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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

França Condena Psiquiatra Devido a Crime de Paciente


A psiquiatra francesa Daniele Canarelli, 58, foi sentenciada a um ano de prisão por ter, segundo juízes, falhado em reconhecer o perigo imposto por Joel Gaillard, seu paciente por quatro anos. 
Gaillard, 43, fugiu do hospital de Marselha onde se consultava com Canarelli em fevereiro de 2004 --20 dias depois, ele usou um machado para matar um homem de 80 anos, parceiro de sua avó, em Gap, na região dos Alpes. 
A condenação de Canarelli é o primeiro caso do tipo na França, e causou o protesto de uniões sindicais de psiquiatras. Ela está recorrendo em liberdade. 
Representantes da categoria dizem que o veredito põe em risco a profissão, ao transformá-la em bode expiatório de casos complexos. 
Segundo sindicatos, Canarelli havia notificado a polícia sobre a fuga do paciente. 
Gaillard sofria de um tipo de esquizofrenia paranoica e já tinha sido internado diversas vezes por acidentes. A corte afirma que a psiquiatra deveria tê-lo encaminhado a uma unidade especial ou a um outro grupo médico, como teria sido sugerido a ela. 
Fabrice Castoldi, presidente da corte, afirma que a recusa dela constituiu "uma espécie de cegueira" grave. 
Advogados de defesa afirmam que a decisão da Justiça francesa poderá ter sérias repercussões no tratamento de enfermidades. Se um psiquiatra tiver de trabalhar sob o temor de ser sentenciado, provavelmente irá tratar seus pacientes com maior rigor. 
Michel Trabuc, filho da vítima, espera que o caso abra um precedente. "Não existe uma situação sem risco", afirmou. "Mas eu espero que isso faça a psiquiatria progredir e, acima de tudo, que isso nunca mais aconteça." 
Gaillard está atualmente internado em um hospital psiquiátrico. 
 
Fonte: Folha de São Paulo
 
Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1204108-franca-condena-psiquiatra-devido-a-crime-de-paciente.shtml>. Acesso em: 20 dez. 2012.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Pesquisa Vai Mapear Saúde do Brasileiro


Parceria entre o IBGE e o Ministério da Saúde vai resultar, a partir de 2013, em um pesquisa inédita que incluirá exames laboratoriais, além de levantamentos socioeconômicos, para traçar um perfil da saúde da população. 
Denominado Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), o trabalho começará entre junho e julho. O objetivo é que os resultados orientem ações do ministério. 
"O estudo vai unir as características socioeconômicas e demográficas da sociedade brasileira com a percepção de saúde que elas têm e do acesso aos serviços. E inova trazendo inclusive exames. Os resultados vão subsidiar as ações públicas para a área de saúde", afirmou Wasmália Bivar, presidente do IBGE. 
Serão pesquisados cerca de 80 mil domicílios em 1.600 cidades. Mas só serão submetidas a exames 16 mil pessoas. Os pesquisados serão submetidos a coleta de sangue e urina, medição de altura, peso, gordura corporal e aferição da pressão arterial. 
O Hospital Sírio-Libanês será o responsável por contratar as coletas com um consórcio formado pelas redes de laboratórios Fleury e Dasa. Já o IBGE fará os questionários e as medições de altura, peso e pressão arterial. 
O orçamento para o projeto é de R$ 19 milhões, mas o hospital não receberá verba do ministério para os exames. O Sírio-Libanês faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) e possui o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social em Saúde, pelo qual recebe isenções fiscais ao ajudar no financiamento de projetos do SUS. 
A coleta de exames para a pesquisa foi um dos projetos contemplados para o programa. 
De acordo com o ministério, o levantamento é uma iniciativa promovida dentro do Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT), que espera traçar um quadro dos hábitos de alimentação, tabagismo, uso de bebidas alcoólicas, prática de atividade física e fatores associados aos comportamentos não saudáveis da população. 
Atualmente, cerca de 72% dos óbitos do país são referentes às doenças crônicas não transmissíveis como câncer, doenças respiratórias crônicas, diabetes. Elas são causadas por fatores como o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, sal e gorduras, a ingestão insuficiente de frutas e verduras, o sedentarismo e a obesidade. 
"O questionário vai verificar questões sobre os idosos, tarefas habituais, deficiências, dificuldades de mobilidade, o parto das mulheres... E haverá um bloco sobre o número de animais na casa, para planejamento de vacinas", afirmou Deborah Malta, diretora de Análise de Situação em Saúde do ministério. 
O trabalho de coleta vai durar cerca de três meses e a expectativa é que os primeiros resultados sejam conhecido em meados de 2014. 
Hoje o ministério monitora dados de saúde e de hábitos da população por meio da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), pesquisa realizada por telefone em 26 Estados e no Distrito Federal. 
O Vigitel seguirá funcionando e complementará a Pesquisa Nacional de Saúde, que será realizada a cada três anos. 
 
Fonte: Folha de São Paulo
 
Disponível em:http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1203470-pesquisa-vai-mapear-saude-do-brasileiro.shtml. Acesso em: 19 dez. 2012.

Prova do Cremesp Revela Déficit na Área de Saúde Mental, Diz Conselheira: Exame teve índice de apenas 41% de acertos neste ramo da medicina. Formação deficiente reflete em tratamento inadequado de pacientes.


54,5% médicos não acertaram 60% das questões e foram reprovados 
Os resultados do exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) revelam o despreparo dos estudantes que concluíram o curso de medicina nas universidades do estado de São Paulo, em especial na área da saúde mental. Com a média de apenas 41% de acertos na prova realizada este ano, as perguntas relacionadas ao tratamento psiquiátrico foram as que concentraram o maior o número de erros dos formados.
Para a conselheira do Cremesp Silvia Helena Mateus, o número revela uma deficiência no ensino. "O ensino de saúde mental está mais deficitário que de outras áreas, as escolas precisam olhar para isso e melhorar", critica. A residente em psiquiatria Mariana Salomão revela ser uma das poucas de sua turma que se interessaram pelo ramo. "É uma especialidade que não é tão privilegiada dentro da faculdade", lamenta. Mariana acredita que o problema é generalizado, afetando outras instituições.
Já para o médico psiquiatra Fábio Ieiri, o problema não afeta apenas os formandos, mas também os pacientes. De acordo com ele, a falta de interesse dos profissionais atrasa o diagnóstico o que, por sua vez, pode levar a uma piora. "São dois prejuízos: o primeiro é que [o paciente] não recebe o tratamento adequado e daí corre o risco do problema se tornar crônico", explica.
Insegurança
O ajudante geral Marcelo dos Reis Silva já sofreu com a falta de atendimento adequado. A companheira dele sofre de transtorno bipolar, que provoca alterações de humor severas. Por segurança, ele tentou interná-la no Hospital Municipal de Sumaré (SP) durante uma crise, mas os médicos a liberaram e ela desapareceu. "Deram alta e ela saiu pela porta dos fundos. Foram três noites sem dormir", relembra.
O ajudante geral acredita que o problema de atendimento poderia ter sido contornado se a equipe tivesse uma formação melhor nessa área. "É muito precário, muito abaixo da média, tinha que ser melhorado pelo governo. Tem que especializar esses médicos que desse jeito não dá, não", critica.
60% de reprovação
Mais da metade dos estudantes que fizeram o exame de proficiência não tem domínio de áreas básicas para exercer a profissão. Dos 2.411 participantes, 54,5% não acertaram 60% das questões e foram reprovados. A prova teve 120 questões objetivas de múltipla escolha consideradas de fácil e média complexidade.
O desempenho ruim no exame não impede que o candidato obtenha o registro junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM) para atuar porque não há uma legislação específica, a diferença é que estes receberão a permissão para atuar mais tarde do que os demais, no práximo máximo de 31 de janeiro de 2013.
Denúncias
O Cremesp recebe, diariamente, 12 denúncias contra médicos, julga toda semana de 15 a 20 casos, e cassa o registro de pelo menos um profissional todos os meses. A presidência do conselho não atribui o cenário somente à má formação dos médicos, mas garante que isto contribui com as reclamações.
 
