Autor: Pietro Henrique Delallibera
Na segunda feira, dia 16 de maio, uma importante e pouco conhecida instituição de nosso país completa 174 anos de existência. Criado em 1847 na antiga capital do império, o Real Gabinete Português de Leitura foi um dos primeiros espaços independentes de circulação da cultura letrada em nosso país.
Na segunda feira, dia 16 de maio, uma importante e pouco conhecida instituição de nosso país completa 174 anos de existência. Criado em 1847 na antiga capital do império, o Real Gabinete Português de Leitura foi um dos primeiros espaços independentes de circulação da cultura letrada em nosso país.
A iniciativa de criar o gabinete partiu de um grupo de imigrantes portugueses, a maioria deles comerciantes, que decidiu construir no Rio de Janeiro uma biblioteca para reunir a literatura mais moderna que circulava entre a intelectualidade europeia. O acervo poderia ser consultado por seus clientes, em geral membros da elite.
Uma ideia semelhante já existia em Portugal, com os chamados “gabinetes de leitura”, mas, como não poderia deixar de ser, a inspiração dos pioneiros veio da França: nas chamadas boutiques à lire, criadas logo após a Revolução Francesa, clientes registrados podiam tomar livros emprestados e trocar títulos entre si, mediante pagamento de uma taxa.
O modelo do Real Gabinete fez história no país: em pouco tempo, instituições do mesmo tipo começaram a se espalhar por várias outras cidades brasileiras. Essas bibliotecas privadas eram fundadas por membros da elite latifundiária, grupos de ativistas republicanos, maçons etc.
O modelo do Real Gabinete fez história no país: em pouco tempo, instituições do mesmo tipo começaram a se espalhar por várias outras cidades brasileiras. Essas bibliotecas privadas eram fundadas por membros da elite latifundiária, grupos de ativistas republicanos, maçons etc.
O caráter elitista da instituição começou a mudar somente em 1900, quando o Real Gabinete se tornou uma biblioteca pública. Desde então, ele acumulou não somente um rico acervo bibliográfico, mas também documentos e obras de arte.
Sua coleção ostenta relíquias como os manuscritos originais de Amor de perdição, de Castro Alves, livros que pertenceram à Companhia de Jesus e correspondências de personagens ilustres de nossa história, como o padre Antonio Vieira. A relação completa dessas obras está disponível no site do Real Gabinete.
Fonte: Revista de História Viva
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