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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Agentes de Saúde Precisam Identificar Transtorno Mental

Estudo realizado no Ceará verifica falta de linguagem comum na equipe para identificação do problema
 
Para que um usuário do Programa “Estratégia Saúde da Família” tenha acesso a tratamento na área de Saúde Mental, é essencial a identificação da doença pelo Agente Comunitário de Saúde. Entretanto, segundo pesquisa na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, falta uma linguagem comum à equipe para que a doença seja identificada com mais facilidade.
O estudo foi realizado pela enfermeira Tatiana Maria Coelho Veloso com 16 profissionais vinculados à equipe de Estratégia da Saúde da Família na Unidade Básica de Saúde, da cidade de Guaiúba, Ceará, entre janeiro e fevereiro de 2011. Ela identificou e analisou as ações de saúde mental desenvolvidas por profissionais da equipe, entre eles, médico, enfermeiro, dentista e agentes comunitários.
Chamou a atenção da pesquisadora repetição constante do uso de psicotrópicos e da consulta médica como aspectos centrais da assistência em saúde mental. Ela explica que não “questiona a importância dessas condutas, mas a exclusividade delas como forma de cuidado”.
Diferentes identificações
Entre as diferentes formas utilizadas para a identificação do transtorno mental, ela verificou que alguns profissionais se baseavam na observação da manifestação comportamental, enquanto outros faziam o diagnóstico pela utilização de medicamentos psicotrópicos. Segundo a pesquisadora, essas informações são frágeis para a identificação do transtorno, pois está no contato com o paciente e sua família o êxito das ações de saúde mental, “mas é preciso melhorar o processo de identificação e para isso falta uma linguagem comum à equipe”, relata Tatiana.
Os Agentes Comunitários de Saúde foram citados como importantes na identificação e acolhimento inicial do sofrimento mental, uma vez que integram a comunidade atendida. Apesar disso, dificuldades nessa relação do agente com a comunidade foram observadas pelo estudo. Tatiana comenta que algumas famílias podem apresentar resistência quanto ao papel do agente.
 
Fonte: Portal Exame via Associação Brasileira de Psiquiatria
 
Dsponível em:<http://www.abp.org.br/portal/imprensa/clipping-2>. Acesso em: 10 out. 2012.

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