Fonte: G1
 
Disponível em:<http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2012/12/prova-do-cremesp-revela-deficit-na-area-de-saude-mental-diz-conselheira.html>. Acesso em: 19 dez. 2012.

Saúde Mental: inclusão esbarra no preconceito


A luta do movimento antimanicomial por uma sociedade mais justa e pela inserção do usuário do serviço de saúde mental na sociedade pautou as discussões do segundo dia (14/12) do seminário de comemoração dos 30 anos do curso de especialização em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da ENSP. A inclusão social pelo trabalho e a promoção de iniciativas que visem à melhoria da qualidade de vida e ao exercício pleno da cidadania foram debatidas pelos expositores da mesa coordenada pelo pesquisador do Laps/ENSP Edvaldo Nabuco. 
Coube à coordenadora do Núcleo de Saúde Mental e Trabalho (Nusamt), Vera Pazos, falar sobre o programa dirigido pela Secretaria de Estado de Trabalho e Renda do Governo do Estado do Rio de Janeiro (Setrab). Segundo ela, o Nusamt é um grupo voltado para pensar, elaborar e implementar políticas públicas de geração de trabalho e renda. O trabalho é realizado a partir de ações de qualificação profissional, ampliação da legislação vigente e de apoio aos projetos desenvolvidos nas redes municipal e estadual para (re)inserção social e profissional das pessoas com transtorno mental, visando à inclusão, à melhoria da qualidade de vida e ao exercício pleno da cidadania.
 
A iniciativa pioneira no Brasil, já desenvolveu cerca de 40 inserções pontuais no mercado de trabalho e apoio aos empreendimentos solidários em saúde mental. Conta com 345 usuários cadastrados, além de demandas de cursos, emprego formal apoiado e informal com inserções em projetos de geração de renda e 400 pessoas beneficiadas em cursos de qualificação nas áreas de gestão, informática, vendas, atendimento ao público, artesanato e culinária. 
 
Ainda de acordo com Vera, os critérios de participação da empresa no Projeto de Inclusão Social pelo Trabalho de Usuários dos Serviços de Saúde Mental implicam contratação por hora do usuário do serviço de saúde mental, com flexibilização da carga horária; discriminação positiva das diferenças; parceria com o RH e médico do trabalho; e articulação com o projeto de responsabilidade social da empresa. 
Apesar de existirem iniciativas, como a do governo do Estado do Rio de Janeiro, para reinserção dos usuários na sociedade, a saúde mental ainda é considerada o "patinho feio" da área da saúde, segundo Iracema Polidora, da Associação dos Parentes e Amigos dos Pacientes do Complexo Juliano Moreira (Apacojum). “Precisamos quebrar o preconceito que gira em torno da saúde mental. Muitas pessoas falam abertamente quando um parente tem câncer, por exemplo. Mas, quando se trata de um problema mental, ela se sente envergonhada. Precisamos de mais carinho e mais amor para com os pacientes.”
 
A palestrante se mostrou bastante angustiada quando falou da situação da saúde mental nas instâncias de controle social. Segundo Iracema, a área vem perdendo força com a extinção de comissões que tratam do tema e a indicação de pessoas sem qualquer conhecimento da área para participar dos conselhos. “É necessária uma comissão para estarmos dentro do Conselho de Saúde. O Conselho é o controle social, tem força. Se não tivermos voz, não seremos ouvidos.”
Na última apresentação da manhã, o coordenador do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Intervenção em Saúde (Nepis) da Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ), Walter Melo Junior, falou sobre o médico psiquiatra Oswaldo dos Santos. Na década de 1960, Oswaldo foi incentivador da experiência das comunidades terapêuticas no hospital do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, e hoje é pouco lembrado nos capítulos da reforma antimanicomial brasileira. 
 
Walter lembrou que o psiquiatra tinha a ideia central de marcar um espaço fora do hospital, ou seja, de interferir na comunidade ao redor. Um exemplo citado foi o trabalho desenvolvido com os moradores que bebiam na região do hospital. “Encaminharam uma carta para os donos de bar, convidando-os para irem ao hospital psiquiátrico discutir o alcoolismo”, recordou o palestrante.
Outro episódio mencionado por Walter foi a intervenção da direção do hospital sofrida pelo médico psiquiatra. Os jornais da época noticiaram que os “loucos do Engenho de Dentro” estavam circulando pela cidade e que estavam fugindo do hospital. Vinte e oito pessoas com esquizofrenia fugiram do hospital e isso foi considerado um desleixo da diretoria. Oswaldo, porém, alegou que se tratava de um sinal da melhora das pessoas. “Se elas estão fugindo, estão conscientes de que o lugar em que estão não é bom”, disse Walter usando a fala do médico psiquiatra na época.
 
Fonte: Informe ENSP
 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A Cidade Que Venceu o Crack: Elogiado por especialistas, modelo de São Bernardo do Campo foca em ressocialização


Com consultórios médicos ambulantes e abrigos com tratamento de qualidade, a cidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, tornou-se um modelo no combate ao crack em todo o país. O segredo foi atender aos usuários da droga como casos de saúde pública e não de segurança. O Ministério Público Estadual (MP) propõe que a fórmula adotada no município sirva de exemplo e modelo em outros estados que enfrentam problemas com viciados. É o caso do Rio de Janeiro, onde é grande o número de dependentes da droga, que perambulam nas ruas.
Em São Bernardo, os usuários são ajudados principalmente na reinserção social e no mercado de trabalho. “Entendemos que não é possível resolvermos este problema, se não atuarmos em três frentes: cuidados à saúde, geração de renda e moradia. Não adianta tirar o usuário de circulação por vários meses e do contato com a droga se, após estes meses, ele voltar para a rua, sem emprego, no mesmo ambiente degradante”, explica Arthur Chioro, presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de São Paulo, que atua em São Bernardo.

