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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Pesquisador controla movimentos de outra pessoa pela internet


Imagine a seguinte situação: o piloto de um avião, por algum motivo, se torna incapacitado de exercer suas funções motoras durante um voo. Para conseguir pousar o avião, uma pessoa (que sabe pilotar e não está a bordo) controla os movimentos de algum dos passageiros e consegue resolver a situação. Parece sinopse de filme de ação. E por enquanto, só poderia acontecer em Hollywood mesmo. Mas pesquisadores estão trabalhando para disponibilizar este tipo de  tecnologia.
Cientistas da Universidade de Washington conseguiram realizar a primeira experiência de sucesso com uma interface não invasiva de cérebro humano para cérebro humano. Parece complicado, mas o conceito é até simples: isso tudo quer dizer que um pesquisador foi capaz de enviar sinais cerebrais pela internet e controlar o movimento das mãos de um segundo pesquisador.
A experiência foi feita em dois laboratórios diferentes. O professor de ciência da computação e engenharia, Rajesh Rao, sentou-se em seu laboratório usando uma touca com eletrodos que estavam conectados a uma máquina de eletroencefalografia (que serve para ler a atividade elétrica do cérebro). A sua parte do teste era simples: consistia emolhar para uma tela de computador e jogar um game com sua mente. Para jogar, ele tinha que imaginar sua mão direita se movendo para clicar em um ponto. Mas sem mexer a mão de verdade.
Enquanto isso, do outro lado do campus da Universidade de Washington, Andrea Stocco, professor assistente de psicologia, usava uma touca de natação com uma marcação do local de seu cérebro em que deveria ocorrer a ação da bobina de estimulação magnética transcraniana. No caso, a bobina estava posicionada diretamente sobre o córtex motor esquerdo, que controla os movimentos da mão direita. E a função de Stocco era mais fácil ainda: ficar com a mão parada em cima de um teclado esperando para ver se o experimento ia funcionar.
Quando Rao imaginava sua mão causando um clique, alguns segundos depois Stocco involuntariamente movia seu dedo indicador direito para apertar a barra de espaço no teclado. Tudo graças à web. “A internet foi uma maneira de conectar computadores, e agora pode ser um jeito de conectar cérebros”, disse Stocco.

Fonte: Superinteressante
 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Onde mora a insanidade

Instalado no Instituto Nise da Silveira, Hotel da Loucura abriga intervenções artísticas que questionam o que é ser “normal”


Situado no bairro do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, o Instituto Nise da Silveira  tem sido, durante meio século, palco de propostas revolucionárias no campo da saúde mental no país. Nos anos 40 a 60, a psiquiatra alagoana Nise da Silveira inovou ao montar um ateliê de pintura dentro do centro psiquiátrico e propor a troca do tratamento degradante, como os choques elétricos, por tintas e pincéis, estimulando os pacientes a se expressar por meio da arte.  Nas décadas  seguintes, a instituição foi a primeira a colocar em prática o serviço de atenção diária – no qual os pacientes recebem tratamento sem ter de deixar de conviver com a sociedade –, impulsionando a reforma psiquiátrica. Agora, um novo projeto faz jus à tradição inovadora do instituto: o Hotel da Loucura, uma ala inteira que abriga intervenções artísticas, feitas por pacientes, educadores e profissionais da saúde mental.

As antes assépticas paredes do terceiro andar do hospital estão sendo cobertas com poemas, frases de filósofos e dos pacientes-artistas. Cortinas coloridas alegram os quartos e salas de pintura e de meditação, ideia do psiquiatra Vitor Pordeus, adepto do pensamento de Nise de que a “cura” do que chamamos de loucura está na convivência.

A atividade no hotel é intensa. Há oficinas de artes plásticas e de teatro, nas quais a única regra é que não há distinção entre “loucos” e sãos. Atualmente, está sendo ensaiada a peça Dio-Nise, que relaciona o mito de Dionísio, deus da loucura, com a história da luta antimanicomial. Um local onde a insanidade é acolhida e compartilhada. 

Fonte: Revista Mente e Cérebro

Setembro começa com XI Jornada de Psiquiatria em Gramado(RS)

Entre os dias 5 e 7 de Setembro pesquisadores e profissionais da Psiquiatria brasileira e internacional participarão da XI Jornada de Psiquiatria da APRS, em Gramado(RS). O tema Caminhos da Psicopatologia terá debatedores renomados como Francisco Xavier Castellanos que é o diretor do Centro de Transtornos do Desenvolvimento do Child Study Center da New York University (NYU) . A Jornada é voltada para estudantes e profissionais da área da saúde.
A psicopatologia pode ser definida como o ramo da psicologia que estuda os fenômenos patológicos ou distúrbios mentais e outros fenômenos anormais. Tenta, especialmente, estabelecer a diferença entre o normal e o patológico, além de ser uma ciência que estuda as anormalidades psíquicas, campo de atuação principalmente de psiquiatras e de psicólogos clínicos. Considerada ”o coração da Psiquiatria”, possui em suas bases tanto disciplinas biológicas e neurociências, quanto inúmeros saberes oriundos da psicologia, antropologia, sociologia, filosofia, linguística e história.

A Jornada será composta por mesa redonda e conferencias com temas relacionados a psicopatologia. As inscrições podem ser feitas pelo site, através do endereço eletrônico: http://jornadaaprs.org.br/inscricoes/
e o pagamento deve ser feito através de boleto bancário. 

