A esquizofrenia é um sério transtorno mental no qual o paciente apresenta
alteração no contato com a realidade, manifestada principalmente por meio de
delírios e alucinações. Pode também ocorrer um quadro de sintomas mais
resistentes a tratamento, a pessoa perde a capacidade de interagir com o
ambiente, fecha-se em si mesma, apresenta olhar perdido e se mostra indiferente
a tudo o que se passa ao redor. O 5º Simpósio sobre Esquizofrenia, que será
realizado em 26 de abril, das 8h às 13h, no Auditório Aloysio de Paula, 2° andar
do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), pretende promover o intercâmbio
sobre a moderna produção científica a respeito desse transtorno mental e
revisitar o conceito na comunidade acadêmica.
O simpósio contará com a
participação de cinco especialistas da área e o foco da discussão será a
convergência entre a fenomenologia psiquiátrica e os atuais conhecimentos da
neurociência. A esquizofrenia será abordada do ponto de vista de autores
clássicos, como Minkowski, mas também serão contemplados trabalhos modernos como
o do pesquisador e professor da UFRJ Rogério Panizzutti, sobre o treinamento
cognitivo computadorizado para a esquizofrenia.
Atualmente, a Organização
Mundial da Saúde estima que cerca de 1% da população mundial tenha
esquizofrenia. De acordo com Ronaldo Victer, coordenador do simpósio, ainda não
se conseguiu chegar a um consenso sobre o que provoca esse transtorno mental (há
várias teorias) e a única certeza que se tem é de que as causas são complexas e
multifatoriais. Pessoas com parentes em primeiro grau esquizofrênicos, como pai
e mãe, possuem 13% de chance de serem portadores da
esquizofrenia.
Ronaldo Victer afirma que o diagnóstico é relativamente
fácil de ser realizado e que as perspectivas terapêuticas têm melhorado
bastante. Até alguns anos atrás, era difícil convencer o paciente a se tratar;
primeiro, porque ele não tinha consciência de seu estado real e, segundo, porque
a medicação tinha muitos efeitos adversos. A recaída era bastante comum devido
ao abandono do tratamento. Com o desenvolvimento de novos medicamentos pela
psicofarmacologia, mais bem tolerados pelo organismo, e a criação de terapias
mais humanizadas aumentou a aceitação dos pacientes ao tratamento e sua
continuidade, mesmo depois que desaparecem os sintomas.
As inscrições
para o simpósio são gratuitas e podem ser feitas até 26 de abril com envio de
e-mail para benitop@id.uff.br. Os interessados também podem inscrever-se
pessoalmente na secretaria do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da UFF.
São apenas 170 vagas disponíveis e os inscritos receberão um certificado
atestando sua participação. O Huap fica na Rua Marquês do Paraná, 303, Centro,
Niterói. Outras informações pelo telefone (21) 2629-9345.
Fonte: UFF
Disponível em:<http://www.noticias.uff.br/noticias/2013/04/seminario-esquizofrenia.php>. Acesso em: 24 abr. 2013.
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