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terça-feira, 25 de março de 2014

Oficina faz reinserção de pacientes psiquiátricos


Breno Berlingeri Campos, do Serviço de Comunicação Social do Campus de Ribeirão Preto


             
                          Pintura em tecido: uma das formas de reintegração
A Oficina de Participação Social (OPASSO), ligada ao curso de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, é o único serviço a oferecer atividades gratuitas aos pacientes na cidade, localizada no interior de São Paulo. Por meio de trabalhos com tecidos, pintura, culinária, passeios a museus, cinemas, clubes, parques, apresentações musicais e feiras a OPASSO pretende reintegrar à sociedade pessoas com problemas psiquiátricos.
O serviço é único em Ribeirão Preto e já conta com fila de espera para os atendimentos. Criada em 2006 como projeto de extensão vinculada ao curso de Terapia Ocupacional da FMRP, a OPASSO surgiu, segundo os responsáveis, pela “necessidade de superar as limitações do corpo e, sobretudo, da mente, para mostrar que todo ser humano é capaz de mudar a realidade e reescrever sua própria história”. Efetivamente, as atividades da OPASSO com a população começou em 2009.
Atualmente, conta com equipe pequena, apenas um docente, um técnico de nível superior e seis alunos, voluntários do curso de Terapia Ocupacional e bolsistas de extensão. Porém, os encontros são semanais, realizando atendimento aos pacientes encaminhados à oficina pelo serviço de saúde pública ou por algum amigo que já tenha frequentado a OPASSO.
Confira abaixo matéria em vídeo da TV USP:
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Bcn4QvT4OGM
Reinserção Social
O grande objetivo do projeto é trabalhar com a reinserção social dos pacientes. Assim, os esforços se dirigem à diminuição do preconceito às pessoas com problemas psicofísicos e ao uso de recursos para propiciar ao paciente uma vida mais autônoma.

Além das atividades artesanais e de capacitação profissional, os pacientes também desenvolvem tarefas, aproveitando os espaços do campus da USP em Ribeirão Preto, como quadras, campos e eventos musicais que a universidade oferece. Os produtos desenvolvidos por eles são vendidos em eventos, por meio da internet, no site da OPASSO, de bazares e feiras. O dinheiro arrecadado é destinado aos próprios pacientes, proporcionando sua reinserção no mercado de trabalho.
Dona Luzia Alexandre da Silva, mãe do paciente com esquizofrenia, André Alexandre, se diz bastante satisfeita com a evolução apresentada por seu filho após o início das atividades junto à OPASSO. “Ele participa da sociedade; eu o levo ao mercado, para o centro da cidade e ele tem se acostumado a estar em sociedade, o que é um desafio para a esquizofrenia.”, enfatiza a mãe.
     
Pesquisa e aprimoramento
Além de prestar assistência à população, o projeto serve como campo de pesquisa e aprimoramento para os estudantes, que participam três vezes por semana, duas horas e meia por dia e agradecem a oportunidade de participar. “Em minha formação, eu só teria contato com esse público no meu estágio, de uma forma meio superficial. Aqui, com o convívio, é possível vivenciar bastante, tanto a patologia quanto o contexto cultural da vida de cada um dos pacientes”, conta Camila Lotufo, aluna do curso de Terapia Ocupacional da FMRP.

De acordo com Adriana Oliveira, professora da FMRP, por meio da participação na oficina, os graduandos em Terapia Ocupacional aprendem mais sobre a relação terapeuta-pacientes e apresentam maior facilidade na relação e na compreensão de outras disciplinas do curso de Terapia Ocupacional.
Além do que, o trabalho realizado pela OPASSO é único na cidade de Ribeirão Preto e já precisa ser expandido, comenta a professora Adriana, enfatizando que o serviço já possui uma lista de espera com aproximadamente 12 pacientes. “Nós teríamos necessidade de ter outros profissionais, de fazer outros grupos em outros bairros também”, arremata.
A OPASSO funciona em uma casa dentro do campus da USP em Ribeirão Preto, na Rua das Paineiras, casa 6. Para participar da oficina, o paciente interessado deve apresentar uma carta de encaminhamento, especificando o distúrbio tanto psíquico e/ou físico e, em seguida, passar por uma entrevista presencial que determinará o perfil do grupo para sua integração.
Mais informações: (16) 3602-0159;  site http://www.oficinaopasso.com/
Fonte: Agência USP de Notícias
Disponível em:<http://www.usp.br/agen/?p=169564>. Acesso em: 24 mar. 2014

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