombamentos, restauros e preservação dos bens culturais do país, que trocou o S pelo I em sua sigla, vai modernizar seu arquivo central e digitalizar seu acervo, que ficará disponível ao público pela internet.
O projeto inclui a digitalização de 66,5 mil fotografias do acervo, além da higienização e reorganização dos documentos da Série Inventário do Arquivo Central do Rio de Janeiro, que reúne o material de sua antiga sede. Esse conjunto inclui documentos textuais e audiovisuais sobre as ações relacionadas ao patrimônio cultural brasileiro, como relatórios de viagens dos técnicos e processos de tombamento, além do registro das primeiras décadas dos trabalhos de preservação.

Fonte: Revista História Viva

Disponivel em:<http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/acervo_do_iphan_sera_digitalizado.html>. Acesso em: 26 set. 2011

Filhos de BACO: para compreender o sofrimento dos filhos de alcoólatras, a pesquisadora Eliana Mendonça Vilar evitou o enfoque patológico do modelo biomédico e defende que esses jovens não seriam fatalmente deficitários, como sugere a literatura

Fotos: Amadeu Soares
Interessada em investigar como os filhos de alcoólatras encaram a dependência dos pais, a psicóloga Eliana Mendonça Vilar defendeu a tese de doutorado Filhos de Baco: adolescência e sofrimento psíquico associado ao alcoolismo paterno.

O estudo faz parte do programa de pósgraduação em Psicologia Clínica da Universidade de Brasília (UnB). Segundo Eliana, as famílias de alcoólatras são disfuncionais porque perdem, ao menos de forma provisória, a capacidade de resolução de seus conflitos. São como uma grande dinastia que se organiza em torno da doença alcoolismo - já considerada uma pandemia mundial, associada a um grande desequilíbrio social e familiar do mundo contemporâneo.
De acordo com a especialista, essa doença não é apenas transmissível do ponto de vista genético, mas também está relacionada ao padrão patológico de funcionamento da família, que passa a viver em um clima de grande instabilidade e insegurança, ameaçado constantemente pelo ciclo embriaguez e sobriedade. Tal clima de tensão favorece o aparecimento de múltiplas formas de violência. Nesta entrevista à revista Psique, Eliana afirma ter notado, depois de trabalhar com grupos de ajuda a alcoólatras por 15 anos, que os adolescentes se sentem culpados pela condição dos pais e têm dificuldades de crescer e se tornar adultos independentes - motivo pelo qual eles costumariam repetir o comportamento paterno: enquanto os meninos abusam de substâncias, as meninas acabam se envolvendo com alcoólatras na fase adulta.
Esses jovens precisariam de pelo menos um interlocutor saudável para discutir a sua condição, já que eles também têm de lidar com outros problemas, como a pobreza, a violência urbana e os abusos sexuais. Para compreender o sofrimento dos filhos de alcoólatras, a pesquisadora evitou o enfoque patológico do modelo biomédico. Ela defende que esses jovens não seriam fatalmente deficitários, como sugere a literatura. Pelo contrário, eles possuem criatividade para crescer com as adversidades.
Leia os principais trechos da entrevista a seguir:
Fotos: Amadeu Soares
Filhos de alcoolistas não devem, necessariamente, ser encarados como futuros alcoolistas, já que este enfoque evidencia uma ideologia médica determinista...
Eliana Vilar
- Infelizmente, a literatura médica sofre influência do modelo biológico. As doenças acabam sendo reduzidas a sinais e sintomas. Nesse modelo, filhos de alcoolistas são encarados como pessoas deficitárias e com sintomas psicológicos e psiquiátricos graves que se manifestam na escola, na sociedade e na família. São considerados mais vulneráveis ao fracasso escolar, à gravidez na adolescência e à delinquência. O foco na doença, e não nas pessoas, acaba gerando uma "patologização" dessa dinâmica imatura. Esquecemos de observar as pessoas e passamos a desacreditar nas mudanças e no potencial de superação, principalmente dos jovens. Na verdade, a Psicologia, ainda infelizmente, está mais centrada na patologia do que na saúde. Temos um vocabulário científico enorme para falar de doença e nem tão grande para abordar a saúde. Em minha atuação clínica, encaro essas famílias como grandes parceiras. Geralmente, as mais doentes são as que ensinam mais. O foco na saúde é estratégico e necessário, até porque, sempre aposto no grande potencial criativo do ser humano.

Esses filhos preservam a capacidade de gerir e lidar com desafios da adolescência?
Eliana - Sem dúvida, muitos adolescentes filhos de alcoolistas conseguem manter uma visão positiva de si mesmos, do mundo e do futuro. Conseguem ter uma elaboração crítica. O fato de não culparem o pai está ligado à capacidade de compreensão do caráter patológico do alcoolismo e de seus sintomas graves e progressivos. Um psiquismo mais saudável lhe permite buscar boas referências com outro adulto na família ou na escola. A manutenção de boas relações preserva o sentimento de autoestima e diríamos que muitos acabam por se mostrar bastante maduros, sensíveis e desenvolvidos. Chamamos esses adolescentes de resilientes, porque se tornam pessoas melhores diante das grandes adversidades. Resílio é um conceito da física e significa voltar à forma original. Esses adolescentes conseguem realizar de forma plena todo um potencial.

