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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Montagem Aborda Medo Feminino da Solidão: mulher tece companheiro com o qual sempre sonhou e hesita em enxergar suas “linhas soltas

A personagem criada pela paulistana Marina Colasanti no conto A moça tecelã é uma jovem solitária que tem o poder de materializar seus desejos em uma máquina de fiar. Autossuficiente, ela tece dias ensolarados, os alimentos que quer saborear ou mesmo a noite, quando decide dormir. Em busca da felicidade absoluta, costura caprichosamente um companheiro ideal. Mas, com o tempo, ele se revela diferente do que ela sonhou. Metáfora do medo feminino da solidão e do sofrimento causado quando projetamos planos e desejos no outro, o texto foi adaptado pelo grupo teatral gaúcho Caixa do Elefante, que leva A tecelã para os palcos de Campo Grande, Porto Velho e Florianópolis.

Para reproduzir o aspecto fantástico do conto, a companhia combinou diferentes linguagens: teatro de bonecos, vídeo e jogos de luz e sombras. A atriz Carolina Garcia vive os anseios e dúvidas da protagonista, que, fascinada com sua criatura perfeita, anula-se para satisfazê-la. No conto de Marina, a tecelã resolve, apesar de sentir a dor da perda, desfiar o homem amado. Na montagem, o desfecho reserva surpresas.

A tecelã. Teatro Prosa do Sesc Horto. Rua Anhanduí, 200, Centro, Campo Grande. Informações: (67) 3321-3181. Às 20h. R$ 14,00. Dia 14 de setembro. Teatro do Museu do Trabalho. Rua dos Andradas, 230. Informações: (51) 3227-5196. Às 20h. Preço do ingresso não definido até o fechamento desta edição. Dia 21 de setembro. Teatro do Sesc Esplanada. Avenida Presidente Dutra, 4175, Olaria, Porto Velho. Informações: (69) 3229-5882. Às 20h. Grátis. Dias 24 e 25 de setembro. Teatro da Ubro. Escadaria da Rua Pedro Soares, 15, Centro, Florianópolis. Informações: (48) 3222-0529. Às 20h. Grátis. Dia 28 de setembro.

Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/montagem_aborda_medo_feminino_da_solidao.html>. Acesso em:

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Genética Ajuda a Entender Por Que Autismo é Mais Comum em Meninos: desequilíbrio entre os hormônios sexuais pode desestabilizar produção enzimática e influenciar o transtorno

Apesar de as causas do autismo ainda não estarem totalmente esclarecidas, diversas pesquisas indicam que hormônios sexuais podem contribuir para sua ocorrência, já que o distúrbio é quatro vezes mais comum em meninos. Agora, um estudo publicado pelo PLoS ONE mostra que interações genéticas ajudam a entender alguns dos principais sintomas e explicar essa discrepante prevalência em crianças do sexo masculino.

A bióloga Valerie Hu, do Centro Médico da Universidade George Washington, e sua equipe descobriram que o gene retinoic acid-related orphan receptor-alpha (Rora, na sigla em inglês), que controla a produção de aromatase – uma enzima pouco presente em pessoas com autismo –, interage com o estrogênio e com a testosterona encontrados no cérebro.

Após analisar células neurais de doadores autistas já falecidos, os pesquisadores descobriram que quanto mais testosterona havia, menos ativo era o Rora – o que leva à diminuição de aromatase, responsável por converter testosterona em estrogênio. Em geral, o equilíbrio entre os hormônios sexuais regula a atividade do Rora e mantém os níveis de produção enzimática estáveis, mas uma pequena alteração pode desarticular todo o circuito. Pesquisas mostram também que camundongos desprovidos desse gene se fixam demoradamente em objetos e apresentam comportamento explorador limitado, como a maioria dos autistas.

Os autores do trabalho sugerem que esse desequilíbrio em cadeia possa ser uma das causas do distúrbio e que altos níveis do hormônio feminino estrogênio poderiam evitar o transtorno. “Eu não creio que um único gene responda a todas as questões, mas entender mais sobre o Rora sem dúvida pode ser um caminho”, reforça Valerie.

Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/genetica_ajuda_a_entender_por_que_autismo_e_mais_comum_em_meninos.html>. Acesso em: 14 set. 2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Israelenses Criam Aparelho Que Pode Reduzir Perdas Cognitivas do Alzheimer: travesseiro com eletrodos estimula áreas cerebrais relacionadas ao planejamento, ao aprendizado e à memória

Pesquisadores do laboratório israelense Neuronix desenvolveram um dispositivo de estimulação eletromagnética que ativa as regiões neurais prejudicadas pela progressão do Alzheimer, o tipo de demência mais comum entre idosos. A tecnologia não invasiva NeuroAD, apresentada em julho na Conferência Anual de Doença de Alzheimer, em Paris, consiste em uma poltrona com travesseiro equipado com eletrodos que são ligados ao crânio.

O dispositivo é baseado em uma tecnologia cuja patente ainda não foi aprovada, denominada estimulação cortical não invasiva (NICE, sigla em inglês). Segundo o diretor da Neuronix, Eyal Baror, o NeuroAD visa aumentar a potenciação de longa duração (LTP, sigla em inglês) – isto é, tornar transmissão de mensagens entre as células neurais mais eficiente – em regiões associadas ao aprendizado e ao armazenamento de informações, habilidades cujo declínio é mais nítido. “O ideal é aplicá-lo no paciente antes de fazer exercícios de memória e de linguagem, de modo a ter melhores resultados”, diz.

O aparelho ainda está em fase de testes no Assaf Harofeh Medical Center, em Israel. De acordo com o neurologista José Rabey, voluntários submetidos ao procedimento durante poucas semanas mostraram melhora de sintomas superior à de pacientes sob tratamento com medicamentos, “o que não quer dizer que ele não possa ser usado junto com remédios para reduzir ou retardar o declínio de habilidades cognitivas em pessoas no estado inicial da doença”, explica. O dispositivo é o primeiro do gênero, e não há previsão de quando será colocado no mercado. Novas pesquisas estão em andamento no Beth Israel Deaconess Medical Center, em Boston, ligado à Harvard University.

Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/israelenses_criam_aparelho_que_pode_reduzir_perdas_cognitivas_do_alzheimer.html. Acesso em: 13 set. 2011

II ENEAMA - Encontro Nacional de Estudantes Antimanicomiais






O encontro acontecerá nos dias 2, 3, 4 e 5 de Novembro na Universidade de Brasília. As inscrições irão começar no dia , dia 12 de setembro, com o valor de 90 reais até o dia 12 de outubro, incluindo alojamento e alimentação.
O site com todas as informações importantes como: tema, valor as inscrições, alojamento, envio de trabalhos e programação, já está pronto, é só acessar: http://2eneama.blogspot.com/

Fonte:  Comissão Pró- Associação de Profissionais de Saúde Mental da Bahia.

CIDADE EM VERSOS

O grupo Insênicos, construído com artistas-usuários dos serviços de Saúde Mental de Salvador, dá continuidade ao seu  trabalho cênico com novo espetáculo, que traz como tema a cidade de Salvador, com as diversas formas de ver e entender a cidade, principalmente, de criar sobre ela.
Os Insênicos apresentam: CIDADE EM VERSOS
Onde? TEATRO SOLAR BOA VISTA.
Quando? 17 e 24 de SETEMBRO, ÀS 16H
Quanto? R$ 6 e R$ 3
*No dia 16 de setembro (sexta-feira proxima!) será uma sessão especial, aberta para os usuários dos CAPS e será as 15h.
 
Fonte:  Comissão Pró- Associação de Profissionais de Saúde Mental da Bahia.

A Aliança de Redução de Danos Fátima Cavalcanti Promove o “Simpósio Redução de Danos e os Desafios Frente às Políticas Públicas”

