O pintor holandês Vincent van Gogh (1853-1890) dizia que laranja era a cor da insanidade. Abusava da tonalidade e de suas cores irmãs nas pinturas de cômodos, rostos e campos luminosos de girassóis. O ator Gero Camilo, coincidentemente, gostava de plantar sementes dessa flor nos canteiros da Universidade de São Paulo (USP) quando estudava artes cênicas. Aficionado pelo trabalho do artista europeu desde os 15 anos, quando leu Cartas a Théo (L&PM Pocket, 1997), obra na qual Van Gogh descreve a evolução de sua própria “loucura”, Camilo se reveza no papel de seu ídolo e de outro ícone modernista, Paul Gauguin (1848-1903), no espetáculo A casa amarela, em cartaz em São Paulo.
O monólogo, dirigido por Márcia Abujamra, retrata uma fase extremamente criativa de Van Gogh – seus últimos anos, vividos em um sobrado pintado de amarelo em Arles, no sul da França, em companhia de Gauguin, com quem mantinha discussões estéticas intempestivas e produtivas. Nesse período, tiveram início as violentas crises psicóticas que o levariam a se mutilar, cortando a própria orelha – cena que é revivida com intensidade por Camilo –, e a ser internado em um asilo para doentes mentais, onde morreu aos 37 anos.
Fonte: Revista Mente e Cérebro
Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/entre_loucura_e_genialidade.html>. Acesso em: 03 nov. 2011
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