Você sugere que o sofrimento pode ser útil em termos existenciais e psicológicos, que esses adolescentes possuem uma imensa resiliência. Era isso que você buscava em sua pesquisa?
Eliana - O meu interesse central era compreender os mecanismos e as estratégias saudáveis presentes nesse grupo de adolescentes. A literatura sobre o tema é controversa, ora associa resiliência com algumas características e traços individuais, ora associa resiliência com ambientes e contextos saudáveis. Na verdade, acredito que tanto a inteligência quanto a criatividade de alguns adolescentes, além de algum aspecto da realidade, se unam e integrem, o que possibilita uma resposta mais efetiva e saudável ao sofrimento. O sofrimento pode e deve ser considerado como um valor e uma oportunidade de crescimento. Nesse caso, não precisa ser mascarado e negado. Nossa sociedade acaba por gerar inúmeros mecanismos de medicalização do sofrimento, o que impede o crescimento das pessoas. Não existe poesia sem dor. Temos saúde quando conseguimos integrar em nossa personalidade aspectos negativos da vida. Como diz Viktor Frankl, aprendemos a sofrer além de, é claro, aprendermos a amar e a criar.
 
Fonte: Revista Psique
Leia entrevista na íntegra: http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/69/artigo235478-1.asp

Corrigir Informação Não Nos Faz Apagar o Dado Anterior: erros continuam arquivados no cérebro e podem se misturar a fatos corretos, levando as pessoas a tomar decisões equivocadas

Depois de perceber um erro, as pessoas geralmente fazem o possível para reparar o engano: empresas pagam indenizações, notas de provas são alteradas e jornais publicam erratas. Porém, segundo um estudo desenvolvido na Universidade Western, na Austrália, o dano causado não é esquecido – mesmo que sejamos explicitamente orientados a ignorar a informação equivocada.

Durante a pesquisa, o psicólogo Ullrich Ecker e sua equipe solicitaram a voluntários que lessem o relato de um acidente com um ônibus que transportava idosos. Em seguida, os pesquisadores retificaram a informação: os passageiros eram jovens. Para metade dos participantes foi dito, ainda, que as vítimas do acidente eram jogadores de hóquei. Alguns voluntários escolhidos aleatoriamente foram avisados de que deveriam se esforçar para lembrar apenas da versão correta da história.

Por fim, os participantes deveriam narrar a notícia. Apesar de a grande maioria ter conseguido recordar da correção feita, muitos ainda erraram ao concordar com afirmações como “os passageiros eram frágeis, por isso acharam difícil sair do ônibus”.

Esses resultados mostram que informações “falsas” não são simplesmente esquecidas e podem se misturar às verdadeiras, levando as pessoas a tomar decisões equivocadas, mesmo após muito tempo.

 Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponível em:http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/corrigir_informacao_nao_nos__faz_apagar_o_dado_anterior.html. Acesso em: 26 set. 2011

III CONGRESSO BAIANO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA – III CBEI

O III CONGRESSO BAIANO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA – III CBEI terá como tema gerador: “PRÁTICAS, FORMAÇÃO E LUGARES”. Em virtude da ampliação de sua abrangência acadêmica e científica, incorpora, a partir deste ano de 2011, o I SIMPÓSIO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA - I SBEI. Esse evento vem atender a demanda existente entre os pesquisadores e professores das Universidades Públicas do estado da Bahia, que são as responsáveis pela sua organização e realização, a saber: UFBA, UFRB, UEFS, UNEB, UESC e UESB.
O CONGRESSO BAIANO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA tem sido um espaço de referencia plural, aberta e multidisciplinar, no qual é debatida a heterogeneidade de idéias, conceitos, experiências e ao mesmo tempo, congrega um esforço coletivo para documentar os debates sem, contudo, ajustar-se a um discurso oficial estabelecido, e contribuir para a transformação da educação especial/ inclusão educacional e social. Pretende se manter como um espaço privilegiado de socialização do conhecimento, de troca de saberes e de perspectivas e questionamentos para novas investigações.
Nesta terceira edição, o Congresso, enfoca questões que tem permeado as políticas públicas e a inclusão educacional: a Formação de Professores, as práticas pedagógicas e sociais que afetam a pessoa com necessidades educacionais especiais e os lugares de oferta do atendimento a essas pessoas, destacando-se a escola inclusiva e o Atendimento Educacional Especializado - AEE.
Discute as mudanças de paradigmas porque passa a Educação Especial, numa perspectiva inclusiva, o que vem demandando da comunidade escolar, fomentar ações inovadoras, inter e transdisciplinares, que promovam práticas pedagógicas adequadas. em diferentes lugares/espaços educativos. Nessa nova realidade, destaca-se a importância da construção de redes criativas e flexíveis entre educação formal, representado pelo espaço escolar e as diferentes possibilidades de Atendimento Educacional, num contexto de rápidos avanços tecnológicos e de comunicação.
Objetivos:
  • Socializar o conhecimento por meio da produção, disseminação e publicação de experiências e pesquisas sobre a questão da "inclusão / exclusão" das pessoas com deficiência;
  • Discutir questões epistemológicas, conceituais, a abordagem política, cultural e ética de práticas pedagógicas: O quê? Como? Onde? Quando? Por que?
  • Documentar, analisar e socializar as práticas cotidianas, institucionais, formais e informais de Apoio Educacional Especializado;
  • Analisar questões teórico-práticas das políticas educativas e práticas na formação de professores, numa perspectiva inclusiva;
  • Divulgar experiências sobre processos de inclusão: escola, família, comunidade, redes de apoio, arte, desporto e trabalho.
Eixos Temáticos:
  1. Políticas Públicas de Inclusão
  2. Práticas Inclusivas no Ensino Superior
  3. Educação Inclusiva na Educação Básica
  4. Acessibilidade e Tecnologia Assistiva
  5. Trabalho e Deficiência
  6. Formação de Professores
  7. Atendimento Educacional Especializado
  8. Saúde e Educação
  9. Abordagens Metodológicas de Pesquisa em Educação Inclusiva
  10. Educação Inclusiva, Arte e Cultura
Informações adicionais: http://www.3cbei.ufba.br/