Será realizado em Salvador, o Simpósio Redução de Danos e os desafios frente às Políticas Públicas, nos dias 06 e 07 de outubro, promovido pela Aliança de Redução de Danos Fátima Cavalcanti (ARD-FC), no auditório do Centro de Recursos Humanos (CRH) da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA, localizado na Estrada de São Lázaro, 197, na Federação.
A primeira parte do Simpósio contará com duas mesas-redondas formadas por professores e especialistas que debaterão o tema “Redução de Danos”, no dia 06 de outubro das 9 às 12:30 horas. Ainda no primeiro dia, no turno vespertino (das 14 às 17:30 horas), ocorrerá a segunda parte do Simpósio, com o tema “Legislação e Políticas Públicas sobre drogas”, dividido em duas mesas-redondas ministradas por professores e pesquisadores das áreas específicas. O Mini-curso “Redução de Danos como prática de Educação Popular: reinventando o método Paulo Freire”, no dia 07 de outubro, das 9 às 12 horas, será coordenado por redutores da ARD-FC, e colocará em pauta o trabalho do redutor de danos como uma prática da educação popular. À tarde ocorrerá o Cine-debate “Redução de Danos pelo mundo”, das 14 às 16:30 horas.
Para encerrar uma Cultural, com apresentação teatral, entrega de insumos (com a equipe de redutores de danos ARD-FC) e exposição de folders, pôsteres e banners, no dia 07 de outubro, a partir das 17 horas.
O objetivo do Simpósio é contribuir na construção de um saber que possibilite aos estudantes, uma leitura mais crítica da problemática que envolve o consumo e tratamento de usuários de substâncias psicoativas, repensando e reconstruindo formas de garantir o respeito ao usuário e aos seus direitos enquanto cidadãos, a partir da oferta de elementos para a reflexão e a crítica sobre os assuntos selecionados, quais sejam: “Droga – uma questão de saúde pública”, “Redução de Enganos: política sobre drogas e Redução de Danos”, “Desafios para uma assistência qualificada e integral”, “Relatos do campo”, “Drogas e cultura: a relação do uso e o contexto social”, “Direitos Humanos, Juventude e Criminalização”, “O antiproibicionismo em questão: política proibicionista e seus impasses” e “Atualizações sobre a legislação”.
Inscrições - As inscrições são gratuitas, mas as vagas são limitadas, 100 para as palestras e cine-debate e 30 vagas para o mini-curso. Para se inscrever, envie e-mail para ardsimposio@gmail.com com seu nome completo, instituição, curso e o interesse em participar das palestras e/ou do mini-curso. Informamos que o simpósio tem carga horária de 10 horas para palestras e cine-debate e 3 horas para mini-curso, com emissão de certificado para as duas categorias de atividades, para aqueles que freqüentarem 75% da carga horária total.

Mais informações: http://ardfc.blogspot.com/

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Atuar em Área de Pobreza Dará Bônus Para Residência: recém-formados que optarem por atuar na Atenção Básica em regiões carentes do país terão pontuação extra no exame. Serão duas mil vagas

O Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação, lançou, nesta sexta-feira (2), mais uma ação estratégica para atrair médicos para atuarem em Unidades Básicas de Saúde (UBS) em municípios onde há carência desses profissionais. O Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica vai conceder até 20% de pontuação adicional na nota final das provas de residência aos egressos do curso de Medicina que optarem por atuar nos municípios de extrema pobreza e em periferias das grandes metrópoles. A bonificação já poderá ser utilizada nos exames que serão realizados em novembro de 2012.
Pelo programa, serão abertas duas mil vagas, que poderão ser preenchidas a partir de fevereiro de 2012. "A concessão do benefício representa um avanço. Consideramos que essa é uma das maneiras mais efetivas de disponibilizar, de forma rápida, médicos para ampliar a assistência à população", afirma o chefe de gabinete do Ministério da Saúde, Mozart Sales.
Segundo ele, o benefício da pontuação na residência trará vantagem aos estudantes, já que atualmente há uma concorrência exacerbada por vaga (são, em média, 10 mil vagas para 13.800 formandos ao ano). "A intenção também é valorizar na prova de residência o profissional que ganha experiência prática atuando na Atenção Básica, área estratégica na atenção à saúde pública", acrescenta.
As medidas foram publicadas na portaria 2.087 publicada no Diário Oficial da União e estão acordadas entre o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Residência Médica, o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (CONASS), o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS), e outras entidades de classe.
 
Mais informações: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.cfm?portal=pagina.visualizarNoticia&codConteudo=2219&codModuloArea=162&chamada=atuar-em-area-de-pobreza-dara-bonus-para-residencia

Fonte: Ministério da Saúde (Brasil)

Gestores de CEO Participam de Encontro

Com o objetivo de ampliar os espaços de reflexão e diálogo sobre o processo de implementação e intensificação das ações de média complexidade em saúde bucal, a Secretaria da Saúde do Estado (sesab), através da Área Técnica de Saúde Bucal, promove nos dias 22 e 23, no Hotel Sol Bahia em Patamares, o 2º Encontro Baiano de Gestores dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). Serão oferecidas duas vagas por município (gerente e o cirurgião-dentista). As inscrições podem ser feitas no portal da Sesab, no endereço http://www.saude.ba.gov.br/
O evento vem de encontro à necessidade de monitorização e apoio aos municípios que já tem CEO implantado. A equipe da área técnica da Sesab faz análises de produção e realiza visitas técnicas, além de promover encontros para subsidiar a gestão local destes estabelecimentos de Saúde, qualificar tecnicamente os trabalhadores, melhorar a atenção integral a saúde dos usuários do SUS e servir de espaço para troca de experiências.

Acesse aqui a ficha de inscrição

Fonte: Portal SESAB

Disponível em: <http://www.saude.ba.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2751&catid=13&Itemid=59>. Acesso em: 12 set. 2011

Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10 de setembro)

O dia  10  de setembro , é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. A data foi instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como forma de sensibilizar e convocar os países-membros para a criação de estratégias para a prevenção do suicídio, que tem altas taxas em todo o mundo. Na Bahia, desde 2007 foi criado no Centro de Informações Antiveneno (Ciave), da Secretaria da Saúde do Estado, o Núcleo de Estudo e Prevenção do Suicídio (NEPS), que mantém o acompanhamento aos pacientes que tentaram suicídio, mas também oferece tratamento àqueles que não tentaram, mas que correm risco de fazê-lo. Desde sua criação, o NEPS já realizou 11.460 atendimentos, uma média de 2.865 consultas por ano.
Segundo a psicóloga Soraya Carvalho, idealizadora e coordenadora do NEPS, as tentativas de suicídio representam 30% dos casos atendidos no Ciave, razão pela qual, em 1991, foi inaugurado o Serviço de Psicologia, com o objetivo de prestar acompanhamento psicológico a pacientes que tentaram o suicídio, durante a internação hospitalar, desde a emergência até depois da alta, através do tratamento ambulatorial, pelo tempo necessário.
"Ao longo dos anos pôde-se verificar uma taxa de reincidência de tentativa de suicídio muito baixa (menor que 2%) entre os pacientes que se submeteram ao tratamento, mostrando a necessidade e a importância da ampliação do serviço, visando oferecer à comunidade um ambulatório para atender, preventivamente, pacientes com depressão grave e risco de suicídio, daí a implantação do NEPS", explica a psicóloga.
A OMS considera o suicídio um grave problema de saúde pública, correspondendo a mais da metade das mortes violentas no planeta. Estudos desenvolvidos pela OMS revelaram que os gastos com o suicídio representaram, em 2011, aproximadamente 1.8% do que foi gasto com as doenças no mundo. Para 2020, a projeção é para um crescimento significativo, atingindo 2.4% dos gastos.
Ainda de acordo com dados da OMS, em 2004 foram contabilizados mais de um milhão de suicídios no mundo, o que representa uma média de um suicídio a cada 35 segundos. Para cada suicídio consumado, estima-se de 15 a 25 tentativas.
No Brasil, embora a taxa média de suicídio - 6,6 suicídios por 100 mil/hab - seja considerada pouco expressiva em relação a outros países, deve-se atentar que devido ao seu vasto território, essas taxas podem apresentar uma acentuada oscilação, como pode ser verificado nos índices entre as capitais brasileiras que variam de 1,9 a 15 suicídios por 100 mil/hab, em Salvador e Boa Vista respectivamente. "Em números absolutos, o Brasil está entre os 10 países com o mais elevado número de suicídios no mundo, registrando 24 suicídios por dia, ou seja, uma média de um suicídio a cada hora", conta a coordenadora do NEPS.
O NEPS, além do acompanhamento psicológico, disponibiliza atendimento psiquiátrico ambulatorial, terapia ocupacional e reuniões informativas para familiares dos pacientes. No próximo dia 30 de setembro, o serviço promoverá o Fórum Baiano sobre Suicídio, marcando o transcurso da data com a realização do Fórum Baiano sobre Suicídio, no Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

Fonte: Portal SESAB

Disponível em:<http://www.saude.ba.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2759&catid=1&Itemid=14>. Acesso em: 12 set. 2011

Bahia Discute Melhorias Para a Saúde

A melhoria do acesso à saúde e a ampliação do financiamento e da oferta de novos serviços, com a implantação de políticas de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), estão na pauta da 8ª Conferência Estadual de Saúde da Bahia, que acontecerá entre os dias 12 e15 de setembro, no Centro de Convenções.
A Conferência tem como tema central “Todos usam o SUS! SUS na seguridade social, política pública, patrimônio do povo brasileiro”, como o eixo temático:  “Acesso e acolhimento no SUS – desafios na construção de uma política saudável e sustentável” e como sub-eixos: políticas públicas, política de saúde e seguridade social: os desafios da implementação dos princípios da integralidade, universalidade e equidade; Participação, controle social e incremento à ação comunitária e os desafios da gestão do SUS para a reorientação do sistema de saúde: intersetorialidade; financiamento; pacto pela saúde; relação público x privado; gestão do sistema; gestão do trabalho e da educação em saúde.
Com uma expectativa de 2.500 participantes, o evento contará com representantes da população baiana. Entre os delegados estão representantes dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), trabalhadores da saúde, prestadores de serviço, gestores e convidados.
A abertura oficial do evento será no dia (12), às 14h, com o secretário da Saúde do Estado, Jorge Solla, dentre outras autoridades. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também participará da Conferência. O público pode participar da abertura e da programação do 1º dia da conferência. Nos dias subseqüentes, participam os delegados, que representam os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), trabalhadores da saúde, prestadores de serviço e gestores. A população poderá acompanhar todo o debate, através da transmissão on-line, no Portal Sesab, pelo endereço eletrônico: http://www.saude.ba.gov.br/.
A etapa estadual da conferência se inicia com um número comemorativo, dos 417 municípios baianos, 416 realizaram suas conferências. Já agregado ao tema do evento está o debate de uma Política de Estado, entorno do Programa Bahia Saudável. O Programa traz na sua política, um conceito de saúde, que vai além da doença física, chegando a uma amplitude do pensar a saúde como um estado adequado de bem-estar físico, mental e social.