Chioro tem recebido autoridades de várias cidades do Brasil e do exterior para apresentar o projeto de São Bernardo do Campo, iniciado há dois anos, na gestão do prefeito Luiz Marinho (PT).

“Nossa opção foi por apostar na singularidade das pessoas, no direito de cada um, para não desistir de ninguém. Mesmo quem está no fundo do poço, num determinado momento, abre a guarda e pede guarida”, aposta Chioro.

Vidas refeitas a partir do tratamento

Érica Coelho, que tem 28 anos e é há 15 usuária de drogas, esteve numa maternidade pública de São Bernardo há dois meses para dar à luz Emanoel. A direção da maternidade, ao notar o estado deplorável de Érica, acionou a Justiça para que a criança fosse levada para um abrigo.

“A prefeitura não deixou. Eles prometeram à Justiça que me recuperariam e isso está  acontecendo. 
Recebo o melhor tratamento possível. Já estive internada em clínicas por dois meses, já fiquei três anos na cadeia e, quando saí, busquei o crack. Hoje, não busco mais porque sou tratada com respeito e atenção”, conta Érica.

Em tratamento junto com o marido, Érica recebeu um apartamento da prefeitura e agora sonha ganhar a vida como cabeleireira: “Nasci de novo”.

Consultórios de rua e moradias com plantão 24h

A política de atenção aos usuários de drogas em São Bernardo abrange as secretarias de Esportes, Assistência Social, Habitação, Saúde e Segurança.

Foram criados consultórios de rua, com médicos, psicólogos, enfermeiros e terapeutas, que percorrem a cidade prestando toda a assistência necessária aos usuários. Há também as ‘Repúblicas Terapêuticas’, moradias com cuidadores de plantão durante as 24 horas do dia. E núcleos profissionalizantes, que permitem a reinserção social dos dependentes.

“Eu posso, inclusive, fumar crack na ‘República Terapêutica’, se quiser. Não fumo porque eles me mostram que é melhor eu não fumar. Não é mandar ou obrigar, é ensinar e educar”, conta Érica Coelho.
 
Fonte: Jornal O Dia via Associação Brasileira de Psiquiatria
 
Disponível em: <http://www.abp.org.br/portal/imprensa/clipping-2>. Acesso em: 18 dez. 2012.
acontecendo. 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Estudo Faz Panorama de Doenças e Mortes em Todo o Mundo: Países têm evitado óbitos prematuros, mas população vive mais doente. Levantamento contou com a colaboração de 302 instituições em 50 países.


O mundo tem conseguido evitar mortes prematuras, mas as pessoas têm vivido mais e mais doentes, segundo o Estudo sobre a Carga Global das Doenças (GBD, na sigla em inglês) 2010, um projeto colaborativo liderado pelo Instituto de Métrica e Avaliação da Saúde (IHME, na sigla em inglês), da Universidade de Washington, nos EUA.
Os resultados serão anunciados nesta sexta-feira (14) pela Sociedade Real de Londres e também aparecerão neste sábado (15) na revista científica "The Lancet", que pela primeira vez em sua história vai dedicar uma edição inteira a uma única pesquisa. Ao todo, são sete artigos científicos e comentários sobre os maiores desafios mundiais na área da saúde.
Segundo o levantamento, o mundo tem passado por grandes mudanças desde a década de 1990, quando foi feita a primeira edição do GBD. De lá para cá, a população global tem envelhecido mais, a incidência de doenças infecciosas e desnutrição infantil tem caído, e – com exceção da África Subsaariana –, as pessoas estão mais propensas a ter uma vida adulta pouco saudável, por causa do sedentarismo e da má alimentação.
Essa "carga de saúde" definida pelo GBD está mais ligada ao que nos faz mal, e não ao que está nos matando. O maior contribuinte para isso costumava ser a mortalidade precoce – que atingiu mais de 10 milhões de crianças menores de 5 anos –, mas agora a realidade é outra, com mais doenças crônicas (como asma, pressão alta, infarto, derrame, obesidade, diabetes, fumo, alcoolismo e câncer), lesões nos músculos e ossos (como osteoporose) que causam invalidez e mortes, e problemas mentais. E esse número cresce à medida que as pessoas vivem mais.
O estudo aponta ainda que, enquanto os países têm feito um ótimo trabalho para combater doenças fatais, principalmente as infectocontagiosas (como a Aids), a população mundial está vivendo com mais problemas de saúde que causam dor, prejudicam a mobilidade e capacidades como a visão, a audição e o funcionamento cerebral.
De acordo com o diretor do IHME, Christopher Murray, pouquíssimos indivíduos estão vivendo em perfeitas condições de saúde e, com a idade, a maioria acumula doenças.
"Deveríamos recalibrar o que a vida será para nós quando tivermos 70 ou 80 anos. Isso também tem profundas implicações para os sistemas de saúde, visto que eles definem prioridades", disse.
Mais de 300 instituições envolvidas
O atual GBD começou a ser feito em 2007 e contou com a colaboração de 302 instituições em 50 países – sendo 26 de baixa e média rendas. Entre as entidades participantes, estão a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Faculdade de Saúde Pública da Universidade Harvard, a Faculdade de Saúde Pública Bloomberg da Universidade Johns Hopkins, o Imperial College de Londres, a Universidade de Tóquio e a Universidade de Queensland, na Austrália.
O projeto foi inicialmente financiado pelo Banco Mundial e, depois, pela Fundação Bill & Melinda Gates. Ao todo, 486 pesquisadores participaram desse trabalho científico para quantificar os níveis e as tendências de problemas de saúde no mundo.
Os autores usaram registros, pesquisas, censos e análises de ensaios clínicos disponíveis. Com isso, conseguiram mapear a atual situação em cada local, desde os casos de Aids até de deficiência nutricional de substâncias como zinco. Novas ferramentas de avaliação foram desenvolvidas para preencher as lacunas de informações nos países em que elas eram escassas. Os métodos foram testados usando estimativas de lugares onde há dados mais facilmente disponíveis, como EUA e Japão. As estatísticas sobre doenças do coração se mostraram mais abundantes que as de coqueluche, por exemplo.
O GBD conseguiu, então, produzir 650 milhões de estimativas sobre desafios de saúde grandes e pequenos.
"Além de o GBD oferecer descobertas epidemiológicas significativas, que vão moldar os debates políticos em todo o mundo, ele delineia as lacunas sobre o conhecimento existente sobre doenças e traça novas maneiras de melhorar a coleta e a análise de dados de saúde pública", disse Paul Farmer, presidente do Departamento de Medicina Global e Medicina Social da Faculdade de Medicina de Harvard.
Mortes entre adultos e crianças
O estudo também destaca que, apesar de importantes avanços como a queda na mortalidade infantil, doenças como diarreia causada por rotavírus e sarampo são responsáveis pela morte de mais de 1 milhão de crianças com menos de 5 anos por ano no mundo, apesar de existirem vacinas eficazes contra os dois problemas.
Além disso, o que mais chamou a atenção dos especialistas é que o número de mortes entre adultos de 15 a 49 anos cresceu 44% no período de 1970 a 2010. O resultado é, em parte, pelo aumento da violência e pela elevação contínua dos casos de HIV, que mata mais de 1,5 milhão de pessoas por ano em todo o mundo.
Os riscos associados à dieta e ao sedentarismo, como excesso de peso e altas taxas de açúcar no sangue, são responsáveis por 10% da carga de doenças globais e só tendem a aumentar.
Segundo os cientistas, grande parte da carga na saúde é causada por um grupo relativamente pequeno de doenças. Os pesquisadores examinaram mais de 300 enfermidades, lesões e fatores de risco, e descobriram que apenas 50 causas diferentes eram responsáveis por 78% da carga global de doenças – 18 delas respondiam por mais da metade do total.
As doenças isquêmicas do coração, como o infarto, e o acidente vascular cerebral (AVC) foram as duas maiores causas de mortes no mundo entre 1990 e 2010. Problemas como diabetes, câncer de pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica também subiram, enquanto casos de diarreia, tuberculose e infecções respiratórias nas vias aéreas inferiores (traqueia, brônquios e bronquíolos) caíram.
Entre as doenças que provocam mortes prematuras e incapacidade, houve outra mudança: a encefalopatia neonatal – doença cerebral fatal em recém-nascidos – e a desnutrição infantil deixaram de estar entre as dez principais causas de óbitos entre 1990 e 2010, e foram substituídos por lesões decorrentes de acidentes de trânsito e dor na coluna lombar.
Diferenças continentais
O GBD 2010 observou que a lacuna na área da saúde entre a África Subsaariana e o resto do mundo está aumentando. Na porção austral da África, ainda há mais incidência de doenças infecciosas, infantis e mortes maternas, que chegam a 70% da carga das doenças. No Sul da Ásia e na Oceania, esse peso é de 30% e nas demais regiões do planeta, menos de 20%.
Além disso, a idade média de morte subiu mais de 25 anos na América Latina, na Ásia e no Norte da África em 40 anos, e na África Subsaariana cresceu menos de 10. E doenças que têm sido tradicionalmente considerada "ocidentais", também têm se elevado entre os africanos, como dores, ansiedade, depressão e outros distúrbios mentais.
Os pesquisadores esperam agora que os governos atentem para esses resultados e deem mais atenção para problemas negligenciados, como foram os casos de malária anunciados pelo GBD de 1990. Segundo os coordenadores, a ferramenta deve servir para líderes e ministros da Saúde se preparar para os desafios, sem deixar que o impacto sobre as economias mundiais afete os investimentos.
  
