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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Sofrimento Emocional, Mesmo os Casos Menos Graves, Já Aumenta Risco de Vida: maior estudo já feito sobre essa relação mostrou que problemas mentais leves são capazes de elevar chances de mortalidade por diversas causas em um período de oito anos


O sofrimento emocional, mesmo os casos menos graves, como níveis mais baixos de stress, ansiedade, depressão e insegurança — sintomas que atingem uma em cada quatro pessoas —, aumenta o risco de morte causada pela maioria das causas em um período de oito anos. Essa é a conclusão de um extenso estudo publicado nesta terça-feira no periódico British Medical Journal (BMJ). Ainda de acordo com a pesquisa, a mortalidade decorrente de câncer é a única não afetada por problemas psicológicos leves: apenas distúrbios mais intensos e frequentes parecem interferir nesse risco.
Esse estudo, desenvolvido nas universidades de Londres e de Edimburgo, na Grã Bretanha, é o maior já feito sobre a relação entre problemas emocionais e mortalidade. Os pesquisadores levaram em consideração dez outras pesquisas das quais, ao todo, participaram 68.222 adultos com pelo menos 35 anos de idade que não apresentavam doenças graves, como câncer ou problemas cardiovasculares. Eles foram acompanhados ao longo de oito anos.
Os níveis de sofrimento psicológico foram medidos com base em questionários respondidos pelos participantes, que relataram intensidade e frequência com que sentiam sintomas de ansiedade, depressão, problemas de relacionamento e falta de confiança. Segundo os autores, a associação entre risco de morte e problemas psicológicos foi semelhante mesmo após os resultados serem ajustados em relação a outros fatores, como idade, sexo, tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo e hábitos alimentares.
Para o coordenador do trabalho, Tom Russ, esses resultados são preocupantes, já que, segundo ele, como os sintomas de problemas emocionais leves costumam não ser aparentes ou então ignorados pelos profissionais de saúde, os pacientes que apresentam esses distúrbios acabam não recebendo tratamento adequado. Para o pesquisador, esse estudo pode implicar em novas abordagens de terapia para problemas emocionais menos graves a fim de reduzir o risco de mortalidade entre indivíduos que apresentam esses distúrbios.
 
Fonte: Revista VEJA via Associação Brasiliera de Psiquiatria
 
Disponível  em:<http://abp.org.br/2011/medicos/imprensa/clipping-2>. Acesso em: 03 ago. 2012.

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