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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Seminário discute produção científica sobre o tratamento da esquizofrenia


A esquizofrenia é um sério transtorno mental no qual o paciente apresenta alteração no contato com a realidade, manifestada principalmente por meio de delírios e alucinações. Pode também ocorrer um quadro de sintomas mais resistentes a tratamento, a pessoa perde a capacidade de interagir com o ambiente, fecha-se em si mesma, apresenta olhar perdido e se mostra indiferente a tudo o que se passa ao redor. O 5º Simpósio sobre Esquizofrenia, que será realizado em 26 de abril, das 8h às 13h, no Auditório Aloysio de Paula, 2° andar do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), pretende promover o intercâmbio sobre a moderna produção científica a respeito desse transtorno mental e revisitar o conceito na comunidade acadêmica.

O simpósio contará com a participação de cinco especialistas da área e o foco da discussão será a convergência entre a fenomenologia psiquiátrica e os atuais conhecimentos da neurociência. A esquizofrenia será abordada do ponto de vista de autores clássicos, como Minkowski, mas também serão contemplados trabalhos modernos como o do pesquisador e professor da UFRJ Rogério Panizzutti, sobre o treinamento cognitivo computadorizado para a esquizofrenia.

Atualmente, a Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 1% da população mundial tenha esquizofrenia. De acordo com Ronaldo Victer, coordenador do simpósio, ainda não se conseguiu chegar a um consenso sobre o que provoca esse transtorno mental (há várias teorias) e a única certeza que se tem é de que as causas são complexas e multifatoriais. Pessoas com parentes em primeiro grau esquizofrênicos, como pai e mãe, possuem 13% de chance de serem portadores da esquizofrenia.

Ronaldo Victer afirma que o diagnóstico é relativamente fácil de ser realizado e que as perspectivas terapêuticas têm melhorado bastante. Até alguns anos atrás, era difícil convencer o paciente a se tratar; primeiro, porque ele não tinha consciência de seu estado real e, segundo, porque a medicação tinha muitos efeitos adversos. A recaída era bastante comum devido ao abandono do tratamento. Com o desenvolvimento de novos medicamentos pela psicofarmacologia, mais bem tolerados pelo organismo, e a criação de terapias mais humanizadas aumentou a aceitação dos pacientes ao tratamento e sua continuidade, mesmo depois que desaparecem os sintomas.

As inscrições para o simpósio são gratuitas e podem ser feitas até 26 de abril com envio de e-mail para benitop@id.uff.br. Os interessados também podem inscrever-se pessoalmente na secretaria do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da UFF. São apenas 170 vagas disponíveis e os inscritos receberão um certificado atestando sua participação. O Huap fica na Rua Marquês do Paraná, 303, Centro, Niterói. Outras informações pelo telefone (21) 2629-9345. 

Fonte: UFF



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