Fonte: Portal G1 via Associação Brasileira de Psiquiatria
 
Disponível em:<http://www.abp.org.br/portal/imprensa/clipping-2>. Acesso em: 17 dez. 2012. 

Por que Omitimos Socorro: Tendemos a ser altruístas quando estamos sozinhos ou em pequenos grupos


Imagine que, a caminho do trabalho, você depara com uma pessoa se sentindo mal na rua. Qual sua reação? Se você respondeu que seria o primeiro a ajudá-la imediatamente, é melhor pensar mais um pouco. “Câmeras de segurança mostram que a maioria das pessoas não reage a situações desse tipo quando estão em espaços públicos”, diz o psicólogo Marco van Bommel, da Universidade de Amsterdã, que fez um estudo sobre “indiferença urbana”. Ele observou que pessoas tendem a ser altruístas quando estão sozinhas ou em pequenos grupos. 
O psicólogo pediu que voluntários participassem de um fórum on-line destinado a pessoas que passavam por sofrimento emocional intenso.  Como esperava, eles interagiram mais quando havia poucos usuários no fórum do que quando o espaço virtual estava lotado. No entanto, quando a experiência era repetida com câmeras apontadas para os voluntários ou quando eles percebiam que seu nome estava em evidência na comunidade on-line, eles ofereciam ajuda com mais frequência, mesmo quando havia muitas pessoas no fórum. “A reputação pode ser decisiva para uma pessoa intervir ou não. Em multidões ou entre muitos outros, a tendência é omitir ajuda, pois não há pistas claras de como isso pode contribuir para melhorar seu conceito diante dos outros ou prejudicá-lo”, diz Van Bommel. Há nesses casos o que ele chama de “difusão da responsabilidade”: a omissão é, basicamente, sustentada pela expectativa de que certamente outro se encarregará de ajudar uma pessoa em apuros e pela aparente falta de recompensa de ser “bom” entre dezenas de anônimos. 

Fonte: Revista Mente e Cérebro
 
Disponível em:<http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/por_que_omitimos_socorro.html>. Acesso em: 14 dez. 2012.

Justiça Libera Registro de Genéricos Contra Depressão: Princípio ativo oxalato de escitalopram combate a doença e também ansiedade e síndrome do pânico. Laboratório do produto de referência, porém, irá recorrer


A Justiça liberou a fabricação de genéricos para remédios contra depressão. A informação é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que brigava pelo caso contra o laboratório que produz o medicamento Lexapro, referência no combate à doença.
A decisão da Justiça se refere à liberação do princípio ativo oxalato de escitalopram, responsável por combater a doença, além da ansiedade e a síndrome do pânico. A empresa que se interessar em produzir versões genéricas dos tradicionais produtos vendidos no mercado deve abrir processo junto à Anvisa para obter o registro.
A justificativa para a proibição dos genéricos, até então, era o argumento do laboratório oficial, Lundbeck Brasil, de que as empresas se beneficiariam de resultados de testes particulares. O Tribunal Federal da 1ª Região chegou a concordar com a tese e proibiu o registro de outros medicamentos.
A Anvisa, porém, recorreu junto à Advocacia-Geral da União (AGU) com a alegação de que os resultados não eram usados nos registros e que cada empresa deveria apresentar ao órgão a eficácia e a segurança do produto fabricado através de outros testes.
Segundo a agência, os exames, chamados Testes de Equivalência Farmacêutica e de Biodisponibilidade, não se utilizam de resultados anteriores. O medicamento de referência seria usado apenas como efeito de comparação. O argumento fez o tribunal voltar atrás na decisão.
O laboratório Ludbeck, no entanto, informou que irá recorrer da decisão. "O respeito ao uso exclusivo, pelo laboratório que desenvolveu o antidepressivo Lexapro, dos resultados de testes e outros dados não divulgados pelo período de 10 anos, é o que garantirá o prosseguimento de novos investimentos em estudos e pesquisas visando a criação de medicamentos de ponta, imprescindíveis ao atendimento das necessidades de saúde da população brasileira", alega em nota.