A dança das Bailarinas Cegas: método próprio e sensibilidade, professora de balé já ensinou mais de 300 deficientes visuais

Quando começou a ensinar balé clássico a adolescentes cegas, a professora de dança Fernanda Bianchini ouviu de muitos colegas que seria impossível transformar as moças em bailarinas, pois era preciso que o aluno enxergasse os movimentos para poder imitá-los. O início foi de fato desanimador. Tentava ensinar posições e passos ajustando braços e pernas das meninas – as sequências eram reproduzidas, mas logo se afrouxavam. A turma começou a progredir quando as próprias alunas sugeriram um método de aprendizado que se revelou muito mais eficiente: pediram para tocar o corpo de Fernanda enquanto ela fazia cada movimento. Se não tinham o sentido da visão, as garotas podiam contar com o tato. Imitavam, a partir das impressões captadas pelos dedos, a disposição dos músculos da professora ao realizar abertura de pernas, ao executar dobraduras ou ao ficar na ponta dos pés. Era 1995, e ela tinha apenas 16 anos.

Nos últimos 16 anos, mais de 300 crianças e adolescentes com deficiência visual passaram pela Associação de Balé e Artes, no bairro Vila Mariana, em São Paulo, onde Fernanda, hoje com 32 anos, leciona. O Balé de Cegos, como é conhecida a companhia, já inspirou escolas de dança no país e no exterior. Formada em fisioterapia e em dança, a bailarina abusou da criatividade. Para tornar os movimentos das meninas mais fluidos, por exemplo, amarrou folhas de palmeira nos braços delas e orientou-as a não deixar as asas imaginárias desgrudar de seus membros. Aos poucos, evoluíram dos posicionamentos estáticos para rodopios e piruetas.

A companhia mantém-se com doações e com o investimento de patrocinadores. As bailarinas já fizeram apresentações em várias regiões do país, pelas quais receberam cachê. “O balé não aprimora somente a postura, o equilíbrio, a noção espacial e corporal – o principal trabalho é sobre a autoestima do deficiente visual”, observa Fernanda. As aulas de balé, sapateado e dança de salão são gratuitas, ministradas na Associação de Balé e Artes, na rua Humberto I, 298, Vila Mariana, em São Paulo. Informações: (11) 5575-9898 ou no site www.ciafernandabianchini.org.br/.

Fonte:  REVISTA MENTE E CÉREBRO

Disponivel em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/a_danca_das_bailarinas_cegas.html>. Acesso em: 12 set. 2011

Bienal do Livro do Rio de Janeiro Termina Com Recorde de Público: segundo as projeções dos organizadores, os 950 expositores receberam 670.000 pessoas e venderam um total de 2,5 milhões de livros

A 15ª edição da Bienal do Livro do Rio de Janeiro termina neste domingo com recorde de público e uma dedicação especial à leitura em formato digital. De acordo com o Sindicato Nacional de Editores de Livros (SNEL), 670.000 pessoas visitaram os pavilhões da feira, que começou em 1º de setembro no centro de convenções Rio Centro, superando em participação os 600.000 visitantes da edição anterior. Segundo as projeções dos organizadores, os 950 expositores deverão vender até o final da feira em torno de 2,5 milhões de livros.
O francês Marc Levy e os americanos Anne Rice, Patricia Schultz, Michael Connelly e Scott Turow foram alguns dos 23 autores estrangeiros convidados para o encontro literário, que neste ano prestou uma homenagem à cultura brasileira e foi inaugurado pela presidente Dilma Rousseff. O encontro de autores com o público, as mesas literárias de discussões e a sessão de autógrafos foram constantes da programação oficial durante os 11 dias da Bienal.
O angolano Gonçalo Tavares, um dos representantes da literatura lusófona contemporânea, e a atriz americana Hilary Duff, ídolo das adolescentes por sua participação em uma série de televisão juvenil e que apresentou seu livro Elixir, foram outras atrações do encontro. Mas a brasileira Thaita Rebouças cheguo a causar mais furor que Hillary Duff, em uma de suas passagens pela feira.
A feira contou com a participação de 150 escritores brasileiros e foi realizada com um orçamento de 27 milhões de reais e uma expectativa de faturamento calculada em 50 milhões de reais.

 Fonte: Revista VEJA

Disponivel em:<http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/bienal-do-livro-do-rio-de-janeiro-termina-com-recorde-de-publico>. Acesso em: 12 set. 2011

Por Que o Placebo Funciona: a ciência revela o que leva pílulas criadas para ser inócuas a funcionar de verdade no tratamento de doenças como asma, dor e ansiedade

RECEITA
Fabiana diz que adicionar vitaminas ao tratamento dá bom resultado

Remédios em princípio sem efeito terapêutico, os placebos estão ganhando um novo status na rotina da medicina. Criados para ser usados em estudos de verificação de eficácia de novas drogas, eles próprios passaram a ser objetos de investigação. O interesse se deve à constatação de que, ao contrário do que se imaginava, as pílulas não são tão inócuas assim. Diversos trabalhos demonstram efeito real no tratamento de doenças como ansiedade, dor e até mal de Parkinson.
A certeza de eficácia em algumas enfermidades é tão forte que levou, por exemplo, a Associação Alemã de Médicos a recomendar os placebos no tratamento de alguns casos de inflamações crônicas, dor e asma (em conjunto ou alternado com as medicações convencionais ou ministrado sozinho). Na verdade, naquele país, metade dos médicos já receita placebos. No Brasil, sabe-se que uma das práticas comuns é receitar, junto com o remédio indicado, vitaminas sem efeito terapêutico. É uma forma de fazer o paciente sentir que seu tratamento está mais potencializado. “Em alguns casos, em especial os de quem já se tratou outras vezes para a mesma doença, o resultado é surpreendente”, explica a dermatologista Fabiana Corio, de São Paulo.
Na opinião dos cientistas, constatações como essas deixam claro que a melhora do paciente depende de muito mais fatores do que a ação do princípio ativo de um remédio. Sua expectativa em relação ao tratamento e o quanto ele deposita de confiança em seu médico, por exemplo, são circunstâncias que interferem na resposta do organismo. “Todo tratamento é parte de um complexo processo de interação”, disse à ISTOÉ Charles Greene, da Universidade de Illinois (EUA).
A eficácia do efeito placebo estaria ancorada em alguns fatores. O primeiro seria o condicionamento. Aprendemos a melhorar após recebermos remédio. Assim, por um mecanismo inconsciente, nos sentimos bem após receber qualquer medicação, ainda que inócua. Outro princípio, consciente, estaria na expectativa que temos em relação ao tratamento. Uma pesquisa realizada em Boston com pessoas com asma ilustra esse mecanismo. Ao tratar 13 pacientes com placebo, não foi notada nenhuma melhora em sua capacidade respiratória (efeito obtido em quem recebe a droga). Ainda assim, os doentes relatavam sentir-se melhor. “O ritual de tratamento pode ser muito poderoso para o paciente”, disse à ­ISTOÉ Michael Wechsler, um dos responsáveis pelo estudo.
As pílulas também atuam na parte fisiológica, principalmente na ativação de circuitos cerebrais relacionados à produção de substâncias capazes de controlar a liberação dos hormônios do estresse. “O reequilíbrio desse sistema, gerado pelo efeito placebo, ajuda os mecanismos de defesa do corpo a trabalhar melhor”, diz Ricardo Morezi, da Universidade Federal de São Paulo.
Compreender o efeito placebo remete a outro ponto crucial na medicina, atualmente posto em segundo plano: a importância do cuidado despendido pelas equipes de saúde. Nos estudos, percebe-se que, quanto maior a relação de confiança entre médico e paciente, mais sólido é o efeito do falso medicamento. No Instituto Karolinska, da Suécia, a fisioterapeuta Anna Enblom estudou 277 pacientes de câncer em radioterapia submetidos à acupuntura (que poderia ser verdadeira ou falsa) ou a nenhum cuidado adicional. Quem recebeu a terapia complementar, fosse ela falsa ou verdadeira, sentiu menos náuseas. “O médico deve dar informação positiva e fazer o paciente acreditar no tratamento”, disse Anna à ISTOÉ.
O uso de medicamentos e terapias inócuas levanta polêmica quando o que se está em questão é a ética médica. “Não duvido que exista o efeito placebo”, avalia o médico Desireé Callegari, primeiro-secretário do Conselho Federal de Medicina. “Mas sua utilização é inadmissível do ponto de vista ético por causa da relação de transparência que deve haver entre médico e paciente.”
Para tentar fugir das polêmicas, os cientistas têm buscado formas de se aproveitar dos benefícios dos placebos sem que haja a necessidade de enganar o paciente. Na Universidade de Harvard (EUA), pacientes de síndrome do intestino irritável apresentaram resposta ao tratamento mesmo sabendo que não estavam tomando o medicamento verdadeiro. Na opinião de Ted Kaptchuk, um dos principais nomes da pesquisa em placebos no mundo, estudos como esse são importantes por dispensar a necessidade de mentir ao paciente. “Temos de descobrir meios éticos para nos beneficiar do efeito placebo”, disse o cientista à ISTOÉ.
Outra possibilidade é o tratamento combinado. Nesse caso, o que se busca é uma redução da droga ministrada, em partes substituída por placebo. Bons resultados foram obtidos com pacientes de psoríase. Pesquisadores da Universidade de Rochester (EUA) formaram três grupos com pacientes: um recebeu a droga durante todo o tempo; outro recebeu doses intercaladas do fármaco e de placebo; e o terceiro foi tratado todo o tempo com o medicamento, mas em uma versão menos concentrada. Os resultados nos dois primeiros grupos foram praticamente idênticos. “Isso aponta para a possibilidade de se tratar os pacientes com quantidades menores de droga”, disse à ISTOÉ o líder do estudo, ­Robert Ader.



