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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Comuns na Primeira Infância, Amigos Invisíveis Não Devem Assustar os Pais


Nillo tem amigos imaginários criados da internet e de desenhos animados

Quando tinha apenas 7 anos, Albert perdeu a mãe em um acidente de carro. Foi morar, então, com a mal-humorada Harriet, melhor amiga da mãe. O menino não gostava de conviver com a mulher e, em busca de apoio, criou um amigo imaginário. A história faz parte do roteiro do filme Bogus, meu amigo secreto, de 1996. Nele, a criança supera momentos difíceis com o parceiro invisível e também se mete em muitas confusões. Rotulada como uma forma de superar momentos conturbados da vida, a criação de um amigo imaginário vai além disso, dizem especialistas. Tem, na maioria dos casos, uma faceta positiva. É, na verdade, uma etapa saudável do crescimento humano.

Karen Majors, do Instituto de Educação da Universidade de Londres, estuda desde 2009 a questão. A última pesquisa de Majors, feita em 2011, relata que cerca de 65% das crianças do país tiveram amigos imaginários em algum momento da vida. Foram ouvidos meninos e meninas de 5 a 7 anos e os pais delas. “Muitos pensavam que crianças com amigos imaginários eram minoria. Alguns presumiam que as criações vinham de meninos solitários, que não conseguiam fazer amizade. Talvez isso explique por que alguns pais se preocupam quando o filho tem um amigo imaginário”, diz Majors. “Pesquisas recentes dão respostas surpreendentes para essas questões. Primeiramente, já existe evidência clara de que amigos imaginários são importantes para o desenvolvimento infantil". 

Mais de um

Para Nillo Buarque, 8 anos, só um amigo imaginário não basta. Criativo, o menino tem vários companheiros invisíveis. “A maioria deles é da internet e de desenhos animados. Eu vou criando e depois dou nomes”, diz o menino. O Foguinho foi criado quando ele tinha uns 4 ou 5 anos: “Ele tem o corpo vermelho e azul e uma barbatana de tubarão em cima da cabeça”, descreve. Nillo conversa muito com os parceiros imaginários, mas não é muito fã de brincar com eles. “Eu brinco pouquíssimo. Como os amigos imaginários não tocam na gente, eu não gosto de brincar sozinho.”
 
Obs. Reportagem completa disponibilizada na versão impressa. 
 
Fonte: Jornal Correio Brasiliense
 
Disponível em:<http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2012/07/31/interna_ciencia_saude,314377/comuns-na-primeira-infancia-amigos-invisiveis-nao-devem-assustar-os-pais.shtml>. Acesso em: 01 ago. 2012.

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