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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Crianças São Mais Altruístas e Justas do Que Adultos: pesquisa americana conclui que noção de altruísmo e justiça se desenvolve antes dos 15 meses de idade

Crianças parecem ser apenas fofinhas. Mas um estudo da Universidade de Wisconsin, nos EUA, mostrou que bebês podem se igualar e até superar os adultos quando o assunto é noção de altruísmo e justiça. Os pequenos de apenas 15 meses de idade, avaliados na pesquisa, exibiram fortes sinais de comportamento cooperativo.
Até agora, pensava-se que as crianças não compreendiam o altruísmo – intenção de realizar ações em benefício de outros – até os dois anos de idade e que o senso de justiça só se desenvolvia depois dos 6 ou 7. Porém, o fato de elas não terem tido ainda uma vida inteira de experiências que deformam seu senso de certo e errado pode adiantar esse processo.

 Para o experimento, os pesquisadores recrutaram 47 bebês de 15 meses de idade, sentados nos colos de seus pais, para assistir individualmente a dois vídeos. O primeiro mostrava três personagens, sendo um deles dono de um prato de biscoitos. Em uma primeira situação, ele distribuía igualmente a comida entre os três, e em uma segunda, ele deixava alguém com uma porção maior. O segundo vídeo era igual, mas com leite no lugar dos biscoitos.
Foi observado nas crianças um fator chamado “violação de expectativa”, que basicamente significa que elas prestam mais atenção a algo que as deixa surpresas. No experimento, a atenção dos bebês era consideravelmente maior na cena em que o leite e os biscoitos foram distribuídos de forma desigual, o que indica que eles esperavam mais justiça por parte dos personagens.
  
Em um segundo experimento, dois brinquedos Lego diferentes foram apresentados aos bebês. O que eles escolheram para brincar foi considerado seu brinquedo preferido. Em seguida, um pesquisador entrou na sala e perguntou ao bebê se ele podia ceder um dos brinquedos ao adulto. Um terço das crianças deu o seu preferido, um outro terço cedeu o menos preferido e o último terço não deu nenhum dos dois.
92% dos bebês que abdicaram de seu brinquedo preferido também prestaram mais atenção ao vídeo da distribuição desigual de comida. Em outras palavras, a grande maioria das crianças que desistem do que gostam – um ato básico de altruísmo – também é aquela que fica surpresa com atos de injustiça. E o contrário também prova a teoria: 86% dos pequenos que se mostraram egoístas dando o brinquedo menos preferido prestaram mais atenção à distribuição justa de leite e biscoitos.

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