Fonte: Revista ISTO É

Disponível em: <http://www.istoe.com.br/reportagens/158502_POR+QUE+O+PLACEBO+FUNCIONA>. Acesso em: 12 set. 2011

Shakespeare Desmontado: há quatro séculos, biógrafos, especialistas e falsários discutem a autoria das obras do dramaturgo inglês. Reunidas agora em livro, essas brigas parecem comédia

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SER OU NÃO SER
Shakespeare revisava suas obras ou era desleixado e deixava tudo para os tipógrafos? Eis a questão
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Morrer, dormir, só isso. E com o sono – dizem – extinguir as dores do coração e as mil mazelas naturais a que a carne é sujeita.” Essa fala de Hamlet, o príncipe traído, dita na peça que leva o seu nome e uma das obras mais aclamadas do dramaturgo inglês William Shakespeare (1564-1616), é conhecida por milhões de pessoas. No entanto, mesmo entre esses milhões, não são poucos os que ignoram que “Hamlet” pode ser lida e encenada em três versões diferentes – e que a escolha de uma dessas peças em detrimento de outra priva as pessoas de belíssimas passagens, presentes em uma, mas ausentes em outra. O mesmo se dá com outra tragédia do bardo de Stratford-upon-Avon, “Rei Lear”, da qual se tem notícia de dois “originais”. Pode parecer um mero detalhe, mas a ocorrência de tais obras “gêmeas” traz consequências – a mais grave põe em xeque a própria existência do seu criador. É com essa celeuma que se inicia o polêmico livro “As Guerras de Shakespeare” (Record), do jornalista americano Ron Rosenbaum, uma espécie de longa reportagem onde ele entrevista as maiores autoridades em teatro elisabetano e coloca em confronto diferentes abordagens sobre o escritor inglês – a maioria muito interessante; algumas bastante disparatadas.
Tome-se, por exemplo, o escocês Harold Jenkins, o homem que passou três décadas preparando a edição condensada de “Hamlet”. Seu “ser ou não ser” era a grafia de uma palavra, que aparece diferente nas versões da peça, mudando em cada uma o sentido da frase. Trata-se do verbo “to do” (fazer), que segundo ele teria sido grafado errado – o certo seria “to die” (morrer). Em torno dessas diferenças se construiu todo tipo de teoria. Existe aquela que diz que Shakespeare não estava muito preocupado com o texto impresso e escrevia direto para o palco. Outra imagina-o autor de diferentes esboços, sendo o mais completo, chamado Fólio (publicado em formato de “Bíblia”), a peça final. Há mais uma corrente segundo a qual o que chegou até nós são diálogos reconstituídos de memória pelos atores elisabetanos.
Nas brigas em torno da autoria aparece também a hipótese da existência de um William Shakeshafte, registrado num vilarejo a 300 km de Stratford. Ou a de um escritor mais velho, Thomas Kyd, criador da trama de “Ur-Hamlet”, que Shakespeare teria surrupiado. Nada disso, contudo, foi provado. O mesmo se dá em relação às obras apócrifas, como o poema “Elegia Fúnebre”, que trazia a curiosa assinatura W.S. Descoberto pelo professor Donald Foster, ele chegou a ser incluído nas obras completas do bardo, apesar das rimas pobres – o culpado pela heresia seria um programa de computador (SHAXICON), capaz de registrar a recorrência de “expressões shakespearianas”. Falsos Shakespeares como esse são comuns desde o século XVII, lembra Rosenbaum, mas o forjador mais famoso teria sido William Henry Ireland, que inundou o mercado editorial de dramas e versos inéditos em 1796. À espera de autenticação está a peça “Sir Thomas More”, com trechos realmente caligrafados pelo autor de “Romeu e Julieta”. Enquanto as evidências não se concretizam, os estudiosos apelidaram esse dramaturgo de “Mão D” – ele teria feito o trabalho em conjunto com as mãos “A”, “B” e “C”, um tipo de classificação que soa estranha para um leigo em pesquisa literária. Absurdo mesmo é a tentativa de um desses experts, Alexander Leggatt, em identificar um orgasmo em meio à tragédia amorosa de Julieta. Eis o trecho onde ele imagina a jovem virgem de Verona em êxtase: “Vem, noite suave, vem, noite amorosa de cenho escuro,/Dá-me meu Romeu e, quando eu morrer,/Toma-o e pica-o em estrelinhas.” 













Fonte: Revista ISTO É

Disponível em:http://www.istoe.com.br/reportagens/158316_SHAKESPEARE+DESMONTADO?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage. Acesso em: 12 set. 2011

Energia Positiva: o eletrochoque está de volta, com potência reduzida e utilidade ampliada: uma bateria de 9v pode melhorar a coordenação motora e até tratar depressão

Editora Globo
Filipe Azevedo, 20 anos, estava na praça de alimentação da Universidade Mackenzie, em São Paulo, quando uma estudante de psicologia perguntou se poderia passar uma corrente elétrica por seu cérebro. Ele disse que sim. Pouco tempo depois, Julia Horta ajeitava duas almofadas azuis com eletrodos na cabeça dele. Ela pegou uma caixa pouco maior que um radinho de pilha e, devagar, girou um botão, aumentando a intensidade da eletricidade aplicada no escalpo do voluntário
A cena remete aos eletrochoques que causavam convulsão e faziam detentos em manicômios estrebuchar, mas não é nada disso. “O que tem ali é uma bateria de 9 volts”, diz o pesquisador Paulo Boggio, coordenador do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social do Mackenzie. Sim, a mesma pilha que move carrinhos de controle remoto. “A corrente máxima é de 2 miliamperes. A maioria não sente nada.” Como comparação, a antiga eletroconvulsoterapia, que produzia padrões cerebrais semelhantes aos de um ataque epilético, ia de 500 a 900 miliamperes.

