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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Encerram-se nesta sexta-feira, dia 30 de novembro de 2012, as inscrições para o Edital do Processo Seletivo de Projetos Culturais, Mostras e Exposições da Câmara dos Deputados para 2013.


As inscrições estão abertas para exposições históricas, institucionais, fotográficas, artísticas e culturais; gabinetes de arte, artes plásticas e visuais, atividades plásticas, musicais e cênicas. Também poderão participar os interessados em lançamentos de livros e eventos literários. Os trabalhos serão selecionados para a Agenda Cultural 2013 pela Comissão Curadora do Centro Cultural Câmara dos Deputados Zumbi dos Palmares.Todos os interessados deverão inscrever-se mediante o envio de dossiê para Centro Cultural Câmara dos Deputados Zumbi dos Palmares. As propostas enviadas pelo correio, serão validadas pela data de postagem.
SERVIÇO

Endereço

Centro Cultural Câmara dos Deputados Zumbi dos Palmares
Câmara dos Deputados, anexo I, 16º andar, sala 1601/02 - Brasília - DF
CEP: 70.160-900
Palácio do Congresso Nacional

Telefones: (61) 3215-8080 e 3215-8081
Horário de recebimento: de segunda a sexta-feira de 9 às 18 horas

Nova Visão Sobre o Autismo


Revisão de diretrizes para o diagnóstico do transtorno mental pode afetar o dia a dia dos pacientes a partir de 2013.
Espectro autista. Criança tem dificuldade de se comunicar e de interagir socialmente e tem comportamentos repetitivos ou restritos
Sem conseguir olhar nos olhos, com dificuldade de se comunicar e de interagir socialmente, os autistas se fecham num mundo particular. Compreender este universo é o desafio da Associação Americana de Psiquiatria, que lançará em maio de 2013 uma revisão do “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais” (DSM-5), seguido por organizações de todo o mundo e que traz, entre outras medidas, novas diretrizes sobre a síndrome. As mudanças têm gerado polêmica em alguns países. No Brasil, o desafio maior é ainda o da sensibilização da importância do diagnóstico precoce. 
A reformulação prevê usar o termo “espectro autista” para o que antes era conhecido por profissionais como “transtorno invasivo do desenvolvimento”. Sob este guarda-chuva estavam síndromes, como a de Asperger, de Rett, desintegrativa da infância e o autismo clássico, que deixarão de existir. Em vez disso, o paciente do espectro autista será avaliado por níveis, de leve a grave.
A força-tarefa da associação defende que a nova categoria ajudará clínicos a diagnosticar os sintomas e comportamentos de cada indivíduo com mais precisão, evitando colocar rótulos que não garantem um melhor tratamento. Já alguns especialistas e organizações — especialmente as de defesa de pacientes com Asperger, considerado um transtorno mais leve —, temem um estreitamento do diagnóstico e que o grupo seja subavaliado, perdendo direitos como o de tratamento em centros específicos.
— Esta é, de fato, uma preocupação. Os dados utilizados para apoiar a mudança vêm de uma grande amostra muito bem caracterizada, e nela cerca de 10% dos casos perderam o diagnóstico. Mas minha preocupação, na verdade, é que poderá haver um número muito maior de casos, e há outros dados que sustentam isto — avaliou o especialista em autismo Fred Volkmar, diretor do Centro de Estudos da Criança da Escola de Medicina de Yale, nos Estados Unidos.
De acordo com o censo 2000 do IBGE, estima-se que haja 454.706 crianças com transtorno invasivo do desenvolvimento no Brasil, com uma taxa de prevalência de uma para 150. Nos EUA, de acordo com um levantamento publicado este ano pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, há um autista para cada 88 indivíduos (em 2002, havia um para 155 no país). Além disso, há duas vezes mais homens que mulheres autistas. A frequência do espectro autista tem aumentado há décadas, mas pesquisadores não chegam a um acordo se a tendência é resultado de maior preocupação e conhecimento sobre o transtorno ou se existe realmente um aumento de incidência.
— Se a criança consegue ter uma intervenção antes dos 3 anos, ela chega a ter uma melhora de 80% nos sintomas autistas. Se consegue desenvolver a linguagem simbólica, ou seja, entender o dito pelo não dito, antes de 5 anos, a melhora pode chegar a 90% — afirmou o chefe do Setor de Psiquiatria Infantil da Santa Casa de Misericórdia, Fabio Barbirato, que ministra o VII Simpósio Nacional em Psiquiatria para a Infância e Adolescência, nos próximos dias 7 e 8.
A importância do diagnóstico precoce
Notar se o bebê tem interesse por outras crianças, se ele costuma fazer imitações e se olha para os pais são alguns dos sinais que podem ser percebidos no dia a dia e ajudar no diagnóstico. Como parte do tratamento, Barbirato recomenda fonoaudiologia e terapia cognitiva-comportamental. Dietas, como a do glúten, não têm comprovação científica. O psiquiatra ainda orienta os pais a buscar profissionais habilitados pelas associações médicas.
— Existem muito mais crianças sem o diagnóstico do que com diagnóstico, principalmente em zonas rurais, e que estão sem tratamento — diz Barbirato, citando empecilhos como o despreparo de profissionais e a falta de conhecimento ou receio de pais de lidar com o tema.
Apesar de a ciência ainda investigar o que pode causar o autismo, já se tem melhor compreensão do seu cérebro. O periódico “Journal of the American Medical Association” (Jama), por exemplo, publicou no ano passado um estudo mostrando que as crianças autistas tinham 67% mais neurônios numa região chamada córtex pré-frontal, associada ao desenvolvimento cognitivo e emocional. O órgão também era 17,6% mais pesado do que os de crianças não autistas. Apesar de mais neurônios, o peso do cérebro era aquém ao esperado, sugerindo haver uma patologia neurológica.
Além do DSM-5, existe a Classificação Internacional das Doenças (CID-10), no âmbito da Organização Mundial de Saúde (OMS), que também passa por reformulação. Ambos guias fornecem informações a profissionais e pesquisadores sobre o diagnóstico de doenças, e a CID ainda é usada como base de governos para produzir estatísticas. A próxima CID-11 está prevista para ser aprovada pela Assembleia Mundial de Saúde em 2015.
— Estamos cientes das propostas do DSM-5. Esta é uma das várias opções que vamos considerar para a CID-11 — afirmou o diretor sênior do Projeto de Revisão da CID-10, Geoffrey Reed, que ponderou: — Vamos avaliar a visão da sociedade civil, que expressou grande preocupação sobre o colapso destes diagnósticos, em particular da perda de um diagnóstico separado da síndrome de Asperger.

