Desenvolvido em parceria entre universidades nacionais e americanas, jogo visa treinar controle inibitório
O uso de jogos eletrônicos no tratamento de transtornos psiquiátricos já têm sido empregado
com sucesso em pacientes com dificuldades de alfabetização e dislexia, entre outras. Agora, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) descobriram que pessoas com déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) também podem se beneficiar do uso dos videogames.
Em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerias (UFMG) e a Duke University, o departamento de psicologia da Unifesp está desenvolvendo um game que promete ajudar a treinar o controle inibitório, habilidade cerebral que veta comportamentos inadequados a estímulos externos. Com isso, os especialistas esperam reduzir as atitutes e comportamentos de risco associados ao transtorno, como brigas e acidentes, comuns durante a adolescência.
No jogo, que recebeu o nome de Project Neumann, o usuário controla quatro heróis, que apresentam características comuns às pessoas com TDAH, como a dificuldade de controlar impulsos motores ou de focar a atenção.
Criado a partir da pesquisa de doutorado de Thiago Strahler Rivero, o game foi o formato escolhido por apresentar baixo índice de abandono do tratamento, o que não acontece com outros métodos mais tradicionais de tratamento. Além de treinar habilidades específicas enquanto jogam, os pacientes aprendem sobre o transtorno e suas próprias limitações, o que também contribui para melhorar o quadro. De acordo com o autor, a idéia é que, com base no método desenvolvido para esse jogo, outros possam ser criados para auxiliar no tratamento de autismo, transtorno bipolar e outros distúrbios psiquiátricos.
Disponível em: <http://www2.uol.com.br/
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