Uma das mídias de massa mais populares do Brasil completa neste mês 200 anos de existência. E os baianos podem se orgulhar do feito. Em 1812, nascia na Bahia, a revista “As Variedades ou Ensaios de Literatura”, fundada pelo português Manoel Antônio da Silva Serva, considerada a primeira revista brasileira. Para comemorar a data, diversos pesquisadores, historiadores e jornalistas se reuniram na Biblioteca Pública dos Barris.
Estiveram presentes no evento, o jornalista Luis Guilherme Tavares, do Núcleo de Estudos da História dos Impressos da Bahia (Nehib), Walter Pinheiro, presidente da ABI (Associação Baiana de Imprensa) e diretor da Tribuna, a historiadora Cybelle de Ipanema, Ubiratã Castro, diretor da Fundação Pedro Calmon, e o tetraneto do fundador da revista, Leão Serva.
A revista, que teve apenas três edições, era editada por um detento chamado Diogo Soares da Silva de Bivar, de 24 anos. Preso político que aportou na Bahia para cumprir pena no Forte de São Pedro, Bivar redigia As Variedades de dentro de sua cela. O primeiro número tinha 30 páginas de conteúdo e quatro de referências, incluindo a capa. O segundo, lançado dois meses depois, continha 66 páginas.
Segundo o jornalista Luis Guilherme Tavares, a revista abordava temas como crônica de viagens, anedotas, filosofia grega e ensaios filosóficos.
A baixa circulação, cerca de 60 exemplares, e a falta de leitores em uma Bahia que registrava índice de analfabetismo superior a 90% acabaram por levar ao fechamento da publicação no mesmo ano do seu nascimento. Entretanto, a morte prematura não atrapalhou a disseminação da ideia e o desenvolvimento do mercado revisteiro no Brasil.
Para a historiadora Cybelle de Ipanema, apesar da revista não ter durado muito, o fundador português Manoel Antônio da Silva Serva foi um grande empreendedor e pioneiro ao inaugurar uma tipografia particular no Brasil. “Ele foi idealizador do primeiro jornal e também da primeira revista do Brasil.
A baixa circulação, cerca de 60 exemplares, e a falta de leitores em uma Bahia que registrava índice de analfabetismo superior a 90% acabaram por levar ao fechamento da publicação no mesmo ano do seu nascimento. Entretanto, a morte prematura não atrapalhou a disseminação da ideia e o desenvolvimento do mercado revisteiro no Brasil.
Para a historiadora Cybelle de Ipanema, apesar da revista não ter durado muito, o fundador português Manoel Antônio da Silva Serva foi um grande empreendedor e pioneiro ao inaugurar uma tipografia particular no Brasil. “Ele foi idealizador do primeiro jornal e também da primeira revista do Brasil.
A Bahia e o Brasil ganharam muito culturalmente com isso. Na época, ele montou uma escola gráfica que ensinava os jovens a usar a tipografia. É importante realizarmos esse evento para sempre lembrarmos desses acontecimentos que fazem parte da história do nosso país”, relatou Cybelle.
Jornalista e tetraneto do fundador de As Variedades, Leão Serva disse que se sente orgulhoso por ser parente de uma das importantes figuras da história da imprensa baiana e brasileira.
Jornalista e tetraneto do fundador de As Variedades, Leão Serva disse que se sente orgulhoso por ser parente de uma das importantes figuras da história da imprensa baiana e brasileira.
“Se eu pudesse, agradeceria a ele por tudo que fez pela imprensa brasileira. Acredito que minha família tenha o DNA do jornalismo. O jornalismo sempre esteve presente em minha vida. Porém, o mais importante é que a história precisa ser preservada, para que possamos ter um futuro melhor em nosso país.”, ressaltou Serva.
Fonte: Jornal Tribuna da Bahia
Disponível em:<http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=104125>. Acesso em: 24 jan. 2012.
Fonte: Jornal Tribuna da Bahia
Disponível em:<http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=104125>. Acesso em: 24 jan. 2012.
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