 CÉREBRO HACKEADO
O estudo do qual Filipe participa é uma das dezenas de novas pesquisas que tentam ligar uma bateria à cabeça para mudar o funcionamento de partes do cérebro aplicando correntes elétricas fracas. A técnica, chamada estimulação transcraniana por corrente direta (conhecida por tDCS, em inglês), passa por uma recente explosão de interesse: dos quase 500 artigos científicos existentes sobre a prática, mais da metade foi publicada de 2009 para cá.
As pesquisas começaram a aumentar em 2000, quando os cientistas alemães Michael Nitsche e Walter Paulus mostraram que esse tipo de estimulação podia modular a atividade do cérebro. Basicamente, significa que é possível “hackeá-lo”, fazendo com que ele tenha desempenho melhor em algumas tarefas. De lá para cá, a técnica é testada contra a depressão e, mais recentemente, na melhoria de memória visual, aptidão matemática, coordenação motora e criatividade.
Como funciona? As células cerebrais trabalham com eletricidade. Um neurônio realiza uma sinapse (se comunica com um vizinho) quando seu estado de excitação elétrica supera um limite. A aplicação de corrente pela tDCS pode aumentar ou reduzir esse limite, facilitando ou dificultando a ocorrência da sinapse (veja quadro na página ao lado). No experimento de Filipe, por exemplo, o objetivo é fazer a pessoa lembrar melhor das imagens que vão aparecer na tela do computador durante o teste, e enfraquecer a memória semântica — a associação dessas imagens a conceitos preconcebidos. (Leia mais sobre memória na pág. 38) “A memória semântica é importante porque nos permite formar conceitos. Mas ela também pode causar erros por associação”, diz Boggio. Um exemplo aparece numa espécie de racismo instintivo: estudos mostram que brancos tendem a achar negros mais ameaçadores que outros brancos. O que o pesquisador tenta fazer é inibir esse tipo de associação automática para melhorar a memória visual.
.Editora Globo
CHOQUE DE MUDANÇA
Há evidências de que a tDCS possa turbinar o cérebro de outras formas. Recentemente, uma equipe dos Estados Unidos usou a técnica em voluntários que jogavam um game de guerra. Financiado pela Darpa (departamento do Pentágono dedicado à pesquisa), o estudo mostrou que ligar uma bateria de 9 volts à cabeça faz com que os jogadores melhorem bastante o desempenho no game, acelerando o aprendizado. De acordo com os estudiosos, a descoberta sugere que os microchoques poderiam ajudar soldados a identificar mais rapidamente ameaças no campo de batalha. “A tDCS faz com que alguns neurônios se tornem mais ativos e outros menos”, explica Vincent Clark, Ph.D. em psicologia e professor da Universidade do Novo México. O autor do estudo diz não saber o que o exército americano pretende fazer com os resultados, “se é que pretende fazer alguma coisa”.
Outro achado foi obtido em 2010 por cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, que conseguiram melhorar a perícia matemática de voluntários por meio de corrente elétrica fraca. Ao estimular o lobo parietal, área cerebral relacionada ao processamento de números, eles fizeram com que os participantes melhorassem a habilidade de lidar com novos símbolos numéricos. “O efeito de melhoria durou 6 meses”, comenta o cientista Roi Cohen Kadosh no estudo.
.Editora Globo
A possibilidade de melhorar a memória visual também foi demonstrada em uma pesquisa da Universidade de Sydney, na Austrália. De acordo com estudo do cientista Richard Chi, as pessoas que receberam os estímulos tiveram um desempenho 110% melhor em testes desenvolvidos para avaliar a memória visual. O mesmo Chi, estudante de Ph.D. do Centro Para a Mente da universidade, ganhou menções da imprensa científica neste ano após desenvolver um método que parece melhorar a criatividade com os microchoques. Em seu estudo controlado, participantes que receberam estimulação elétrica se saíram melhor em problemas que requeriam insights para serem resolvidos. Outros efeitos de mudança cerebral foram mostrados pela equipe de Boggio, do Mackenzie, que já conseguiu usar a corrente elétrica para tornar apostadores em jogos mais ou menos cautelosos, reduzir a fissura de viciados e tratar a depressão.
DANOS MENORES
O foco da maioria dos estudos, por enquanto, não está em melhorar gente saudável, mas em descobrir algo que pode ser um grande salto em tratamentos: alterar o comportamento dos neurônios sem os efeitos colaterais provocados por drogas. “A tDCS pode se focar em uma parte menor do cérebro e do corpo, sem afetar os rins ou o fígado. Pode até ser mais segura”, afirma Vincent Clark. Esse efeito abre as portas para que seja possível no futuro tratar de forma menos invasiva depressão e dor crônica ou recuperar vítimas de derrames. Uma técnica parecida, a estimulação magnética transcraniana (TMS), é aprovada desde 2008 nos EUA para o tratamento de alguns casos de depressão. Em vez de dar pequenos choques, ela estimula o cérebro com campos magnéticos.
Para o psiquiatra Moacyr Rosa, que usa a TMS em sua clínica em São Paulo, é preciso conduzir mais estudos antes de usar a nova terapia em consultórios. “Não existem dados suficientes para uso clínico. Mas a tDCS está ajudando a entender o cérebro.” Caso venha a se mostrar útil para a medicina, a técnica baratearia tratamentos: os equipamentos que geram corrente para estimulação custam a partir de R$ 400, segundo Boggio. Já os instrumentos utilizados na TMS têm preço da ordem de R$ 40 mil.

Fonte: Revista GALILEU

Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI252222-17773,00-ENERGIA+POSITIVA.html>. Acesso em: 09 set. 2011

Pensamento Positivo Pode Ajudar a Combater Doenças

Pensar que tudo vai ficar bem não importa o tamanho do problema, além de diminuir o estresse, pode realmente ter impactos diretos na saúde. Uma pesquisa publicada na revista de Medicina Comportamental mostra que os otimistas se recuperam melhor de procedimentos médicos, como cirurgias do coração; têm um sistema imune funcionando bem e vivem mais. Os benefícios foram vistos em condições normais de saúde e entre doentes com câncer, doenças cardíacas e deficiências renais.
Já é bem aceito pela medicina que os pensamentos negativos e a ansiedade podem nos deixar mais susceptíveis à doenças. O estresse – que é útil em pequenas doses para preparar o corpo para a ação ou fuga – quando constante, aumenta os riscos de diabetes e até demência.
O que os pesquisadores estão descobrindo agora é que o pensamento positivo não só ajuda a combater o estresse, mas também têm efeitos positivos na saúde. Sentir-se seguro e acreditar que as coisas vão melhorar pode ajudar o corpo a se curar. Uma compilação de estudos publicada na revista de Medicina Psicossomática sugere que os benefícios do pensamento positivo acontecem independente do dano causado pelo estresse ou pessimismo.
O otimismo parece reduzir as inflamações causadas pelo estresse e os níveis de hormônios do estresse, como o cortisol. E também parece reduzir a susceptibilidade a doenças direto no cérebro: acalmando nosso sistema de fuga e estimulando o seu oposto, o sistema de “descanso e digestão”. Assim como enxergar a vida com lentes cor de rosa, ver a si mesmo de como uma pessoa melhor do que os outros te enxergam também ajuda.
Se você, pessimista, está pensando: algumas pessoas simplesmente nascem encarando a vida de forma mais positiva, outras, não. Saiba que nem tudo está perdido, embora pareça difícil de acreditar. Podemos treinar a capacidade de pensar positivamente. E parece que, o quanto mais estressado for a pessoa, mais esse treinamento funciona.
Um estudo, coordenado por David Creswell (Universidade Carnegie Mellon), pediu para um grupo de alunos escrever várias vezes sobre situações da vida onde surgiram qualidades importantes, como criatividade e independência. Isso ajudaria a melhorar a imagem que tinham de si. O resultado mostrou que esses estudantes se saíram melhor nas provas do que os que não fizeram exercícios para aumentar a autoestima.

Pais Que Perdem Bebê Podem Morrer de Tristeza, Diz Estudo

Pais que perdem um filho pequeno correm um risco elevado de morrer prematuramente, revelou um estudo publicado nesta quinta-feira.
Cientistas analisaram uma amostra aleatória de registros nacionais de óbitos entre 1971 e 2006.
Eles compararam as mortes de pais que tiveram um filho natimorto ou que sofreram a perda de seu bebê no primeiro ano de vida com as mortes de pais cujo filho sobreviveu ao primeiro ano.
Os pais que sofreram tais perdas demonstraram ser de duas a dez vezes mais propensos a morrer ou enviuvar nos primeiros 10 anos após a morte do filho em comparação com aqueles que não viveram essa experiência.
As mães, em particular, demonstraram correr mais riscos.
Mães com este histórico na Inglaterra e no País de Gales tinham um risco quatro vezes maior de morrer prematuramente, e na Escócia, seis vezes maior, em comparação com mulheres cujos filhos sobreviveram ao primeiro ano de vida.
O risco para as mães diminuiu suavemente com o passar do tempo, mas ainda demonstrou ser significativo --50% maior-- após 25 anos. Depois de 35 anos, foi 20% maior.
As razões para esta mortalidade não estão claras porque os dados não fornecem detalhes.
Os autores especulam que pode existir um vínculo entre abuso de álcool entre pais nesta situação, e que o suicídio seria também um fator.
O nascimento de natimortos e a morte de bebês pode ser mais comum entre pais que têm uma saúde precária, concluíram.
A pesquisa, chefiada por Mairi Harper, da Universidade de York, norte da Inglaterra, é publicada na revista especializada "BMJ Supportive and Palliative Care".
 
Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/972260-pais-que-perdem-bebe-podem-morrer-de-tristeza-diz-estudo.shtml>. Acesso em 09 set. 2011

Curso sobre a História da Arte Universal

Curso sobre a História da Arte Universal
O quê: O curso tem por objetivo uma introdução à história da arte, aprender a ver e a entender as obras de arte produzidas desde a Pré-História ao Século XXI
Valor: R$280
Quando: 12, 19, 26 e 3 de outubro, segundas-feiras das 14h30 às 16h30
Onde: Fundação Ema Klabin – Rua Portugal 43, Jardim Europa, São Paulo (SP)
 Informações: (11) 3081-5845

Exposição “Verdades do Inconsciente”

A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, através do Museu Rodin Bahia, promove até 11 de setembro, no Salão de Arte Contemporânea do Palacete das Artes Rodin Bahia, em Salvador, a exposição “Verdades do Inconsciente”, do artista plástico Guel Silveira. A mostra traz para o público 60 obras inéditas do artista.
 O universo plástico de Guel Silveira é muito rico de sugestões e conteúdo, capaz de provocar o imediato interesse do público. “Uma composição abstratizante pode conter, sim, elementos reais quando transfigurados pela sensibilidade do artista que nela expressa não somente sua catarse interior, nela inserida memória e afetividade. Há, pois, sensível ligação entre formas e cores com sentimento e emoção norteando as intenções de Guel nas suas mais recentes pinturas”, comenta o curador da exposição, Zeca Fernandes.
Para o artista Guel Silveira, que faz sua primeira exposição no Rodin, é uma satisfação muito grande poder mostrar seu trabalho em um espaço tão grandioso e bonito quanto o Museu. “É também um prazer poder realizar a exposição em Salvador, cidade onde nasci, e mostrar meu trabalho para o público local. Outra satisfação muito grande para o artista, ao realizar um evento como este, é o de poder fazer uma avaliação crítica do meu próprio trabalho, uma vez que o espaço permitirá visualizar todas as obras reunidas no mesmo lugar”, comenta. O Museu Rodin Bahia é uma referência internacional no mundo das artes.
Exposição “Verdades do Inconsciente”
O quê: Mostra com 60 obras inéditas do artista plástico Guel Silveira, todas no estilo abstrato.
Quando: Até 11 de setembro.
Onde: Palacete das Artes Rodin Bahia, Rua da Graça, 284, Graça, Salvador (BA)
Informações:  (71) 3117-6983 ou http://www.palacetedasartes.ba.gov.br/

Vetado Projeto de Lei Que Mantém Diagnóstico de Dislexia nas Escolas: proposta prevê distribuição de cartilha que orienta professores da rede pública de ensino sobre formas de estimular os alunos

Um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados reacendeu o debate sobre diagnóstico e tratamento da dislexia. Proposto pelo senador Gerson Camata (PMDB) e relatado na Comissão de Educação da Câmara pela deputada Mara Gabrilli (PSDB) no dia 24 de agosto, prevê a manutenção de programa de diagnóstico e tratamento de dislexia e de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) para alunos do ensino básico. O resultado da votação foi dado como indefinido, por pedido de visto do deputado Nazareno Fonteles (PT).

Estima-se que até 15% da população mundial tenha algum transtorno de aprendizagem, sendo a dislexia – grande dificuldade para aprender a ler e a escrever – o mais comum. Segundo a neuropsicóloga Maria Inez Ocanã de Luca, da Associação Brasileira de Dislexia (ABD), antes de ser diagnosticada com dislexia, a criança com dificuldades de aprendizagem deve ser submetida a exames médicos de visão e de audição – procedimento que não raro detecta alguma deficiência sensorial e assim exclui a possibilidade de transtorno de aprendizagem. Só em seguida passa por testes neuropsicológicos e pedagógicos, para avaliar se há um ou mais distúrbios.

“É importante frisar que não há déficit cognitivo na dislexia. A inteligência da criança com o transtorno é igual à de qualquer outra. O que ela tem é apenas mais dificuldade para lidar com a palavra escrita”, diz Maria Inez. Segundo a neuropsicóloga, a dislexia tem causa neurológica e é hereditária. Estudos apontam que, quando um dos pais tem dislexia, a probabilidade de ter um filho com o mesmo problema é de 40%. “É comum a confusão entre o distúrbio e a falta de estímulo dos pais e professores. A dislexia, na verdade, é causada por alterações anatômicas no hemisfério esquerdo do cérebro”, diz Maria Inez. Ela pode surgir associada a outros distúrbios, como o déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), caracterizado por sinais claros e repetitivos de desatenção, inquietude e impulsividade. Esta comorbidade, isto é, a concomitância de mais de um transtorno de aprendizagem, divide a opinião de especialistas quanto à precisão do diagnóstico de dislexia.

Em 2008, o Conselho Regional de Psicologia (CRP), a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) criaram um manifesto contra o projeto. A crítica principal é a “medicalização” de uma questão que envolve complexos fatores externos, como sistema educacional inadequado e excludente. Nesse caso, o diagnóstico seria uma forma de estigmatização. Outro argumento é que o distúrbio seria mais recorrente em crianças de famílias de baixa renda, cujos pais, também com problemas de escolarização, não conseguiriam auxiliá-las.

O projeto de lei prevê a distribuição na rede pública de ensino de uma cartilha multissensorial de alfabetização, aprovada pelo Ministério da Educação (MEC). O material incentiva professores a estimular os pequenos com outras formas de percepção – como letras em alto-relevo e discernimento dos sons das letras (umas das principais dificuldades da dislexia) – e a aconselhar os pais a encaminhar a criança para ajuda profissional. "São crianças com inteligência normal, mas chamadas de burras, por isso muitas têm problemas de autoestima e algumas chegam a desenvolver depressão na vida adulta. Diagnóstico e intervenção precoce podem prevenir esses problemas", diz Maria Inez. A redação de Mente e Cérebro entrou em contato com a Comissão de Educação e com o gabinete da deputada Mara Gabrilli, mas não obteve resposta sobre quando e em qual instância haverá nova votação.

Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponivel em: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/vetado_projeto_de_lei_que_mantem_diagnostico_de_dislexia_nas_escolas.html. Acesso : 09 set. 2011

3º Encontro Baiano de Museus: inscrições até o dia 14


Prosseguem até a próxima quarta-feira (14) as inscrições para o 3º Encontro Baiano de Museus.
Com o tema “Museus, Territórios e Inclusão Sociocultural”, o evento levará à cidade de Ilhéus grandes nomes da área museológica com o objetivo de trocar experiências e discutir políticas públicas para o setor. Em pauta, ainda, a implantação do Instituto Baiano de Museus (IBAM), uma das prioridades da Secretaria de Cultura do Estado.
Os interessados em participar podem efetuar suas inscrições através do link http://dimusbahia.wordpress.com/iii-encontro-baiano-de-museus/. Mais informações pelo telefone (71) 3117-6381.
Ficha de Inscrição Aqui 

Fonte: Instituto Brasileiro de Muses

Seminário de História e Patrimônio: diálogos e perspectiva

Visando a reflexão sobre as transformações quanto ao patrimônio no cenário rio-grandino, assim como a valorização quanto ao trato ambiental e cultural no local, em 2009, teve início o Programa de Educação Patrimonial (PEP) do Instituto de Ciências Humanas e da Informação da Universidade Federal do Rio Grande (ICHI-FURG). Neste sentido, o Programa visa fornecer às Escolas locais, uma ferramenta de reflexão crítica sobre o seu currículo escolar, permitindo-lhes um instrumental teórico-metodológico e, sobretudo, prático, para a apropriação singular dos bens culturais da comunidade escolar e suas adjacências. Para tanto, o Programa conta com os suportes da Educação Patrimonial e da Educação Ambiental de modo a instigar a sensibilização da comunidade rio-grandina para a valorização dos seus bens culturais e naturais, a partir das especificidades da cultura e do meio natural do lugar.

Nesta direção, em maio deste ano surgiu a ideia de realização de um evento que proporcionasse a reflexão acerca do patrimônio e da história, bem como a oportunidade para a socialização de práticas e metodologias de trabalho relacionadas à temática do patrimônio e, sendo assim, tais perspectivas originaram a formulação do “I Seminário de História e Patrimônio: diálogos e perspectivas”. Desse modo, ressaltamos que esta é uma iniciativa do Programa de Educação Patrimonial da FURG e que o produto final constitui o resultado do trabalho e da dedicação de todos os seus integrantes.
Mais informações : http://seminariopep.wordpress.com/

Fonte: Rede Brasileira de História e Patrimônio Cultural da Saúde (RedeBra HPCS)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O CAMINHO DE CASA

"O caminho de casa" é uma reportagem multimídia que traz o panorama atual da saúde mental em Pernambuco, bem como histórias de pessoas que todos faziam questão de esquecer escritas por Isabelle Figueirôa, Paulo Floro e Wladmir Paulino. Com design de Silvia Morais, "O caminho de casa" aborda a reforma psiquiátrica no Estado, através de textos, fotos, vídeos, infográficos e outras formas de interatividade com o internauta. Convidamos  a todos para navegarem nessa produção. 
 