Fonte: Jornal O GLOBO

Comissão do Senado Aprova Regulamentação da Profissão de Médico


Depois de adiamentos e de muita pressão, a Comissão de Educação do Senado aprovou, nesta quarta-feira (12), o polêmico projeto de lei apelidado de "Ato Médico". 
Agora, o texto segue para avaliação da Comissão de Assuntos Sociais da Casa. 
A proposta, em tramitação há uma década no Congresso, regulamenta a profissão do médico e define atos que são privativos desses profissionais. É esse o principal ponto de discórdia, que reuniu praticamente todas as demais profissões da saúde contra a aprovação do texto. 
Uma das principais reclamações é que, ao estabelecer como privativo do médico o diagnóstico de doenças, o projeto estaria vetando, por exemplo, que fisioterapeutas fizessem parte do trabalho que já fazem --como quando constatam problemas em articulações. 
O relator da matéria, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), afirmou na semana passada que as críticas eram "mitos" que tinham sido criados em volta do projeto. 
O senador garantiu, por exemplo, que acupuntura, tatuagem, aplicação de injeções, a direção de serviços de saúde e o próprio diagnóstico já feito pelos fisioterapeutas não seriam afetados pela aprovação do projeto. 
"De mito em mito, estamos conseguindo derrubar preocupações pertinentes", disse Lima na semana passada. 
REUNIÃO QUENTE 
Com a votação adiada na semana passada, o projeto voltou a ser discutido nesta quarta em uma nova audiência pública. Os senadores estavam divididos: parte queria mais tempo para discussão e outra parte queria votar imediatamente. Apesar da divisão, o texto foi aprovado por unanimidade. 
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) tentou costurar um acordo para que um grupo de trabalho fosse montado essa semana para fazer reparos ao texto, o que permitiria sua votação na próxima comissão ainda este ano. 
"A intenção era resgatar o trecho sobre o diagnóstico e a citopatologia [análise de células e tecidos para estabelecer a presença de alguma enfermidade], algo que foi retirado e era elencado como não privativo [do médico]", argumentou a senadora, que não conseguiu o compromisso formal dos colegas. 
A votação ocorreu em menos de 15 minutos, já que em seguida teria início uma sessão do Congresso para discutir os royalties do petróleo. 
Ivone Evangelista Cabral, presidente da Associação Brasileira de Enfermagem, classifica o projeto como uma proposta "absurda e corporativa". Sobre o ponto mais polêmico, Cabral afirma: "O que é privativo do médico é o diagnóstico médico. [Com o projeto] a enfermagem passa a ficar completamente depende do médico para todas as ações que venha fazer, o que inviabiliza o processo assistencial (...) Seria o caos na saúde pública brasileira, que já é problemática." 
 
Fonte: Folha de São Paulo
 
Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1200097-comissao-do-senado-aprova-regulamentacao-da-profissao-de-medico.shtml >.Acesso em: 13 dez. 2012.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Deus em Questão: Espetáculo Freud – A última sessão, convida a refletir sobre a fé


Exilado na Inglaterra durante o regime nazista, Sigmund Freud recebe em seu consultório o teólogo e escritor Clive Staples Lewis e os dois engatam uma intensa discussão sobre amor, sexo e o sentido da vida.  O encontro fictício entre os dois personagens, tema do best-seller Deus em questão (Ultimato, 2005), do psiquiatra Armand Nicholi, da Universidade Harvard, ganha adaptação brasileira para os palcos em Freud – A última sessão, em cartaz no Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro.
O texto do dramaturgo Mark St. Germain mantém o diálogo entremeado de ironia e humor do livro. Freud, ateu convicto, reluta em admitir que um intelectual como C. S. Lewis – autor conhecido pela série infantil As crônicas de Nárnia – seja cristão e busque argumentos racionais para sustentar a fé. O que é a felicidade? Deus existe? Por que o conflito entre amor e sexualidade? Como lidar com a inevitabilidade da morte? A conversa carregada de sarcasmo certamente faz rir, mas também convida a refletir sobre a própria fé ou a ausência dela. 

Freud – A última sessão. Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro, Rio de Janeiro. Informações: (21) 2219-5165. De quinta a domingo, às 19h. R$ 20. Até 21 de dezembro.
 
Fonte: Revista Mente e Cérebro
 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Depressão Pós-Parto Ainda é Tabu: Falta de informação sobre os sintomas da doença e formas de tratamento potencializam um mal que atinge até 15% das mães.


Um julgamento ocorrido no mês de outubro na Inglaterra expôs um drama familiar que ainda divide qualquer sociedade: o assassinato, em maio, de duas crianças (um bebê de 10 semanas e uma menina de um ano e dois meses) pela mãe, que sofria de psicose pós-parto. A mulher, a designer de joias Felicia Boots, foi absolvida pelo juiz, que julgou sua prisão “totalmente inapropriada”, e internada em seguida, gerando protestos de um lado e apoio da comunidade médica de outro.
A história, várias vezes acompanhada também no Brasil, envolve um tema que ainda é tabu: quando a mãe, contrariando a imagem idealizada da maternidade, rejeita sua própria criança por conta de problemas psiquiátricos desencadeados logo após o parto. Com receio de admitir a doença, e sem saber como tratá-la, a família vê um caso que poderia ser evitado se transformar numa tragédia. 
A primeira desinformação ocorre na tipificação da doença – há diferenças entre a tristeza, a depressão e a psicose pós-parto, nas quais a mudança hormonal que ocorre após a expulsão da placenta pelo útero tem um papel relevante (veja box). A primeira atinge até 80% das mulheres e se explica pelos desafios e estresses da nova fase, desaparecendo em até 15 dias. São os dois outros casos que preocupam e precisam ter acompanhamento psiquiátrico, com prescrição de remédios.
“A depressão pós-parto atinge cerca de 15% das mulheres e gera um sentimento de rejeição da criança junto com episódios típicos de depressão, como tristeza, ansiedade, choros e pensamentos negativos”, explica o ginecologista e professor da Universidade Federal do Paraná Sheldon Botogoski. O quadro é comum em pacientes que já têm histórico da doença e, ao contrário do que se pensa, na maioria dos casos somente as mudanças hormonais não são suficientes para disparar o gatilho do problema. 
Já a psicose, que atinge 0,2% das mães, é ainda mais grave. “É quando a mulher tem alucinações, ouve vozes, cria diálogos que não aconteceram, vê um ladrão imaginário entrar na casa dela. É bem raro e necessita de internação e medicação”, explica o ginecologista e obstetra da Maternidade Santa Brígida Gleden Teixeira Prates. É nessa situação que podem ocorrer os infanticídios, crime hoje punido com internação, já que a Medicina e o Código Penal consideram que a mãe não tinha ciência nem intenção de cometer o ato.
Para a lei brasileira, infanticídio não pode ser punido com prisão
Casos como o da inglesa que matou os dois filhos já se repetiram no Brasil, e, caso se prove que a mãe cometeu o crime por estar sob a influência do "estado puerperal" e com suas faculdades mentais comprometidas, ela se torna ininputável. Neste caso, sua pena é uma medida terapêutica, chamada também de medida de segurança, quando, ao invés de ir para a prisão, ela é internada em um Complexo Médico Penal.
O Código Penal de 1940 prevê, no seu artigo 123, o crime de infanticídio, lá descrito como "matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após". O estado puerperal é algo pelo qual passam todas as mulheres -- é o estado após o parto, quando o corpo ainda não voltou às suas condições normais. Se as alterações durante este período são tamanhas que a façam matar o filho recém-nascido, há duas situações que serão examinadas pelo perito, de acordo com a legislação.
A advogada criminalista e professora de Direito Penal da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Priscilla Placha Sá explica que, se a mulher mata o filho neonato influenciada pelo estado puerperal, ela será julgada por infanticídio, mas que nem sempre a mulher será absolvida por seus atos. "Nem todo caso de infanticídio é um caso de inimputabilidade, só se houver comprometimento de seu discernimento", esclarece.
Se, sob o estado puerperal, ela matar o filho mas ainda mantiver seu discernimento, pode ser condenada a uma pena de prisão que varia de dois a seis anos. Se este discernimento estiver comprometido, ela se torna inimputável e é internada por um período mínimo de um a três anos. Para os casos em que ela também mata o filho mais velho ou o marido, por exemplo, o crime é de homicídio simples, mas a imputabilidade continuará a depender do comprometimento de suas faculdades mentais. 
A professora explica que há dificuldades para atestar se a mulher estava ou não comprometida por este estado, e quanto tempo ele dura. A jurisprudência tem considerado até 15 dias após o parto, mas a medicina fala em 40 ou até 60 dias após. Outro problema, de ordem legal, diz respeito ao tempo em que a mulher fica internada. 
"A Lei Antimanicomial, de 2001, preconiza que essas pessoas não deveriam ser internadas, mas tratadas ambulatorialmente e liberadas para ir para casa, mas não é isso o que acontece, via de regra. E o problema da medida de segurança é que ela não tem prazo máximo, apenas mínimo (de um a três anos). Há casos de pessoas que ficam internadas 30 anos", critica Priscilla.
 