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cientistas Identificam 50 Genes Relacionados à Deficiência Mental

Cientistas alemães identificaram 50 genes vinculados a certos retardos mentais, o que poderia facilitar o diagnóstico, a prevenção e o eventual tratamento dessas doenças, segundo uma publicação de quarta-feira (21) na revista "Nature".
Liderados por Hans Hilger Ropers, do Instituto de Genética Molecular Max Planck de Berlim, os pesquisadores acreditam que esses genes estão ligados a transtornos cognitivos do tipo recessivo, que são muito frequentes e pouco estudados.
Existe uma grande variedade de falhas genéticas que podem gerar impedimentos cognitivos, e mais de 90 delas foram relacionadas com mutações no cromossomo X.
No entanto, sabe-se muito pouco da incapacidade intelectual autossômica --aquela que está relacionada a cromossomos que não determinam gênero como o X e o Y-- seja dominante ou recessiva, embora se suponha que represente 90% dos casos de retardo mental.
Para suprir essa carência, a equipe de Hilger fez um estudo genético sistemático de 136 famílias nas quais havia casos de incapacidade intelectual autossômica recessiva, quando são necessárias duas cópias defeituosas do gene para que apareça a doença (ou seja, quando o pai e a mãe transmitem uma cópia defeituosa cada um).
Este tipo de transtorno hereditário é mais difícil de identificar que os outros porque os pais, embora sejam portadores do gene recessivo, podem não ter desenvolvido a doença.
Além dos novos genes, os cientistas identificaram novas mutações em genes já vinculados a incapacidades intelectuais e afecções neurológicas. Alguns dos genes descobertos estão envolvidos em processos importantes para o desenvolvimento e funcionamento normal do cérebro.
A "Nature" destacou que a descoberta, que requer uma pesquisa maior, pode ter repercussões importantes para o estudo das causas dos transtornos cognitivos, assim como para seu diagnóstico e tratamento.

Fonte: Folha de São Paulo 

Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/979313-cientistas-identificam-50-genes-relacionados-a-deficiencia-mental.shtml>. Acesso em: 23 set. 2011

UFBA Promove Seminário de Integração Entre Curso de Museologia e Museus

De 8 a 10 de novembro, o Departamento de Museologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) promove o XIV Seminário de Integração Curso de Museologia/Museus da Cidade do Salvador.
O objetivo do evento é favorecer a interlocução entre os profissionais responsáveis pela formação, os estudantes e aqueles que atuam nas instituições museais e com o patrimônio cultural, de maneira geral, através da discussão de temas voltados para a realidade museológica contemporânea.
Durante os três dias do seminário serão debatidos temas como a cultura na contemporaneidade, patrimônios culturais, política museológica e o mercado de trabalho para o profissional museólogo.
O evento ocorrerá na cidade de Salvador (BA), no Instituto Feminino da Bahia. As inscrições podem ser feitas na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas/Colegiado de Museologia da UFBA até o dia 30/09.

Mais informações http://xivseminariodeintegracao.wordpress.com/, pelo e-mail seminariomuseologia@hotmail.com ou pelo telefone (71) 3283-6445.

Fonte: Instituto Brasileiro de Museus

3º Encontro Baiano de Museus Discute Políticas Para o Setor

Começou nesta quarta-feira (21) , na cidade histórica de Ilhéus (BA), o 3º Encontro Baiano de Museus. O evento, que este ano traz como tema “Museu, Território e Inclusão Sociocultural”, tem como objetivo discutir políticas públicas para o campo museológico e promover a troca de experiências entre profissionais da área.
Até esta sexta-feira (23), serão debatidos temas diversos como inclusão sociocultural, acessibilidade e desenvolvimento comunitário, com a participação de grandes nomes nacionais e internacionais do setor.
A programação prevê palestras, minicursos e reuniões das Redes de Educadores em Museus e da Rede de Técnicos de Museus Universitários. O primeiro dia do encontro será dedicado à Conferência Setorial, com a escolha dos delegados que irão representar os museólogos baianos na Conferência Estadual de Cultura.
O presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), José do Nascimento Jr., participou da mesa de abertura do evento, que acontece no Teatro Municipal de Ilhéus. Com 152 instituições, a Bahia é um dos estados brasileiros com maior quantitativo de museus.

