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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Juliano Moreira

 


 
Juliano Moreira nasceu em uma família pobre, no dia 6 de janeiro de 1873, em Salvador. Muito jovem, em 1886, entrou na Faculdade de Medicina. Formou-se aos 18 anos, portanto antes da abolição da escravatura. Em 1891, tornou-se professor dessa mesma faculdade e, na época, já tinha trabalhos publicados em várias revistas científicas na Europa. De 1895 a 1902, freqüentou cursos sobre doenças mentais e visitou muitos asilos europeus (na Alemanha, Inglaterra, França, Itália e Escócia).

De 1903 a 1930, dirigiu o Hospício Nacional dos Alienados, no Rio de Janeiro. Ele se alinhava às correntes que então representavam a modernização teórica da Psiquiatria e da prática asilar. Durante sua gestão, conseguiu humanizar o tratamento dos pacientes, abolindo a camisa de força e as grades de ferro nas janelas.

Um aspecto importante em sua obra foi sua explícita discordância quanto à atribuição da degeneração do povo brasileiro em função da miscigenação racial. Moreira, ao contrário de Nina Rodrigues, defendia que as doenças nervosas e mentais eram causadas por fatores como o alcoolismo, a sífilis, as verminoses e as condições sanitárias e educacionais adversas. Além de aumentar a abrangência da Psiquiatria no país, Juliano iniciou uma nova abordagem da loucura. Ele foi o primeiro no Brasil a atribuir características físicas (lesões dos nervos e do cérebro) e psicológicas (desordens intelectuais e afetivas) às doenças mentais. Foi grande divulgador das idéias de Freud.

Juliano Moreira foi o primeiro psiquiatra brasileiro a receber reconhecimento internacional. Participou de muitos congressos médicos e várias vezes representou o Brasil no exterior. Foi membro de diversas sociedades médicas e antropológicas internacionais e fundou, em colaboração com outros médicos, os periódicos Arquivos Brasileiros de Psiquiatria, Neurologia e Medicina Legal (1905), Arquivos Brasileiros de Medicina (1911) e Arquivos do Manicômio Judiciário do Rio de Janeiro (1930). Foi fundador da Sociedade Brasileira de Psiquiatria, Neurologia e Medicina Legal em 1907, e da Academia Brasileira de Ciências, em 1917.

Juliano faleceu em 2 de maio de 1933, no Rio de Janeiro.

Disponível em: <http://www.acordacultura.org.br/herois/heroi/julianomoreira>. Acesso em: 26 jul. 2013. 

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