Fonte: O globo 

Tratamento para depressão é o mais procurado no Caps de Vilhena, RO.


'Eu tenho que tomar remédio, porque se não me descontrolo', diz paciente. Centro de Atendimento Psicossocial atende mais de 370 pacientes.
 
Diariamente pacientes procuram tratamento no Caps de Vilhena para amenizar os sintomas da depressão 
Tristeza profunda, pessimismo e baixa autoestima são alguns dos sintomas da depressão. De acordo com a psicóloga do Centro de Atenção Psicosocial (Caps), Tatiane Basseio, atualmente em Vilhena (RO) o tratamento para essa doença é o mais procurado no centro.
A trabalhadora doméstica Cleonice Oliveira Santana, de 36 anos, conta que voltou a sorrir, graças ao tratamento que está. “Eu costumava ficar muito triste, com vontade de chorar, mas achava que isso era normal porque a minha vida era muito difícil, mas minha família percebeu que eu estava doente e me encorajou a procurar tratamento agora estou melhor”, afirma Cleonice.
Lindalva Maria Gonçalves, de 43 anos, diz que sofre com os sintomas da depressão há 18 anos. A dona de casa faz tratamento no Caps há cinco anos. “Eu tenho que tomar remédio todos os dias porque senão me descontrolo. Apesar disso, tem dias que sinto muita vontade de chorar, fico nervosa com vontade de quebrar toda a casa, é muito difícil queria melhorar, mas sei a minha recuperação é um caminho longo”, relata, melancolicamente, Lindalva.
A depressão está afetando o trabalho de uma professora de 45 anos, que não quis revelar o nome. A profissional está em tratamento desde o ano passado.
“Demorei muito para buscar tratamento, eu costumava ficar muito ansiosa, triste e nervosa isso me deixava sem vontade de trabalhar, de passear, de viver. Desde que comecei o tratamento já senti que melhorei, mas preciso continuar como medicamentos e com as consultas com a psicóloga”, afirma.
Ajuda da família é necessária
Segundo a psicóloga Tatiane Basseio, o Caps trata pacientes com transtornos mentais como a depressão, esquizofrenia, síndrome do pânico, e dependentes químicos. “Depois da triagem, o primeiro atendimento é sempre feito pela psiquiatra, a psicóloga e assistente social vem em seguida para auxiliar os pacientes que já receberam este primeiro atendimento com a médica”, explicou Tatiane.
Mensalmente são atendidos cerca de 375 pacientes, sendo que desse total cerca de 60% estão em busca da cura da depressão. “Muitas vezes as pessoas têm os sintomas, mas não sabem que estão com depressão, por isso é importante a participação da família, para perceber os sintomas e ajudar a pessoa a buscar o tratamento. Com o tratamento é possível amenizar os sintomas da doença”, explica Tatiane.
 
Fonte: G1 Rondônia 
 
Disponícel em:<http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2012/11/tratamento-para-depressao-e-o-mais-procurado-no-caps-de-vilhena-ro.html>. Acesso em: 29 nov. 2012.

PSICOPATOLOGIA NA INFÂNCIA? - Diagnóstico na Atualidade


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Hospital Paulista Inova e Trata Depressão a Distância: Estudo inédito vai comparar os resultados do atendimento online com os do presencial


Em uma experiência inédita, o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo (IPq) está selecionando 100 candidatos em estudo que vai avaliar a eficácia do atendimento online para pacientes de 18 a 55 anos com diagnóstico de depressão. A doença se caracetriza por tristeza, falta de energia, apatia, perda de interesse e prazer nas atividades do dia a dia, além de alterações de sono e do apetite, irritabilidade e baixa auto-estima.
Em divisão aleatória, os escolhidos serão divididos em dois grupos. Metade será avaliada pelo método presencial, em consultas de 20 minutos, uma por mês, no Ipq, quando receberão medicação.
A outra metade será atendida por meio virtual (videoconferência ou skype), a distância, também em consultas de 20 minutos, e os medicamentos serão enviados ao voluntário. Os interessados devem se inscrever apenas por e-mail no endereço: agendamento.ipq@gmail.com. O estudo deve durar um ano.
Segundo Inês Hungerbuehler, psicóloga e pesquisadora do Instituto de Neurociências do IPq, o estudo vai comparar e avaliar a eficácia do tratamento presencial em confronto com o virtual. Ela fez questão de diferenciar o tratamento psiquiátrico do psicológico. “Acompanhamento psiquiátrico não é terapia”, destacou.
Os escolhidos deverão passar primeiro por uma avaliação presencial no Instituto de Psiquiatria para confirmação do diagnóstico. Eles devem voltar a cada seis meses.
Por isso, serão escolhidos pacientes que moram em São Paulo ou próximo. Pessoas com transtornos graves de depressão devem primeiro ser estabilizados.
Vão ser avaliados ainda aspectos da qualidade do atendimento presencial em relação ao online, relação com o terapeuta e outros diferenciais. Caso seja bem-sucedido, o atendimento a distância pode ser aberto a portadores de outros distúrbios.
A expectativa é ampliar o acesso e melhorar a eficácia do acompanhamento a pacientes crônicos. Ao mesmo tempo, o trabalho visa destinar o atendimento ambulatório apenas aos casos agudos, que realmente precisam de um contato presencial.

Método já é aplicado fora do Brasil


No plano da Psicologia, o método a distância já é usado com sucesso em outros países. Um estudo publicado na revista científica ‘PLoS One’, que analisou 36 mil pacientes, concluiu que a terapia foi tão eficaz quanto a no consultório.
O estudo comparou casos de pessoas atendidas por psicólogos por telefone ou Skype com os que fizeram análises na presença do terapeuta.
A eficácia só foi diferente para quem tinha problemas graves, como depressão severa e fobias, e idosos. O custo da terapia on-line foi 36% menor.
O Conselho Federal de Psicologia só permite aconselhamento a distância. Mas novas normas passarão a vigorar em janeiro, aumentando de dez para 20 o número de sessões pela Internet. As de análise continuam presenciais.

Fonte: Jornal O Dia via Associação Brasileira de Psiquiatria 
 
Disponível em:<http://www.abp.org.br/portal/imprensa/clipping-2>. Acesso em: 27 nov. 2012.

Comissão de Educação Pode Votar Ato Médico na Terça-Feira: O projeto que regulamenta o exercício da Medicina, o chamado Ato Médico, volta a ser discutido no Senado nesta terça-feira (27) como primeiro item da pauta de votações da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).


