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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Meditação para usar na escola

Quando aplicada na sala de aula, a técnica contribui para uma maior capacidade de concentração e facilidade de aprendizagem

Vários estudos científicos têm comprovado que a meditação favorece a capacidade de aprendizagem, concentração, além de ajudar a perceber melhor as próprias emoções e a lidar com elas. Acessível a qualquer pessoa, a prática usada há centenas de anos por religiosos favorece a sensação de bem-estar geral e tem se mostrado uma poderosa ferramenta no combate de depressão, ansiedade, hiperatividade, dor crônica, inflamações e até mesmo do envelhecimento das células.

Na prática, as técnicas de respiração e concentração comprovadas pela ciência têm trazido benefícios para pessoas de variadas idades. Em São Paulo, desde 2006 voluntários da Fundação Lama Gangchen para a Cultura de Paz (http://www.napaz.org.br/) oferecem aulas, palestras workshops e treinamentos para crianças, jovens e adultos sobre técnicas de respiração e concentração. A instituição tem trabalhado com escolas públicas e particulares, empresas e ONGs. Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Angelina Maffei Vitta, zona norte, por exemplo, há três anos são acompanhados semanalmente 50 professores, que multiplicam os exercícios de relaxamento na sala de aula. O resultado entre os profissionais e a coordenação pedagógica é a diminuição do estresse, maior tranquilidade para lidar com provocações dos alunos e com a bagunça na classe. Para os estudantes, os ganhos também são visíveis: maior capacidade de concentração e facilidade de aprendizagem. “O caminho, porém, é longo, há muito a ser feito”, reconhece o diretor-presidente fundação, Daniel Calmanowitz. Chama atenção do estudioso e praticante de meditação a dificuldade que crianças e adolescentes têm para simplesmente relaxar. Mas ele reconhece os progressos: “Depois que experimentam os benefícios, os próprios alunos, em especial os mais novinhos, de primeiro e segundo anos, pedem que os professores os orientem a fazer na sala de aula”, conta.  Sem conotação religiosa, a fundação tem a proposta mais abrangente de propagar a cultura de paz, propondo formas de solução de conflito e círculos restaurativos. E a respiração é uma ferramenta fundamental nesse caminho. 

Inspira, expira...

Um dos pontos mais interessantes em relação à meditação é a simplicidade de sua proposta, uma vez que parte do princípio básico de voltar a atenção para a própria respiração, centrando-se no aqui e no agora – a priori, algo acessível a praticamente qualquer um. O que parece tão óbvio, porém, requer empenho. Em um das práticas básicas mais usados, é preciso sentar-se em uma postura confortável, com a coluna reta e os olhos semiabertos ou fechados e prestar atenção em cada inspiração e espiração pelo nariz, acompanhando o trajeto do ar até três dedos abaixo do umbigo, percebendo sua entrada e sua saída. Em algum momento, os pensamentos vão voar, mas o segredo é não segui-los ou julgá-los – apenas deixá-los passar como se fossem nuvens. E voltar a atenção à respiração.

Fonte: Scientific American Mente Cérebro

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