Fonte: Site (EN) Cena

Médicos peritos de Pernambuco discutem saúde mental

Médicos do Núcleo de Perícias Médicas de Pernambuco participam, na próxima quinta-feira, 29 de agosto, do VIII Encontro de Perícias Médicas. A reunião, no auditório do Instituto de Recursos Humanos (IRH), vai avaliar os “Fundamentos Periciais em Psiquiatria”.
A palestra principal é da psiquiatra e médica legista, especialista em medicina legal e em perícias médicas pela Associação Brasileira de Medicina Legal e Perícias Médicas, Luciana Pinto. Nos grupos de trabalho, acontecerão debates e discussões que contribuirão para o aperfeiçoamento do atendimento médico pericial. O evento é uma ação da Diretoria de Recursos Humanos (DRH), através da Gerência Administrativa de Perícias Médicas (GAPM) e da Unidade de Supervisão de Perícias Médicas e Segurança do Trabalho (USPS).

O encontro é uma continuidade da temática abordada na última edição do evento, realizada em 25 de julho, e vai debater questões como invisibilidade dos transtornos mentais, como estabelecer diagnósticos, diferenciar transtornos e como traçar as peculiaridades da perícia psiquiátrica.
 
Fonte: Diário de Pernanbuco

VIII Colóquio da Residência em Psicologia Clinica e Saúde Mental - Hospital Juliano Moreira

- Discursos, entraves, andanças... O que se (re)vela na experiência em Saúde Mental?

Algumas datas importantes:
*Pré-inscrições: 01/08 a 28/08/13
*Submissão de trabalhos: 01/08 a 21/08/13
*Divulgação da lista de pré-inscrição: 04/09/13
*Divulgação dos trabalhos selecionados: 04/09/13

As pré-inscrições serão realizadas através do site: http://residenciapsi-saudemental.blogspot.com.br/

O homem que estranhamente blogou seu suicídio

O maior tabu do jornalismo mundial cai justamente com um repóter esportivo “narrando” o seu próprio suicídio em um site especificamente criado para isto. Martin Manley odiava acordar cedo, mas em seu aniversário de 60 anos ele o fez – ou, provavelmente, nem foi dormir na noite anterior.
Às 5h, ele se dirigiu até o estacionamento de um posto policial no subúrbio de Kansas City, Kansas, Estados Unidos, e ligou de seu telefone celular para a polícia. “Eu quero comunicar um suicídio no extremo sul do estacionamento do Posto Policial Overland Park Police Station, entre as ruas 123 e Metcalf”. Em seguida, o blogueiro e ex-jornalista esportivo do periódico local “Kansas City Star” sacou sua pistola .380 e deu um tiro na própria cabeça.
Devido à sua profissão, Manley adorava estatísticas – de fato, o “índice de eficiência” criado por ele ainda é usado em jogos de basquete da NBA. Seguindo essa linha, os números mostram que cerca de 150 outros cidadãos dos Estados Unidos se suicidaram naquele dia, e algo em torno de 38 mil outros estadunidenses o farão ao longo deste ano ainda.
Por outro lado, nenhuma dessas 38.150 pessoas devem relatar tão especificamente sua morte, detalhando o quando, o onde, o porquê e o como de seu suicídio, da mesma forma que Manley o fez. Durate mais de um ano, o jornalista aposentado vinha trabalhado secretamente na construção de uma página na internet, com o objetivo justamente de explicar meticulosamente sua morte. Ele a configurou para que fosse publicada no dia em que ele morreu.
Seria apropriado chamar o caso de “morte no tempo do Facebook”. Em julho deste ano, no muncípio de São Mateus, no norte do Espírito Santo, uma mulher teve a casa assaltada e, durante a ação dos bandidos, foi baleada na costela. Mesmo assim, ainda teve tempo de postar uma mensagem no seu perfil do Facebook antes de falecer. “Acabei de levar um tiro aqui dentro de casa”, escreveu. 


Fonte: Site Hyperscience

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Estudo identifica 13 alterações genéticas envolvidas na esquizofrenia

Ao todo, essa e outras pesquisas já relacionaram 22 alterações no DNA a um maior risco do transtorno, cuja causa exata ainda é desconhecida

Um novo estudo identificou 13 novas regiões do DNA nas quais variações genéticas podem levar à esquizofrenia, um transtorno psiquiátrico cuja causa exata ainda é desconhecida. Somadas às partes do genoma humano que já haviam sido relacionadas anteriormente ao transtorno, os pesquisadores estimam que existam 22 regiões genéticas envolvidas na doença.
O DNA humano é composto por duas fitas que carregam uma sequência de nucleotídeos, representados pelas letras A, C, G e T. Os genes, a parte do DNA que carregam informações, são formados por uma sequência especial dessas letras. O que os cientistas descobriram nesse novo estudo foi que, quando há uma variação genética (ou seja, na ordem dos nucleotídeos) em alguma das 22 partes específicas dessa fita, o risco de esquizofrenia se torna maior.
Os autores dessa pesquisa chegaram a esse resultado após estudar casos de esquizofrenia e compará-los a pessoas livres da doença. A equipe também analisou estudos anteriores que avaliaram o genoma de indivíduos com o transtorno. Depois, os pesquisadores aplicaram as conclusões em amostras de DNA humano. Ao todo, quase 60.000 indivíduos foram envolvidos no trabalho.
Mecanismos — Patrick Sullivan, coordenador do estudo, explicou em um comunicado que duas dessas regiões do DNA associadas à esquizofrenia carregam genes que influenciam a manutenção das células nervosas, e outra inclui um gene envolvido na regulação do desenvolvimento do sistema nervoso. Além disso, uma parte do DNA relacionada à esquizofrenia já havia sido associada anteriormente ao transtorno bipolar.