O substitutivo da Câmara (SCD 268/2002) a projeto de lei apresentado em 2002 pelo então senador Benício Sampaio vem provocando muita polêmica entre profissionais de saúde ao longo da última década.
O texto lista procedimentos que só poderão ser realizados por médicos, como a aplicação de anestesia geral, cirurgias, internações e altas. Também só caberá a médicos o diagnóstico de doenças e as decisões sobre o tratamento do paciente. A proposta define ainda as tarefas liberadas aos demais profissionais de saúde, entre elas a aplicação de injeções, curativos e coleta de sangue.
Em abril, a CE promoveu audiência pública para debater o tema. De um lado, estiveram os médicos, preocupados em delimitar seu espaço profissional. De outro, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e demais profissionais da saúde, temerosos de que, com a proposta, os médicos assegurem exclusivamente para si uma série de tarefas, criando assim uma “reseva de mercado”.
Relator da matéria na comissão, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) é favorável à sua aprovação, por considerar que, no texto, não há restrições às atividades dos demais profissionais.
O projeto do Ato Médico foi apresentado no Senado em 2002 e aprovado em 2006, após uma série de audiências públicas promovidas pela então relatora da matéria, a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO). Na Câmara, o texto foi aprovado em 2009, mas com uma redação modificada – e, por isso, retornou ao Senado, onde tramita agora.
No Senado, o substitutivo da Câmara foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em fevereiro deste ano. A proposta, que ainda passará pela Comissão de Assutos Sociais (CAS), será votada de forma terminativa em Plenário.
A reunião da CE está prevista para as 11h, na sala 15 da ala Alexandre Costa do Senado.
 
Fonte: Agência do Senado via  Associação Brasileira de Psiquiatria.
 
Disponível em:<http://www.abp.org.br/portal/imprensa/clipping-2>. Acesso em: 27 nov. 2012.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Araucária Zera Filas em Saúde Mental: O objetivo é a maior integração entre as unidades de saúde e outros serviços .


Após dois anos de trabalho intenso, realizado por meio de uma reorganização do sistema de saúde mental, Araucária proporciona um atendimento mais ágil e dinâmico para os pacientes assistidos pelo sistema público de saúde. Seguindo as novas tendências das políticas públicas preconizadas pelo Ministério da Saúde, a cidade além de melhorar a qualidade dos atendimentos, zerou as filas de espera e ainda reduziu o tempo de acesso ao atendimento.
As mudanças são resultado de um processo de "matriciamento" ocorrido na cidade, após a união do Ambulatório de Saúde Mental ao Centro de Atenção Psicossocial CAPS II. Essa nova lógica de cuidado compartilhou com as unidades básicas de saúde algumas responsabilidades, o que permitiu a ampliação do atendimento em saúde mental. Apenas os casos mais complexos são direcionados ao CAPS II, possibilitando uma melhor distribuição do atendimento psiquiátrico e facilitando o acesso da população ao serviço, já que o tratamento pode ser buscado mais perto das casas dos paciente.
A nova proposta sugere também uma maior integração entre as unidades de saúde, familiares e serviços de outras áreas, a fim de ampliar o cuidado com o portador de transtorno mental e sofrimento psíquico. “São inúmeros benefícios percebidos. Proporciona agilidade no atendimento e priorizam-se os casos mais graves. Essa descentralização, que promove a troca de conhecimentos entre os serviços de saúde, ajuda na quebra de preconceitos, já que outros profissionais de saúde colaboram para a resolutividade de grande parte dos casos, que agora não se restringem apenas aos centros especializados”, comenta a coordenadora do CAPS II, a psicóloga Patricia M. B. Lafraia.
A psicóloga relata que a divisão das responsabilidades garantiu que os atendimentos a esses pacientes praticamente fossem dobrados. “Possibilitou-se maior acesso e integralidade do cuidado em saúde mental, que é o cumprimento de princípios do Sistema Único de Saúde. Quem ganha é a comunidade”, diz.
Consolidação
A coordenadora do serviço ainda explica que essas mudanças foram amplamente discutidas e em duas situações recentes foram elogiadas: em um encontro de saúde mental ocorrido em Florianópolis e no Encontro Anual da Saúde Mental na Atenção Básica, ocorrido em Araucária.
O primeiro apontamento feito pela profissional aconteceu em setembro, quando houve a participação de representantes da cidade na 1° Reunião do Colegiado de Coordenadores de Saúde Mental da Região Sul, em Florianópolis. Patricia comenta que o modelo de matriciamento aqui implantado foi utilizado como modelo para outros municípios, incluindo Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

Fonte: Agora Paraná

Disponível em:<http://agoraparana.uol.com.br/cidade/araucaria/7865-araucaria.html>. Acesso em: 26 nov. 2012.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Seminário Anual de Saúde Mental - Rio de Janeiro/RJ



Fonte:Saúde Mental do Rio de Janeiro.

 Disponível em:<http://saudementalrj.blogspot.com.br/>. Acesso em: 22 nov. 2012.

Ser Neurótico é Benéfico Para a Saúde: Pesquisa mostra que personalidade impede o indivíduo de ter comportamentos de risco e agir de maneira impulsiva, sem pensar nas consequências e no bem-estar.


Woody Allen construiu uma filmografia tendo a neurose como principal tema

Ser neurótico faz bem à saúde. Pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, demonstraram que a proteína imunológica Interleukin 6, associada a condições como doenças do coração e diabetes, aparece em níveis menores em pessoas destas características. O grupo também tende a ter índices de massa corporal mais baixos.
Os pesquisadores alcançaram a descoberta enquanto conduziam um estudo sobre como traços da personalidade podem influenciar o organismo. O trabalho foi realizado com mais de 1 mil voluntários. As pessoas realizaram uma avaliação de saúde completa, inclusive testes para biomarcadores relacionados a doenças e funções fisiológicas.
Uma pessoa neurótica costuma ser associada a alguém temperamental, nervosa e preocupada, além de serem relacionadas com fatores como hostilidade, depressão e até com tendências ao consumo excessivos de bebidas alcoólicas e cigarros. Os pesquisadores revelaram, portanto, que a tendência era esperarem desse tipo de indivíduo altos níveis de biomarcadores para inflamações doenças crônicas. Ficaram surpresos, no entanto, quando notaram que, ao contrário, apresentavam os menores níveis.
— Estas pessoas costumam pesar mais as consequências de suas ações e o nível de neurose acoplado à consciência dos atos as impede de ter comportamentos de risco — explica Nicholas Turiano, um dos autores do estudo, ao jornal Daily Mail.

Fonte: Jornal O Globo
 

Em Busca de Um Novo Modelo de Saúde: ANS diz que o assunto estará no foco da agenda para 2013. Especialistas afirmam que a mudança é urgente.