Leia entrevista completa: http://www.gazetadopovo.com.br/saude/conteudo.phtml?id=1321763&tit=Depressao-pos-parto-ainda-e-tabu.

Fonte: Gazeta do Povo

Biblioteca Virtual do MS Disponibiliza Mais de 5 Mil Publicações em Saúde.


Quer ter acesso a publicações científicas relacionadas à saúde? Basta acessar a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVS MS). A página reúne mais de 5 mil publicações – editadas pelo Ministério da Saúde e por entidades vinculadas à pasta –, como livros, cartilhas, manuais, revistas, políticas, vídeos, programas nacionais, legislação, além de outros serviços. Grande parte desse material se encontra em texto completo, que pode ser lido na íntegra. Além disso, as informações disponibilizadas são atualizadas diariamente.
A Biblioteca Virtual surgiu no ano 2000, com o objetivo de distribuir conhecimento científico e técnico em saúde, registrado, organizado e armazenado em formato eletrônico. Para isso, foi feita uma parceria entre a Coordenação-Geral de Documentação e Informação do Ministério da Saúde (CGDI/SAA) e o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme/Opas). Atualmente, ela é uma das 33 Bibliotecas Virtuais em Saúde da América Latina, composta por 25 bibliotecas virtuais temáticas e oito institucionais. “A criação da biblioteca representa um avanço na democratização da informação do setor da saúde, atuando tanto como repositório confiável da produção institucional como agente veiculador da informação produzida pelo MS e vinculada ao SUS e também pela América Latina e o Caribe”, destaca Sandra Teixeira, chefe da Divisão da BVS MS.


Fonte: Informe ENSP

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Brasil Precisa Mensurar Impactos da Discriminação na Saúde da População: O professor da UFSC, João LUiz Bastos, acredita que a discriminação está associada a casos de depressão, ansiedade e hipertensão.


Casos de discriminação são facilmente identificados por quem é alvo de piadas, chacotas, olhares atravessados ou tratamentos diferenciados. Mensurar os impactos que esses episódios trazem à saúde das pessoas, entretanto, ainda não é comum no Brasil. Para o professor João Luiz Bastos, do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), estratégias difundidas internacionalmente podem ajudar o país a entender como a discriminação pode estar associada, por exemplo, ao aumento da ocorrência de casos de depressão, ansiedade e hipertensão.
" A literatura internacional aponta uma forte relação entre quadros de alteração na saúde com o fenômeno da discriminação. É importante que, no Brasil, também sejam desenvolvidos estudos que identifiquem esse impacto, levando-se em conta nossas formas de sociabilidade e de tratar as pessoas em diferentes instâncias, para ver se aqui também essas relações se confirmam e de que forma elas se confirmam" , defendeu.
Bastos, que é autor do livro Discriminação e Saúde: Perspectivas e Métodos, lançado em novembro pela Editora Fiocruz.
Entre as metodologias que podem ser utilizadas por pesquisadores brasileiros, citadas na obra produzida em parceria com o professor Eduardo Faerstein, do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), está a conhecida como auditagem.
Por meio dela, são selecionados pares de pacientes com características semelhantes, exceto o aspecto que caracteriza a discriminação que se pretende investigar. Eles se apresentam em um serviço de saúde com os mesmos tipos de roupa e formas de comunicação e solicitam o mesmo tratamento.
" Se houver tratamento diferenciado, com encaminhamentos diferentes, poderá ser detectada a discriminação e o prejuízo para o tratamento de determinada patologia" , disse.
Segundo João Luiz Bastos, estudos que identifiquem e quantifiquem essas circunstâncias são fundamentais para reduzir a falta de equidade na saúde, " que podem estar nas relações entre profissionais de saúde e pacientes, na prescrição de tratamentos medicamentosos ou de outros procedimentos cirúrgicos e terapêuticos, assim como na própria satisfação dos usuários com o atendimento prestado" .
O professor da UFSC também citou a aplicação de " grandes inquéritos" que incluam perguntas sobre experiências discriminatórias e sobre o desenvolvimento de problemas de saúde. " Dessa forma, pode-se avaliar os dados e examinar a relação entre as experiências vividas e a ocorrência de agravos à saúde" , explicou.
O professor destacou o caráter inovador do tema, ressaltando que somente durante a década de 1990 a discriminação passou a ser encarada como um fenômeno complexo, nem sempre identificado. Ele lembrou que, antes de 1920, a discriminação racial, por exemplo, sequer era entendida como um problema importante de pesquisa. Segundo ele, a discriminação em qualquer área do cotidiano das pessoas pode trazer prejuízos à saúde.
A aposentada Noádia Almeida diz que já perdeu a conta das vezes que foi alvo de discriminação por causa da cor de sua pele. Em um dos episódios, ela foi impedida de deixar uma loja de departamentos na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, após ter trocado uma peça que tinha comprado para a filha.
" Eu estava saindo da loja quando dois seguranças me mandaram segui-los até um outro setor e disseram a outro funcionário: ´pegamos a crioula com a muamba no saco' . Como eu tinha a nota fiscal, consegui provar que a peça era minha, mas foram minutos de muita angústia, de muito nervosismo. Todo mundo me olhando, foi um horror" , contou ela, que chegou a faltar um dia ao trabalho por causa do " violento estresse emocional" .
O Ministério da Saúde informou, por meio da assessoria de imprensa, que não tem dados sobre os impactos da discriminação na saúde da população, mas destacou que desenvolve várias ações para ligadas ao tema, como as associadas à Política Nacional de Humanização, lançada em 2003. Por meio da iniciativa, os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) são treinados e capacitados no atendimento que garanta a defesa dos direitos dos usuários, qualquer que seja sua classe social, cor da pele ou condição física ou psicológica.
 