“Se descobrir as causas de esquizofrenia é como montar um quebra-cabeça, então esses novos resultados nos dão as bordas dele e mais algumas peças para resolvê-lo. O que é muito animador é que uma tecnologia padrão de estudo do genoma poderá nos ajudar a preencher as informações que faltam sobre o transtorno”, diz Sullivan. “Nós agora temos um caminho muito claro para pesquisas que nos forneçam mais dados sobre a doença. Isso não teria sido possível há cinco anos".
O trabalho foi feito no Centro de Psiquiatria Genômica da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e publicado neste final de semana na revista Nature Genetics.

Diagnóstico — O estudo recebeu subsídios do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos (NIMH, sigla em inglês). Em 2009, o órgão criou o Projeto de Pesquisa em Domínio de Critérios, o RDoc, com o objetivo de investir em trabalhos que desvendem os circuitos cerebrais e os fatores genéticos que estão por trás dos principais distúrbios psiquiátricos.
Atualmente, o diagnóstico de transtornos mentais é feito apenas com base nos sintomas clínicos apresentados pelo paciente. Esse método pode levar a diagnósticos imprecisos e equivocados de doenças psiquiátricas, já que não explica o que, de fato, está acontecendo no organismo e no cérebro de um paciente que apresenta algum distúrbio.
 
Fonte: Veja

Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/saude/estudo-identifica-13-alteracoes-geneticas-envolvidas-na-esquizofrenia> . Acesso em: 27 ago. 2013 

Simpósio de neurociências destaca pesquisas sobre drogas


O uso e o abuso de drogas são o tema central do 7º Simpósio Internacional de Neurociências da UFMG, que será realizado de 11 a 14 de setembro, no campus Pampulha, simultaneamente ao 37º Congresso Anual da Sociedade Brasileira de Neurociências (Sbnec).

Palestras, painéis e mesas-redondas, com pesquisadores brasileiros e convidados internacionais, vão discutir o consumo e a dependência química de medicamentos e de outras drogas, como cocaína, crack, maconha, álcool, cigarro e ayahuasca (Santo Daime). Em abordagens transdisciplinares, o tema será tratado dos pontos de vista terapêutico, preventivo, clínico e social.
 
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3409-2637no blog dos eventos e em página no Facebook (Semana de Neurociencias UFMG).

Disponível em: <http://www.medicina.ufmg.br/noticias/?p=35968 >. Acesso em: 27 ago. 2013

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

“SAÚDE MENTAL: Álcool e Drogas – tratamentos e perspectivas"

ESMP - Escola Superior do Ministério Público do Estado de São Paulo 
30 de agosto de 2013 (sexta-feira)
Das 9h às 16h30
Local: Salão do Tribunal do Júri do Fórum de Piracicaba
Bernardino de Campos, n. 55 – Cidade Alta - Piracicaba/SP -

Congreso Mundial de Salud Mental 2013 de la World Federation for Mental Health


Experimento com cobaias liga esquizofrenia a sonho

A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico que em muitos aspectos lembra o estado onírico, gerando ideias desconexas e alucinações, e um estudo com ratos acaba de revelar como essa confusão acontece no cérebro.
A descoberta saiu de uma pesquisa realizada pelo Instituto do Cérebro da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), que desenvolveu um método para gravar impulsos elétricos no sistema nervoso de ratos, e criou um modelo para estudar a esquizofrenia em cobaias.
Reproduzir esse transtornos psiquiátrico em animais sempre foi um desafio. Como saber se um animal tem algo similar à esquizofrenia sem poder perguntar a ele se está alucinando e sem poder avaliar sintomas clínicos como a fala confusa e paranoia?
Para estudar o problema em ratos, os cientistas de Natal injetaram nos animais o anestésico quetamina, que em pequenas doses é conhecido por induzir delírio e sintomas psicóticos.
Depois, mediam as "ondas cerebrais" geradas pelas variações de impulsos elétricos, enquanto analisavam o comportamento dos animais.
"É claro que o rato não tinha como dizer se estava sonhando ou tendo alucinações", diz Adriano Tort, líder do grupo de pesquisa. "Mas o padrão de ondas que nós encontramos estava alterado, e era um padrão que já tinha sido visto antes em 'sono REM', o momento do sono associado aos sonhos."
O resultado --que analisou ondas cerebrais do hipocampo, estrutura cerebral importante para a memória e a consciência-- corroborou uma suspeita que já existia. Psicólogos já enxergavam semelhança entre o estado onírico e o tipo de alucinação que ocorre em esquizofrenia.
O estudo de Tort, Sidarta Ribeiro e colegas da UFRN, saiu na "Scientific Reports". 
MACACOS
Um outro trabalho semelhante ao dos brasileiros, publicado no periódico "PNAS", descreve nesta semana um experimento semelhante, no qual a quetamina foi administrada em macacos resos.
Ricardo Gil-da-Costa, cientista português do Instituto Salk, de San Diego (EUA), descobriu um outro desvio nas ondas cerebrais dos animais. Desta vez, a anomalia estava associada à dificuldade que os animais tinham para se deixarem atrair por estímulos sonoros, e depois manterem atenção neles.
Uma das inovações aplicadas por Gil-da-Costa foi uma touca de encefalografia adequada para que se possa comparar o cérebro símio com o humano, algo essencial para estudar o transtorno.
"Um modelo animal melhor pode ser usado em investigação pré-clinica e para se desenvolver novas terapias", diz. "Muitas empresas farmacêuticas nos têm contatado precisamente por isso", afirma Gil-da-Costa. 

Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Emergências humanitárias oferecem oportunidade para melhorar assistência à saúde mental, diz OMS

Governos têm a oportunidade de fortalecer a assistência à saúde mental após emergências humanitárias.

Países como Mali, República Centro-Africana e Síria, entre outros, deveriam transformar seus sistemas em busca do bem-estar, melhor funcionamento e resiliência dos indivíduos e da sociedade. As avaliações estão no relatório “Reconstruindo melhor: Assistência à saúde mental sustentável após emergências”, lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na sexta-feira (16).
Médico atende paciente que procura por tratamento de saúde mental.

“Apesar da sua natureza trágica, as situações de emergência são oportunidades para melhorar a vida de um grande número de pessoas por meio da melhoria dos serviços de saúde mental”, disse o diretor-geral assistente da OMS, Bruce Aylward, que supervisiona o trabalho em emergências humanitárias.
Médico atende paciente que procura por tratamento de saúde mental. Foto: IRIN/Hassan Mahamud
“A situação atual é alarmante”, disse o diretor da OMS para a Saúde Mental, Shekhar Saxena. “Os sistemas de saúde ainda não respondem adequadamente às consequências dos transtornos mentais. Sabemos que a grande maioria das pessoas com transtornos mentais graves não recebe tratamento nos países de baixa e média renda.”
O documento fornece orientação para o reforço dos sistemas de saúde mental após situações de emergência e exemplos de como países estão fazendo isso em todo o mundo para ajudar formuladores de políticas públicas.

Fonte: CBN

O Ministério da Saúde publica material de apoio que traz como tema a saúde mental

O Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde (DAB/MS) lança o  Caderno de Atenção Básica nº 34 durante o I Seminário Nacional sobre Consultórios na Rua e Saúde Mental na Atenção Básica, realizado em Brasília (DF) nos dias 24 e 25 de julho.
O material de apoio que traz como tema a saúde mental, dentre outras questões, expoe como deve ser o cuidado em saúde mental no âmbito da atenção básica, comenta sobre os instrumentos de intervenção psicossocial, apresenta principais medicamentos da saúde mental, além de diversas práticas e estudos de caso.
Escrito por profissionais que já desenvolveram trabalhos ligados à saúde mental, o Caderno de Atenção Básica nº 34 tem como expectativa  estimular e compartilhar o conhecimento acumulado no cuidado em saúde mental na Atenção Básica. Além de apresentar ferramentas, estratégias, cenas e questionamentos para auxiliar o profissional de Saúde no exercício do trabalho com a saúde mental.
 
O Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde (DAB/MS)
A Atenção Básica atua como porta de entrada do SUS, sendo um conjunto de ações para promover a saúde, prever agravos e reduzir danos a manutenção da saúde, com o objetivo de desenvolver uma atenção integral as pessoas e a saúde coletiva.
O Departamento de Atenção Básica (DAB) integra a Secretaria de Atenção à Saúde, as atribuições e competências do DAB são definidas pelo Decreto 7530/2011 que estabelece a estrutura regimental do Ministério da Saúde que aprova a Política Nacional de Atenção Básica.
Dentre as principais funções desde orgão esta a de definir e rever periodicamente com as entidades representantes dos Secretários Estaduais de Saúde (CONASS) e das Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), as diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica, observando os princípios e diretrizes do SUS.
 
Os Cadernos de Atenção Básica
Desenvolvidos para contribuir com o fortalecimento das ações desenvolvidas por todos os profissionais de saúde de várias partes do país. Os Cadernos de Atenção Básica são oferecidos gratuitamente como fonte de informação, com a possibilidade de auxiliar na correta implementação do modelo assistencial de atenção básica.
Em 2012 os temas abordados foram: Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento; Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco; Práticas integrativas e complementares, nos cadernos de numeração 33, 32 e 31 respectivamente.

Fonte: (En) Cena

Sonhando acordado

Durante o surto de psicose, cérebro apresenta padrão de atividade elétrica semelhante ao observado nos sonhos 
Imagem feita por microscópio eletrônico do hipocampo do cérebro humano