O modelo assistencial de saúde suplementar brasileiro, que inclui hoje 48,65 milhões de beneficiários e movimentou mais de R$ 84 bilhões, em 2011, está esgotado. A constatação é de especialistas e da própria Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que colocará o tema no foco da sua agenda em 2013. A direção da mudança também é consenso: é preciso sair de uma medicina simplesmente curativa para um modelo que privilegie a prevenção de doenças e a promoção de saúde. Quanto a como fazer essa transformação e qual o desenho ideal para "produzir" saúde é que surgem divergências entre especialistas e ANS.

- O assunto mais estudado no momento é a mudança do modelo assistencial. Em primeiro lugar, por conta do envelhecimento da população. E, em segundo, a forma como se oferece hoje não é um modelo pautado na prática, mas nos procedimentos, o que não é bom para a saúde do beneficiário, nem do setor. O sistema está doente. Por isso, embora registre uma grande produção de consultas, exames e internações, não necessariamente produz bom resultado em saúde - ressalta Martha de Oliveira, gerente-geral de Regulação Assistencial da agência.

Com a visão de que é preciso se antecipar aos problemas, Martha destaca que a ANS já vem editando diversas resoluções, durante todo este ano, que visam a estimular as operadoras de planos de saúde a adotarem programas e ampliarem o acesso a terapias que estejam voltadas à promoção da saúde.

- São resoluções como a voltada ao cuidado com o idoso, a de assistência farmacêutica, e a da ampliação do rol de procedimentos. Hoje a gente ainda não se antecipa a problemas que são previsíveis. A terceira causa de morte de idoso é o tratamento inadequado. Muitas vezes, por exemplo, até conseguir atendimento adequado o beneficiário já bateu em um monte de portas, e aí o quadro já se agravou - diz Martha.

A advogada Maria Stella Gregori, ex-presidente da agência, conta que esteve recentemente com Michael Porter, professor da Universidade de Harvard, nas áreas de administração e economia, que já publicou um livro sobre saúde.

Ela diz que hoje no mundo não há dúvida de que o foco na saúde deve estar centrado no consumidor:
- É preciso pensar na sustentabilidade, ter uma visão holística para que o modelo tenha equilíbrio econômico, seja socialmente justo e ambientalmente correto, afinal o ambiente também provoca doenças. E acho que a ANS tem evoluído bastante nesse processo de manter o diálogo aberto para discutir esse novo sistema, assim como vejo positivamente as iniciativas dos programas de promoção à saúde que passaram a fazer parte da agenda regulatória. O fato é que todos os atores têm que mudar de comportamento, inclusive o consumidor.

Com uma visão diametralmente oposta, a advogada Renata Vilhena, especializada no setor de saúde, não consegue ver progressos:
- Este ano a ANS publicou 30 resoluções, a maioria sobre cargos comissionados. Na minha avaliação, a única que se salva dessas novas regras é a que estabelece parâmetros para reajustes de planos coletivos com até 30 beneficiários, mesmo assim é preciso garantir fiscalização para que ela funcione. De resto, acho que poderia haver a extinção da agência. Se as leis de planos de saúde e o Código de Defesa do Consumidor fossem aplicados, já estaria de bom tamanho. E quando há divergência entre uma lei e outra, quem resolve é o Judiciário, não a ANS.

Para Renata, um ponto fundamental para melhorar os diagnósticos, reduzir o volume de exames e desafogar as emergências dos hospitais é elevar a remuneração dos médicos:
- Os planos de saúde deveriam ser proibidos de serem donos de hospitais e laboratórios. Como atuar nas duas pontas? Há um conflito de interesses que pode prejudicar a qualidade do serviço, por exemplo, para baixar custos. E, nesses casos, consumidor e médicos são os principais prejudicados.

Remuneração incompatível
Professora de Direito do Consumidor da Universidade Santa Amaro e consultora da Unesco em pesquisa sobre planos de saúde para a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), Daniela Batlha Trettel concorda que o modelo de remuneração está equivocado:
- A forma como os planos lidam com os profissionais de saúde não garante que o médico atue de maneira preventiva. O atendimento é tão rápido que não há tempo de fazer um bom diagnóstico. O mesmo acontece com nutricionistas e psicólogos, que, às vezes, recebem R$ 8 por uma consulta. E a assistência à saúde não pode ser focada apenas em medicina, tem que ser multidisciplinar.

Daniela defende uma nova visão de política pública única da saúde no Brasil, que inclua o SUS, pelo lado do Estado, e os planos de saúde. Ela também critica a falta de obrigatoriedade de adoção dos programas preventivos:
- A lógica de se afastar da saúde curativa passa por uma visão de saúde ligada ao bem estar. O conceito de saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS) não é a ausência de doença. Essa visão de saúde curativa permeia o inconsciente coletivo, tanto do consumidor como na forma de prestação de serviço. As propostas da ANS são tímidas, apesar de a estratégia de saúde preventiva ser boa.
 
Fonte: O Globo via Associação Brasileira de Psiquiatria
 
Disponível em: <http://www.abp.org.br/portal/imprensa/clipping-2>. Acesso em: 22 nov. 2012.

EESP abre processo seletivo para estágios não-obrigatórios na SESAB


A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), através da Escola Estadual de Saúde Pública (EESP), informa que estão abertas, no período de 16 a 25 de Novembro de 2012, as inscrições para o processo seletivo para estágios não-obrigatórios na SESAB, para os municípios de Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Jequié.

O Edital deste processo seletivo está disponível: 
Lembramos que antes da inscrição é indispensável a leitura do Edital na sua íntegra:

Fonte: Escola Estadual de Saúde Pública (Bahia).

Ministério da Saúde: internação compulsória é para casos extremos.O coordenador adjunto de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Leon Garcia, disse nesta segunda-feira que o governo federal não incentiva a internação compulsória de dependentes de droga.


