Crianças confusas, agitadas, desatentas, que não conseguem acompanhar o ritmo da escola. Educadores sem preparo para lidar com alunos que necessitam de mais atenção. Pais sem tempo e cheio de dúvidas em relação à educação dos filhos. Médicos que encontram um diagnóstico para responder a todas essas questões e “sossegar” esse desespero. As “drogas da obediência”, assim chamadas as medicações Concerta e Ritalina, que têm como princípio ativo o cloridrato de metilfenidato, são receitadas para quem sofre do transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH), e estão sendo vendidas para diagnósticos corretos e incorretos e até para quem sequer tem suspeita do distúrbio, conforme vem mostrando a série de reportagens do Correio Braziliense e do Estado de Minas publicada desde segunda-feira.
Apesar de os medicamentos serem tarja preta — classificação que indica se tratar de remédio de alto risco para o paciente por ativar o sistema nervoso central (SNC) ou provocar ação sedativa, podendo causar, por esste motivo, dependência física ou psíquica — e somente comprados com receita especial, o acesso às drogas é fácil. Além das crianças, o cloridrato de metilfenidato tem sido amplamente usado por jovens que querem se dar bem em provas e por adultos que precisam enfrentar uma reunião, um concurso público ou mesmo falar em público para a apresentação de um trabalho.
Fonte: Diário de Pernambuco
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