O estresse no docente resulta, entre outras causas, da dificuldade em acompanhar mudanças rápidas nas metodologias, nas tecnologias, nos materiais e nos meios de ensino, além das mudanças provocadas pela globalização
O estresse resulta dos embates do indivíduo frente às demandas externas e internas, representadas por diversas contingências do cotidiano e pela interpretação dessas situações através de processos cognitivos individuais, com diferentes respostas. É um fenômeno que ocorre na busca do organismo pela adaptação, assunto que desafia a compreensão do comportamento humano ao longo da história e é preocupação da Psicologia Organizacional.
Ele é considerado, hoje, uma das ameaças mais sérias à saúde no trabalho, comprometendo o desempenho do profissional e os resultados da empresa, com implicações para toda a sociedade. Quando esses transtornos ocorrem com o professor, que é o trabalhador responsável pelo processo de educação ou de preparação de futuros profissionais, justifica-se o desenvolvimento de cuidados preventivos.
Estresse é uma reação do organismo, com componentes físicos e/ou psicológicos, que ocorre quando a pessoa se confronta com uma situação que altera seu equilíbrio.
Não existe uma determinante específica para os sintomas de estresse e sua ocorrência dependerá da forma de interpretar e reagir da pessoa, que pode envolver componentes comportamentais, afetivos, cognitivos e fisiológicos, e da capacidade de seu organismo em atender as exigências do momento.
É preciso acrescentar que o estresse não se processa apenas de maneira nociva ao organismo. Quando aumenta a eficiência do desempenho e apresenta grau adequado, é denominado eustress, vocábulo retirado do grego, no qual “eu” significa bom, uma resposta produtiva do organismo a um estímulo. Os estados mais breves de ameaça à homeostase poderiam ser percebidos como prazerosos ou como estímulos positivos ao crescimento e desenvolvimento emocional e intelectual. Ou seja, é saudável fazer um esforço para atingir uma meta desejada! Há quem pense que o estresse ocupacional é causado por sobrecarga de trabalho, simplesmente. Não necessariamente. Sem dúvida, é importante que a pessoa conheça seus limites, porém, não é só o trabalhar muito que cria o estresse. O estresse negativo manifesta-se no sistema nervoso com excitação, cansaço, tensão, alteração do sono e do interesse sexual, além de pensamentos obsessivos.
Existem diferentes fases de estresse. O modelo trifásico do estresse (SELYE, 1952) se divide em: alerta ou alarme (1), resistência (2) e exaustão (3).
Na fase de alerta (1), ocorre uma reação natural de preservação da vida. As reações da fase de alerta podem ser diversas, tais como redução da temperatura do corpo, aumento da frequência cardíaca e respiratória, denotando alguns sintomas como taquicardia, tensão, suor nas mãos, nos pés, palidez, insônia, esgotamento, irritação e mudança de humor.
Na segunda fase, de resistência (2), surgem reações de natureza predominantemente psicossocial: o organismo procura se restabelecer em busca de adaptação, mas a persistência do estresse, superior à capacidade defensiva do sujeito, leva à terceira fase. A fase de exaustão (3) se manifesta através do adoecimento do órgão mobilizado ou com a morte súbita, que representa falha dos mecanismos de adaptação.
Lipp (2000) descreve uma quarta fase denominada de “quase exaustão”, que se situa no estágio de resistência (2), como um agravamento dessa etapa, quando a tensão excede o limite gerenciável e a resistência física e emocional se torna instável, intercalando momentos de funcionamento normal com outros, de intensa ansiedade e vulnerabilidade a doenças, podendo progredir para o estado de exaustão.
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Fonte: Psique Ciência e Vida
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