O dirigente respondeu a participantes do seminário "Álcool e Outras Drogas: um Desafio para os Profissionais de Saúde", coordenado pelo Fórum dos Conselhos Federais da Área de Saúde, que criticaram a implantação de políticas desse tipo no País.
"Internação compulsória é uma política pobre feita para pobre. É uma estratégia de higienização para mostrar um país bonito nos eventos internacionais", disse o coordenador do Movimento Nacional de População de Rua (MNPR) e da Frente Nacional sobre Drogas e Direitos Humanos (FNDDH), Samuel Rodrigues.
O representante do Ministério da Saúde alegou que essas decisões se dão em âmbito estadual e municipal e garantiu que a política federal é para que essas internações sejam feitas apenas em casos extremos, nos quais há risco de vida para o usuário. "O ministério busca o diálogo, de forma a intervir e ampliar a rede de cuidados. O nosso objetivo é que a internação involuntária adquira novamente a dimensão que nunca deveria ter deixado de ter, quase nula. Que seja aplicada apenas em casos muito específicos", disse Garcia.
A conselheira do Conselho Nacional de Política sobre Drogas (Conad) Cristina Brites, de outro lado, disse que o poder aquisitivo pode influenciar no tratamento. "Ninguém pode negar que um policial, quando aborda um usuário de drogas, age dependendo do bairro onde vai atuar, dependendo da cor da pele da pessoa. Quando é negro, quando é pobre, quando está num bairro mais afastado, de certa forma a ação da polícia é mais repressora", disse.
Para Cristina Brites, o consumo de drogas de forma generalizada está ligado à classe social. A dependência se instalaria em um contexto de perda de sentido, estando ligada também a condições materiais. O jovem, segundo ela, "se coloca mais em risco quando tem menos acesso a informação, se coloca mais em risco quando não pode conversar sobre isso abertamente na escola, quando convive com o tráfico cotidianamente".
As comunidades terapêuticas também receberam críticas. Os motivos são: violação de direitos humanos; trabalhos forçados das pessoas em tratamento; e más condições das instalações físicas. O governo é responsável diretamente por 25 centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSads). As demais comunidades que existem no País são iniciativas particulares. Muitas recebem auxílio governamental por meio de editais.
A intenção é que esses centros integrem a Rede de Atenção Psicossocial, instituída pela Portaria 3.088 de 23 de dezembro de 2011. A rede inclui o Sistema Único de Saúde (SUS), facilitando a fiscalização e o envolvimento da família no tratamento. No entanto, de acordo com o coordenador adjunto Leon Garcia, o ministério não tem tido sucesso nessa integração e tem encontrado resistência por parte das comunidades.
"A gente sabia que era um problema complexo, que não vai conseguir resgatar o atraso de muitos anos de política em um ano só. Temos um horizonte de trabalhar até 2014 para ter uma rede mínima de cuidados efetivos nesse campo de álcool e drogas", informou.
Até 2014, o Ministério da Saúde vai investir R$ 4 bilhões no Programa Crack, É Possível Vencer, destinado ao tratamento e combate à dependência da droga. Desses, R$ 2 bilhões serão destinados diretamente para tratamento. Esse ano, foram lançados editais que visam a atender a pelo menos nove projetos de comunidades terapêuticas com cerca de R$ 900 mil. 
 
Fonte: Site Terra via Associação Brasileira de Psiquiatria

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Dar Para Fingir Ser Louco?

Seja para fugir da prisão ou para conseguir uma receita médica controlada, tem muita gente por aí tentando se passar por maluco. Mal sabem eles que teriam de ter os talentos dramáticos de um Al Pacino com uma direção de Hitchcock. Duvida? Nós explicamos aqui...
 
Leia reportagem : http://abp.org.br/arquivos/superinteresante_web.pdf
 
Fonte: Revista Superinteressante via Associação Brasileira de Psiquiatria.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Dos Arquivos Para o Mundo


A revista Acervo traz para os leitores um dossiê dedicado à difusão cultural em arquivos. A premissa básica deste número da publicação do Arquivo Nacional é que existe falta de consenso nessa atividade em instituições arquivísticas públicas, ressaltando, porém, que a pesquisa histórica realizada nestes espaços leva ao debate o conhecimento acerca das coleções. O dossiê aponta os diferentes caminhos encontrados pelas instituições arquivísticas do Brasil e do exterior para se chegar a uma difusão cultural efetiva. Ruth Roberts, conselheira acadêmica do National Archives do Reino Unido, é a principal entrevistada da edição. Os arquivos do Estado de São Paulo e da cidade de Belo Horizonte também são temas de discussão.

Uma versão online da revista está disponível :http://revistaacervo.an.gov.br/seer/index.php/info/issue/view/2

 
Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional (Brasil).
 
Disponível em: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/nota/em-busca-da-difusao. Acesso em: 08 nov. 2012.

A Razão, Desde Freud


Ao inventar a Psicanálise, Freud esbarra em temáticas e tradições filosóficas que ele não inventou. Um conceito moderno de razão não pode ser indiferente à subversão freudiana
"Isso não é nada! Deve ser psicológico!” Quantas vezes frases do tipo não são proferidas ali, onde o discurso médico se depara com seus limites? Buscando tranquilizar o paciente quanto à natureza de seu sofrimento, o médico afirma algo do tipo: “Fique tranquila, você não tem nada. Seu sintoma é psicológico”. Sem se dar conta, o discurso médico, nesses momentos, acaba emprestando ao sintoma o estatuto de mentira, de falsidade.
Esse quadro não era muito diferente na Viena antes de Sigmund Freud (1856-1939). E foi contra esse silenciamento do sintoma que Freud se levantou. A premissa fundamental sobre a qual ele inventou a Psicanálise era justamente a de que um sintoma – fosse ele histérico, obsessivo, fóbico, paranoico –, traduzia algo da ordem da verdade. Mesmo que não houvesse nenhuma base orgânica reconhecível. Mesmo que não houvesse, na disposição do saber, uma figura capaz de acolher a espessura daquele sofrimento.
Esse “nada” ao qual o discurso médico reduzia o sofrimento psíquico foi elevado por Freud ao estatuto de uma verdade do sujeito. Para o inventor da Psicanálise, a inexistência de um substrato orgânico para a doença não queria dizer que o sintoma não fosse real. Mas de que real o sofrimento psíquico nos fala? Qual é o gênero de verdade posto pelo sintoma?
A essa altura, o leitor pode questionar: mas o que tudo isso tem a ver com Filosofia? Por que diabos um filósofo, ocupado com grandes temas acerca da razão e do conhecimento, do agir e dos valores, deveria preocupar- se com questões tão regionais, tão marginais, relativas ao sofrimento psíquico? O interesse filosófico da Psicanálise reside justamente aí. Sem que Freud tivesse procurado, ele esbarra em problemas e tradições externas à racionalidade psicanalítica. Ao construir sua metapsicologia, o arcabouço conceitual da teoria que fundamenta a prática de escuta e tratamento do sofrimento psíquico, Freud acaba formulando uma teoria do sujeito calcada em dois pilares: a estrutura inconsciente da atividade mental e o caráter pulsional da sexualidade humana.
Assim sendo, ele acaba questionando dois pilares da Filosofia Moderna: a equivalência entre subjetividade e consciência, e o postulado da autonomia da vontade. Ao deixar de caracterizar o sujeito pela transparência dos atos de consciência – desde Descartes, o conhecimento humano seria definido por meio da evidência para a consciência (tudo aquilo que é evidente para mim, na ordem das razões, deve ser verdadeiro na ordem das coisas) –, Freud estaria propondo abandonar o solo seguro da consciência como base da teoria da subjetividade. Além disso, ao mostrar o caráter pulsional da sexualidade, Freud estaria questionando a ideia, tão cara a Kant, de que só podemos ser responsabilizados por nossos atos porquanto agimos fundamentados unicamente na autonomia da vontade.
 