Fonte: Portal Saúde via Associação Brasileira de Psiquiatria 
 
Disponível em:<http://www.abp.org.br/portal/imprensa/clipping-2>. Acesso em: 05 dez. 2012.

Psiquiatras Revisam nos EUA Categorias de Distúrbio Mental: "Trabalho teve como objetivo definir de forma mais exata as doenças mentais que têm um verdadeiro impacto na vida dos doentes", destaca o doutor David Kupfer.


A Sociedade Americana de Psiquiatria aprovou neste fim de semana uma revisão da classificação de algumas patologias mentais, que situa o autismo e suas variantes em uma única categoria, e a forte irritabilidade das crianças uma verdadeira doença, anunciou a associação em seu site.
"Nosso trabalho teve como objetivo definir de forma mais exata as doenças mentais que têm um verdadeiro impacto na vida dos doentes, mas não ampliar o campo da Psiquiatria", destaca o doutor David Kupfer, que preside o grupo de trabalho para a revisão do manual, em comunicado publicado no site da American Psyquiatric Association (APA).
Esta é a primeira revisão desde 1994 do manual de referência para o diagnóstico de doenças mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) nos Estados Unidos e a quinta desde a sua criação.
A nova classificação reúne todas as variantes do autismo em uma única categoria, chamada "distúrbios do espectro autista", e exclui a Síndrome de Asperger, que afeta crianças muito inteligentes, mas com grandes dificuldades de interação social e que até agora era diagnosticada separadamente do autismo.
A dislexia também desaparece do manual, enquanto foram criadas novas categorias como a irritabilidade frequente e forte nas crianças, agora considerada uma doença mental.
Esta última modificação é o resultado de um longo debate, geralmente árduo, entre psiquiatras, as fundações e organizações de pacientes, sobretudo no causo do autismo.
Alguns psiquiatras e organizações particulares temem, por exemplo, que esta nova classificação exclua muitas crianças com Síndrome de Asperger.
Os novos critérios, cujos detalhes serão divulgados quando o novo manual de diagnóstico psiquiátrico for publicado, em maio de 2013, podem deixar alguns dos afetados sem acesso a programas de ajuda social, médica e escolar. De fato, para serem aplicados, os seguros e programas públicos se baseiam na definição de doenças estabelecida pela APA.
 
Fonte: Portal Exame via Associação Brasileira de Psiquiatria 
 
Disponível em:<http://www.abp.org.br/portal/imprensa/clipping-2>. Acesso em: 05 dez. 2012.

Transtorno Mental Que Mais Causa Suicídios, Bipolaridade Lesa o Cérebro: O transtorno bipolar é progressivo e leva à perda da função de neurônios, segundo novos estudos, liderados por pesquisadores brasileiros.


A doença, caracterizada pela alternância entre depressão e euforia (mania, como os médicos dizem), atinge 2,2% da população: são 4,2 milhões de brasileiros, segundo estimativa da Associação Brasileira de Psiquiatria. 

Crises bipolares não têm nada a ver com as mudanças de humor da pessoa "de lua", que passa uma manhã agitada ou se irrita facilmente. 
Um episódio de mania pode durar dias ou semanas e levar a alteração do sono, perda do senso crítico e comportamentos compulsivos como comprar demais ou consumir álcool e drogas. 
Como tantos outros nomes de patologias, a expressão "bipolar" é usada fora do contexto médico. "Há um entendimento errado da bipolaridade. É uma doença muito grave, com uma série de sintomas. Mudar de humor rapidamente não faz o diagnóstico", diz o psiquiatra Beny Lafer, coordenador do Programa de Transtorno Bipolar do Hospital das Clínicas de São Paulo. 
BANALIZAÇÃO 
A bipolaridade é a doença mental que mais mata por suicídio: cerca de 15% dos doentes se matam. Os pacientes têm um risco 28 vezes maior de apresentar comportamento suicida do que o resto da população e até metade dos doentes tenta se matar, mostram levantamentos. 
"A expectativa de vida de homens bipolares é 13 anos menor e de mulheres bipolares é 12 anos menor do que a da população em geral, segundo um estudo dinamarquês. A expectativa de vida do bipolar é comparável à do esquizofrênico", diz o psiquiatra Fábio Gomes de Matos e Souza, professor e também pesquisador da Universidade Federal do Ceará. 
Considerando a gravidade, os médicos todos criticam a popularização do termo. 
"É banalizar a doença. Estar triste é uma coisa, estar deprimido e não conseguir sair de casa é outra", diz a psiquiatra Ângela Scippa, presidente da Associação Brasileira de Transtorno Bipolar. 
De acordo com as últimas descobertas científicas, as crises de euforia e depressão são tóxicas ao cérebro. 
ENXURRADA NO CÉREBRO 
O grupo do psiquiatra Flávio Kapczinski, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é referência na área e publicou artigos em novembro e dezembro nas revistas "Translational Psychiatry" e "Current Psychiatry Reports". 
"Assim como o organismo do diabético sofre com os picos de glicemia, o cérebro de quem tem transtorno bipolar não controlado sofre com o excesso de neurotransmissores", diz Kapczinski. 
As crises são acompanhadas da descarga de substâncias como dopamina e glutamato. Na tentativa de controlar o incêndio, o organismo manda para a região células protetoras. "Essas células produzem inflamação, causando a perda de conexões entre neurônios. São os achados mais recentes, nem estão publicados ainda", adianta. 
Após cinco episódios do transtorno perde-se 10% do hipocampo, área responsável pela memória, estima o psiquiatra Matos e Souza. 
A médio prazo, a doença fica mais grave e as crises, frequentes e fortes. O doente responde cada vez menos à medicação. "Ele passa a ter problemas de memória, planejamento e concentração, funções ligadas à parte frontal do cérebro", diz Kapczinski. 
 
