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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Você diz que sabe o que não sabe - e acredita no que diz

Você diz que sabe o que não sabe - e acredita nisso
93% dos autoproclamados "entendidos no assunto" afirmaram saber tudo sobre ao menos um dos conceitos fictícios
A falta de modéstia pode atingir níveis que beiram o absurdo.
Pessoas que acreditam demais nos seus próprios conhecimentos - que acham que sabem algo sobre um determinado assunto - podem chegar a ponto de alegar que possuem um conhecimento que é impossível que tenham.
Stav Atir e seus colegas da Universidade de Cornell (EUA) chamam o efeito de "excesso de pretensão", ou "sobrealegação" sobre os próprios conhecimentos.
"Sobrealegar é reivindicar familiaridade com, ou conhecimento de, algo que não existe," explica Atir, que realizou o estudo com seus colegas David Dunning e Emily Rosenzweig.
Você também é assim
E não vá logo pensando que essa modéstia às avessas seja um comportamento neurótico ou raro - ele foi identificado em mais de 90% dos voluntários, todos mentalmente saudáveis.
"Praticamente todo o mundo está de alguma forma vulnerável à sobrealegação, mas as pessoas são mais vulneráveis nas áreas da vida nas quais elas se acham especialistas," esclarece Atir.
Nas duas primeiras partes do estudo, os pesquisadores mostraram que a percepção de um autoconhecimento financeiro prevê alegações da compreensão de conceitos financeiros falsos e inexistentes.
Frente a 15 termos ou conceitos com nomes aparentemente típicos do jargão da economia e das finanças, 93% dos autoproclamados "entendidos no assunto" afirmaram saber tudo sobre ao menos um dos conceitos fictícios.
Honesto, mas pretensioso
Em outra parte do estudo, mesmo sendo alertados sobre a inclusão de conceitos fictícios, os participantes ainda exageraram em suas alegações, alegando terem conhecimentos sobre coisas que não existiam - os conceitos fictícios foram inventados pelos pesquisadores.
Além dos especialistas em mercado financeiro, o estudo confirmou o comportamento de sobralegação de conhecimentos entre especialistas em geografia e biologia - todos os grupos mostrando incidência do comportamento acima dos 90%.
"A vida dá muitas oportunidades para que as pessoas aleguem uma capacitação (expertise) que não têm. Nós observamos que avisar as pessoas que alguns conceitos são fictícios não elimina a sobrealegação, o que sugere que suas alegações incorretas são honestas," concluiu o professor Dunning.
Fonte: Diário da Saúde

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