 
Fonte: Revista Filososfia

Hipnose: o poder elástico do cérebro


A plasticidade do cérebro e outras possibilidades por meio da hipnose moderna trazem um novo caminho para o psicólogo e outros profissionais da saúde, com resultados comprovados e eficazes
A hipnose é definida como um estado alterado de consciência ampliada, em que o sujeito permanece acordado todo o tempo, experimentando sensações, sentimentos, talvez tendo imagens, regressões, anestesia, analgesias e outros fenômenos enquanto está nesse estado. Assim, poucas palavras têm o poder de despertar reações tão hipnóticas quanto o próprio termo hipnose. A prática moderna da hipnose se estende atualmente por diversas áreas, como a Medicina, a Odontologia e a Psicologia. Podemos afirmar que a sua utilização se encontra presente em toda história da humanidade. Os acontecimentos chamados hipnóticos fazem parte da vida dos seres humanos continuamente. Todos os dias e a cada instante estamos embutidos nesse chamado “estado alterado de consciência”.

Algumas pessoas a consideram um embuste ou algo que só serve para fazer com que alguém tenha ações específicas: agir como animais ou provar alimentos picantes. Há quem acredite que cura todos os tipos de patologias e há aqueles que a acham tão perigosa que deveria ser completamente abandonada.
O Dr. Milton Erickson estudou profundamente a hipnose e seus fenômenos durante toda sua vida, demonstrando-a como um fenômeno natural da mente humana, bem como sua existência e efeitos no cotidiano. Uma das suas contribuições para a Psicologia foi o conceito de utilização da realidade individual do paciente, a terapia naturalista, as diferentes formas de comunicação indireta, a técnica de confusão e de entremear. Dessa forma, o legado do Dr. Erickson contribuiu para diversas escolas e campos de conhecimento que tratam da relação entre cognição, comportamento e atividade do sistema nervoso em condições normais ou patológicas, como o caso da própria neuropsicologia, que tem caráter multidisciplinar e apoio na Anatomia, Fisiologia, Neurologia, Psicologia, Psiquiatria e Etologia, entre outras ciências. Assim, a questão que fica: seria possível promover a reabilitação neuropsicológica pelo princípio da plasticidade cerebral através das ferramentas de hipnose?


Fonte: Revista Psiquê Ciência e Vida

Estresse Ocupacional do Professor


O estresse no docente resulta, entre outras causas, da dificuldade em acompanhar mudanças rápidas nas metodologias, nas tecnologias, nos materiais e nos meios de ensino, além das mudanças provocadas pela globalização

O estresse resulta dos embates do indivíduo frente às demandas externas e internas, representadas por diversas contingências do cotidiano e pela interpretação dessas situações através de processos cognitivos individuais, com diferentes respostas. É um fenômeno que ocorre na busca do organismo pela adaptação, assunto que desafia a compreensão do comportamento humano ao longo da história e é preocupação da Psicologia Organizacional.
Ele é considerado, hoje, uma das ameaças mais sérias à saúde no trabalho, comprometendo o desempenho do profissional e os resultados da empresa, com implicações para toda a sociedade. Quando esses transtornos ocorrem com o professor, que é o trabalhador responsável pelo processo de educação ou de preparação de futuros profissionais, justifica-se o desenvolvimento de cuidados preventivos. 
Estresse é uma reação do organismo, com componentes físicos e/ou psicológicos, que ocorre quando a pessoa se confronta com uma situação que altera seu equilíbrio.
Não existe uma determinante específica para os sintomas de estresse e sua ocorrência dependerá da forma de interpretar e reagir da pessoa, que pode envolver componentes comportamentais, afetivos, cognitivos e fisiológicos, e da capacidade de seu organismo em atender as exigências do momento.
É preciso acrescentar que o estresse não se processa apenas de maneira nociva ao organismo. Quando aumenta a eficiência do desempenho e apresenta grau adequado, é denominado eustress, vocábulo retirado do grego, no qual “eu” significa bom, uma resposta produtiva do organismo a um estímulo. Os estados mais breves de ameaça à homeostase poderiam ser percebidos como prazerosos ou como estímulos positivos ao crescimento e desenvolvimento emocional e intelectual. Ou seja, é saudável fazer um esforço para atingir uma meta desejada! Há quem pense que o estresse ocupacional é causado por sobrecarga de trabalho, simplesmente. Não necessariamente. Sem dúvida, é importante que a pessoa conheça seus limites, porém, não é só o trabalhar muito que cria o estresse. O estresse negativo manifesta-se no sistema nervoso com excitação, cansaço, tensão, alteração do sono e do interesse sexual, além de pensamentos obsessivos.
Existem diferentes fases de estresse. O modelo trifásico do estresse (SELYE, 1952) se divide em: alerta ou alarme (1), resistência (2) e exaustão (3).
Na fase de alerta (1), ocorre uma reação natural de preservação da vida. As reações da fase de alerta podem ser diversas, tais como redução da temperatura do corpo, aumento da frequência cardíaca e respiratória, denotando alguns sintomas como taquicardia, tensão, suor nas mãos, nos pés, palidez, insônia, esgotamento, irritação e mudança de humor.
Na segunda fase, de resistência (2), surgem reações de natureza predominantemente psicossocial: o organismo procura se restabelecer em busca de adaptação, mas a persistência do estresse, superior à capacidade defensiva do sujeito, leva à terceira fase. A fase de exaustão (3) se manifesta através do adoecimento do órgão mobilizado ou com a morte súbita, que representa falha dos mecanismos de adaptação.
Lipp (2000) descreve uma quarta fase denominada de “quase exaustão”, que se situa no estágio de resistência (2), como um agravamento dessa etapa, quando a tensão excede o limite gerenciável e a resistência física e emocional se torna instável, intercalando momentos de funcionamento normal com outros, de intensa ansiedade e vulnerabilidade a doenças, podendo progredir para o estado de exaustão.
 