Pesquisadores brasileiros começam a identificar alterações no funcionamento do cérebro que podem estar na origem dos delírios e das alucinações que caracterizam os surtos de psicose, comuns em transtornos mentais como a esquizofrenia. Em experimentos realizados com ratos, o grupo coordenado pelo neurocientista Adriano Tort da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) verificou que a atividade elétrica cerebral durante os surtos psicóticos é semelhante à observada no chamado sono REM, a fase em que ocorrem os sonhos. “Esse resultado nos leva a suspeitar de que os surtos psicóticos tenham alguma relação com os eventos oníricos”, conta o biólogo Fábio Viegas Caixeta, integrante da equipe de Tort no Instituto do Cérebro da UFRN e primeiro autor desse trabalho, publicado na edição de 2 de agosto da revista Scientific Reports.
Quando se está acordado, o cérebro é tomado por correntes elétricas que oscilam rapidamente, entre 10 e 100 vezes por segundo. Durante o sono REM, esses pulsos elétricos de alta frequência dão lugar a outros mais lentos – são as chamadas ondas teta –, que se repetem entre 5 e 10 vezes por segundo e intensificam pulsos ultrarrápidos, com frequência de 110 a 160 vezes por segundo. Os pesquisadores da UFRN registraram essa mesma combinação de pulsos lentos e ultrarrápidos no hipocampo de um grupo de ratos tratados com cetamina, um anestésico que em doses baixas causam nos seres humanos delírios e alucinações idênticos aos da psicose.
A observação de padrão elétrico incomum no estado de vigília pode indicar o funcionamento inadequado do hipocampo, região profunda do cérebro associada ao aprendizado, à memória, à tomada de decisão e à integração da informação captada por diferentes órgãos do sentido. Se for confirmado por outros estudos, esse achado corrobora uma antiga suspeita da medicina: a de que há algo de errado com o hipocampo na esquizofrenia. “Falhas na integração das informações sensoriais são uma origem provável dos delírios e das alucinações”, diz Caixeta.
Caso os registros da atividade elétrica do cérebro forneçam, de fato, uma boa representação do funcionamento desse órgão complexo e pouco conhecido, os resultados da Scientific Reports podem reforçar também uma ideia proposta há algumas décadas pela psicanálise e pela psicologia: haveria uma causa comum à falta de coerência lógica entre as ideias apresentadas nos sonhos e à confusão mental característica dos delírios e à convicção nos eventos irreais típica da alucinação. Dito de forma simples: passar por um surto psicótico seria semelhante a sonhar acordado.
“Os resultados desse trabalho nos aproximam de compreender os mecanismos biológicos associados aos episódios de psicose, característicos de transtornos mentais como a esquizofrenia”, explica Tort. “Esse conhecimento é fundamental para que se possam desenvolver tratamentos capazes de atuar sobre a origem do problema e não apenas sobre seus sintomas”, afirma o pesquisador. Anos atrás, quando ainda era pesquisador do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond & Lily Safra, Tort já havia demonstrado a influência das ondas teta sobre a intensidade dos pulsos mais rápidos (ondas gama) em duas atividades fundamentais do hipocampo: a recordação de uma memória e a tomada de decisão.
Artigo científico
CAIXETA, F.V. et alKetamine alters oscillatory coupling in the hippocampusScientific Reports. 2 ago. 2013. 

Fonte: Pesquisa FAPESP 

Disponível em:<http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/08/05/sonhando-acordado/>.Acesso em: 21 ago. 2013.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Ministério da Saúde e ONU trazem ao Brasil nova metodologia de prevenção de drogas nas escolas

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e o Ministério da Saúde, com apoio de parceiros, concluíram a primeira etapa de capacitação para lançar nas escolas brasileiras uma nova metodologia de prevenção de drogas. Intitulado Unplugged, o método desenvolvido por pesquisadores europeus é inédito no país e já foi aplicado com sucesso pelo UNODC em países do Norte da África e do Oriente Médio.
A metodologia consiste em promover discussões entre alunos de 10 a 14 anos de idade, em linguagem descontraída e acessível, abordando diversos assuntos e situações de stress que podem levar adolescentes a usar drogas. As discussões também promovem o fortalecimento de fatores de proteção, como bem estar psicológico e emocional, habilidades sociais e bom relacionamento com os pais, que tornam os alunos menos vulneráveis ao uso de drogas e a outros comportamentos negativos.
Ainda em fase pré-piloto, o projeto vai atingir, até o fim do ano, aproximadamente 5 mil alunos da rede pública municipal e estadual nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo e Florianópolis.
Seis psicólogos e educadores dos estados de São Paulo e de Santa Catarina estiveram em Brasília em julho para participar da primeira parte da capacitação, que os habilitou como multiplicadores para treinar os professores de ensino fundamental que implementarão a metodologia dentro das salas de aula. Além dos multiplicadores, cerca de 25 gestores públicos das áreas de saúde e educação dessas cidades também participaram.
Em agosto, foi concluído o treinamento dos professores que aplicarão a metodologia nos três municípios participantes durante o segundo semestre de 2013, numa série de 12 aulas semanais. O objetivo é eventualmente expandir a metodologia de prevenção para todas as escolas brasileiras que fazem parte do Programa Saúde na Escola, do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação.

Fonte: Nações Unidas no Brasil


I Seminário de Saúde Mental na Atenção Básica acontece em outubro

Nos dias 03 e 04 de outubro de 2013 acontecerá em Campo Grande – MS na Escola de Saúde Pública Dr. Jorge David Nasser, o I Seminário de Saúde Mental na Atenção Básica, IV Encontro de CAPS de Campo Grande e VI Jornada do Hospital Nosso Lar.
Tendo como principal eixo temático a inclusão das ações de Saúde Mental na Atenção Básica, contaremos este ano com um evento plural, com a participação dos diversos atores que compõem a rede de suporte aos portadores de transtornos mentais em todos os níveis de atenção e dos intersetores. O foco será voltado para as articulações necessárias à complexidade do trabalho no território. Um território vivo e potente, terreno fértil para a produção de vínculos e de novos sentidos para a clínica.

Inscrições abertas no site www.portalsaude.ufms.br, e presenciais no Hospital Nosso Lar (Rua Dr. Bezerra de Menezes, 325, Vila Planalto). Serão recolhidos no dia do evento 2 kg de alimentos não perecíveis por participante.