Durante décadas, Pernambuco concentrou uma das maiores demandas de leitos psiquiátricos do Brasil. Em 1994, uma lei estadual indicou as diretrizes para a reforma psiquiátrica, incentivando uma política pública de humanização do paciente com transtorno mental. Apesar do crescimento dos serviços substitutivos ao internamento hospitalar, com o aumento no número de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e residências terapêuticas (RT), o Estado ainda ocupa o quinto lugar em número de vagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo carente em Caps 24h e atendimento no interior.
Um importante acontecimento que acelerou o fim de longos históricos de internação no Estado foi o fechamento, em dezembro do ano passado, do Hospital Psiquiátrico José Alberto Maia, em Camaragibe, no Grande Recife, que já foi o maior manicômio do País. Criado em 1965, o hospital internou pessoas com transtorno mental de 80 municípios pernambucanos durante mais de 40 anos. Desde 2004 já havia indicações de descredenciamento junto ao SUS devido ao diagnóstico realizado pelo Programa Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares (PNASH/Psiquiatria), que observou a ineficiente e precária assistência terapêutica oferecida aos pacientes. Até agosto de 2009, a unidade registrava de três a quatro óbitos por mês.
"Do Alberto Maia, restam 131 pacientes transferidos para um espaço provisório no quilômetro 14 de Aldeia [Camaragibe]. 390 já foram relocados para suas cidades de origem", informou a psicóloga e sanitarista Marcela Lucena, gerente de Atenção à Saúde Mental de Pernambuco. Além deles, trinta pacientes crônicos foram levados para um local diferenciado no km 9,5 de Aldeia e cujos destinos ainda estão sendo estudados.

Link: http://www2.uol.com.br/JC/sites/ocaminhodecasa

Fonte: Comissão Pró- Associação de Profissionais de Saúde Mental da Bahia.

Pau na Máquina: computador esquizofrênico mostra que a doença pode ser falha em nosso HD


Uma máquina mistura informações reais e ficcionais e assume a autoria de um ataque terrorista. Poderia ser um enredo de filme de ação, mas foi o que aconteceu durante uma pesquisa nos Estados Unidos que pode levar a novas drogas contra a esquizofrenia. Cientistas da Universidade do Texas e de Yale usaram um computador que simula uma rede neural para testar as causas da doença. Concluíram que ela pode ser provocada por uma espécie de anarquia no armazenamento de nossa memória.
O cérebro considerado normal guarda informações de forma hierárquica. Fatos importantes, como o primeiro beijo, são mais lembrados do que o prato do almoço do dia anterior. Isso porque situações marcantes são sinalizadas pela dopamina, substância química liberada pelo cérebro. Porém, uma das características da esquizofrenia é o excesso de dopamina. O que leva o portador do distúrbio a armazenar memórias de forma embaralhada, já que tem dificuldade em categorizá-las por importância.
Para simular a doença, os cientistas inseriram no computador, chamado Discern, histórias simples. Depois, passaram a incluir detalhes para que a máquina aumentasse a quantidade de informações guardadas. Em paralelo, trabalharam com um grupo de pacientes esquizofrênicos para comparar os resultados. Perceberam que ambos, computador e pessoas, misturavam fatos de histórias diferentes. A ponto de a máquina assumir a autoria de um atentado a bomba. “Se o processo de aprendizagem é acelerado de forma errônea, a memória fica corrompida, como se fosse um problema no HD”, afirma o psiquiatra Ralph Hoffman, da Universidade de Yale. O próximo passo é simular o efeito de remédios no computador. Os humanos aguardam ansiosamente pelos resultados.
 
Fonte: Revista Galileu

Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI252184-17933,00-PAU+NA+MAQUINA.html>. Acesso em: 06 set. 2011

Cerca de 40% dos Europeus Sofrem de Algum Transtorno Mental, Mostra Estudo

Os europeus têm sido mais afetados pelas doenças mentais e neurológicas, e quase 165 milhões de pessoas, ou 38% da população do continente, sofrem todos os anos de uma desordem cerebral como depressão, ansiedade, insônia, ou demência, segundo um grande estudo publicado nesta segunda-feira.
Apesar do número impressionante, apenas cerca de um terço dos casos recebe o tratamento ou a medicação necessária. As doenças mentais implicam em enormes custos econômicos e sociais - calculados em centenas de milhões de euros - já que os pacientes muitas vezes são incapazes de trabalhar e os relacionamentos também são atingidos.
- Os transtornos mentais se tornaram o maior desafio para a saúde da Europa do século XXI - disseram os autores do estudo.
Ao mesmo tempo, algumas grandes companhias farmacêuticas estão diminuindo os investimentos em pesquisas sobre como o cérebro funciona e como ele afeta o comportamento, o que faz a responsabilidade de financiar os estudos recair sobre governos e organizações de financiamento.
- A grande defasagem no tratamento para as desordens mentais tem que terminar - disse Hans Ulrich Wittchen, diretor do Instituto de Psicologia Clínica e Psicoterapia da Universidade de Dresden, na Alemanha, e principal pesquisador do estudo. - Os poucos que recebem tratamento o fazem com um atraso considerável, em média, de anos, e poucas vezes com a terapia apropriada e atualizada.
Wittchen liderou um estudo de três anos que cobriu 30 países europeus - os 27 da União Europeia mais a Suíça, Islândia e Noruega - e uma população de 514 milhões de pessoas. Não havia um dado disponível para comparação direta da prevalência da doença mental em outras partes do mundo porque os estudos adotam parâmetros diferentes.
A equipe de Wittchen observou cerca de cem doenças que agregam todos os grandes transtornos mentais, desde ansiedade e depressão a vício e esquizofrenia, assim como grandes doenças neurológicas, como a epilepsia, o Parkinson e a esclerose múltipla.
Os resultados, publicado nesta segunda-feira na revista "European College of Neuropsychopharmacology", mostraram uma "carga extremamente alta" de transtornos de saúde mental e doenças cerebrais, disse o autor a jornalistas em Londres.
Os transtornos mentais são uma causa importante de morte e incapacidade, além de representar custos para a economia em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde prevê que em 2020 a depressão será o segundo maior contribuinte para a carga mundial de doenças em todas as idades.

Fonte: Jornal O GLOBO

Disponivel em: <http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2011/09/05/cerca-de-40-dos-europeus-sofrem-de-algum-transtorno-mental-mostra-estudo-925285835.asp#ixzz1XBseK7Xo>. Acesso em: 06 set. 2011

Psicólogo Cria Ranking dos Sonhos Mais Populares

Muitos dos seus sonhos, que parecem tão originais, são iguais aos de todo mundo. Na infância, por exemplo, você deve ter tentado escapar de um monstro ou de um fantasma. Mais tarde, pode ter tido uma fase em que perdia os dentes num pesadelo recorrente ou não encontrava um banheiro.
Ser perseguido está no topo da lista de enredos mais populares, segundo o psicólogo escocês Ian Wallace, que estuda sonhos universais há 30 anos. Ele é autor de "The Top 100 Dreams" (Os Cem Sonhos 'Tops', sem edição no Brasil), lançado em junho, que está entre os mais vendidos da categoria, nos EUA.
No livro, Wallace, 47, interpreta o ranking não estatístico de sonhos mais comuns. "Embora nossas experiências de vida variem, temos padrões de comportamento similares e mentes similares", disse à Folha.
É possível, segundo o psicólogo, dividir os sonhos de acordo com a idade. Crianças tendem a sonhar que há algo de assustador no quarto. Adolescentes, geralmente, são perseguidos por zumbis, perdem os pais ou ficam presos no cemitério.
"No início da vida adulta, as pessoas sonham que perderam o avião ou abandonaram seus filhos por engano", exemplifica.
A psicóloga e psicoterapeuta Marion Gallbach, autora de "Aprendendo com os Sonhos" (Paulus, R$ 39,50, 248 págs.), acompanhou grávidas de primeira viagem por seis meses em sua dissertação de mestrado.
Segundo ela, oito em dez gestantes sonhavam com água: chuva, dilúvios, tsunamis. "Muitas delas também sonhavam com leite ou com filhotes de animais."
Para Gallbach, os símbolos da maternidade são uns dos mais característicos e marcantes, relacionados com o instinto biológico e com a mudança física e psicológica pela qual a mulher passa.
O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1865-1961) chamava os símbolos representados nos sonhos de arquétipos. Eles seriam resultado de um inconsciente coletivo, formado a partir de influências genéticas, culturais e sociais.
Nesse caso, sonhar com água tem relação com ser inundado por emoções, perder o controle da situação e ser obrigado a se deixar levar. "É como as grávidas normalmente se sentem."

