Em um estudo com 100 pacientes adultos internados em centro médico, os autores descobriram que os níveis de ruído em quartos durante a noite tendem a ser mais baixos do que durante o dia, mas quase sempre excedem as recomendações da média do máximo nível de barulho.
De acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde, o barulho em hospitais não deveria passar dos 30 a 40 decibéis. Os autores descobriram que os níveis nos quartos estudados estavam próximos dos 50 decibéis, e muitas vezes próximos de 80 - quase tão altos quanto uma motosserra.
Grande parte do ruído durante a noite se deve às conversas entre médicos e enfermeiras, mas as interrupções mais altas eram por alarmes.
Níveis mais altos do que o máximo em quartos individuais foi relacionado a interrupções do sono, com pacientes dormindo cerca de uma hora a menos no hospital do que em suas casa. Eles frequentemente relataram má qualidade do sono e falta de descanso.
"Uma das queixas mais comuns era a dificuldade em dormir à noite", dizem os autores, o que pode retardar a recuperação, segundo eles. "É um ciclo: você está doente, você dorme mal e não consegue se recuperar rapidamente", notam.
Mas outros especialistas dizem que o ruído pode não ser o único culpado pela má qualidade de sono dos pacientes, notando que a própria doença pode ser responsável também.
O barulho também foi reflexo das entradas e saídas das enfermeiras, checando os pacientes e administrando medicamentos, indicando que esses pacientes poderiam estar mais doentes do que aqueles em quartos mais silenciosos.
"O barulho certamente é um fator", diz Sairam Parthasarathy, que estuda sono dos pacientes na Universidade do Arizona, mas que não participou do estudo. Para ter um sono melhor nos hospitais, ele sugere que os pacientes recebam luz natural durante o dia, usem fones se o som é muito perturbador e caminhem durante o dia se conseguirem.
Ruído quase sempre excede as recomendações; incômodo pode retardar recuperação.
Ruído quase sempre excede as recomendações; incômodo pode retardar recuperação.
Fonte: Associação Brasileira de Psiquiatria
Disponível em:<http://abp.org.br/2011/medicos/imprensa/clipping-2>. Acesso em: 12 jan. 2012.
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