Confira a programação completa: http://dimusbahia.files.wordpress.com/2011/09/prog_encontro-1.jpg

Fonte: Instituto Brasileiro de Museus

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Projeto Passado Musical


O projeto teve por objetivo recuperar uma parte da memória musical armazenada na Biblioteca Nacional, em seu rico acervo de alguns milhares de discos de 10 polegadas (78 RPM) do repertório brasileiro. O conteúdo desses discos faz parte da história do Brasil, pois neles estão registradas interpretações de músicas brasileiras, bem como seus autores e intérpretes. Além disso, uma outra história está presente nos discos – a tecnologia dos registros sonoros.


Acesse:  http://www.bn.br/site/pages/bibliotecaDigital/passadomusical/script/index.asp

Fonte: Biblioteca Nacional

Ministério da Saúde Lança Blog

O Ministério da Saúde lançou na terça-feira (20.09) o Blog da Saúde, http://www.blogsaude.net/, com notícias, fotos, apresentações, infográficos, vídeos, áudios e conferências via web.
Segundo o ministério, o objetivo é mobilizar a comunidade virtual para campanhas de utilidade pública, além da promoção da saúde e de temas como doação de sangue, medula e órgãos; combate ao crack e a outras drogas; e prevenção contra dengue e Aids.
O blog será dividido por temas. O destaque é a área "Você e o SUS", dedicada a conteúdos enviados pela população que promoverá troca de experiências e sugestões.

Fonte: Folha de São Paulo

Bibliotecas Públicas Americanas Emprestam Livros Para Kindle: a Amazon afirmou que mais de 11 mil instituições dos EUA vão disponibilizar gratuitamente livros digitais para o tablet

A empresa americana Amazon divulgou hoje que mais de 11 mil bibliotecas públicas dos Estados Unidos vão passar a emprestar, a partir desta semana, livros no formato Kindle. E a novidade não está limitada aos que possuem o tablet. Quem tiver um smartphone ou um computador com o aplicativo Kindle instalado, também pode ler os e-books emprestados.
O sistema vai funcionar da seguinte forma: o leitor vai usar o site da própria biblioteca para ver os livros disponíveis. Quando escolher a obra, vai clicar em “Enviar para o Kindle”, e então será redirecionado para o site Amazon.com para o download. Se o usuário não estiver conectado à internet, pode fazer a transferência via USB.
O lado bom de emprestar um livro digital é que as bibliotecas não vão sofrer com danos nas obras. No Kindle, os leitores podem escrever o que quiserem em suas páginas eletrônicas – e essas anotações estarão disponíveis sempre que o mesmo usuário emprestar o próprio título ou se decidir comprá-lo mais tarde.

Fonte: Revista GALILEU

Dispobivel em:<http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI266917-17770,00-BIBLIOTECAS+PUBLICAS+AMERICANAS+EMPRESTAM+LIVROS+PARA+KINDLE.html>. Acesso em: 22 set. 2011

Cérebro Usa Áreas Diferentes Para Julgar e Punir: decidir se alguém é culpado por algo ativa regiões relacionadas a análises lógicas; escolher castigos, porém, envolve empatia e emoção

Para a maioria das pessoas, o senso de justiça determina que os responsáveis por crimes ou injustiças sejam castigados. Julgamento e punição, porém, não estão intimamente relacionados – pelo menos não no sistema cerebral. Segundo pesquisa recente publicada pela Neuron, a elaboração de cada um desses processos ocorre em duas áreas neurológicas distintas: uma ligada a análises lógicas e racionais e outra vinculada às emoções.

O grupo de pesquisa, composto por juristas e neurocientistas da Universidade Vanderbilt, no Tennessee, mostrou diversas reconstituições de crimes e explicou para os voluntários o delito cometido, as condições socioambientais e as relações entre as pessoas envolvidas. Com base nessas informações, os participantes deveriam dar seu veredicto e indicar uma punição que variava de zero (nenhuma) a nove (máxima). Enquanto isso, tinham o cérebro monitorado por meio de ressonância magnética funcional (fMRI). Após avaliar os resultados, os pesquisadores observaram que o córtex pré-frontal dorsolateral direito, ligado ao pensamento analítico, fora ativado quando as pessoas estavam pensando sobre a culpa do acusado – e quanto mais os voluntários acreditavam que o réu realmente havia cometido o crime, mais intensa era a ativação. Na hora de determinar a punição, porém, foram acionados a amígdala e o córtex cingulado, regiões normalmente acessadas quando as pessoas se sentem injustiçadas – o que mostra uma tendência a se identificar com a situação.

A conclusão indica que os julgamentos não são feitos de forma completamente racional, o que pode alterar o desfecho de uma situação, dependendo do grau de empatia que o juiz sente pelo réu.
 
Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/cerebro_usa_areas_diferentes_para_julgar_e_punir.html>. Acesso em: 21 set. 2011

I Oficina Brasileira de Saúde Urbana

A Oficina tem por objetivo a validação do Documento de Referência, “Documento Indutor Saúde Urbana”.
Instituição: Vice-Presidência de Ambiente, Saúde e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz) e Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz)
Local: Salão Internacional da ENSP - Rua Leopoldo Bulhões, 1.480 - Manguinhos - RJ - 4º Andar
Período: 27/09/2011 a 29/09/2011
Informações: O título completo da atividade é 'I Oficina Brasileira de Saúde Urbana para a construção de Políticas Públicas Integradas de Saúde, Ambiente e Urbanismo'. A I Oficina Brasileira é voltada para professores e pesquisadores da Fiocruz das áreas de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde, além de estudantes de Pós Graduação (Mestrado e Doutorado) e profissionais de saúde.



 Fonte: Informe ENSP

Disponivel em: <http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/evento/index.php?origem=1&id=16287>. Acesso em:  21 ago. 2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sem Controle Eficiente, Infecções Hospitalares Causam Cem Mil Óbitos Por Ano

Faz 26 anos que o Brasil criou a primeira Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), ligada ao Ministério da Saúde. Passados quase 30 anos, o país ainda não tem dados sobre quantas pessoas morrem anualmente por conta dessas infecções ou o índice de infecção que seria, por exemplo, aceitável na UTI, no berçário ou para doentes que estejam com pneumonia. No entanto, informações retiradas de estudos realizados por todo o país pela Associação Nacional de Biossegurança (Anbio) trazem números alarmantes: em média, 80% dos hospitais não fazem o controle adequado, o índice de infecção hospitalar varia entre 14% e 19%, podendo chegar, dependendo da unidade, a 88,3%, e cem mil pessoas morrem por ano por conta das infecções. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por sua vez, estima que as infecções hospitalares atinjam 14% dos pacientes internados no país. - Os números que temos são estimativas. E, sem números, não sabemos quantos morrem por infecção ou por outros fatores. No que se refere às comissões, cada hospital tem a sua, e a grande maioria funciona burocraticamente. Então, o índice de infecção hospitalar depende da unidade onde o paciente estiver - diz Edmundo Machado Ferraz, fundador e presidente da comissão de controle de infecção hospitalar do Hospital das Clínicas da UFPE e consultor da OMS. - Esse problema só se resolve com transparência. É preciso saber o que acontece nas unidades, com processos controlados por protocolos. Não pode ter segredo. Tem que saber se o profissional se esqueceu de lavar as mãos corretamente, se o paciente fez uso inadequado de antibiótico. Presidente da Associação Nacional de Biossegurança (Anbio), Leila dos Santos Macedo diz que "o risco não pode ser eliminado nunca, mas é possível bloqueá-lo para que chegue perto de zero": - O paciente internado está suscetível. E infelizmente o cumprimento das normas de higiene é aquém do esperado. A gente vê profissionais de jaleco no refeitório, e aí eles levam agentes de risco para fora e trazem outros para o hospital. Outros não lavam as mãos corretamente ou não usam máscaras. Em muitas unidades, a troca de filtro do ar-condicionado não é feita frequentemente ou existe alta rotatividade dos profissionais de limpeza, e aí o pano de chão é usado em mais de uma enfermaria. O país tem mais de sete mil hospitais e eu diria que 1% tem um programa de biossegurança rotineiro.


Fonte: Jornal O GLOBO

Disponivel em: <http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/09/18/sem-controle-eficiente-infeccoes-hospitalares-causam-cem-mil-obitos-por-ano-925387802.asp#ixzz1YPJZrKm9>.Acesso em: 19 set. 2011

Aulas de Teatro e Circo Evitam Recaídas de Dependentes Químicos: atividades lúdicas aumentam recuperação em 40%; psiquiatras, pacientes, palhaços e atores sobem juntos ao palco

Montar espetáculos teatrais e fazer visitas lúdicas a outros dependentes em recuperação pode evitar que usuários de drogas abandonem o tratamento convencional, com base na combinação entre psicoterapia e medicamentos. Essa é a proposta da companhia AmarGen, formada por profissionais da área de saúde mental, palhaços, dançarinos e atores. “Não há levantamento oficial, mas, pelas nossas estimativas, adesão ao processo de reabilitação de 'pacientes artistas' é aproximadamente 40% maior em comparação com tratamento sem intervenções circenses e cênicas”, diz o psiquiatra, bailarino e palhaço Flávio Falcone, criador do projeto, desenvolvido na organização não-governamental (ONG) Núcleo de Arte e Saúde Corpo Consciente, em São Paulo.

As peças teatrais são inspiradas em depoimentos dos próprios pacientes, “para que o dependente se identifique com a situação e seus parentes ou acompanhantes adquiram consciência das reais dificuldades de enfrentar um processo de reabilitação”, explica Falcone, que trabalha no Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) de São Bernardo do Campo. A companhia aposta também em palestras inusitadas: interlocutores vestidos de palhaço esclarecem as dúvidas dos pacientes e informam, de maneira descontraída, sobre os desafios do tratamento e a necessidade sobre manter a abstinência. Para ser voluntário não é necessário ter formação específica. “É possível ajudar costurando roupas para as apresentações ou colaborando na montagem de cenários, por exemplo. Não exigimos especializações, apenas boa vontade”, diz o criador do projeto. Saiba mais no site da companhia AmarGen: http://www.amargen.org.br/.

Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/aulas_de_teatro_e_circo_aumentam_adesao_ao_tratamento_de_dependencia_quimica.htm>.  Acesso em: 19 ago. 2011

Parto Domiciliar: quando o risco não é necessário

A prática não é recomendada por conselhos de medicina, já que mulheres e crianças estão expostas a complicações que podem ser graves

Parto domiciliar: desaconselhado por conselhos de medicina, o parto em casa pode trazer alguns riscos desnecessários à mulher e ao bebê
"Assumir riscos alegando uma medicina humanizada é uma involução.
A medicina bem feita vai da relação entre médico, gestante e equipe envolvida.
E é desse relacionamento que se dá a humanização do parto"
Silvana Maria Figueiredo Morandini, obstetra conselheira do Cremesp
O parto domiciliar já foi a opção mais segura para as mulheres. Na Europa de até meados do século 19, somente as mães muito pobres tinham filhos nos hospitais, bem diferentes dos que conhecemos hoje. Os médicos de então não conheciam conceitos — nem a importância — de procedimentos como a assepsia e era comum que manipulassem enfermos graves, cadáveres e logo depois realizassem um parto. A roupa de cama não era sequer trocada. Nessas condições, os índices de mortalidade em geral e também dos recém-nascidos eram altíssimos. Esse tempo, porém, pertence a um passado distante. Depois da revolução pela qual a medicina passou no século 20, hospitais tornaram-se lugares mais seguros e indicados não só para tratamento de doentes, como para o nascimento de crianças. É regra que, dadas as condições, não faz mais sentido realizar um parto dentro casa, sujeito a problemas com consequências potencialmente desastrosas que poderiam ser resolvidas em um hospital. Regra, no entanto, que algumas mulheres moradoras de grandes centros urbanos, com todas as condições de usufruir desses avanços da medicina, questionam e ignoram. Essas mulheres defendem o parto à moda antiga, dentro de casa.
O que a grande maioria dos especialistas argumentam é que, hoje, quando há complicações, médicos neonatais e obstetras têm instrumentos e procedimentos à mão para garantir a boa saúde de mãe e filho. "Mesmo se o parto domiciliar começa e caminha bem, uma intercorrência pode acontecer a qualquer minuto, nunca há 100% de garantia. Se acontecer algo com o bebê no último segundo do parto, ele precisará ser socorrido rapidamente", diz José Fernando Maia Vinagre, corregedor e coordenador da Comissão de Parto Normal do Conselho Federal de Medicina (CFM). Todas essas vantagens desaparecem se mãe e filho estão em casa, e principalmente, longe de um hospital. Em casos de emergência, a distância da casa da parturiente ao hospital pode ser decisiva para a vida de ambos. "Como há riscos envolvidos, que costumam ser baixos, mas eminentes, o CFM não dá aval a essa prática", diz Vinagre.
No Brasil, o parto domiciliar não é recomendado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), por causa do risco desnecessário à mulher e ao bebê. "Com toda a estrutura disponível, considero o parto em casa um retrocesso. A bandeira que precisa ser levantada é a da garantia de hospitais de ponta, cada vez mais preparados para atender à gestante", diz Vera Fonseca, da Comissão para o Parto Normal do CFM e secretária executiva adjunta da Febrasgo.
Publicada em novembro de 2004, a resolução nº 111 do Cremesp determina que o parto deve ser realizado em uma instituição hospitalar dotada de infraestrutura — o que naturalmente não costuma acontecer nos domicílios. Segundo Silvana Maria Figueiredo Morandini, obstetra conselheira do Cremesp, os médicos que desrespeitam a resolução do Conselho estão agindo de maneira antiética. "Assumir riscos alegando uma medicina humanizada é uma involução. A medicina bem feita vai da relação entre médico, gestante e equipe envolvida. E é desse relacionamento que se dá a humanização do parto", diz.
Dados mais recentes do Ministério da Saúde apontam que em 2009 foram feitos quase dois milhões de partos pela rede pública. Desses, 65% foram partos naturais e apenas pouco mais de 30.000 foram feitos em casa – planejados ou não. De acordo com Eduardo Souza, obstetra e coordenador científico de ginecologia e obstetrícia do Hospital São Luiz, o parto normal tem índices de complicação relativamente baixos. "As chances de complicar são de, em média, 1%. O problema é que uma vez que acontece uma complicação, mulher e criança estão expostas a riscos que podem ser graves", diz.
Riscos — Entre as complicações que podem ocorrer durante o parto normal, colocando a saúde da mulher em perigo, estão: retenção placentária, o que pode levar à hemorragia; ruptura uterina, que pode acontecer durante a gravidez ou logo em seguida ao parto; ruptura de colo; atonia uterina, quando o útero não se contrai de maneira regular, chegando a causar hemorragia; e laceração de partes frágeis do corpo, que podem levar a hematoma anal e na bexiga, por exemplo. Para o bebê, o risco principal é a falta de oxigenação, que pode causar problemas posteriores sérios como paralisia cerebral e outras complicações. Todas essas intercorrências podem ser contornadas a contento em hospitais e centros aparelhados, quando há a presença de profissionais capacitados.
Em um estudo publicado no American Journal of Obstetrics & Gynecology, conceituado periódico médico internacional, o obstetra Joseph Wax e equipe demonstraram que a taxa de mortalidade neonatal dos partos domiciliares é até três vezes maior que a dos realizados em hospitais. Em nota, o Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia salienta os dados da pesquisa de Wax para reforçar sua posição em não recomendar o parto domiciliar – em função, mais uma vez, dos riscos.
Para as mulheres que decidem, ainda assim, dar à luz à moda antiga, o Colégio orienta: é necessário um pré-natal bem feito e com acompanhamento adequado, infraestrutura mínima, condições de transporte de urgência e preparo do profissional que vai acompanhar o parto, seja ele uma enfermeira ou um médico. No Brasil, a realização do parto normal pode também ser realizado por enfermeiros com especialização em obstetrícia, conforme previsto na lei nº 7498/1986 e regulamentado pela entidade de classe.
De acordo com Antônio Júlio de Sales Barbosa, obstetra do Hospital Santa Catarina, hoje já é possível que o parto seja feito de formas mais humanizadas dentro dos hospitais. Em alguns centros há salas preparadas especialmente para isso, com treinamento adequado da equipe e maior respeito às necessidades e vontades da gestante. "É ela quem escolhe a posição em que deseja dar à luz ou mesmo se quer ou não tomar anestesia no parto normal. Cada vez mais estamos nos preparando para que a mulher tenha voz ativa."