Leia matéria completa: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1195142-transtorno-mental-que-mais-causa-suicidios-bipolaridade-lesa-o-cerebro.shtml

Fonte: Folha de São Paulo

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Encerram-se nesta sexta-feira, dia 30 de novembro de 2012, as inscrições para o Edital do Processo Seletivo de Projetos Culturais, Mostras e Exposições da Câmara dos Deputados para 2013.


As inscrições estão abertas para exposições históricas, institucionais, fotográficas, artísticas e culturais; gabinetes de arte, artes plásticas e visuais, atividades plásticas, musicais e cênicas. Também poderão participar os interessados em lançamentos de livros e eventos literários. Os trabalhos serão selecionados para a Agenda Cultural 2013 pela Comissão Curadora do Centro Cultural Câmara dos Deputados Zumbi dos Palmares.Todos os interessados deverão inscrever-se mediante o envio de dossiê para Centro Cultural Câmara dos Deputados Zumbi dos Palmares. As propostas enviadas pelo correio, serão validadas pela data de postagem.
SERVIÇO

Endereço

Centro Cultural Câmara dos Deputados Zumbi dos Palmares
Câmara dos Deputados, anexo I, 16º andar, sala 1601/02 - Brasília - DF
CEP: 70.160-900
Palácio do Congresso Nacional

Telefones: (61) 3215-8080 e 3215-8081
Horário de recebimento: de segunda a sexta-feira de 9 às 18 horas

Nova Visão Sobre o Autismo


Revisão de diretrizes para o diagnóstico do transtorno mental pode afetar o dia a dia dos pacientes a partir de 2013.
Espectro autista. Criança tem dificuldade de se comunicar e de interagir socialmente e tem comportamentos repetitivos ou restritos
Sem conseguir olhar nos olhos, com dificuldade de se comunicar e de interagir socialmente, os autistas se fecham num mundo particular. Compreender este universo é o desafio da Associação Americana de Psiquiatria, que lançará em maio de 2013 uma revisão do “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais” (DSM-5), seguido por organizações de todo o mundo e que traz, entre outras medidas, novas diretrizes sobre a síndrome. As mudanças têm gerado polêmica em alguns países. No Brasil, o desafio maior é ainda o da sensibilização da importância do diagnóstico precoce. 
A reformulação prevê usar o termo “espectro autista” para o que antes era conhecido por profissionais como “transtorno invasivo do desenvolvimento”. Sob este guarda-chuva estavam síndromes, como a de Asperger, de Rett, desintegrativa da infância e o autismo clássico, que deixarão de existir. Em vez disso, o paciente do espectro autista será avaliado por níveis, de leve a grave.
A força-tarefa da associação defende que a nova categoria ajudará clínicos a diagnosticar os sintomas e comportamentos de cada indivíduo com mais precisão, evitando colocar rótulos que não garantem um melhor tratamento. Já alguns especialistas e organizações — especialmente as de defesa de pacientes com Asperger, considerado um transtorno mais leve —, temem um estreitamento do diagnóstico e que o grupo seja subavaliado, perdendo direitos como o de tratamento em centros específicos.
— Esta é, de fato, uma preocupação. Os dados utilizados para apoiar a mudança vêm de uma grande amostra muito bem caracterizada, e nela cerca de 10% dos casos perderam o diagnóstico. Mas minha preocupação, na verdade, é que poderá haver um número muito maior de casos, e há outros dados que sustentam isto — avaliou o especialista em autismo Fred Volkmar, diretor do Centro de Estudos da Criança da Escola de Medicina de Yale, nos Estados Unidos.
De acordo com o censo 2000 do IBGE, estima-se que haja 454.706 crianças com transtorno invasivo do desenvolvimento no Brasil, com uma taxa de prevalência de uma para 150. Nos EUA, de acordo com um levantamento publicado este ano pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, há um autista para cada 88 indivíduos (em 2002, havia um para 155 no país). Além disso, há duas vezes mais homens que mulheres autistas. A frequência do espectro autista tem aumentado há décadas, mas pesquisadores não chegam a um acordo se a tendência é resultado de maior preocupação e conhecimento sobre o transtorno ou se existe realmente um aumento de incidência.
— Se a criança consegue ter uma intervenção antes dos 3 anos, ela chega a ter uma melhora de 80% nos sintomas autistas. Se consegue desenvolver a linguagem simbólica, ou seja, entender o dito pelo não dito, antes de 5 anos, a melhora pode chegar a 90% — afirmou o chefe do Setor de Psiquiatria Infantil da Santa Casa de Misericórdia, Fabio Barbirato, que ministra o VII Simpósio Nacional em Psiquiatria para a Infância e Adolescência, nos próximos dias 7 e 8.
A importância do diagnóstico precoce
Notar se o bebê tem interesse por outras crianças, se ele costuma fazer imitações e se olha para os pais são alguns dos sinais que podem ser percebidos no dia a dia e ajudar no diagnóstico. Como parte do tratamento, Barbirato recomenda fonoaudiologia e terapia cognitiva-comportamental. Dietas, como a do glúten, não têm comprovação científica. O psiquiatra ainda orienta os pais a buscar profissionais habilitados pelas associações médicas.
— Existem muito mais crianças sem o diagnóstico do que com diagnóstico, principalmente em zonas rurais, e que estão sem tratamento — diz Barbirato, citando empecilhos como o despreparo de profissionais e a falta de conhecimento ou receio de pais de lidar com o tema.
Apesar de a ciência ainda investigar o que pode causar o autismo, já se tem melhor compreensão do seu cérebro. O periódico “Journal of the American Medical Association” (Jama), por exemplo, publicou no ano passado um estudo mostrando que as crianças autistas tinham 67% mais neurônios numa região chamada córtex pré-frontal, associada ao desenvolvimento cognitivo e emocional. O órgão também era 17,6% mais pesado do que os de crianças não autistas. Apesar de mais neurônios, o peso do cérebro era aquém ao esperado, sugerindo haver uma patologia neurológica.
Além do DSM-5, existe a Classificação Internacional das Doenças (CID-10), no âmbito da Organização Mundial de Saúde (OMS), que também passa por reformulação. Ambos guias fornecem informações a profissionais e pesquisadores sobre o diagnóstico de doenças, e a CID ainda é usada como base de governos para produzir estatísticas. A próxima CID-11 está prevista para ser aprovada pela Assembleia Mundial de Saúde em 2015.
— Estamos cientes das propostas do DSM-5. Esta é uma das várias opções que vamos considerar para a CID-11 — afirmou o diretor sênior do Projeto de Revisão da CID-10, Geoffrey Reed, que ponderou: — Vamos avaliar a visão da sociedade civil, que expressou grande preocupação sobre o colapso destes diagnósticos, em particular da perda de um diagnóstico separado da síndrome de Asperger.

Fonte: O globo