Fonte: MS Repórter

Disponível em: <http://www.msreporter.com.br/i-seminario-de-saude-mental-na-atencao-basica-acontece-em-outubro/>. Acesso em: 20 ago. 2013.

Programa Debate Positivo - Saúde Mental e Aids (parte 1)

Espaço Saúde | Programa produzido pelo Instituto Espaço Saúde, para levar ao público informação de um aspecto educacional sobre patologias e saúde

Leia mais (de graça) e “dê ao mundo” o seu livro favorito

Que tal se juntar a outros fãs de livros para comprar direitos autorais e tornar o acesso a eles grátis? Foi com essa ideia ousada que nasceu o Unglue.it, um serviço de crowdfunding para transformar títulos protegidos em ebooks creative commons.
Lançado em maio do ano passado, o site foi criado para ajudar leitores apaixonados a “descolar” (traduzindo o nome do site) os livros do controle das editoras para ter acesso a obras antigas, esgotadas ou que editoras não se interessem mais em publicar. Mas os autores não saem perdendo com isso! O pagamento aos criadores é feito por meio do financiamento coletivo – e as pessoas que quiserem participar podem doar qualquer quantia.
Se o valor estipulado pelo direito do livro for alcançado, a obra ganhará uma versão em ebook, sob uma licença creative commons. Isso significa que qualquer pessoa pode ler, baixar e compartilhar o ebook livre e legalmente. “Significa dar ao mundo o seu livro favorito”, acreditam os criadores do serviço. Inspirador, não?
O primeiro sucesso da plataforma foi disponibilizar, de graça e com novos recursos, a obra Literatura Oral na África, de Ruth H. Finnegan. Na ocasião, em agosto de 2012, a autora declarou estar maravilhada com a possibilidade de a pesquisa ser lida livremente no continente estudado. Outros livros também foram “descolados” pelo site, como:

O Terceiro Despertar, de Dennis Weiser;
Então Você Quer Ser Bibliotecário, de Lauren Pressley;
Alimentando a Cidade, de Sara Roncaglia, e
Open Access eBooks, de E.S. Hellman.

Entre os livros mais desejados pelos usuários do site estão O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams, Uma Breve História do Tempo, de Stephen Hawking, e Revolução dos Bichos, de George Orwell.

Fonte: Site Superinteressante

Disponível em: <
http://super.abril.com.br/blogs/planeta/leia-mais-de-graca-e-de-ao-mundo-o-seu-livro-favorito/>.Acesso em: 20 ago. 2013.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Você faz parte dessa história!


Visite a Biblioteca do HJM


VIII COLÓQUIO DA RESIDENCIA EM PSICOLOGIA CLÍNICA E SAÚDE MENTAL - HOSPITAL JULIANO MOREIRA


EVENTO COMEMORIATIVO DO DIA DO PSICOLÓGO " OS SENTIDOS DA CURA EM SAÚDE MENTAL"


Quinta, dia 22 de agosto, às 9h, no Hospital Juliano Moreira (Salvador-Bahia)
Confirmar presença através do e-mail: lspdf@yahoo.com.br



Fonte: Comissão Pró- Associação de Profissionais de Saúde Mental da Bahia.

OMS destaca plano de saúde mental de Timor-Leste

A Organização Mundial da Saúde, OMS, destacou o fato de Timor-Leste estar a implementar um sistema de saúde mental de base comunitária que enfatiza a divulgação e o apoio às famílias. Além de Timor Leste, a OMS destaca o Afeganistão, o Burundi, o Iraque e na Faixa de Gaza.

Genebra - A Organização Mundial da Saúde, OMS, destacou o fato de Timor-Leste estar a implementar um sistema de saúde mental de base comunitária que enfatiza a divulgação e o apoio às famílias.
O caso do país lusófono do sudeste asiático é referido num relatório lançado por ocasião do Dia Mundial da Assistência Humanitária, que será assinalado nesta segunda-feira, 19 de agosto.
O sistema "abrangente" de saúde mental de base comunitária foi criado após a "completa ausência de serviços" do género, quando o país viveu a crise de 1999.
Na altura, Timor-Leste foi marcado por ataques contra civis atribuídos a opositores da independência com maior foco na capital, Díli. Os atos tiveram lugar após a vitória do "sim" no referendo sobre a autonomia do então teritório da Indonésia.
Os incidentes alastraram-se por todo o país, estimando-se que tenham feito mais de 1,4 mil mortos.
No estudo, a agência indica que as emergências são uma boa oportunidade para melhorar a vida de um grande número de pessoas através de serviços de saúde mental.
A OMS atribui às entidades humanitárias a tarefa de prestar apoio psicológico à população após um episódio de desastre, ao defender que têm sido perdidas várias oportunidades de fortalecimento dos sistemas de saúde mental a longo prazo.
O chefe do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS recomenda uma estreita colaboração entre o tipo de agências e os governos dos países, para dar atenção psicossocial sustentável e garantir a viabilidade por tempo prolongado.
Mark Van Ommeren considera que os mais afetados por uma situação de emergência, muitas vezes apresentam problemas de saúde de longo alcance.
A Estratégia Nacional de Saúde Mental de Timor-Leste faz parte do plano do ministério de tutela, com enfermeiros treinados na especialidade.
Os profissionais estão disponíveis em cerca de um quarto de 65 centros comunitários de saúde do país. Antes da emergência o país não possuía nenhum.
O atual sistema de Timor-Leste apresenta três níveis de cuidados, com os enfermeiros, a nível primário, a gerir a maioria dos casos. A seguir, por funcionários distritais de saúde podem dar seguimento aos casos.
No mais alto nível, estão os psiquiatras com a responsabilidade por casos clínicos mais complexos, além de líder consultas de clínica geral especializada, quando necessário. Entre os casos por eles tratados está o transtorno de stress pós-traumático.
Entre as nações destacadas pela OMS pelo reforço de sistemas de saúde mental após auxílio humanitário estão o Afeganistão, o Burundi, o Iraque e na Faixa de Gaza.

