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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Remédios anticolinérgicos podem aumentar risco de demência

Medicamentos usados regularmente, receitados principalmente contra insônia, depressão e rinite alérgica, podem aumentar o risco de demência.
Pesquisadores da Universidade de Washington (EUA) acompanharam a saúde de 3.434 pessoas com 65 anos ou mais que não tinham sinais de demência no início do estudo.
Eles monitoraram os registros médicos e as receitas de medicamentos para determinar quantos tinham ingerido remédios com o efeito anticolinérgico, quais as doses e quantas vezes. Então, compararam esses dados com diagnósticos subsequentes de demência nos 10 anos seguintes.
O estudo, divulgado na publicação científica Jama Internal Medicine, apontou que doses mais elevadas e o uso prolongado destes medicamentos estavam ligados a um risco maior de demência em idosos. O perigo aumentava se o consumo fosse diário por três anos ou mais.
Anticolinérgicos
Todos os medicamentos listados têm efeito anticolinérgico, que bloqueiam um neurotransmissor chamado acetilcolina.
Os anticolinérgicos mais usados incluem antidepressivos, anti-histamínicos para alergias, contra a insônia e para tratamento de incontinência urinária. A maioria desses remédios só é vendida com prescrição médica.
Todo medicamento pode ter efeito colateral, e as bulas destes remédios alertam para a possibilidade de redução da capacidade de atenção e memória, e boca seca. Mas os pesquisadores afirmam que usuários deveriam estar cientes de que eles também podem estar ligados a um risco maior de demência.
Ao longo do estudo, 797 dos participantes desenvolveram demência.
O estudo estimou que as pessoas que tomaram pelo menos 10 mg/dia de doxepin (antidepressivo), 4 mg/dia de difenidramina (auxílio para dormir) ou 5 mg/dia de oxibutinina (contra incontinência urinária) por mais de três anos apresentaram um risco maior de desenvolver demência.
Menor dose, pelo menor tempo possível
Os pesquisadores disseram que médicos e farmacêuticos poderiam adotar uma abordagem preventiva e oferecer tratamentos diferentes. E, quando não houver alternativa, poderiam receitar a menor dose e pelo menor tempo possível.
Especialistas envolvidos na área foram unânimes em recomendar que são necessários mais estudos sobre o assunto, de forma a estabelecer se os anticolinérgicos devem de fato incorporar o risco de demência entre seus possíveis efeitos colaterais.
Fonte: Diário da Saúde

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