Pesquisadores acreditam que as interações corpo a corpo que sinalizam cordialidade e confiança podem impulsionar também a cooperação grupal
Independentemente da forma, seja um toque delicado de paquera ou um beliscão, o contato físico pode transmitir vários tipos de informação social. Em 1984, os psicólogos Christopher G. Wetzel, do Rhodes College, e April H. Crusco, então da Universidade do Mississippi, relataram que garçonetes que encostavam brevemente na mão ou no ombro de um cliente tinham chances de ganhar uma gorjeta maior.
Estudos posteriores demonstraram ainda que o toque pode favorecer a influência que exercemos sobre estranhos e ajudar vendedores a pressionar consumidores ou instituições de caridade na hora de procurar voluntários. Esse tipo de contato talvez possa explicar por que alguns políticos costumam dar algumas batidinhas no ombro de seus eleitores sempre que possível.
O efeito funciona também entre pessoas íntimas. Por exemplo, um estudo de 2011 realizado por um grupo de psicólogos da Central de Serviços Psicológicos de Iowa e da Universidade do Estado de Iowa descobriu que as mulheres costumam tocar o marido mais frequentemente quando discutem um tema que elas trouxeram do que nos momentos em que ele levanta uma questão – como se a pressão extra, física e simbólica, pudesse aumentar sua influência. (O estudo revela também que os homens, por outro lado, tendem a manter menor contato físico, independentemente da pessoa que iniciou a conversa.)
Os pesquisadores acreditam que as interações corpo a corpo que sinalizam cordialidade e confiança podem impulsionar também a cooperação grupal. Em 2010, psicólogos da Universidade da Califórnia em Berkeley descobriram que o tempo que os jogadores de basquete da NBA passavam tocando um no outro no início da temporada poderia ajudar a prever o desempenho meses mais tarde. Leves pancadas comemorativas com os punhos, apertos de mãos, abraços. Tanto faz. A proximidade parecia refletir o espírito de uma equipe unida e indicar a capacidade dos atletas de jogar bem como indivíduos e como time. (Daisy Yuhas)
Fonte: Scientific American Mente Cérebro
Disponível em: <http://www2.uol.com.br/ vivermente/noticias/como_o_ toque_ajuda_a_fazer_amigos_e_ a_influenciar_pessoas.html>. Acesso em: 18 nov. 2015
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