Fonte: Portugal Digital

De novo, de novo e de novo...

Quando conteúdos recalcados irrompem como sintoma, sobrevém o sofrimento, mas também o alívio

Por Maria Maura Fadel
Em seu novo livro, o psicanalista e psiquiatra J.-D. Nasio parte de um questionamento comum,  aparentemente comum, que a maioria das pessoas já fez em algum momento. A banalidade, porém, é mesmo só aparente: o tema é profundo, relacionado à constituição do sujeito e da subjetividade, ao determinismo psíquico – e arraigados sofrimentos que levam as pessoas a acreditar que são vítimas de um princípio “demoníaco”, como escreveu Sigmund Freud. Por que repetimos os mesmo erros parte da noção de inconsciente, essa “força soberana que nos confere identidade social e nos impele a escolher a mulher ou o homem com quem compartilhamos a vida, a escolher a profissão que exercemos, a cidade ou a casa onde moramos – escolhas que julgamos deliberadas ou fortuitas ao passo que, na verdade, nos foram sutilmente ditadas pelo inconsciente”. É essa instância que nos impele a repetir tanto o que nos faz bem, de forma sadia, quanto comportamentos que nos prejudicam.


Nasio reflete sobre essa ambivalência psíquica tomando como ponto de partida casos que fazem parte de sua experiência clínica. Destaca três leis que regem o processo repetitivo: 1. lei do mesmo e do diferente (algo jamais se repete de maneira absolutamente idêntica, aparece sempre um pouco diverso); 2. lei da alternância da presença e da ausência (a repetição não acontece todo o tempo); 3. lei da intervenção de um observador que enumera a repetição (só existe o fenômeno porque o contabilizamos, nomeamos e apontamos o número de vezes que ele se reproduz).


Embora muitos se deem conta do quanto são presas fáceis de cenários de fracasso que se reeditam levemente modificados, nem toda repetição é, necessariamente, prejudicial. Um dos pontos destacados no livro é seu efeito benéfico, quando associada à autopreservação, ao desenvolvimento e à formação da própria identidade – e sem caráter compulsivo. Segundo Nasio, que durante 30 anos lecionou na Universidade de Paris VII, do ponto de vista psíquico  é possível destacar três pontos de retorno ao próprio passado: por meio da consciência (marcada por recordações na maioria das vezes visuais, mas também táteis, gustativas ou olfativas ao que esteve esquecido, como Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust); em atos sadios (retorno, por meio dos comportamentos, a um passado conturbado e recalcado); e em atos patológicos(retorno compulsivo a um passado traumático e recalcado por meio de comportamentos). As duas primeiras situações são qualificadas como sadias. A última, entretanto, tem caráter patológico.


É justamente a volta ao trauma que incomoda as pessoas que buscam atendimento psicológico ao perceberem, no presente, a eclosão do sintoma ou da ação impulsiva, também chamada de passagem ao ato. Sigmund Freud escreveu: “Os abalos inconscientes não querem ser rememorados, mas aspiram a reproduzir-se; o doente quer agir suas paixões”. Nasio se encarregou dos grifos, ao definir a repetição patológica como uma série de pelo menos três ocorrências, na qual “uma emoção infantil, violenta, forcluída e recalcada aparece, desaparece, reaparece e reaparece novamente alguns anos mais tarde, na idade adulta, sob a forma de uma experiência perturbadora cujos paradigmas são o sintoma e a passagem ao ato”. O autor destaca ainda duas formas básicas de repetição patológica: temporal e tópica. A temporal é facilmente detectada e o paciente sente que “faz parte dela”, é protagonista do sintoma, volta e meia se vê tragado por situações nas quais reconhece o sintoma.  Já a repetição tópica ou espacial não é reconhecida pela pessoa, mas deduzida pelo analista.


Em Além do princípio do prazer, de 1920, Freud escreve que a criança nunca se cansa de repetir uma brincadeira ou ouvir uma história, é o adulto que lhe impõe o limite. Fica claro para qualquer um que tenha vivido diretamente ou presenciado esse tipo de situação que o prazer provocado pela repetição pode estar associado à compulsão pela gratificação. Mas quando conteúdos recalcados irrompem subitamente, transmutados em sintoma, o que sobrevém é o sofrimento. Ao mesmo tempo, porém, esse movimento permite uma descarga de tensão que, em algum nível, proporciona alívio.


Para dar conta dessa aparente contradição, Nasio recorre à teoria lacaniana, segundo a qual o gozo oferece dor e prazer, simultaneamente. O autor chama a atenção para o fato de que somos tanto atores quanto espectadores das repetições. No momento em que retoma uma emoção traumática, a pessoa em análise é, simultaneamente, aquela que revive o trauma e que se observa revivendo essa experiência – e aí está uma porta possível para a ressignificação da repetição, da tentativa de controlar o que foi vivido passivamente. É um aspecto do que Nasio chama de “revivescência”, que se constitui ao longo de várias sessões psicanalíticas, indo muito além da rememoração. O autor escreve: “Convém ao mesmo tempo sentir e ter consciência de sentir, dissociar-se entre aquele que revive o trauma e aquele que se vê revivendo o trauma”. Um processo árduo, delicado e em geral doloroso – mas felizmente possível e libertador.