Acesse matéria completa: http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/83/estresse-ocupacional-do-professor-o-estresse-no-docente-resulta-272948-1.asp
 
Fonte: Psique Ciência e Vida

Optogenética: As Novas Sondagens do Cérebro


A Optogenética permite identificar com precisão circuitos cerebrais em funcionamento, o que permite superar algumas dificuldades técnicas e metodológicas da neuroimagem e da eletrofisiologia de neurônios individuais.
O cérebro é o órgão mais complexo do corpo humano. Ele contém bilhões de neurônios e os contatos entre eles, as sinapses, atingem um número próximo ao de partículas existentes no universo. Os neurônios estão organizados em circuitos microscópicos que, ao se combinarem, formam redes ou sistemas.
Observar o cérebro em funcionamento é um desa o que só recentemente a Neurociência está conseguindo enfrentar. Antes da invenção de tecnologias modernas, a única maneira de estudar o cérebro humano era correlacionar disfunções cognitivas com alterações no tecido cerebral. Essas correlações só eram definitivamente confirmadas após a morte dos pacientes, quando seus cérebros podiam, então, ser dissecados.
Esse cenário começou a mudar a partir da segunda metade do século XX com o desenvolvimento de novas tecnologias de sondagem do cérebro. Uma delas é a eletrofisiologia do neurônio, que se baseia no estudo das propriedades eletrofisiológicas dos neurônios através da inserção de microelétrodos que detectam variações elétricas em suas membranas. Essas variações elétricas são amplificadas, o que torna possível identificá-las e correlacioná-las com comportamentos e atividades cognitivas. Essa técnica tem várias restrições: é invasiva e o conhecimento que ela nos fornece sobre o cérebro é momentâneo e pontual, o que dificulta a detecção do papel das redes neurais e do contexto no qual as variações elétricas ocorrem.
A segunda e mais importante técnica de observação do cérebro vivo é a neuroimagem, que pode ser obtida pelo PET (Positron Emission Tomography) e pelo FMRI (Functional Magnetic Resonance Imaging). A neuroimagem causou uma revolução sem precedentes na história da Neurociência.
As imagens obtidas pelo PET ou pelo fMRI detectam a atividade neural através das variações metabólicas que ocorrem no cérebro. Eventos neurais aumentam o afluxo sanguíneo pela concentração de oxigênio ou de glicose. A partir dessas variações metabólicas, é possível derivar imagens da atividade do cérebro que são correlacionadas com comportamentos e atividades cognitivas.
Nos últimos anos, imagens do cérebro obtidas por PET ou por fMRI se tornaram populares na mídia que, com muito exagero, as tem divulgado como se elas fossem fotografias do pensamento. Contudo, a PET e a fMRI ainda não atingiram a resolução espacial e temporal desejada pelos neurocientistas. Quando se localizam eventos no cérebro usando essas técnicas, ocorre a identificação de regiões cúbicas entre 2 e 5 milímetros, nas quais há centenas de milhares de células. Contudo, seu grau de especialização ou diferenciação pode não ser captado pela neuroimagem. A fMRI não permite refinar a busca por correlatos neurais específicos de percepções, lembranças ou intenções. Ele só nos proporciona a identificação de recortes amplos da atividade cerebral.

Leia matéria completa: http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/83/as-novas-sondagens-do-cerebro-com-essa-nova-tecnologia-272922-1.asp
 
Fonte: Revista Psique Ciência e Vida

IV Encontro Interdisciplinar em Álcool e Outras Drogas


As inscrições para o IV Encontro Interdisciplinar em Álcool e Outras Drogas serão feitas via internet, por meio do Centro de Apoio à Escola de Enfermagem da USP (Clicar em eventos e após em inscrições abertas). Após a inscrição, o participante deverá pagar o valor de R$ 50,00 por meio de depósito bancário identificado (número do CPF sem o dígito e sem os pontos) para Banco Santander, agência 0201, conta 13.004932-3, em nome de Centro de Apoio à Escola de Enfermagem da USP. 

Link para inscrição: http://www.ceapee.com.br/forminscrevento.php 

Após inscrição, o participante receberá mensagem sobre a necessidade de envio do comprovante de inscrição. 

Dúvidas sobre programação, ou sobre demais assuntos acerca do evento, entrar em contato com:
gead@gead.org
geadusp@gmail.com

Quaisquer dúvidas acerca das inscrições entrar em contato com: 
CEAP-EEUSP
Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 419, 1o. andar, Cerqueira César.
05403-000 São Paulo SP
Brasil
Tel.: (11) 3061 75 51
Fax: (11) 3061 75 61
e-mail: ceapee@ceapee.com.br 
 
Fonte: CETAD Observa
 
Disponível em:<https://twiki.ufba.br/twiki/bin/view/CetadObserva/Evento2012112600>. Acesso em: 07 nov. 2012.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Transtorno Psiquiátrico na Gestação: Estresse, depressão e complicações de ansiedade na gravidez estão relacionados a casos de partos prematuros, mas tomar alguns remédios pode apresentar risco de má-formação do bebê


