A Organização Mundial da Saúde, OMS, destacou o fato de Timor-Leste estar a implementar um sistema de saúde mental de base comunitária que enfatiza a divulgação e o apoio às famílias. Além de Timor Leste, a OMS destaca o Afeganistão, o Burundi, o Iraque e na Faixa de Gaza.
Genebra - A Organização Mundial da Saúde, OMS, destacou o fato de Timor-Leste estar a implementar um sistema de saúde mental de base comunitária que enfatiza a divulgação e o apoio às famílias.
O caso do país lusófono do sudeste asiático é referido num relatório lançado por ocasião do Dia Mundial da Assistência Humanitária, que será assinalado nesta segunda-feira, 19 de agosto.
O sistema "abrangente" de saúde mental de base comunitária foi criado após a "completa ausência de serviços" do género, quando o país viveu a crise de 1999.
Na altura, Timor-Leste foi marcado por ataques contra civis atribuídos a opositores da independência com maior foco na capital, Díli. Os atos tiveram lugar após a vitória do "sim" no referendo sobre a autonomia do então teritório da Indonésia.
Os incidentes alastraram-se por todo o país, estimando-se que tenham feito mais de 1,4 mil mortos.
No estudo, a agência indica que as emergências são uma boa oportunidade para melhorar a vida de um grande número de pessoas através de serviços de saúde mental.
A OMS atribui às entidades humanitárias a tarefa de prestar apoio psicológico à população após um episódio de desastre, ao defender que têm sido perdidas várias oportunidades de fortalecimento dos sistemas de saúde mental a longo prazo.
O chefe do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS recomenda uma estreita colaboração entre o tipo de agências e os governos dos países, para dar atenção psicossocial sustentável e garantir a viabilidade por tempo prolongado.
Mark Van Ommeren considera que os mais afetados por uma situação de emergência, muitas vezes apresentam problemas de saúde de longo alcance.
A Estratégia Nacional de Saúde Mental de Timor-Leste faz parte do plano do ministério de tutela, com enfermeiros treinados na especialidade.
Os profissionais estão disponíveis em cerca de um quarto de 65 centros comunitários de saúde do país. Antes da emergência o país não possuía nenhum.
O atual sistema de Timor-Leste apresenta três níveis de cuidados, com os enfermeiros, a nível primário, a gerir a maioria dos casos. A seguir, por funcionários distritais de saúde podem dar seguimento aos casos.
No mais alto nível, estão os psiquiatras com a responsabilidade por casos clínicos mais complexos, além de líder consultas de clínica geral especializada, quando necessário. Entre os casos por eles tratados está o transtorno de stress pós-traumático.
Entre as nações destacadas pela OMS pelo reforço de sistemas de saúde mental após auxílio humanitário estão o Afeganistão, o Burundi, o Iraque e na Faixa de Gaza.
Fonte: Portugal Digital
Disponível em: <http://www.portugaldigital.com.br/lusofonia/ver/20079280-oms-destaca-plano-de-saude-mental-de-timor-leste>.Acesso em: 19 ago. 2013.
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