Fonte: Revista VEJA

Disponível em:<http://veja.abril.com.br/noticia/saude/parto-domiciliar-quando-o-risco-nao-e-necessario>. Acesso em: 19 set. 2011

ASSOCIAÇÃO METAMORFOSE AMBULANTE (AMEA)

LANÇAMENTO DO GUIA DE DIREITOS HUMANOS DO PROJETO LOUCURA CIDADÃ DE USUÁRIOS DE SAÚDE MENTAL

DIA: 20 DE SETEMBRO
HORA: 8:30h
LOCAL: CENA (Hosp. Juliano Moreira)

Informações: (71)3103-3914/3915/3916

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Biografias Precisam Ser Autorizadas?: um seminário em São Paulo debateu a questão da liberdade de expressão. Especialistas afirmam que proibir que uma biografia seja publicada é inconstitucional

A capa da biografia proibida de Roberto Carlos (Foto: Divulgação)Um artista pode ter sua vida contada em um livro ou nos cinemas, mesmo que ele ou a sua família não autorize? A trajetória de um político pode ser contada com detalhes por um biógrafo, mesmo sem qualquer autorização prévia? Um dos casos mais emblemáticos dessa discussão envolve um dos artistas mais populares do país: Roberto Carlos. Em 2006, a Justiça brasileira mandou retirar das lojas o livro Roberto Carlos em detalhes (Editora Planeta), escrito por Paulo César de Araújo. O livro não tinha autorização do “rei” para ser publicado.
Um seminário promovido pela Globo Universidade e pela Universidade de São Paulo (USP), realizado nesta quinta-feira (15), em São Paulo, debateu a propriedade intelectual. Um dos módulos do evento abordou, justamente, a questão das biografias não autorizadas e a liberdade de expressão.
Para o procurador do Estado do Rio de Janeiro e professor de Direito da Universidade do Rio de Janeiro (Uerj), Gustavo Binenbojm, as contestações de biografias acontecem em função dos artigos 20 e 21 do Código Civil Brasileiro, de 2002, cujo texto diz que: Salvo se autorizadas (...) a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. No caso de morte ou ausência do biografado, esse direito é extensivo ao cônjuge, ascendentes ou os descendentes.
“Esses artigos ignoram o direito de expressão e maximizam o direito à privacidade”, diz Binenbojm. Para ele, as decisões dos tributais para recolhimento ou proibição desse tipo de obra causam um efeito silenciador e ferem a liberdade de expressão, garantida pela Constituição Federal.
Os artigos do Código Civil também garantem aos biografados ou familiares a leitura ou vista prévias das obras, o que, segundo o procurador, causa a censura prévia. “Muito biografados usam, inclusive, isso com barganha para não impedirem a publicação das obras”, afirma Binenbojm.
Há pelo menos três projetos de lei para alterar o Código Civil. Os deputados federais Manuela D’Ávila (PC do B – RS), Newton Lima Neto (PT – SP) e Otávio Leite (PSBD – RJ) defendem uma maior liberdade na publicação de informações sobre pessoas públicas.
O procurador afirma que o Supremo Tribunal Federal tem demonstrado uma grande preocupação com a preservação da liberdade de expressão e cita a decisão favorável à Marcha da Maconha como principal exemplo.
A opinião de Binenbojm é compartilhada pelo professor de Direito Constitucional da Uerj, Daniel de Moraes Sarmento. “Eu sou bem radical nesse assunto. O Brasil não é um país que pode se orgulhar da liberdade de expressão", diz Sarmento, comparando o artigo com o cerceamento do trabalho da imprensa ao longo da história do país. Os dois convidados do seminário também concordam que uma pessoa que constrói uma vida pública acaba “perdendo” o direito à vida privada.
Para ele, o artigo 20 do Código é inconstitucional. “Não há salvação para ele”, afirma Sarmento. “O legislador protegeu apenas um lado: o da personalidade, tirando o direito à liberdade de expressão”.
Mas qual seria o limite, então? “A falta de verdade ou a difamação”, afirma Sarmento, defendendo que, nesses casos, o atingido deve abrir um processo para contestar as informações ou exigir reparos, inclusive uma indenização por danos morais. “É preciso observar também o que é de interesse público”, diz.
De acordo com Sarmento, o fato de parlamentares de diferentes partidos (PT, PC do B e PSDB) criarem projetos para a alteração da lei que regulamenta a publicação de biografias caracteriza que há um interesse comum sobre a questão. Apesar das iniciativas, o professor da Uerj tem dúvidas quanto a mudanças efetivas sobre o assunto. “Isso implicaria numa liberdade de biografias dos próprios parlamentares. Duvido que eles queiram”, diz.
A cantora Sandra de Sá, que estava presente no evento, disse que a melhor maneira de lidar com o assunto é “deixar rolar”. Ela diz que não se importaria se alguém escrevesse a sua biografia, mas que ficaria atenta para eventuais inverdades. “Aí, sim, eu iria contestar a obra na Justiça”, diz Sandra. Mas existe algo que Sandra proibiria de ser contado? “Acho que não. O importante é ser correto na vida para evitar esse tipo de chateação depois", afirma a cantora.

