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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Por que alguns pacientes de Alzheimer não apresentam déficit cognitivo?

Por que alguns pacientes com doença de Alzheimer chegam até o final de suas vidas sem apresentar comprometimento cognitivo?
Desde a época do próprio Dr. Alois Alzheimer, duas proteínas (beta-amiloide e tau) tornaram-se o equivalente da doença de Alzheimer.
Mais recentemente, contudo, pesquisadores mostraram que as beta-amiloides podem ser uma defesa do cérebro, levantando a nefasta possibilidade de que medicamentos desenvolvidos para atacar as placas dessas proteínas podem estar ajudando a piorar a doença.
Agora, um novo estudo desafia a noção de que tau e beta-amiloides sejam as únicas proteínas responsáveis pelas características clínicas da doença.
Envelhecimento resiliente do cérebro
Em um grande estudo clínico-patológico baseado em neuroimagens de pacientes que morreram com a doença, pesquisadores da Clínica Mayo (EUA) demonstraram que uma terceira proteína, chamada TDP-43, desempenha um papel importante no Alzheimer.
Pacientes cujos cérebros apresentavam a TDP tinham 10 vezes mais probabilidade de apresentar déficit cognitivo em comparação com pacientes que não tinham a proteína, mostrando que a TDP-43 tem o potencial para sobrepujar o que tem sido chamado de "envelhecimento resiliente do cérebro".
"Nas fases iniciais da doença, quando a patologia era menos grave, a presença da TDP-43 foi fortemente associada à disfunção cognitiva. Consequentemente, a TDP-43 parece desempenhar um papel importante nas características cognitivas e de neuroimagem que têm sido associadas à doença de Alzheimer," diz a neurologista Keith Josephs.
A equipe também descobriu que os pacientes que sofriam de maior comprometimento cognitivo e atrofia temporal medial, no momento da morte apresentavam maior carga de TDP-43 e tinham a proteína em um maior número de regiões do cérebro.
"É por isso que acreditamos que a TDP-43 pode ajudar a lançar alguma luz sobre o fenômeno da cognição resiliente no Alzheimer e explicar por que alguns pacientes permanecem clinicamente normais, enquanto outros não, apesar de ambos terem graus semelhantes de patologia," concluiu a médica.
Fonte: Diário da Saúde

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