IGUAL, MAS DIFERENTE
Os temas são parecidos, mas os detalhes diferenciam os sonhos. "Há símbolos universais, mas o principal para desvendar significados é o contexto em que o símbolo está inserido", afirma a psicanalista Cecilia Orsini, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
Na visão da neurociência, sonhos são o resultado da soma de memórias recentes e consolidadas. Por isso é quase impossível os sonhos de duas pessoas serem iguais.
"O conteúdo pode ser o mesmo, porque vivemos na mesma sociedade, mas o enredo muda. Ele é feito a partir das experiências de cada um e de como cada um interpreta a realidade", diz Angela Cristina do Valle, pesquisadora em neurociências na Universidade de São Paulo.
A seleção de memórias, que nos sonhos aparecem como um mosaico aparentemente sem sentido, não é aleatória: acontece de acordo com o sistema de recompensa ou de punição do cérebro, segundo o neurocientista Sidarta Ribeiro, pesquisador da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
"Quando Freud falou que os sonhos representavam desejos, de certa forma estava certo", afirma.
O neurologista austríaco Sigmund Freud (1856-1939), um dos primeiros cientistas a se debruçar sobre o tema, estabeleceu que o sonho é um retrato do inconsciente, sempre individual. Daí o problema com manuais e dicionários de significados.
Além de revelarem desejos, os sonhos, para a psicanálise, mostram questões que a pessoa não está resolvendo.
"Freud diz que a chave do sonho é sempre o sonhador. Os símbolos dos manuais podem até esconder o significado real", comenta Orsini.
O sonho "manda um recado" do inconsciente. "É uma mensagem do próprio eu para a personalidade consciente. Pode servir como forma de compensar, reestabelecer o equilíbrio", diz a junguiana Gallbach.
Sonhamos de quatro a cinco vezes por noite. Mesmo quando você não se lembra do sonho, ele ajuda a fixar memórias e a recuperar a capacidade de atenção.
A dificuldade de se lembrar de imagens e acontecimentos oníricos tem várias explicações. A primeira é fisiológica.
"À noite, liberamos menos noradrenalina, neurotransmissor que ajuda a consolidar memórias recentes", explica Sidarta Ribeiro.
Assim que levantamos e despertamos nossa atenção com alguma atividade, temos uma descarga do neurotransmissor, o que faz com que esqueçamos de vez os restos dos sonhos.
Uma dica para que isso não aconteça é ficar dez minutos na cama depois de acordar sem fazer nada.
"Pessoas que têm esse hábito, com o tempo, passam a lembrar mais sonhos."
BEM LEMBRADO
Para a psicanálise, esquecer os sonhos mostra dificuldade para lidar com os problemas, que poderiam ser revelados pelo inconsciente.
Nem sempre é bom fazer força para se lembrar, de acordo com o psiquiatra e psicanalista José de Matos.
"A lembrança precisa vir naturalmente. Não adianta fazer anotações à noite, você não entende depois. Nem é saudável lembrar de tudo."
Para ele, o problema é quando os sonhos se repetem. "A tendência é repetir o sonho para repetir o trauma."
Os sonhos recorrentes, angustiantes, são vistos pela psiquiatria como sintoma de estresse pós-traumático --transtorno em que a pessoa relembra constantemente um fato, e que pode mudar o padrão de sono.
Alterações físicas também causam pesadelos, lembra o neurologista Luciano Ribeiro Pinto Jr., da Unifesp.
"Nem tudo é psicológico", diz. O sono é influenciado por fatores biológicos e ambientais, como estar com sede ou vontade de ir ao banheiro.
"Às vezes, a pessoa busca significados em sonhos repetidos quando, na verdade, tem um distúrbio físico. Sonhar que está sufocado pode ser uma apneia do sono", diz.

Fonte: Folha de São Paulo

Disponível em: < http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/969683-psicologo-cria-ranking-dos-sonhos-mais-populares.shtml>. Acesso em: 06 set. 2011

ONG Ambulante Empresta Livros Para Moradores de Rua: bibloteca improvisada com uma caçamba circula pelo centro de São Paulo, espalhando cultura e diminuindo desigualdades

Apaixonado por literatura, Robson Mendonça teve de abdicar dos livros quando, sem ter onde morar, viveu nas ruas da capital paulista. Por falta de comprovante de residência, não podia fazer empréstimos em bibliotecas, e o ambiente, apesar de público, era hostil aos moradores de rua, que quase sempre carregam sacos plásticos com seus objetos pessoais e “destoam” dos frequentadores habituais. Hoje, diretor da organização não governamental (ONG) Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo, Mendonça pôs em prática um sonho antigo: acoplou uma caçamba a uma bicicleta de três rodas e passou a circular pelo centro paulistano, emprestando obras literárias para pessoas que estão na mesma situação que ele viveu. Seu acervo conta com títulos de Truman Capote, Lima Barreto e Graciliano Ramos. Para saber mais sobre o projeto e doar livros para a Bicicloteca, que conta com um local físico para guardar o material, basta acessar o site http://www.bicicloteca.com.br/ ou entregá-los na biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo (rua da Consolação, no 94, República) e nos bicicletários do metrô.

Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponivel em:<http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/biblioteca_sobre_rodas.html>. Acesso em: 06 set. 2011

Neurologista do Hospital Albert Einstein Tira Dúvidas em Bate-Papo Virtual: chat tem início nesta quinta (8), às 14h; especialista pretende se concentrar na prevenção do acidente vascular cerebral (AVC)

O acidente vascular cerebral (AVC) provoca uma morte a cada seis segundos , de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Basicamente, é causado pela falta de fluxo sanguíneo em determinada parte do cérebro. Mesmo sendo um problema tão comum, grande parte das pessoas não sabe reconhecer os sintomas – vômito, dores de cabeça intensas , falta de equilíbrio e dificuldades para enxergar, entre outros – e demora a encaminhar a vítima ao hospital.

“Quanto mais rápido for o socorro, maiores são as chances de recuperação. É uma superemergência. O AVC é a doença que mais deixa sequelas no mundo”, explica a neurologista Gisele Sampaio, do hospital israelita Albert Einstein, em São Paulo. A especialista tira dúvidas dos internautas sobre o cérebro no bate-papo virtual na página da instituição, nesta quinta (8), às 14h. Ela falará sobre sintomas e formas de tratar o Alzheimer, o Parkinson, o câncer cerebral e, principalmente, sobre a prevenção do AVC – que muitas vezes está associado ao fumo, ao sedentarismo e ao diabetes. Acesse em http://www.einstein.br/hospital/neurologia/Paginas/chat-einstein.aspx.

Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/neurologista_do_hospital_albert_einstein_tira_duvidas_de_internautas_em_bate-papo_virtual.html> Acesso em: 06 set. 2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

VX BIENAL DO LIVRO RIO - 1 a 11 de Setembro 2011

 

Programação Cultural

Durante os 11 dias do evento, os visitantes têm a oportunidade de se reunir em sessões literárias, debates e bate-papos informais com seus autores preferidos para discutir os mais variados assuntos.
Para o público infantil, a Bienal do Livro também possui atividades especiais: teatro infantil e, contadores de história apresentam o fantástico mundo do livro às crianças, mostrando o quanto a leitura é divertida e prazerosa.

A participação nas atividades da programação oficial é gratuita e a distribuição de senhas é feita uma hora antes do início da sessão.
A Bienal do Livro é um programa para toda a família!

Horário e Progrmação Acesse: http://www.bienaldolivro.com.br/
http://www.bienaldolivro.com.br/imprensa/brasil/32

Neurônios Programados Para Imitar: temos a tendência a reproduzir, ainda que internamente, os gestos de outra pessoa; quando isso não é possível, mecanismos neurológicos específicos são acionados

Os neurônios-espelho são células cerebrais especializadas que nos permitem simular internamente as ações de outras pessoas e até perceber o que o outro pensa e sente – e nos identificar com esse sentimento. Embora estejam presentes em várias espécies (foram descobertas em macacos Rhesus), nos humanos essas estruturas celulares possibilitam o acesso à cultura, comportamentos empáticos e o desenvolvimento da linguagem. Quando vemos alguém levantando o braço, por exemplo, os neurônios-espelho ativam áreas do córtex motor (correspondentes a esse membro) e fazem com que o cérebro “ensaie” internamente a repetição dos movimentos alheios. Mas o que acontece ao observarmos uma pessoa em posições que não conseguimos reproduzir? Para investigar essa questão, a psicóloga e neurocientista Emily Cross, do Instituto Max Planck de Ciências Cognitivas e do Cérebro, na Alemanha, e sua equipe analisaram o funcionamento cerebral de 18 voluntários. Eles foram submetidos a exames de ressonância magnética funcional (fMRI), enquanto eram mostradas fotografias de uma contorcionista em posições comuns (esticando-se para o lado, por exemplo) e em gestos mais complexos (como deitar de bruços com os dedos do pé tocando a testa). Os resultados mostraram que as duas situa-ções acionam o sistema de neurônios-espelho. No segundo caso, porém, mais uma região foi ativada: a área extraestriada (EBA, na sigla em inglês), relacionada ao sistema -visual e conhecida por reagir fortemente a imagens de membros humanos.

Os pesquisadores acreditam que em princípio todos os movimentos são “copiados” pelos neurônios-espelho. No entanto, quando o grau de dificuldade das posturas aumenta, a EBA é ativada, para indicar se aquela ação poderá ou não ser imitada. “Ao vermos alguém dançar no palco nosso cérebro se imagina realizando a mesma proeza, até que o bailarino faz uma pirueta difícil e ficamos impressionados, sem entender como aquele salto foi possível”, afirma Emily.

Fonte: Revista Mente e Cérebro

Disponivel em: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/neuronios_programados_para_imitar.html. Acesso em: 05 set. 2011