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terça-feira, 23 de julho de 2013

A arte de Lucian Freud




Lucian Freud (1922-2011) chegou ao fim da vida com dois rótulos: o de artista vivo mais caro da história,

 
com uma tela arrematada por mais de U$ 30 milhões em 2008, e o de um parentesco difícil de ignorar – neto do psicanalista Sigmund Freud. Como o avô, interessava--se pelos aspectos mais sutis do ser humano. Passava meses com um mesmo modelo, retratando-o por noites a fio, buscando suas nuances, em um trabalho de reconhecimento íntimo. Não por acaso, preferiu pintar pessoas próximas, pois afirmava que reproduzi-las era uma maneira de entendê-las. Fez nus memoráveis das próprias filhas e pintou a mãe, Lucie, ao longo de vários anos, passando várias horas por dia com ela, ajudando‑a a superar a depressão que sofreu depois da morte do marido. Personalidades como a rainha Elizabeth e a modelo Kate Moss posaram para ele e foram retratadas com realismo. Seis pinturas e 44 gravuras do artista podem ser vistas na mostra Lucian Freud: corpos e rostos, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), a primeira dele no Brasil.

As imagens refletem momentos diferentes. Uma primeira leva, produzida até meados dos anos 50, mostra a preocupação em ser fiel à realidade – uma contraposição às correntes artísticas mais abstracionistas, que ganharam corpo no século 20.
Entre as demais, criadas na segunda metade de sua vida, se destacam os nus, com formas incômodas e -cruas, julgados por alguns críticos como “exageradamente reais”.  “Pinto o que vejo, não o que você quer que eu veja”, rebatia Lucian. Além das obras, são exibidas 28 fotos do artista trabalhando, feitas por seu amigo e assistente David Dawson. 

Fonte: Revista Mente e Cérebro
 
Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/a_arte_crua_de_lucian_freud.html>. Acesso em: 23 jul. 2013.

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