Pacientes em estados como vegetativo ou coma apresentam diferentes graus de consciência
A consciência parece ser uma questão de tudo ou nada – ou as luzes estão acesas ou apagadas –, mas na realidade ela pode estar presente em diferentes graus. As condições em que ela está comprometida são conhecidas como distúrbios de consciência (abaixo). Na maioria das vezes, resultam de trauma na cabeça ou de eventos como acidente vascular cerebral ou parada cardíaca, que provocam falta de oxigênio no cérebro: resultados tendem a ser piores com falta de oxigênio que com trauma. Pacientes podem progredir ou regredir de uma categoria a outra, exceto no caso de morte cerebral, da qual não há recuperação.
Morte cerebral: todas as funções do cérebro e do tronco cerebral cessam permanentemente.
Coma: perda de consciência é completa; ciclos de vigília e de sono desaparecem e os olhos permanecem fechados. O coma, que raramente dura mais de duas a quatro semanas, costuma ser temporário; depois, os pacientes ficam conscientes ou em um dos estados abaixo.
Estado vegetativo: ocorrem ciclos de sono-vigília e os olhos podem se abrir espontaneamente ou em resposta a estímulos, mas os únicos comportamentos apresentados tendem a ser de reflexo. Casos famosos: Terri Schiavo, Karen Ann Quinlan.
Estado minimamente consciente: pacientes podem parecer vegetativos, mas às vezes mostram sinais de consciência, como buscar um objeto após um comando ou resposta a uma ordem ou ao ambiente. Caso famoso: Terry Wallis, que recuperou a consciência após 19 anos.
Síndrome do encarceramento (locked-in): tecnicamente, esse estado não é um distúrbio de consciência, pois os pacientes estão totalmente conscientes, mas não conseguem se mover e podem equivocadamente ser considerados vegetativos ou com consciência mínima. Muitos mantêm a capacidade de piscar e de mover os olhos. Caso famoso: Jean-Dominique Bauby, que ditou um livro de memórias piscando o olho esquerdo.
Fonte: Scientific American Mente Cérebro
Disponível em:
<http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/perdidos_na_zona_cinzenta.html>. Acesso em: 17 ago. 2015
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