A gestação é período de mudanças físicas, emocionais e sociais na mulher, gerando expectativas, novos projetos e fantasias. Não bastassem incertezas e responsabilidades, alterações hormonais favorecem o surgimento ou agravamento de quadros psiquiátricos, principalmente transtornos depressivos e ansiosos. As estatísticas variam, mas de 10% a 15% das gestantes têm os problemas que, se não tratados, podem levar à chance de recaída superior a 75%. “Por mais contraditório que pareça, muitas pacientes apresentam tristeza ou ansiedade em vez de alegria nessa fase. Os limites entre o fisiológico e patológico podem ser estreitos, gerando dúvidas em obstetras, clínicos e psiquiatras”, afirma Joel Rennó Júnior, coordenador da Comissão de Estudos e Pesquisa da Saúde Mental da Mulher da Associação Brasileira de Psiquiatria.
Esse grupo de especialistas deve estar preparado para decidir qual é o maior risco: tratar ou não tratar o transtorno psiquiátrico na gestação? Segundo Rennó Júnior, há um grupo de gestantes mais sensível às variações dos níveis hormonais, o que pode ser determinado geneticamente. Por outro lado, há mulheres com fatores estressores significativos durante a gravidez: relacionamento conjugal instável; baixo suporte social e status socioeconômico; histórico de abuso físico e sexual e de uso de álcool e drogas; antecedentes de abortamentos espontâneos; complicações obstétricas ou na véspera do parto, entre outros “gatilhos” que podem desencadear transtornos mentais na gravidez. Também o histórico de depressão ao longo do ciclo de vida da mulher deve ser investigado.
É comum que os médicos recebam em seus consultórios mulheres com depressão recorrente, fazendo uso controlado de medicamento e querendo engravidar. O que fazer? Parar com a medicação? Trocar o antidepressivo? Para o psiquiatra Joel Rennó, em casos de transtornos psiquiátricos na gestação, a decisão entre usar ou não medicamentos nunca será isenta de riscos. O problema é que um levantamento recente aponta que 77% das grávidas que interrompem o tratamento psiquiátrico o fazem com orientação médica. “A maioria é desaconselhada pelo próprio obstetra. Quem quer ausência de risco dificilmente vai fazer o tratamento de transtornos psiquiátricos perinatais. Só que não existe ausência de risco, seja ela do tratamento ou da própria doença”, explica.
Segundo Rennó Júnior, que também é diretor do Programa de Saúde Mental da Mulher do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o estresse, por exemplo, pode levar ao crescimento intrauterino retardado, predispor abortamentos espontâneos, determinar o nascimento de um bebê com perímetro encefálico diminuído, além de aumentar o risco de parto prematuro. Alterações imunológicas, inflamatórias e na resistência da artéria uterina também são responsáveis por um desenvolvimento alterado da criança e pode ocorrer não só em casos de estresse, mas também de ansiedade e depressão. “Mas esses fatores geralmente não são levados em consideração por quem para a medicação. Só se levam em consideração os efeitos dos psicofármacos.”
Qualquer mulher, mesmo a que não toma remédio, tem um risco de má-formação que varia de 3% a 6%. Estudos recentes demonstraram que muitos medicamentos estão na mesma faixa de risco, ou menor. Esses estariam “permitidos”. Mas para o especialista, o melhor modo de lidar com esse impasse é o planejamento da gestação, permitindo, assim, uma discussão de opções terapêuticas, e mesmo troca, se necessário, para uma medicação mais segura na gravidez. “Nesse momento, o objetivo da farmacoterapia não é o controle máximo de sintomas, mas a redução dos que prejudiquem a mãe ou o feto. Sempre que possível, a psicoterapia e as medidas psicossociais devem preceder a farmacoterapia. Todas as recomendações, entretanto, devem ser discutidas com paciente, família e obstetra”, acrescenta Rennó.
Transtornos ansiosos
Tipicamente surgidos na infância e na adolescência, os transtornos ansiosos têm maior incidência na idade fértil e podem ter menor intensidade durante a gestação. A síndrome do pânico, o transtorno obsessivo compulsivo e o transtorno de estresse pós-traumático podem se iniciar ou se exarcebar no pós-parto, sendo fatores de risco para a depressão pós-parto. O transtorno de ansiedade generalizada, por exemplo, tem 8,5% de prevalência na gestação. Precisam ser tratados por estar relacionados a maior risco de diabetes, doenças cardíacas e hipertonia, o aumento anormal do tônus muscular. A ansiedade na gestação também leva ao parto prematuro, baixo peso, complicações obstétricas e maior uso de analgésicos no trabalho de parto. 
Já o estresse na gestação geralmente é desencadeado por episódios como luto, eventos catastróficos e aborrecimentos diários, podendo também ser um estresse crônico ligado a preconceito, contexto social e questões ocupacionais. Pode levar a alterações imunológicas e inflamatórias significativas, via responsável por 50% dos partos prematuros.
Hormônios
A depressão é outra preocupação. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o risco para desenvolvimento de um transtorno depressivo maior durante a vida varia de 10% a 25% nas mulheres. Na gestação, a prevalência é de 7,4% no primeiro trimestre e de 12% no segundo e terceiro. Os sintomas variam com a flutuação dos hormônios. Por isso, a história da vida reprodutiva da paciente deve ser investigada, pois os anticoncepcionais podem ter interação medicamentosa com psicotrópicos.
O tratamento da depressão em mulheres grávidas ou planejando engravidar requer cuidadosa avaliação dos riscos e benefícios à paciente e ao feto. Mulheres que estão em tratamento de depressão devem planejar a gravidez, discutindo a ideia com o seu psiquiatra e com o obstetra. Em casos específicos, inicialmente, apenas a psicoterapia pode ser uma opção de tratamento. As medicações antidepressivas devem ser consideradas para as gestantes com sintomas moderados a graves. Em todos os trimestres da gravidez, o grupo dos antidepressivos serotoninérgicos costuma ser relativamente seguro, sendo o citalopram, a sertralina e a fluoxetina as opções com menores riscos segundo os últimos estudos. Embora os antidepressivos tricíclicos sejam seguros quanto ao aspecto da malformação ou teratogênese – formação e desenvolvimento de anomalias no bebê –, eles não seriam adequados para o fim da gravidez. 
Três perguntas para...
Frederico Amedée Péret - Membro da diretoria da associação de ginecologistas e obstetras de Minas Gerais
Qual a postura da Sogimig em relação ao tratamento de transtornos psiquiátricos na gestação? 
Distúrbios psiquiátricos na gestação devem ser abordados de forma interespecialidade (psiquiatra e obstetra) e interdisciplinar (médicos e outros profissionais). Sempre que possível, deve ser realizada avaliação pré-gestação antes da concepção, para discutir a adequação das medicações e a prescrição do ácido fólico com o objetivo de reduzir chances de má-formação.
Remédios para estresse, transtornos depressivos e ansiosos representam que tipo de risco?
Os antidepressivos – incluindo os de última geração – não são medicações isentas de risco para o feto e o recém-nascido. Portanto, devem ser prescritos somente com indicação médica precisa. Além do risco de má-formação no início da gestação, eles podem interferir no desenvolvimento pulmonar e, eventualmente, causar eventos respiratórios (hipertensão pulmonar) depois do nascimento. O risco desses eventos, entretanto, não é alto, fazendo com que, se houver indicação, a medicação seja prescrita. Há poucos estudos de resultados a longo prazo de fetos expostos, não permitindo conclusões definitivas.
Como a gravidez deve ser conduzida em pacientes que precisam de medicação psiquiátrica? 
O ideal seria o aconselhamento pré-gestacional, a prescrição de ácido fólico antes da gestação, o ajuste de dosagens e a suspensão de medicações com efeitos teratogênicos comprovados, caso do lítio e ácido valproico. É preciso ter uma atenção cuidadosa no pré-natal quanto ao rastreamento de anomalias fetais e crescimento do feto. Não há evidências de indicação de cesariana apenas pelo diagnóstico de doença psiquiátrica. Casos mais graves devem ter acompanhamento multiprofissional e individualizado.
 
Fonte: O Estado de Minas Gerais via Associação Brasileira de Psiquiatria.;
 
Disponível em:<http://www.abp.org.br/portal/imprensa/clipping-2>. Acesso em: 06 nov. 2012.