Fonte: Revista Mente e Cérebro




Mais informações: http://sbphcongresso2013.com.br/

CRACK, É POSSÍVEL VENCER

Saúde amplia em R$ 230 milhões custeio para CAPS
Aumento vai incidir nos atuais e novos CAPS que atendem 24 horas. Outros R$ 100 milhões são disponibilizados para construção de novas unidades
O Ministério da Saúde (MS) ampliou o valor de custeio dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS), que atendem a dependentes químicos e pacientes com transtornos mentais 24 horas ao dia. O novo aporte financeiro de R$ 230 milhões representa 33% do valor que é pago atualmente para as 112 unidades. Até o final do próximo ano, a meta é chegar a um total de 275 centros deste tipo. A medida foi anunciada nesta terça-feira (6) em solenidade de balanço do Programa ‘Crack, é possível vencer’, no Ministério da Justiça.
Além deste reajuste, o Ministério da Saúde também financia, pela primeira vez, a construção de CAPS III, CAPSad III e Unidades de Acolhimento (UAs), adulto ou infantil, em todo o país. Para este financiamento, estão sendo investidos R$ 100 milhões. A portaria sobre este incremento foi publicada em abril com a previsão de recursos na ordem de R$ 50 milhões, porém o MS decidiu dobrar este montante.
“Além do custeio, estamos repassando uma verba de R$ 100 milhões para que as prefeituras e os estados solicitem recursos para a construção de UAs e CAPS”, destacou o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, durante a solenidade desta terça-feira no Ministério da Justiça. O secretário lembrou que o aumento do custeio é para todas as unidades, tanto as que já estão prontas como aquelas que serão construídas.
REAJUSTE –Com a ampliação do repasse de custeio, os CAPSad III que hoje recebem R$ 78.800,00, terão R$ 105 mil para custeio mensal e os CAPS III, que atualmente recebem 63.144,38, passam para 84.134,00.
Já em relação aos valores destinados para a construção de novas unidades, os gestores locais vão contar com valores entre R$ 500 mil para Unidades de Acolhimento (UAs) e R$ 1 milhão para os CAPS III. A previsão do Ministério da Saúde é a de que sejam construídos mais 60 CAPS ou UAs até 2014.
Crack, é possível vencer -O anúncio foi feito nesta terça-feira (6) durante solenidade, no Ministério da Justiça, de adesão de mais oito estados com o governo federal ao Programa “Crack, é possível vencer”, completando com isso todas as unidades da federação. Estão na lista Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão e Bahia.
Soma 92 o número de municípios que já aderiram ao programa e, no dia 6 de agosto, juntamente com os oito estados que restavam, 28 municípios também fazem adesão, elevando para 119 o número de municípios que participam do Programa.
Desde o início do programa, foram criados 1.851novos leitos nesses serviços. Em todo o País, foram habilitados e estão em funcionamento 37 CAPS AD III (370 leitos), 60 Unidades de Acolhimento (900 leitos), 225 vagas em 14 comunidades terapêuticas e 84 Consultórios na Rua, além de 581 leitos em enfermarias especializadas em álcool e drogas em hospitais gerais.

Fonte: Ministério da Saúde (Brasil)

I Encontro Latino-Americano de Escrita e Psicanálise


Mais informações: http://aprs.org.br/2013/08/i-encontro-latino-americano-de-escrita-e-psicanalise-sbpdepa

DOCUMENTOS SOBRE JULIANO MOREIRA




Site do Hospital Juliano Moreira (www.saude.go.br/hjm) disponibiliza lista de referências com documentos publicados sobre o Hospital Juliano Moreira e o médico baiano Juliano Moreira.

Acesse: 


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Instituto promove conversa com a sociedade sobre neuropsiquiatria e saúde mental

O Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USPrealiza, no dia 29 de agosto, um dia inteiro de palestras, encontros e workshops sobre neuropsiquiatria e saúde mental. Participam do evento, os maiores especialistas do instituto.
O “IPq Portas Abertas: conversa com a sociedade” convida o público para “beber da fonte” e para participar das 57 atividades que serão realizadas, das 9h às 17h, no Hospital das Clínicas.
Epilepsia, distúrbio bipolar, anorexia e bulimia, transexualismo, dependência química, saúde mental no trabalho, dependência química, demência ou hidrocefalia, estresse pós-traumático, cuidado com o portador de Alzheimer, o homem e a mulher nos dias atuais, hiperatividade, autismo e pânicos e fobias são alguns dos temas que serão abordados.
Esta é a segunda edição do encontro. Em 2012, o evento foi realizado em comemoração aos 60 anos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas. Os interessados em participar precisam efetuar as inscrições pelo telefone ou através do e-mail. Cada participante pode se inscrever em até três atividades.

Mais Informações:
http://www.ipqhc.org.br/


Telefones (11) 2661-6520 e 2661-6267


E-mail escoladeexcelencia.ipq@hc.fm.usp.br

Fonte: Agência Social

Disponível em:<http://agesocial.com.br/2013/08/15/instituto-promove-conversa-com-a-sociedade-sobre-neuropsiquiatria-e-saude-mental/>.Acesso em: 16 ago. 2013.