 Fonte: Revista Época

Diponivel em:<http://revistaepoca.globo.com/cultura/noticia/2011/09/biografias-precisam-ser-autorizadas.html>. Acesso em: 16 set. 2011

Brasil Terá Primeira Pesquisa Sobre Perfil dos Enfermeiros no País

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De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) existe quase um milhão de empregos no setor saúde. O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) registra hoje cerca de 1 milhão e 300 mil profissionais; desses, 90% são mulheres. Para traçar o quadro de enfermeiros foi lançada na quarta-feira (14/9) a Pesquisa sobre o Perfil da Enfermagem no Brasil.
A metodologia do estudo que será realizado pelo Ministério da Saúde (MS) foi apresentada ao plenário do Conselho Nacional de Saúde (CNS), durante a 225ª Reunião Ordinária, com a participação de representantes da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) e da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE).
A coleta de dados será executada por meio de um questionário, que terá blocos diferentes, onde constará: a identificação socioeconômica, formação profissional, acesso técnico-científico, mercado de trabalho, satisfação no trabalho e no relacionamento e participação sócio-política. A expectativa é a de que 60 mil trabalhadores que compõem a equipe de enfermagem façam parte da amostragem da pesquisa.
fotoSegundo Maria Helena Machado, pesquisadora da ENSP/Fiocruz, a realização desse perfil é uma demanda antiga da classe e vai servir também para uma atualização diante do novo contexto da sociedade brasileira. "É muito importante termos uma pesquisa com o perfil da enfermagem no Brasil, em um momento em que o país vive uma nova realidade socioeconômica e política", afirmou.
Para o presidente do Cofen, Manuel Carlos Machado, a pesquisa vai permitir conhecer melhor os profissionais da enfermagem. Segundo Machado, o resultado da análise contribuirá ainda para a formulação de políticas públicas para a área. "A partir de hoje estaremos todos nos conselhos - estaduais, municipais e nacional -, empenhados para que essa pesquisa seja um grande sucesso. Ela representará também resultados à sociedade brasileira", ressaltou.

Fonte: Conselho Nacional de Saúde

I Simpósio de Bioética e Saúde Pública do Instituto Oswaldo Cruz


Desafios do século XXI e Workshop para comitês de ética em pesquisa com seres humanos e animais não-humanos
Instituição: Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz), Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), outros
Local: Auditório Emanuel Dias, Pavilhão Arthur Neiva - IOC - Av. Brasil, 4.365 - Manguinhos, RJ
Período: 20/09/2011 a 22/09/2011
Informações: A atividade começa às 8 horas e segue até às 17 horas. As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas através do endereço eletrônico simposio.bioetica@ioc.fiocruz.br.

Fonte: ENSP

Pontos de Memória Participam da 5ª Primavera de Museus

Em sintonia com o tema da edição – Mulheres, Museus e Memórias, os pontos de memória realizam, na 5ª Primavera de Museus, rodas de memória femininas, além de outras ações temáticas, como capoeira, exposições fotográficas a debates sobre políticas de gênero.
A proposta da roda em cada ponto é reunir moradoras de diferentes gerações para narrar histórias e memórias relacionadas à comunidade, bem como registrar a memória local a partir da perspectiva feminina. No Museu de Favela, por exemplo, durante o sarau de mulheres, a diretoria vai eleger as vinte melhores histórias e darão às autoras o título de guerreiras do museu.