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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Depressão Resistente ao Tratamento Parece Estar a Aumentar

No último dia do VII Congresso Nacional de Psiquiatria e Saúde Mental, o Dr. Zihad Nahas, da American University of Beirut, mostrou no simpósio “Neuroestimulação em Psiquiatria. Técnicas antigas? Novos dados!” que a depressão, enquanto uma experiência subjectiva, continua a ser um problema real, avança comunicado de imprensa. Este revelou ainda que a depressão resistente ao tratamento está a aumentar. “Quanto mais baixa a resposta, mais alta a recaída. Quanto mais alta a resposta, mais baixa a recaída. Quanto mais alta a recaída e mais baixa a resposta, mais longos são os episódios”, exemplificou.
No simpósio sobre “Disfunção Eréctil: algumas intervenções terapêuticas de análise” Ana Carvalheira, presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, apresentou um estudo onde surgiram algumas conclusões importantes para a análise da evolução da disfunção eréctil, um problema muitas vezes silenciado pelo doente e familiares e para o qual os avanços terapêuticos são escassos.
Discutiram-se as razões pelas quais os homens abandonam a terapia cognitiva-comportamental, verificando-se que 48,9% dos homens fazem-no devido à não eficácia dos medicamentos (40%). Num questionário anónimo a 327 participantes, 87% com relações de compromisso e 42% com estudos superiores, verificou-se que o abandono prende-se igualmente com factores relacionais e psicológicos.
Na mesma sessão, debateu-se o conceito de “mindfulness” pela sexóloga da universidade de Coimbra, Sandra Vilarinho, no âmbito da disfunção eréctil. Esta prática meditativa, que leva a pessoa a ver o pensamento enquanto um acontecimento mental isolado, sem julgamento, poderá levar a um aumento da auto-consciência e funcionamento sexual e, por conseguinte, a uma sexualidade mais satisfatória.
Na sessão dedicada ao tema da “Eutanásia – suicídio assistido: sim ou não?”, a Prof. Dra. Laura Santos, da Universidade do Minho, defendeu que as decisões dos doentes terminais são importantes e devem ser consideradas importantes. “Não há lugar para a imposição pela força de uma qualquer moral”, ressalvou, salientando que estar vivo é muito diferente de ter uma vida.
Por seu turno, o Prof. Manuel Curado, docente da Universidade do Minho, defende que não existe lugar para qualquer forma de eutanásia ou suicídio assistido, referindo que “a dor não mata, as ideias e os valores sim”.

Leia artigo completo: http://abp.org.br/2011/medicos/imprensa/clipping-2

 Fonte: Revista Debates em Psiquiatria

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