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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Crianças e Chimpanzés Seguem a Maioria: estudo mostrou que crianças de dois anos e chimpanzés são influenciados pelo grupo, comportamento observado antes apenas em crianças mais velhas


Estudos anteriores já tinham mostrado que crianças em idade da pré-escola tendem a imitar seu grupo; uma nova pesquisa provou esse mesmo comportamento em chimpanzés e em crianças de dois anos

Pesquisa publicada nesta quinta-feira na revista Current Biology mostrou que crianças de dois anos e chimpanzés costumam seguir as atitudes tomadas por seus pares. Estudos anteriores já haviam mostrado que os pequenos em idade pré-escolar costumam copiar as ações de seu grupo. O novo estudo é o primeiro a mostrar que esta influência alcança até bebês, assim como chimpanzés, mas não orangotangos.
Participaram do experimento um total de 16 crianças, 15 chimpanzés e 12 orangotangos. A equipe responsável pelo estudo construiu uma caixa com três divisões, cada uma delas com um buraco e cor diferentes. Ao colocar bolas nesses buracos, apenas uma delas liberava uma recompensa.
Crianças, chimpanzés, e orangotangos sem familiaridade com as caixas viram como quatro indivíduos de suas espécies interagiam com os objetos. Mas os cientistas empregaram um truque: treinaram antes esses animais para favorecer apenas uma cor.
Quando chega a vez das crianças de dois anos e dos chimpanzés colocarem as bolas nas caixas, eles tendem a optar pela mesma cor favorecida pelos companheiros. Já os orangotangos escolhem ao acaso.
As descobertas mostraram que humanos e chimpanzés compartilham estratégias de aprendizado social. Já os orangotangos não aparentam sofrer o mesmo tipo de influência.
"Eu acho que poucas pessoas esperavam descobrir que crianças de até dois anos já são influenciadas por uma maioria", diz Daniel Haun, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária e Psicolinguística, na Alemanha. "Pais e professores devem ficar atentos a essas dinâmicas nas interações entre grupos de crianças."
A regra de seguir a maioria tem suas vantagens, diz o pesquisador. "A tendência em adquirir comportamentos da maioria é apresentada como a peça-chave para transmissão de segurança, confiança e estratégias comportamentais produtivas”, explica Haun.
 
Fonte: Revista VEJA
 

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